quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Alvimar da CPT e Maria Rosa Fortini segundo Antônio Maria Fortini: "fize...

Suspensão Temporária da Reintegração de Posse contra os Vazanteiros e Vazanteiras da Comunidade Barrinha, em Itacarambi, Norte de Minas Gerais. Nota da CPT/MG.

Suspensão Temporária da Reintegração de Posse contra os Vazanteiros e Vazanteiras da Comunidade Barrinha, em Itacarambi, Norte de Minas Gerais. Nota da CPT/MG.


A comunidade Vazanteira Barrinha ocupa sua terra tradicional, localizada em Área da União e uma decisão do TJMG – da des. Shirley Fenzi - cassou a liminar de Reintegração de Posse expedida pelo Juízo de Januária, no norte de Minas.   
A comunidade de Barrinha está localizada no município de Itacarambi, no Norte de Minas Gerais, na margem direita do Rio São Francisco. No dia 31 de maio de 2014, um grupo de aproximadamente 13 famílias Vazanteiras fez a retomada do seu território ancestral.
Segundo os relatos dos moradores mais antigos, das lideranças e estudos acadêmicos, os Vazanteiros foram expulsos de suas comunidades por volta do fim da década de 1960. Após isso os fazendeiros grilaram as áreas, mas as comunidades continuaram na região, utilizando a área para pesca, coleta e agricultura. Antes da retomada, a área estava sendo grilada por fazendeiros que usam da força e de ameaças para expulsar as verdadeiras famílias que dependem da terra para viver e trabalhar. O Prefeito de Janaúba conseguiu uma liminar na Comarca de Januária para expulsar a comunidade tradicional.
Por se tratar de uma área de LMEO/União, já levantada e identificada pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU) e, ainda, por ser um conflito coletivo, por decisão monocrática da desembargadora Shirley Fenzi, da 11ª CACIV do TJMG, a liminar foi cassada e declarado nulos todas as decisões e atos praticados pelo juízo de Januária, incompetente para julgar conflitos agrários. O processo foi transferido para a Vara Agrária de Minas Gerais.
A luta pelos Territórios Tradicionais continua e o Estado tem a obrigação de regularizar os essas áreas.
Solicitamos que o Comando da PM/MG, de Januária, suspenda a operação policial de despejo daquela comunidade anteriormente marcada para o próximo dia 02 de setembro de 2016, bem como, exigimos cessar qualquer meio de coação e de intimidação das lideranças ou famílias da Comunidade Tradicional de Barrinha. Recordamos que na Comunidade Esmeraldas, na qual, segundo a comunidade, foi utilizada violência policial e de pistoleiros contra as famílias de camponeses/as vazanteiras, habitantes tradicionais da Barra do Rio são Francisco, cuja denúncia noticia ação da PM/MG de modo excessivo, desmedida e desproporcional.

Assina essa Nota Pública,
Comissão Pastoral da Terra de Minas Gerais – CPT/MG.
Montes Claros, MG, Brasil, 31 de agosto de 2016,

dia de mais um golpe no Brasil: golpe parlamentar, jurídico, midiático e do capital. Dia 31, não 31 de março de 1964, mas 31 de agosto de 2016.

Alvimar da CPT na luta dos atingidos por Barragens segundo Jocely Andreo...

Alvimar da CPT ao lado dos quilombolas de Brejo dos Crioulos, Norte/MG: ...

Alvimar da CPT, semeador da mística das CEBs e luta por direitos: por Al...

Alvimar da CPT segundo Carlos Dayrell, do Centro de Agricultura Alternat...

Alvimar da CPT segundo o MST de MG: trabalho de base, unidade e coragem ...

terça-feira, 30 de agosto de 2016

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

TJMG assumiu fazer conciliação em 2a instância sobre Ocupações da Izidor...

COMPLETO discurso de Dilma Rousseff EM SUA DEFESA no Senado Impeachment ...

Memória de Alvimar da CPT na XXI Assembleia da CPT/MG na Zona da Mata/MG...

Carta da XXI Assembleia da CPT\MG: no campo e na cidade, luta pela terra e pelas águas, para além do capital.

Carta da XXI Assembleia da CPT\MG: no campo e na cidade, luta pela terra e pelas águas, para além do capital.


