segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Frei Gilvander se posiciona sobre o PL Escola Sem Partido em Belo Horizo...



Frei Gilvander se posiciona sobre o PL “Escola Sem Partido”, em Belo Horizonte, MG. 13/10/2019.

Projeto de Lei “Escola Sem Partido”, em Belo Horizonte, MG, é mordaça? É fascismo? É cerceamento da liberdade de expressão? É danoso para a Educação do povo? No vídeo aqui a posição de frei Gilvander Moreira
Edição amadora de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Belo Horizonte, MG, 13 de outubro de 2019.

Frei Gilvander na Festa de 6 anos da Ocupação/comunidade Vitória, na Izidora, em Belo Horizonte e Santa Luzia, MG, dia 12/10/2019. Foto. Carla Patrícia.
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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Produção de farinha e polvilho no Acampamento Nova Esperança 2, do MTC, ...



Produção de farinha e polvilho no Acampamento Nova Esperança 2, do MTC, Córrego Danta, MG - 02/10/2019.

Dia 02/10/2019, frei Gilvander Moreira, da Comissão Pastoral da Terra (CPT/MG), visitou novamente o Acampamento Nova Esperança 2, do MTC (Movimento dos Trabalhadores Camponeses), no município de Córrego Danta, na região centro-oeste de Minas Gerais, ao lado da BR 262 que liga o Triângulo Mineiro a Belo Horizonte. Lá, 60 famílias há 2 anos e 3 meses ocupam uma fazenda que estava abandonada, sem cumprir sua função social. As famílias estão convivendo em fraternidade e produzindo uma variedade de alimentos saudáveis, sem agrotóxicos. Além de cultivar a terra, produzem também galinha, frango, porcos etc. Luta justa e necessária que conta com o apoio da CPT em MG. Durante essa visita, frei Gilvander gravou entrevista, em vídeo, com a camponesa Adriana Santos, produtora de farinha e de polvilho a partir da mandioca, no sistema de Economia Popular Solidária. Que beleza! Filmagem e edição amadora de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI.

Frei Gilvander em visita ao Acampamento Nova Esperança 2, do MTC, em Córrego Danta, MG, dia 02/10/2019. Foto: Waldeci Campos de Souza.

Córrego Danta, MG, 02 de outubro de 2019.
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quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Leonardo Boff (Parte II) fala sobre o Sínodo da Amazônia. Entrevista a ...



Leonardo Boff (Parte II) fala sobre o Sínodo da Amazônia. Entrevista a frei Gilvander. 03/10/2019.

Dia 03/10/2019, Leonardo Boff concedeu entrevista a frei Gilvander. O assunto foi o Sínodo da Amazônia. Segue aqui a Parte II da entrevista que durou 34 minutos. Filmagem: frei Moacir Nascimento. Belo Horizonte, MG, 03/10/2019.

O teólogo Leonardo Boff. Foto: Divulgação / Rede virtual

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quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Leonardo Boff fala sobre o Sínodo da Amazônia. Entrevista a frei Gilvand...




Leonardo Boff fala sobre o Sínodo da Amazônia. Entrevista a frei Gilvander. Parte I - 03/10/2019.

Dia 03/10/2019, Leonardo Boff concedeu entrevista a frei Gilvander. O assunto foi o Sínodo da Amazônia. Segue aqui a Parte I da entrevista que durou 34 minutos.

Papa Francisco com Povos Indígenas da Amazônia no Sínodo da Amazônia, de 6 a 27/10/2019, no Vaticano, na Itália. Foto: Divulgação / Rede de Cristãos

Filmagem: frei Moacir Nascimento. Belo Horizonte, MG, 03/10/2019.
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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Sínodo da Amazônia, bênção espiritual, ética e profética.

