terça-feira, 27 de agosto de 2019

Vidas ameaçadas pela mineradora Itaminas em Sarzedo/MG. Moradores/as pro...




Vidas ameaçadas pela mineradora Itaminas em Sarzedo/MG. Moradores/as protestam. 26/8/2019.

 Em Sarzedo, MG, mineradora Itaminas segue ameaçando vidas. Poeira tóxica, barragem e descumprimento de ordem judicial que suspendeu as atividades da mineradora. Moradores, mais uma vez, protestam contra a violência da Itaminas e exigem providências da Prefeitura. *Filmagem e fotos de moradores de Sarzedo, MG. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Apoio e divulgação: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Sarzedo, MG, 26 de agosto de 2019.

Caminhão a serviço da mineradora Itaminas em Sarzedo, MG, ao lado de Brumadinho, um dos centenas de caminhões, dia 26/8/2019, deixando uma nuvem de poeira tóxica que está adoecendo o povo do Bairro Brasília e de outros Bairros que estão abaixo da Barragem B4 que está interditada judicialmente por ameaça de rompimento. Foto: Gilmar, do Bairro Brasília, em Sarzedo, MG.

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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Frei Gilvander Moreira participa do Conselho Nacional de Direitos Humano...



Frei Gilvander representa a CPT em uma das 10 Comissões do CNDH.

Frei Gilvander Moreira representa a Comissão Pastoral da Terra (CPT) em uma das 10 Comissões do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH). Brasília, 14/8/2019.
O frei e padre carmelita Gilvander Luís Moreira destaca que o trabalho de proteção aos defensores dos diretos humanos é realizado em parceria com a sociedade civil e vários órgãos do Governo. Mais detalhes com Andréa Bonatelli. O "JCTV" é o jornal da REDEVIDA que traz as notícias da Igreja no Brasil e no Mundo. Aqui o telespectador pode acompanhar de perto os principais acontecimentos do Catolicismo. O jornal conta com correspondentes em todo o país, estabelece contato constante com as Dioceses e as pastorais de comunicação (PASCOM) e mantém parcerias com agências de notícias internacionais. O "JCTV" vai ao ar de segunda a sexta-feira ao vivo às 18h30. www.redevida.com.br/jctv

Frei Gilvander Moreira, em entrevista à Rede Vida, em Brasília, em reunião de Comissão do Conselho Nacional de Direitos Humanos, dia 13/8/2019. Foto: Divulgação / www.redevida.com.br
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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

APAC de Lagoa da Prata/MG: "O lugar certo pra quem quer mudar de vida." ...





APAC de Lagoa da Prata, MG: “O lugar certo pra quem quer mudar de vida.” (Robert, recuperando da APAC) – Vídeo 1 – 12/9/2018.

 Por ocasião da realização das missões da XXI Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, em Lagoa da Prata, Diocese de Luz, MG, em 2018, frei Gilvander Moreira visitou a APAC – Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (e às suas famílias e às vítimas e/ou suas famílias), que há 11 anos foi implantada na cidade. O objetivo da APAC é promover a humanização dos condenados que devem cumprir penas nas prisões, sem perder de vista a finalidade punitiva da pena. Seu propósito é evitar a reincidência no crime e oferecer alternativas para o condenado se recuperar e se ressocializar após o cumprimento da pena. O trabalho da APAC dispõe de um método de valorização humana, vinculada à espiritualidade, para oferecer ao condenado condições de recuperar-se, buscando em perspectiva mais ampla, a proteção da sociedade, o socorro às vítimas e a promoção da justiça restaurativa. Na APAC os presos são chamados de recuperandos e são corresponsáveis por sua recuperação. A presença de voluntários é fundamental oferecendo aos recuperandos a assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica. Na APAC, os recuperandos são tratados com respeito. Com uma disciplina necessária, a APAC conta com um conselho formado por recuperandos que contribui decisivamente para a ordem, o respeito e o seguimento das normas e regras. Para isso, contam com o suporte de voluntários/as e funcionários/as, sem o concurso de policiais ou agentes penitenciários. A APAC conta com uma rotina diária que inicia às 6 horas da manhã e termina às 10 horas da noite. Durante o dia todos trabalham, estudam e se profissionalizam, evitando a todo custo ociosidade. Na APAC as famílias são respeitadas e coparticipes da recuperação. Por meio de encontros formativos, celebrações e visitas aos lares, a APAC tenta, a todo custo, reatar os laços entre recuperandos e seus entes. A APAC recupera também a família de quem cumpre pena. Na APAC a espiritualidade é ecumênica. Cada recuperando é incentivado a assumir a fé que professa, de forma que possa fazer um encontro profundo com o Deus da Vida. O respeito à religião do outro é fundamental e orienta a espiritualidade apaqueana. Enfim, na APAC o cumprimento de pena é individualizado. Por isso as APACs são pequenas unidades, construídas nas próprias comunidades onde os recuperandos cumprem sua pena. São unidades idealizadas para receber no máximo 200 recuperandos. Um presídio que aplica a metodologia APAC é infinitamente mais vantajoso para o Estado, visto que um preso na APAC custa um terço do valor gasto no sistema prisional comum. Além disso, a construção de uma APAC é muito mais barata que a construção de um presídio grande que, quando superlotado, violenta os direitos humanos dos presos. Os resultados positivos tais como baixo índice de reincidência, baixo custo, ausência de violência e rebeliões e poucas fugas têm contribuído para que a metodologia APAC seja conhecida e aplicada. Nesse vídeo, a 1ª parte da reportagem em vídeo que frei Gilvander fez em sua visita à APAC de Lagoa da Prata, no centro-oeste de Minas Gerais.