Nós, agentes de pastoral da CPT, camponeses e camponesas, reunidos/as no distrito de Belisário, município de Muriaé, na Zona da Mata Mineira, dias 26, 27 e 28 de agosto de 2016, realizamos a XXI Assembleia Estadual da Comissão Pastoral da Terra (CPT\MG), com a participação de 52 agentes de pastoral da CPT e representantes do campesinato – quilombolas, Sem Terra, Sem Casa, acampados, assentados, comunidades tradicionais (geraizeiros, indígenas, posseiros, vazanteiros, pescadores) e atingidos por barragens. Tivemos uma participação marcante de jovens e de mulheres que nos alertaram que relações de gênero sem machismo devem orientar nossas relações humanas. Fomos graciosamente acolhidos/as pelo povo de Belisário da Paróquia Santo Antônio, pelo Frei Gilberto Teixeira (FSMA) e por muitas famílias que abriram portas e corações para nos hospedar.
Com o tema No campo e na cidade, luta pela terra e pelas águas, para além do capital e o lema “Os clamores das filhas e filhos da terra e das águas chegaram até mim” (Êxodo 3,9), avaliamos os rumos da CPT/MG e renovamos nossa fé no Deus dos pobres e nos pobres de Deus e nossa convicção na caminhada libertadora, comprometidos/as com os pobres do campo e da cidade, seguindo os passos de Jesus de Nazaré  do seu Evangelho.  
Foram dias de intensa convivência, de celebração, de troca de experiências e de discussão entre os\as agentes da CPT/MG, camponesas e camponeses de todas as regiões de Minas Gerais. Sábado à noite na Igreja de Santo Antônio, com a comunidade católica de Belisário, celebramos os 40 anos da CPT no Brasil e fizemos memória de Alvimar Ribeiro dos Santos, “o Alvimar da CPT”, nosso irmão, pai, mestre e profeta, que partiu para a vida em plenitude dia 19 de agosto último. Depois, em uma calorosa noite cultural, muitas pessoas lutadoras da zona da Mata e de Minas Gerais foram homenageadas e incentivadas a continuar aguerridas na luta pela construção de uma sociedade justa, solidária e sustentável.
Alegramo-nos com tantas lutas por direitos sociais e ambientais na zona da Mata, região de minifúndios, de agricultura familiar agroecológica e cooperativas. Através da Campanha das Águas contra o Mineroduto da Mineradora Ferros a luta popular conquistou a interrupção do licenciamento ambiental, mas a luta continua, pois os interesses da mineradora permanecem. 
Reafirmamos nossa presença solidária junto aos camponeses e camponesas no processo de luta pela terra e por uma Reforma Agrária Popular, tão necessária e urgente, frente à reconcentrada estrutura agrária brasileira, em que o agronegócio e outros projetos do capital causam tanta destruição e injustiça socioambiental. Neste sentido, continuaremos com o apoio às comunidades e povos tradicionais que, em processos de luta e retomada de seus territórios ancestrais, reafirmam suas identidades no caminho do Bem Viver, que prima pela felicidade compartilhada no respeito a todas as dimensões da vida.
Renovamos nosso compromisso com as populações do campo, da floresta e das águas que enfrentam os grandes projetos que visam apenas o lucro e causam morte: mineração, grandes barragens, agronegócio e monoculturas, projetos que propagam progresso para alguns e devastação socioambiental para a maioria, projetos que expropriam comunidades e sacrificam a biodiversidade da vida. Na cidade, continuaremos ao lado de todos que lutam contra a especulação imobiliária e os projetos de cidades empresas e, assim, lutando por cidades que caibam todos e todas, com direitos sociais respeitados.
Denunciamos o processo de impeachment da Presidenta da República Dilma Rousseff como golpe político, parlamentar judicial e midiático, uma vez que não há suficiente comprovação de crime de responsabilidade. Não reconhecemos o governo interino e ilegítimo de Michel Temer e denunciamos suas políticas neoliberais de gravíssimos cortes de direitos sociais. As classes trabalhadoras do campo e da cidade, mais uma vez, estão sendo sacrificadas na reciclagem do sistema do capital.

Indignados, repudiamos e denunciamos:
- as ações da mineradora Rio Pomba, que em 2006 e 2007, com dois rompimentos criminosos de uma barragem causou devastação socioambiental no rio Muriaé em dez municípios e até hoje não indenizou de forma justa todas as famílias atingidas. Somente nos municípios de Miraí e Muriaé mais de 12 mil famílias foram golpeadas pela lama da mineradora Rio Pomba. A mineradora CBA – Companhia Brasileira de Alumínio -, do grupo Votorantim, na região da Zona da Mata mineira desde 1993 minerando bauxita, com uma grande barragem de rejeitos, e insiste em ampliar a mineração inclusive para dentro do Parque Estadual Serra do Brigadeiro (PESB), o que é inadmissível. A mineradora Yamana Gold está causando uma imensa devastação socioambiental na região Norte de Minas, em Riacho dos Machados. A mineradora Vale obteve junto ao Governo de Minas licenciamento ambiental obsceno, execrável e repugnante para construir a Barragem Maravilhas III, na região metropolitana de Belo Horizonte. Após o crime hediondo da Samarco\VALE\BHP, em Mariana, em 05 de novembro de 2015, que matou 19 pessoas e sacrificou o rio Doce com lama tóxica, é injustiça que clama aos céus o Governo de Minas, do PT, e Assembleia Legislativa terem aprovado Projeto de Lei flexibilizando ainda mais os licenciamentos ambientais. Denunciamos o conluio do Estado com as mineradoras e com as empresas do agronegócio em Minas Gerais.
- O caos hídrico em muitas regiões de Minas já se instalou. Após o secamento de lagoas, córregos e rios e milhares de nascentes, quem pode está recorrendo a poços artesianos que, inclusive, estão secando após alguns anos de uso.
- O projeto Jaíba, além de ter matado o rio Verde Grande, não paga energia como paga outras empresas e a população.
Com a bênção do Deus da vida, com a presença espiritual e profética de Rosa Maria Fortini e Alvimar Ribeiro dos Santos, valorosos companheiros que nos deixaram fisicamente, mas continuam presentes em nós de muitas formas, com as energias inspiradoras da XXI Assembleia da CPT\MG nos despedimos para continuar na luta ao lado das camponesas e dos camponeses de Minas Gerais e do Brasil, em um período que se anuncia ainda mais adverso aos direitos humanos fundamentais e sociais. Com a força de Jesus ressuscitado, vencedor das forças da morte, havemos de vencer. Essa é nossa fé, nossa esperança e nosso compromisso.