Sínodo da Amazônia, bênção espiritual, ética e profética.
Por Gilvander Moreira[1]

Foto: Divulgação / Rede dos Cristãos
Bendito dia 15 de outubro de 2017, dia que o papa Francisco, acolhendo os clamores dos povos amazônidas, da mãe terra amazônica, da irmã água, da fauna, da flora e de toda a biodiversidade, teve a intuição e a coragem de convocar o Sínodo da Amazônia. Quase do tamanho do Brasil, com 8,5 milhões de quilômetros quadrados, 60% da Amazônia está em território brasileiro e os outros 40% estão em outros oito países: Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia e Guiana Francesa. Na região Pan-Amazônica vivem mais de 34 milhões de pessoas, em quase 400 povos diferentes, centenas deles povos ainda isolados no meio da floresta.
Dos dias 6 a 27 de outubro agora (2019), no Vaticano, em Roma, na Itália, está acontecendo o Sínodo da Amazônia. A palavra ‘Sínodo’, na língua grega, é composta de ‘syn’ = com, juntos, e hodos = caminho. Portanto, sínodo significa ‘caminhar juntos’. Ou seja, caminhar com os povos amazônidas, não sem eles e jamais contra eles. Em 519 anos de presença branca na Amazônia houve muita violência socioambiental em um projeto de colonização que trouxe juntas a cruz e a espada. O papa Francisco e a Igreja Povo não toleram mais nenhum tipo de neocolonização. A política de integração dos povos indígenas à cultura branca também é processo de violência que não pode mais ser tolerada. “Muitos irmãos e irmãs na Amazônia carregam cruzes pesadas e aguardam pela consolação libertadora do Evangelho, pela carícia de amor da Igreja. Por eles, com eles, caminhemos juntos”, diz em alto e bom som o papa Francisco.
Mais de 300 personalidades, entre as quais 110 bispos latino-americanos, participam do Sínodo da Amazônia, guiados pelo tema: Novos caminhos para a Igreja e para uma Ecologia Integral. Do Brasil estão participando do Sínodo da Amazônia mais de 40 bispos e muitos representantes de povos originários e mulheres, inclusive. Em um exercício de participação popular e democrática, mais de 800 mil pessoas participaram das reuniões e assembleias de preparação para o Sínodo da Amazônia. Muitas propostas foram colocadas e estão sendo discutidas no Sínodo. Por exemplo, Povos Indígenas do Equador enviaram mensagem ao papa Francisco pedindo que a Amazônia seja elevada à categoria de Patrimônio e santuário mundial intangível da Casa Comum e que sua preservação seja vista como uma necessidade de responsabilidade socioambiental e geracional diante do alarme ecológico disparado.
Com o Sínodo da Amazônia, o papa Francisco aponta que o caminho para evitarmos o Apocalipse final passa por ouvirmos os/as mártires da Amazônia e com a causa deles/delas nos comprometermos. Citamos, por exemplo, milhares de indígenas assassinados ao longo de 519 anos de violência imposta aos povos indígenas pela colonização europeia, Chico Mendes, padre Ezequiel Ramin, Irmã Dorothy, entre tantos outros/as. Ouvir os/as mártires da Amazônia implica estancar a devastação da Amazônia e frear o avanço do agronegócio sobre a região.  Não às monoculturas! Não à mineração devastadora! Sim à demarcação de todos os territórios indígenas e dos Povos Tradicionais. Sim a uma Economia a partir dos povos originários e que garanta a sustentabilidade ecológica. O Sínodo indica que seguir o jeito que o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) trilha há quase 50 anos, desde 1971, no meio dos Povos Indígenas é caminho ético e emancipatório. Nada de cristianização, nem integração, mas respeito e admiração pela alteridade imensamente plural dos Povos Indígenas e Tradicionais, tais como: pescadores tradicionais, ribeirinhos, seringueiros, quilombolas, quebradeiras de coco de babaçu etc.
Em 2015, o papa Francisco publicou a Encíclica Louvado Sejas (Laudato Si, em latim), sobre o Cuidado com a Casa Comum e sobre a Ecologia integral. A Encíclica Laudato Si incomodou opressores do centro da idolatria do mercado no mundo. A Laudato Si é um dos melhores documentos já escritos sobre a injustiça socioambiental reinante no mundo, porque não apenas aponta a imensa devastação socioambiental em curso, mas porque aponta as causas e os causadores da injustiça socioambiental. Na Encíclica, o papa Francisco, ‘pondo o dedo na ferida’, diz claramente que o causador principal da imensa devastação socioambiental que cresce de forma geométrica no mundo é o modelo econômico capitalista, a idolatria do mercado e do capital, uma economia que violenta e mata. Francisco aponta também caminhos a seguir para a superação da injustiça socioambiental: conviver de forma harmônica com a mãe terra, preservando as fontes d’água e praticando modelos econômicos sustentáveis ecologicamente.