Recuperandos fazendo blocos de concreto na APAC Lagoa da Prata/MG. FOTO: Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC)

*Reportagem em vídeo de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Lagoa da Prata, 12 de setembro de 2018.
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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Carros de boi na Festa de N S da Abadia/Romaria/MG: Um canto de fé e vid...




Desfile de carros de boi na Festa de Nossa Senhora da Abadia, em Romaria, Alto Paranaíba, Arquidiocese de Uberaba, MG: Um canto de fé e vida! - Vídeo 2 - 10/8/2019.

De 1º a 15 de agosto de 2019, está acontecendo a 149ª Festa de Nossa Senhora da Abadia em Romaria, uma Nazaré brasileira de apenas 4 mil habitantes, na região do Alto Paranaíba, Arquidiocese de Uberaba, MG. O dia 11 de agosto foi marcado pelo desfile dos carros de boi vindos de diversos municípios do estado de Minas Gerais. Os carreiros viajam com a família, durante três, quatro ou até mais dias, dependendo de onde saem. No carro de boi levam tudo o que precisam pra viagem: alimentos, barracas, roupas e, sobretudo, a fé, a coragem, a esperança e a confiança em Nossa Senhora da Abadia. O desfile dos carros de boi é tradição na Festa de Nossa Senhora da Abadia e há quem participa dessa caravana desde os primeiros meses de vida. Tradição de família que vai sendo passada de geração em geração. Conta a história que o Santuário de Nossa Senhora da Abadia foi construído com ajuda dos carreiros e seus carros de boi. Foram eles quem trouxeram as pedras e a imagem há 149 anos. Nesse vídeo, o desfile dos carros de boi à frente do Santuário de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja, em Romaria, MG, no dia 10/8/2019, e a bênção com água benta pelo Arcebispo da Arquidiocese de Uberaba, Dom Paulo Mendes Peixoto.

Romeiros e romeiras de Nossa Senhora da Abadia da Água Suja, que vieram de carro de bois, chegando no Santuário de Nossa Senhora da Abadia, na cidade de Romaria, na região do Alto Paranaíba, arquidiocese de Uberaba, MG, dia 11/8/2019. Foto: Divulgação / Santuário de Nossa Senhora da Abadia da Água Suja.

*Reportagem em vídeo de frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Romaria, Alto Paranaíba, MG, 11/8/2019.
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quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Missa Sertaneja / Festa N. Sra. da Abadia, em Romaria/MG - Homilia de pa...




Missa Sertaneja / Festa Nossa Senhora da Abadia, em Romaria/MG - Homilia de padre Márcio André na abertura da XXII Romaria das Águas e da Terra de MG - 11/8/2019.

Missa Sertaneja na Festa de Nossa Senhora da Abadia, em Romaria, Alto Paranaíba, Arquidiocese de Uberaba, MG - Lançamento Oficial da XXII Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais - Homilia - Padre Márcio André, da Paróquia Sagrada Família, de Araxá, MG. *Filmagem de frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI, e do Serviço de Comunicação do Santuário de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja, em Romaria/MG. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG.

Padre Márcio André e frei Gilvander na Missa Sertaneja de Lançamento da XXII Romaria das Águas e da Terra de Minas Gerais, na Praça do Santuário de Nossa Senhora da Abadia, em Romaria, na Arquidiocese de Uberaba, MG, dia 11/8/2019. Foto: Divulgação / Santuário de Nossa Senhora da Abadia da Água Suja.

*Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Estado e capital pisando no povo

Estado e capital pisando no povo
Por Gilvander Moreira[1]

Povo de Salto da Divisa, no Vale do Jequitinhonha, MG, reivindica indenização justa da empresa que construiu a Barragem e hidrelétrica de Itapebi, dia 02/7/2014. Foto: Pollyanna Maliniak

Urge resgatarmos histórias que podem inspirar lutas populares por justiça social. Necessário se faz pensarmos a partir da realidade das pessoas violentadas nos seus direitos. Eis um caso eloquente: A construção da barragem e da hidrelétrica de Itapebi, no rio Jequitinhonha, na região do Baixo Jequitinhonha, MG, se tornou um divisor de águas na vida do povo de Salto da Divisa: antes, vida simples, mas digna; depois, sofrimento e injustiça crescente.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em dezembro de 1998, licitou a exploração do aproveitamento hidrelétrico das águas do rio Jequitinhonha, no município de Salto da Divisa, na região do Baixo Jequitinhonha, abrindo caminho, assim, para a construção da barragem e da hidrelétrica de Itapebi. Integrado pelo Grupo Neoenergia, formado por uma empresa espanhola - a Iberdrola (39%) -, Banco do Brasil (12%) e a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil - a PREVI (49%) -, o Consórcio Itapebi Geração de Energia S/A venceu a licitação (Cf. RIBEIRO, 2008). Em 2015, os acionistas do Grupo Neoenergia eram a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI), com 49,01% das ações da empresa, a Iberdrola, com 39%, e o Banco do Brasil, com 11,99.[2]
Os dados, acima, demonstram o capital internacional sendo investido no Brasil e se ampliando, pois a transnacional Iberdrola aumentou sua participação no consórcio de 39%, em 1998, para 49,01%, em 2015. O Estado brasileiro também investindo em barragens e construção de hidrelétricas, mas sem ter lucro, pois no caso da barragem e hidrelétrica de Itapebi, o Banco do Brasil, banco do Estado brasileiro, investiu 12%, em 1998, e 17 anos depois, estava apenas com 11,99% das ações. O dinheiro da previdência dos trabalhadores assalariados do Banco do Brasil também foi usado para financiar a construção da barragem e da hidrelétrica de Itapebi, mas sem ganho nenhum, pois em 1998 a PREVI investiu 49% do consórcio e 17 anos depois tinha os mesmos 49%. Conclusão: o grande projeto da barragem e da hidrelétrica de Itapebi, financiado em 61% com dinheiro do Estado brasileiro e de trabalhadores brasileiros, gerou ampliação de capital exclusivamente para uma transnacional: a Iberdrola.
Temos aqui um exemplo da aliança entre capital nacional e internacional: a espanhola Iberdrola com 39% das cotas, e o Banco do Brasil com 11,99%, banco que deveria ter de fato preponderância do interesse público, mas conjugado com o fundo de pensão dos bancários, a PREVI com 49,01% das cotas se associou para destroçar a vida de centenas de famílias que de forma austera e simples vivia feliz antes da construção da barragem. Não são apenas alguns patrões responsáveis pela opressão do povo, mas milhares de pessoas estão com as mãos sujas por sustentarem o capitalismo, que está gerando uma dramática injustiça social que campeia na região de Salto da Divisa, em Minas Gerais, na divisa com o estado da Bahia.
Ainda sem entender o que estava acontecendo, sem ser consultado, o povo do município de Salto da Divisa descobriu que o Grupo espanhol Iberdrola já estava com a Licença Prévia na mão, concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Logo após a licitação, seis meses depois, em julho de 1999, a Prefeitura Municipal de Salto da Divisa, MG, nas mãos das famílias Cunha Peixoto e Pimenta que se revezam no exercício do poder político municipal, por meio do Ofício nº 026/99, se posicionou dando anuência à implantação da barragem e da hidrelétrica de Itapebi. Estamos diante de um exemplo de comando compartilhado entre o poder político nacional, o estadual e o municipal. O coronelismo atuando em vários níveis. Com uma rapidez incrível, em setembro do mesmo ano, foi emitida a Licença de Instalação e, em dezembro de 2002, a Licença de Operação, atropelando centenas de famílias que foram encurraladas na Vila União, em um reassentamento precário.