Belizário, Muriaé, zona da Mata mineira, 28 de agosto de 2016.



sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Alvimar Ribeiro dos Santos, “o Alvimar da CPT”, faleceu e ressuscitou hoje para a vida em plenitude. Nota da CPT/MG, em 19/08/2016, às 09:35hs.

Alvimar Ribeiro dos Santos, “o Alvimar da CPT”, faleceu e ressuscitou hoje para a vida em plenitude. Nota da CPT/MG, em 19/08/2016, às 09:35hs.


Comovidos informamos que nosso mestre, pai e grande companheiro de luta pela terra na Comissão Pastoral da Terra (CPT), em Minas Gerais, ALVIMAR RIBEIRO DOS SANTOS, “Alvimar da CPT”, faleceu e ressuscitou hoje, sexta-feira, dia 19/08/2016, às 05:00h da madrugada no Hospital Santa Casa em Montes Claros, no Norte de Minas. O sepultamento será hoje, 6f., dia 19/08/2016, por volta das 17:00h, em Montes Claros, MG). O velório será na paróquia de Santos Reis, à avenida Pedro Mendonça, na Capela Santos Reis, em Montes Claros. Nosso abraço solidário à família de sangue de Alvimar e à família CPT e a todos/as os/as companheiros/as de luta. Quem puder participar junto conosco em Montes Claros junto com a família, bem-vindos/as!
Alvimar Ribeiro dos Santos nasceu no campo no município de Montes Claros, dia 13 de julho de 1955, tem 61 anos: um pai, mestre e profeta na luta pela terra e por direitos sociais em Minas Gerais, especialmente no Norte e Noroeste de Minas. Alvimar participa da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Minas Gerais desde 1982 (34 anos de CPT), é um dos fundadores da Comissão Pastoral da Terra no Norte de MG. Exerceu várias profissões, “mas a que mais gosto é de ser pedreiro”, nos disse Alvimar dia 11/07/2016, quando gravamos 135 minutos de Entrevista com ele (entrevista que está no youtube, em 4 partes). Alvimar foi presidente do Sindicato da Construção Civil de Montes Claros e diretor atual do SETHAC e diretor da FETHEMG; ajudou a fundar muitos STRs no Norte e Noroeste de MG nas décadas de 1980 e 1990; ajudou a construir várias oposições sindicais; foi um dos fundadores e diretor da CUT regional do Norte de MG; foi coordenador estadual da CPT/MG muitos anos em vários mandatos; foi um dos fundadores do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (C.A.A), em 1985, e um de seus coordenadores; atuou na luta e resistência dos posseiros de cachoeirinha em Verdelândia, de  São Francisco, de Serra das Araras e outras comunidades. Alvimar foi companheiro de Eloy Ferreira, do Sr. Júlio Miranda, dos mártires do povo indígena Xacriabá, enfim de 32 companheiros assassinados na luta pela terra no Norte e Noroeste de Minas nos últimos 40 anos; Sem Alvimar, a organização sindical do norte de Minas Gerais não estaria onde está. Ele foi o primeiro a plantar a semente da agroecologia no norte de Minas e em várias partes do Brasil criando o Centro de Agricultura Alternativa (C.A.A), do Norte de Minas. Ele foi o grande defensor dos posseiros, agricultores familiares extrativistas e pescadores da região. Homem sábio, ponderado, forte e decidido, corajoso. Fez reunião com 38 na mesa com posseiros, na região de Porteirinha; foi coordenador da Casa de Pastoral Comunitária (Pastorais Sociais) da Arquidiocese de Montes Claros; foi coordenador da Cáritas da Arquidiocese de Montes Claros; participante assíduo das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), Alvimar estava terminando o curso de preparação bíblico-teológica para ser ordenado Diácono Permanente da Arquidiocese de Montes Claros. Alvimar, entre tantas tarefas, era um “conselheiro do arcebispo de Montes Claros, dom José Alberto de Moura”.
 Alvimar da CPT, um defensor intransigente dos direitos sociais do campesinato: posseiros, quilombolas, geraizeiros, vazanteiros, sem-terra e dos indígenas, tendo contribuído muito na reconquista do território do povo indígena Xacriabá e do território quilombola de Brejo dos Crioulos, no Norte de Minas.
Alvimar teve ao seu lado em 45 anos de matrimônio Lúcia Helena Costa dos Santos: um mar de bondade, mulher lutadora e de uma força interior infinita. Alvimar e Lúcia têm uma filha: Graziele dos Santos Fortini e três filhos: Cristian Jonas Costa dos Santos , de 35 anos, Daniel Costados Santos, de 32 anos e Osvaldo Samuel Costa dos Santos, 31 anos; e três netas: Amanda Cristina Amarante Santos, Júlia Alcântara Santos e Maria Clara Santos Fortini  e dois netos: João Gabriel Santos Fortini e Uirá Moreno Nascimento Santos.
Alvimar tem uma imensa família de companheiras e companheiros de luta pela terra e por direitos sociais. Ao Alvimar nossa eterna gratidão por ter sido Homem comprometido pra valer com a luta da classe camponesa oprimida e com a classe trabalhadora. Pessoa íntegra, ética e religiosa segundo a Teologia da Libertação. Mesmo que você morra, Alvimar, você terá vida eterna e plena e continuará sempre muito vivo em nós, na luta por uma Terra Sem Males, terra partilhada e socializada para que todos e tudo tenham vida em abundância e liberdade. Enfim, Alvimar Ribeiro dos Santos, o Alvimar da CPT, fez e é muito mais do que o que noticiamos aqui em um levantamento às pressas. Convocamos a quem puder a escrever ou a nos ajudar a reunir fotos, vídeos e relatos de lutas empreendidos pelo nos Alvimar, um profeta Amós no nosso meio.
Eis, abaixo, links da Entrevista de 135 minutos, em 4 partes, que gravamos com Alvimar Ribeiro dia 11/07/2016 na casa dele e da Lúcia, em Montes Claros:

Assina essa Nota,
Comissão Pastoral da Terra (CPT/MG).
Belo Horizonte, MG, Brasil, 19/08/2016.

Contatos para maiores informações:
Com Paulo Faccion: cel. 38 98825 0366 ou Alexandre(Alemão), cel. 38 991940347.
Nota publicada no seguinte link:



quarta-feira, 17 de agosto de 2016

CEBs e CPT contra mineração no Norte de MG. Alvimar da CPT: "Não querem...

Alvimar Ribeiro dos Santos, “o Alvimar da CPT”, está passando para a vida eterna, vida plena. Nota da CPT/MG, em 17/08/2016.

Alvimar Ribeiro dos Santos, “o Alvimar da CPT”, está passando para a vida eterna, vida plena. Nota da CPT/MG, em 17/08/2016.


Profundamente comovidos, informamos que após esperar na fila para transplante de fígado, após pegar infecção na medula e já com alguns dias no CTI do Hospital Santa Casa de Misericórdia, de Montes Claros, MG, o Alvimar da CPT, como carinhosamente muitos o chamam, está, segundo boletim médico de ontem às 23:00hs, dia 16/08/2016, quase confirmado clinicamente com morte encefálica. O próximo boletim médico será hoje, quarta-feira, dia 17/08/2016, às 14:00h.
Alvimar Ribeiro dos Santos nasceu no campo no município de Montes Claros, dia 13 de julho de 1955, tem 61 anos: um pai, mestre e profeta na luta pela terra e por direitos sociais em Minas Gerais, especialmente no Norte e Noroeste de Minas. Alvimar participa da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Minas Gerais desde 1982 (34 anos de CPT), é um dos fundadores da Comissão Pastoral da Terra no Norte de MG. Exerceu várias profissões, “mas a que mais gosto é de ser pedreiro”, nos disse Alvimar dia 11/07/2016, quando gravamos 135 minutos de Entrevista com ele (entrevista que está no youtube, em 4 partes). Alvimar foi presidente do Sindicato da Construção Civil de Montes Claros e diretor atual do SETHAC e diretor da FETHEMG; ajudou a fundar muitos STRs no Norte e Noroeste de MG nas décadas de 1980 e 1990; ajudou a construir várias oposições sindicais; foi um dos fundadores e diretor da CUT regional do Norte de MG; foi coordenador estadual da CPT/MG muitos anos em vários mandatos; foi um dos fundadores do Centro de Agricultura Alternativa (C.A.A), em 1985, e um de seus coordenadores; foi coordenador da Casa de Pastoral Comunitária (Pastorais Sociais) da Arquidiocese de Montes Claros; foi coordenador da Cáritas da Arquidiocese de Montes Claros; participante assíduo das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), Alvimar estava terminando o curso de preparação bíblico-teológica para ser ordenado Diácono Permanente da Arquidiocese de Montes Claros. Alvimar, entre tantas tarefas, era um “conselheiro do arcebispo de Montes Claros, dom José Alberto de Moura”.
 Alvimar da CPT, um defensor intransigente dos direitos sociais do campesinato: posseiros, quilombolas, geraizeiros, vazanteiros, sem-terra e dos indígenas, tendo contribuído muito na reconquista do território do povo indígena Xacriabá e do território quilombola de Brejo dos Crioulos, no Norte de Minas.
Alvimar teve ao seu lado em 45 anos de matrimônio Lúcia Helena Costa dos Santos: um mar de bondade, mulher lutadora e de uma força interior infinita. Alvimar e Lúcia têm uma filha: Graziele dos Santos Fortini e três filhos: Cristian Jonas Costa dos Santos , de 35 anos, Daniel Costados Santos, de 32 anos e Osvaldo Samuel Costa dos Santos, 31 anos; e três netas: Amanda Cristina Amarante Santos, Júlia Alcântara Santos e Maria Clara Santos Fortini  e dois netos: João Gabriel Santos Fortini e Uirá Moreno Nascimento Santos.
Alvimar tem uma imensa família de companheiras e companheiros de luta pela terra e por direitos sociais. Ao Alvimar nossa eterna gratidão por ter sido Homem comprometido pra valer com a luta da classe camponesa oprimida e com a classe trabalhadora. Pessoa íntegra, ética e religiosa segundo a Teologia da Libertação. Mesmo que você morra, Alvimar, você terá vida eterna e plena e continuará sempre muito vivo em nós, na luta por uma Terra Sem Males, terra partilhada e socializada para que todos e tudo tenham vida em abundância e liberdade.

Contatos para maiores informações:
Com Samuel (filho), cel. 38 99733 5608; Lúcia (esposa): 38 3014 7141 ou Paulo Faccion: cel. 38 98825 0366.

Eis, abaixo, links da Entrevista de 135 minutos, em 4 partes, que gravamos com Alvimar Ribeiro dia 11/07/2016 na casa dele e da Lúcia, em Montes Claros:


Pela Comissão Pastoral da Terra (CPT/MG), frei Gilvander Moreira.

Belo Horizonte, MG, Brasil, 17/08/2016.

Filme “Na missão, com Kadu”: do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, a luta do povo das Ocupações da Izidora torna-se mais viva na memória da vida de Kadu.

Filme “Na missão, com Kadu”: do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, a luta do povo das Ocupações da Izidora torna-se mais viva na memória da vida de Kadu.


Um clamor ensurdecedor por moradia, por direitos sociais, por respeito dignidade humana e contra a repressão policial e contra o conluio dos governos com o capital.

Dia 12 de agosto de 2016, à noite, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, MG, na sala Humberto Mauro, superlotada, aconteceu a exibição do Filme-documentário “Na missão, com Kadu”, dos cineastas Aiano Mineiro e Pedro Maia de Brito.  Muita gente chorou durante a exibição. Ao final, houve uma roda de conversa sobre o Filme “Na missão, com Kadu” e os outros três curtas apresentados. “Na missão, com Kadu” foi gravado com o próprio Kadu (Ricardo Freitas) quatro meses antes de ele ser assassinado dia 22/11/2015 em uma emboscada na entrada da Ocupação-comunidade Vitória, uma das três ocupações da Izidora, em Belo Horizonte e Santa Luzia, MG.
O filme foi construído a partir das gravações que Kadu fez durante repressão da polícia Militar do estado de Minas Gerais[1] a uma manifestação com mais de 2 mil pessoas que pacificamente marchavam na Linha Verde (MG-010) rumo à Cidade Administrativa, sede do Governo de Minas, em Belo Horizonte, MG, na manhã do dia 19 de junho de 2016.
O filme mostra, sem ficção, realidade nua e crua da repressão perpetrada:  durante mais de 30 minutos, a tropa de choque e helicóptero da PM/MG jogaram bombas de gás lacrimogêneo no povo e atiraram sem piedade. Mais de 90 pessoas foram feridas por tiros de balas de borracha e mais de 40 foram presos, após serem feridos covardemente. Várias pessoas idosas e crianças quase morreram sufocadas por gás lacrimogêneo no pânico disseminado pela repressão policial. Uma das muitas bombas jogadas do helicóptero da PM/MG caiu no colo de Alice, uma criança de 8 meses, que estava no carrinho de bebê. Sua mãe puxou a criança do carrinho e a bomba estourou no chão ao cair do colo de Alice. A frauda da criança ficou queimada pela bomba. A mãe saiu desesperada com a criança sufocada pelo gás. Por um trisco a PM de MG não assassinou ali na hora Alice, uma criança de 8 meses, filha de Gleiciane, da Ocupação Esperança.[2]
No teatro superlotado todos foram unânimes ao dizer que os 25 desembargadores do TJMG, da Corte Superior, devem assistir ao filme “Na missão, com Kadu”, antes de julgarem o Mandado de Segurança. Todas as autoridades e toda a sociedade também devem assistir ao filme. Infelizmente, a PM de MG continua truculenta inclusive diante das legítimas reivindicações por direitos sociais como o direito a moradia digna e adequada.
O filme questiona com veemência a postura cruel da PM de MG e o governador Fernando Pimentel, do PT, que autorizou ou deixou uma repressão absurda ocorrer. Recordamos que as Ocupações da Izidora – Rosa Leão, Esperança e Vitória – com cerca de 8 mil famílias já construíram em 3,3 anos de luta cerca de 5 mil casas de alvenaria. Sobre os documentos da Granja Werneck pairam sérios indícios de grilagem de terra, cadeia dominial falsa e escrituras falsas. Além de uma decisão do STJ que proíbe o Estado de Minas fazer a reintegração de posse, há uma Ação Civil Pública absurdamente não julgada há mais de 3 anos.
 Enfim, o filme “Na missão, com Kadu” decreta mais uma vez que tentativa de despejos nas Ocupações da Izidora podem causar um massacre de proporções inimagináveis. O filme é um apelo muito forte para que o TJMG, a prefeitura de Belo Horizonte, Governo de Minas, Granja Werneck S.A e Construtora Direcional de fato aceite um processo de negociação justa, idônea se superar de forma justa e pacífica esse que é um dos maiores conflitos fundiários e sociais do Brasil.
O filme “Na missão, com Kadu” recebeu o prêmio do júri de Melhor Filme da Competitiva Nacional e também o prêmio do público como o Melhor Filme pelo Júri Popular.

Assinam essa Nota Pública,
Comissão Pastoral da Terra (CPT),
Brigadas Populares
Movimento de luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB)
Coletivo Margarida Alves de Assessoria Popular
Coordenações das Ocupações-comunidades Vitória, Esperança e Rosa Leão.