A barragem e a hidrelétrica de Itapebi, com um lago artificial de 62 quilômetros² no rio Jequitinhonha, afetaram diretamente centenas de famílias pobres de Salto da Divisa, entre pescadores, extratores de pedra, lavadeiras e garimpeiros (de topázio e diamante), além de outras comunidades nos municípios de Itapebi, Itagimirim e Itarantim, todos na Bahia. O reassentamento foi feito em casas com muitos problemas de infraestrutura: goteiras, janelas que logo apodreceram, canos que arrebentaram logo no primeiro ano. A água da barragem, quase parada, iniciou processo de perda gradativa de qualidade, de acordo com relato de irmã Geraldinha: “A água está tão imunda que parece haver produtos químicos; há também vários animais mortos no lago. Antes do empreendimento a água era corrente e não havia este problema. A comunidade diz que depois do empreendimento não estão mais consumindo a água, estão usando água de fora. [...] A água tornou-se imprópria para o uso doméstico (...), lamacenta e com sujeiras que se acumulam nas margens não sendo possível lavar roupa, tomar banho, utilizar a água para fazer comida e outras coisas necessárias” (Relato de Irmã Geraldinha, uma das fundadoras do GADDH (Grupo de Apoio e Defesa dos Direitos Humanos de Salto da Divisa), extraído do Processo nº 1.22.000.002045/2006-08. Volume I).
Houve um aumento de doenças de pele e verminoses, além de intensa proliferação de mosquitos e pernilongos, nas proximidades da área alagada. Os Moradores denunciam ainda problemas referentes às alterações no modo de vida, agressão cultural grave, conforme expressa o relato de moradora de Salto da Divisa, durante Oficina de Cidadania e Justiça Ambiental, em 2009: “A gente tinha a nossa cachoeira que a gente aproveitava muito bem, era a nossa área de lazer. Aos domingos, minha mãe juntava a roupa da semana, colocava na cabeça, todo mundo com sua trouxa de roupa, caldeirão de feijoada, ia pra lá [para a beira do rio], passava o dia, a gente lá era feliz... E hoje? A gente não tem mais esse encontro. A gente tomava banho, a gente brincava na areia, a gente jogava bola, a gente corria, a gente brincava de esconde-esconde entre aquelas pedras. A coisa mais linda e bonita que a gente tinha [...] Então acabou com tudo isso. E como é que fica?”.
Aconteceram também muitos prejuízos e asfixia das formas camponesas de trabalho, como a exercida pelas lavadeiras, pelos pescadores, pelos garimpeiros e pelos extratores de pedra. Mas como tudo concorre para algum bem, essas injustiças levaram o povo a se organizar em associações, sempre estimulados por irmã Geraldinha. Eis um retrato dessa realidade revelado por Juvercilha Maria De Jesus, presidenta da Associação das Lavadeiras de Salto da Divisa, em Audiência do Ministério Público de Minas Gerais, na Câmara de Vereadores de Salto da Divisa, dia 08/6/2016: “E o que aconteceu é que nós exigimos a lavanderia, porque a gente lavava roupa no rio; lá a gente lavava, enxugava, trazia no ponto só de alisar e entregar pra patroa, era o nosso ganha pão. [...] Aí nós exigimos a lavanderia. Mas [...] eu nem sabia o que era lavanderia. [...] Então, um grupo de mulher, que vivia o tempo todo no rio, que ia de manhã e voltava de tarde, todo dia, sem depender de ninguém; ninguém pediu pra inundar o rio não, ninguém pediu ninguém pra fazer barragem. Nós tava vivendo sem precisar de barragem.”
Juvercilha relatou também: “A associação das lavadeiras está na justiça. Falaram que ia fazer a lavanderia, mas não foi feito do jeito que eles falaram. A pia é pequena e de plástico. Agora temos que pagar água e energia” (Juvercilha, na Audiência, dia 08/6/2016). Um funcionário da empresa Itapebi, a Neoenergia, propôs que as lavadeiras substituíssem a atividade de lavadeiras por um projeto de bordado e crochê. Indignadas, responderam: “Quando vocês [representantes da empresa] chegaram aqui, vocês não encontraram nenhuma de nós fazendo bordado e tricô não. Vocês nos encontraram lavando roupa pra sobreviver. Se a gente for aprender a fazer bordado e tricô pra sobreviver, até lá nós já morremos de fome” (Juvercilha, dia 08/6/2016).