Belo Horizonte, MG, Brasil, 17 de agosto de 2016





[2] Cf. no link, a seguir, relato da mãe de Alice e da irmãzinha dela: PM joga bomba em crianças e quase mata uma criança: https://www.youtube.com/watch?v=VYUPMom2c1U

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Alvimar Ribeiro convidando para o III Congresso da CPT em Montes Claros,...

Conselho Nacional dos Direitos Humanos irá para Minas Gerais discutir moradia e proteção aos defensores de direitos.


Nota do dia 12/08/2016.

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) aprovou a formação de uma Comissão de representantes que irá para Minas Gerais, ainda em agosto, dialogar com autoridades sobre a situação da moradia, especialmente das famílias que formam, desde maio de 2013, as ocupações da Izidora, em Belo Horizonte e Santa Luzia, MG. São cerca de oito mil famílias que vivem em área abandonada há cerca de 40 anos, localizada no vetor norte de Belo Horizonte, e que hoje estão ameaçadas de despejo, por força de decisão judicial que autoriza a reintegração de posse.
O Conselho também cobrará ações de proteção às pessoas que atuam na defesa dos direitos humanos no local. Integrantes de organizações da sociedade civil que apoiam as ocupações denunciaram ao órgão colegiado a ocorrência de quatro assassinatos de lideranças, inclusive de um adolescente. Outros têm sido constantemente ameaçados, sem que isso tenha mobilizado ações do estado, conforme os denunciantes. Ao contrário, as organizações também afirmaram que há frequentes casos de violência perpetrados pelo poder público, especialmente pelas forças policiais, com a repressão do dia 19 de junho de 2015.
Integrante do CNDH e da comissão que irá ao estado, Darci Frigo explica que “o Conselho Nacional de Direitos Humanos é um órgão criado por lei e que tem o dever de proteger direitos, bem como as pessoas e grupos que lutam em defesa deles. Já há tempos nós temos recebido com preocupação denúncias sobre violações ao direito à moradia e, inclusive, de ameaças e assassinatos na área da Izidora. Por isso nós vamos ao estado de Minas Gerais verificar a situação atual e cobrar proteção à vida das pessoas e solução da questão habitacional”.
O grupo formado é composto por integrantes da Comissão Permanente Defensores e Defensoras de Direitos Humanos e Enfrentamento à Criminalização de Movimentos Sociais, entre os quais representantes do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União e de organizações da sociedade civil. A agenda aprovada para a missão em Minas comporta, além de visita às ocupações da Izidora, reuniões com o Governo do estado, com integrantes do Poder Judiciário, com movimentos sociais e outros órgãos. Em seguida, deverá ser produzido relatório com recomendações para os agentes públicos que têm o dever de garantir direitos.

Informações com:
Secretaria do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) – tel. (61)2027.3403 | (61) 2027.3957

Essa nota está publicada no site com link, abaixo:



ANGLO AMERICAN: A TRUCULÊNCIA DA MINERADORA QUE PREGA DIÁLOGO. 16/08/2016.

ANGLO AMERICAN: A TRUCULÊNCIA DA MINERADORA QUE PREGA DIÁLOGO

Mineradora fala em dialogar com comunidades, mas age para criminalizar atingidos em Conceição do Mato Dentro, MG, Brasil.


 Diante das recentes ações da mineradora Anglo American contra as comunidades atingidas por suas operações, as instituições abaixo assinadas denunciam: é preciso cortar e vencer o estado de impunidade, a violência rotineira e a humilhação a que são submetidos cidadãos que agem de forma pacífica, mas determinada, para frear a injustiça e as táticas de criminalização usadas para calar a manifestação da indignação coletiva.
 No último dia 08 de agosto, os atingidos pelo Projeto Minas-Rio, em protesto, fecharam a rodovia MG-10 na altura de Conceição do Mato Dentro, reivindicando o reassentamento de comunidades que se encontram em situação de risco e precariedade, devido à proximidade das instalações da empresa. Além do temor pela possibilidade de rompimento da barragem de rejeitos, localizada acima de suas residências, os moradores das comunidades no entorno do empreendimento sofrem constantemente com a falta de água, o excesso de poeira, tremores e mau cheiro, degradação dos cursos d’agua, fatos que escancaram a urgência de seu reassentamento.
 Em nota à imprensa, a Anglo American afirmou que "mantém diálogo aberto com a comunidade", com foco em "trabalhar para uma convivência cada vez mais harmônica entre a empresa e a população vizinha à sua operação". Porém, as práticas da empresa em relação aos atingidos mostram o extremo oposto do que a empresa afirma.
 No último dia 08 de agosto, prepostos da Anglo American e policiais civis, enviados para intimidar a manifestação das comunidades injustiçadas, foram os mesmos de sempre: parte do grupo denominado RCC (Relação com a Comunidade). Isto é, os que, desde 2007, utilizam expedientes para constranger, vigiar, ludibriar e violar direitos de moradores locais. É o caso de agentes a serviço da mineradora, que, fazendo-se passar por representantes do Estado, valem-se da boa fé de pessoas simples, para adentrar suas propriedades para medir  a vazão de água de suas bicas, quando a recíproca é inimaginável. Os mesmos que, recentemente, se fizeram acompanhar por oficiais de cartório e pressionaram pessoas das comunidades rurais a assinarem autorizações para intervenções em suas propriedades, sob o argumento de que, caso os documentos não fossem assinados, a “suposta” ordem judicial faria valer o poder da Polícia para impor a finalidade pretendida.
 A falácia do “diálogo” evidencia-se diante da ação desproporcional da força policial contra os atingidos e das várias denuncias já realizadas pela comunidade sobre interferências no comando de policiamento e da segurança privada local, por policiais reformados - atualmente empregados na mineradora. Prova incontestável da nível de diálogo praticado pela Anglo American é o ajuizamento, por advogados da empresa, de ação de interdito proibitório contra três membros das comunidades em julho de 2015.
 Sob o argumento da posse de uma fazenda da Anglo American, em Conceição do Mato Dentro, vir ser molestada, a mineradora requereu que a Justiça concedesse liminar com fixação de multa contra líderes comunitários. E, mesmo diante da negativa da liminar sob o fundamento de inexistência de ameaça séria à posse da mineradora, sobretudo porque a manifestação popular havia sido realizada na rodovia MG-10, o pedido foi renovado no último dia 08 de agosto em razão de nova manifestação realizada no mesmo local pela comunidade – esta sim molestada pela arrogância cotidiana da Anglo American.
 O interdito proibitório com o pedido de obrigação de “não fazer” tem sido prática recorrente das empresas mineradoras que pretendem criminalizar e marginalizar aqueles que lutam por vida digna, ameaçados pelo secamento de suas nascentes, pela precarização das condições de vida em função das atividades da mineradora e pelo risco gerado por barragens de rejeitos, como a da Anglo American, situada a distância entre 1 a 8 km de suas residências.
 Além disso, vale ressaltar que essa forma de atuação da empresa é uma violação do direito fundamental dos cidadãos à livre manifestação e liberdade de reunião, garantido pela Constituição de 1988, no seu art. 5°, inciso IV. Tal direito não se materializa senão sob a forma de protestos que possibilitem a exposição de seus argumentos, reivindicações e insurgência contra a violação de direitos fundamentais – para chamar a atenção de opinião pública e das autoridades.