Belo Horizonte, MG, 20/8/2019.

Referência.
RIBEIRO, Morel Queiroz da Costa. O Licenciamento ambiental de aproveitamentos hidroelétricos: o espaço da adequação. (Dissertação de Mestrado em Geografia). Belo Horizonte: IGC/UFMG, 2008. Disponível em http://gestaprod.lcc.ufmg.br/app/public/index.php/conflito/getFile/854

Obs.: Abaixo, vídeos que versam sobre o assunto apresentado, acima.
1 - Atingidos pela barragem de Itapebi em Salto da Divisa, MG: Irmã Geraldinha. 12/08/14



2 - Promotor do MP/MG, de Jacinto, MG: compromisso com os atingidos pela Barragem de Itapebi. 08/06/16



3 - Pescadores de Salto da Divisa, MG, exigem seus direitos pisados por empresas e barragem. 08/06 /16



4 - Vazanteiros de Salto da Divisa, MG, lutam pelos seus direitos pisados pela barragem. 08/06/16



5 - Pedreiros de Salto da Divisa, MG, lutam pelos seus direitos pisados pela barragem. 08/06/16



6 - Em Salto da Divisa, MG, casas desabando pela barragem de Itapebi e extratores pisados. 08/06/16



7 - Lavadeiras de Salto da Divisa, MG, exigem seus direitos pisados pela Itapebi com barragem. 08/06/16






[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas; assessor da CPT, CEBI, SAB, CEBs e Movimentos Sociais Populares; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG. E-mail: gilvanderlm@gmail.com – www.gilvander.org.br - www.freigilvander.blogspot.com.br             www.twitter.com/gilvanderluis             Facebook: Gilvander Moreira III
[2] O Grupo NEOENERGIA. Itapebi. Disponível em http://www.itapebi.com.br/


segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Lançamento oficial/XXII Romaria das Águas e daTerra/MG/Romaria/Arquidioc...





Lançamento oficial da XXII Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, em Romaria, Alto Paranaíba, Arquidiocese de Uberaba, MG – 11/8/2019.

Dia 11 de agosto, durante Missa Sertaneja, celebrada na Praça diante do Santuário da Mãe Abadia, com a participação das comunidades rurais do município de Romaria e dos setores da Paróquia, foi feito o lançamento da XXII Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, que acontecerá em Romaria, dia 10 de novembro próximo (2019), com o tema “Com a Mãe Abadia, as filhas e filhos e toda a natureza clamam em dores de parto!” e com lema: “Das águas sujas, em Romaria, na luta pela terra e pelas águas, fontes de vida!”. Após a realização de dezenas de romarias da terra no Triângulo Mineiro, pela 1ª vez acontecerá Romaria das Águas e da Terra em nível de estado na Arquidiocese de Uberaba, e serão anfitriões o arcebispo Dom Paulo Peixoto e o padre Márcio Ruback, reitor do Santuário de Romaria. A Romaria das Águas e da Terra já está acontecendo em processo. A imagem de São Francisco de Assis, patrono da romaria, está peregrinando por paróquias e comunidades da arquidiocese de Uberaba. Nos mês de agosto, setembro e outubro, as comunidades de toda a arquidiocese de Uberaba, nos seus Grupos de Reflexão, serão convidadas a realizar seis Encontros/Roteiros Bíblicos a partir do Tema e do Lema da XXII Romaria. Serão abordados assuntos, tais como: A XXII Romaria das Águas e da Terra de MG e as monoculturas, o agronegócio, a mineração, a crise hídrica, a devastação ambiental, agroecologia, agricultura familiar, uso abusivo de agrotóxicos na agricultura brasileira e a organização popular, imprescindível na resistência diante de tantas amputações de direitos trabalhistas, previdenciários e sociais. A XXII Romaria das Águas e da Terra de Minas Gerais tem como objetivo pastoral refletir, discutir e celebrar com as comunidades cristãs que lugar sagrado não são apenas os santuários e as catedrais e nem só padre, freira, pastor, bispo ou papa. A terra é sagrada, é mãe e é fonte de vida. “Água, fonte de vida” foi o tema da Campanha da Fraternidade de 2004. De fato, o “espírito de Deus está nas águas”, permeia e perpassa as águas, nos diz o segundo versículo da Bíblia. Portanto, se a humanidade continuar tratando terra e água como mercadorias, estará também acelerando o curso do fim da vida humana sobre o Planeta Terra, nossa única casa comum. Nas ondas da evolução, o Deus da vida criou toda a natureza para ser um jardim e quis que fôssemos jardineiros/as e cuidadores/ras da terra e das águas. O Paraíso terrestre não pode ser só uma coisa do passado, é preciso ser reconstruído.

Missa Sertaneja de Abertura da XXIII Romaria das Águas e da Terra do estado de Minas Gerais, na Praça diante do Santuário de Nossa Senhora da Abadia, em Romaria, na Arquidiocese de Uberaba, MG, dia 11/8/2019. Foto: Divulgação do Santuário da Mãe Abadia.

*Filmagem de frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI, e do Serviço de Comunicação do Santuário de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja, em Romaria/MG. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG.
*Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.