 A Justiça há que prevalecer
Outros exemplos de perseguição, assédio e violência da Anglo American, foram vivenciadas por acadêmicos e jornalistas, como o episódio de uma reportagem da Rádio CBN, relatado no VIII Encontro Nacional de História da Mídia, em 2010. De acordo com o relato, uma equipe da CBN, com base em denúncias dos atingidos sobre as violações de direitos, realizava reportagem em Conceição do Mato Dentro, ocasião em que foi perseguida “por carros da mineradora nas estradas vicinais do município”. A reportagem foi divulgada em rede nacional, apesar das ameaças dos agentes de segurança da Anglo American, de processarem a equipe jornalística.
 Os movimentos e organizações sociais abaixo assinados vêm solidarizar-se com as comunidades impactadas pelo Projeto Minas-Rio, denunciar a pressão das empresas de mineração sobre a Justiça brasileira, e manifestar sua confiança nos princípios constitucionais ora ameaçados. A impunidade e irresponsabilidade da mineradora Anglo American não podem prevalecer sobre o legítimo direito das populações atingidas defenderem vida digna, meio ambiente equilibrado e segurança para suas famílias.

 Assinam essa Nota Pública:
REAJA - Rede de Articulação e Justiça dos Atingidos pelo Projeto Minas-Rio
ABRACE a Serra da Moeda
ADDAF – Associação de Defesa e Desenvolvimento Ambiental de Ferros
AFES- Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade
ANAÍ- Associação Nacional de Ação Indigenista
Brigadas Populares
FONASC- Fórum Nacional da Sociedade Civil nos Comitês de Bacias HIdrográficas;
GEDMMA/UFMA- Grupo de Estudos Desenvolvimento Modernidade e Meio Ambiente da Universidade Federal do Maranhão
GESTA – Grupo de Estudo em Temáticas Ambientais;
Igreja & Mineração – Brasil
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
Justiça Global
MAM – Movimento pela Soberania Popular na Mineração
Mandato Coletivo Flavio Serafini - deputado estadual RJ
Movimento de Defesa da Serra do Rola Moça Sempre Viva
Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela
MovSAM- Movimento pelas Serras e Águas de Minas
NISA/UNIMONTES – Núcleo Interdisciplinar de Investigação Socioambiental
PoEMAS- Grupo Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade da UFJF
SINFRAJUPE - Serviço Interfranciscano de Justica, Paz e Ecologia –
SOS - Serra da Piedade
UNICON- Unidos por Conceição
Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Conceição do Mato Dentro, MG, Brasil, 16 de agosto de 2016.


terça-feira, 9 de agosto de 2016

Peso da opressão/violência da especulação imobiliária e do sistema do capital na vida de milhares de famílias. Por frei Gilvander, 09/08/2016.

Peso da opressão/violência da especulação imobiliária e do sistema do capital na vida de milhares de famílias.

Por frei Gilvander Moreira, BH, 09/08/2016.

Nas ocupações da Izidora, em Belo Horizonte e Santa Luzia, em três Ocupações – Rosa Leão, Esperança e Vitória – estão há 3,3 meses cerca de 8.000 famílias vivendo e resistindo. Já construíram na raça cerca de 5.000 casas nas três comunidades. Se cada família das ocupações da Izidora estivesse debaixo da cruz do aluguel pagando por mês 600 reais de aluguel + 150 de energia para a CEMIG + 100 reais de água para a COPASA, estariam pagando por mês 850,00. As 8000 famílias, em um mês, estariam pagando 6.800.000,00; por ano 81,6 milhões de reais e em 3 anos já teriam queimado em aluguel, energia e água um total de 244,8 milhões de reais. Dessa violência, que é supexploração, as 8.000 famílias nas Ocupações da Izidora estão livres há 3,3 anos.
Por outro lado, as 144.707 famílias, que segundo pesquisa da Fundação João Pinheiro estão sem moradia, em 2013, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão pagando por mês 123.000.950 reais por mês; 1,4 bilhão de reais por ano e em 3 anos terão sido sacrificadas em 4,2 bilhões de reais. A matemática aqui revela que realmente a cruz do aluguel, da especulação imobiliária, do sistema do capital, está insuportável, não dá para carregar, mas apenas para ser arrastada. Feliz quem acorda e percebe essa violência/injustiça e se une aos companheiros/as para lutar de forma coletiva por moradia própria, digna e adequada. Enquanto morar for um privilégio, a cruz do aluguel, a covardia da especulação imobiliária e a injustiça do sistema do capital existir, a solução é ocupar de forma organizada e conquistar na raça da luta coletiva moradia digna, um direito constitucional, um bem querido pelo Deus da vida para todas as pessoas. Qual o tamanho do lucro/furto de quem acumula com aluguéis de apartamentos, barracos, taxis, hotéis, automóveis, máquinas etc? Quem souber os dados, favor nos informar.
Abraço na luta. Frei Gilvander Moreira

sábado, 6 de agosto de 2016

INCÊNDIO NA MATA DO PLANALTO, EM BELO HORIZONTE, MG, dia 05/08/2016, PODE SER CRIMINOSO.

INCÊNDIO NA MATA DO PLANALTO, EM BELO HORIZONTE, MG, ontem, dia 05/08/2016, PODE SER CRIMINOSO.

O incêndio começou por volta de 16 horas nesta sexta, 05/08/2016, e até o início da noite ainda os bombeiros tentavam apagar alguns focos espalhados. De acordo com os moradores o incêndio é criminoso.
Há 10 dias um incêndio destruiu parte do Parque Planalto, contíguo à Mata do Planalto, onde há nascentes que irrigam também a Mata. Os incêndios estão sendo apurados para identificar os criminosos.
Quem pôs fogo na Mata do Planalto, em Belo Horizonte, MG, ontem, dia 05/08/2016, dia da morte e ressurreição de Vander Lee e dia da abertura das Olimpíadas no Rio de Janeiro, cometeu um crime grave. Recebendo ou não, consciente ou não,  está do lado da Construtora Direcional, do COMAM e da Prefeitura de Belo Horizonte que insistem em devastar a Mata do Planalto para construir nela 760 aptos de luxo, cada um acima de 2 milhões de reais. Exigimos que a polícia civil e o ministério Público apurem o crime. Exigimos vigilância da Polícia Ambiental para que não se repita esse crime assassino da vida de milhares de seres vivos. E conclamamos a toda a vizinhança que esteja atenta, anote, fotografe e grave qualquer pessoa que se atreva a colocar novamente fogo na Mata do Planalto. A Mata da Planalto é sagrada, é moradia de milhões de seres vivos e, por isso não pode ser tocada. Abraço indignado na luta em defesa da Mata do Planalto. frei Gilvander Moreira, pela CPT. 
Assista ao vídeo no link, abaixo:

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Palavra Ética/TVC/BH: Verônica Pimenta, repórter detida pela PM em despe...

Palavra Ética/TVC/BH: Carlos Pronzato, cineasta documentarista de lutas ...

Vander Lee, presente em nós, na arte de cantar e nos encantar! Dia 05/08/2016, dia da partida de Vander Lee para vida em plenitude.

Vander Lee, presente em nós, na arte de cantar e nos encantar!

O dia 05/08/2016, mais do que início das Olimpíadas no Brasil, entrará para a história como o dia em que o cantor e compositor mineiro Vander Lee morreu e ressuscitou. Tive a alegria de assistir a alguns shows de Vander Lee. No início de dezembro de 2007, antes de um show, em BH, me aproximei dele e perguntei a ele o que ele pensava sobre a Transposição do rio São Francisco, Vander Lee me disse: "É uma obra injusta." A última vez que vi e me alegrei vendo e ouvindo Vander Lee cantar foi em um show dos violeiros na Funarte ocupada em Belo Horizonte. Lá estava Vander Lee reforçando a luta por FORA TEMER e contra os golpistas, lutando por democracia e por direitos sociais. Vander Lee, pessoa simples e humilde. Homem discreto e sábio, portador de uma voz linda. Continuaremos ecoando suas músicas com letras eloquentes, que nos faz refletir e refresca nosso espírito e nosso corpo. Comovido, digo: Vander Lee, difícil entender porque você partiu antes do tempo. Perdemos apenas sua presença física, mas você continuará presente em nós de inúmeras outras formas. Muito obrigado amigo-irmão, Vander Lee. Continuarei carregando seu nome no meu nome: GilVANDER. Você fez a diferença e semeou sementes para seguirmos na construção de uma sociedade justa, solidária, com alegria e festa para todos. Vander Lee, PRESENTE SEMPRE EM NÓS, na arte de cantar e nos encantar! Eis no link, abaixo, uma de suas inúmeras músicas.