Na esteira da Encíclica Laudato Si, o Sínodo da Amazônia será uma bênção espiritual, ética e profética para a Igreja, para a humanidade e para todos os seres vivos, pois ecoará que a Amazônia é bem comum de toda a humanidade e de todos os seres vivos, é o grande pulmão e um grande rim/filtro do Planeta Terra. A Amazônia é pulmão do mundo, porque, por meio do processo da fotossíntese, os milhões de árvores centenárias a partir das suas folhas aquecidas pela luz do irmão sol produzem o irmão oxigênio que garante a vida para grande parte da humanidade. Toda árvore é uma grande usina de oxigênio. Cortar uma árvore significa matar uma grande fonte de produção de oxigênio e de absorção de dióxido de carbono. A Amazônia é também um grande rim/filtro do Planeta Terra, porque, por meio das folhas das árvores, as plantas absorvem grande parte do dióxido de carbônico jogado no ar pelas chaminés das indústrias/fábricas, pela descarga dos caminhões, dos automóveis etc.
Nós humanos, ao respirarmos, inspiramos o oxigênio que as irmãs árvores e o irmão sol nos oferecem gratuitamente e expiramos gás carbônico. As árvores fazem o contrário: absorvem gás carbônico e exalam oxigênio no ambiente. A Amazônia é também a principal fonte produtora de chuvas em grande parte da América do Sul. Na Amazônia há muita água no subsolo em aquíferos, no solo, nos rios, lagos e igarapés, e na atmosfera sobre território da Pan-Amazônia se formam os rios aéreos voadores. Cada árvore centenária da Amazônia exala na atmosfera, por dia, milhares de litros de água na forma gasosa. Com as correntes de vento, a umidade produzida no processo de evapotranspiração forma os imensos rios aéreos voadores que, empurrados pelas correntes de ventos, criam as condições objetivas para que aconteçam chuvas no sudeste e no sul do Brasil, no Uruguai, no Paraguai e na Argentina. Esses rios aéreos voadores produzidos na Amazônia transportam uma quantidade maior de água do que os rios que estão na superfície do solo amazônico. Conhecer de forma profunda a Amazônia se tornou uma necessidade para amarmos e defendermos de forma intransigente a sua preservação. Se não interrompermos com urgência a devastação ambiental da Amazônia, a desertificação da Amazônia causará a desertificação de grande parte do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o aumento assustador da temperatura e o colapso d’água em várias regiões do Planeta Terra, o que tornará a vida humana impossível no Planeta Terra, nossa única Casa Comum. Imagine o que será da humanidade com a quantidade de dióxido de carbono jogada na atmosfera sem ter a floresta amazônica para absorver!
A Amazônia é a grande farmácia da humanidade e dos animais, pois da seiva da sua imensa biodiversidade se extraem os fármacos que produzem remédios que curam a maioria das doenças. Logo, a Amazônia é um território terapêutico também. A Amazônia é um território povoado também por espíritos ancestrais e originários. A história demonstra que os principais e verdadeiros guardiões da Amazônia são seus quase 400 Povos Indígenas que falam quase 400 línguas, uma imensa diversidade cultural e espiritual que habita esta região há pelo menos 14 mil anos. Projeções feitas a partir de documentos e de pesquisas arqueológicas estimam a população indígena, por ocasião da conquista/colonização, em 1.500, entre três e cinco milhões de pessoas, somente na Amazônia brasileira. Por isto, a não demarcação das terras indígenas intensifica as ameaças a estes povos, pois demarcar as terras indígenas é o primeiro passo para o respeito de seus direitos primordiais à terra, ao sagrado e às práticas xamânicas milenares.
Portanto, bendito quem se compromete com a defesa da Amazônia e de todos os biomas. Maldito quem, por ignorância ou por cumplicidade com o sistema do capital, está agindo de forma devastadora. O Sínodo da Amazônia proporá mudanças radicais no sentido de respeitar e valorizar a imensa fonte de vida que está na Amazônia. Feliz quem se abrir para os apelos dos Povos da Amazônia e para os clamores da Floresta Amazônica com toda sua esplendorosa fauna e flora. O papa Francisco está propondo inclusive iniciar com o Sínodo da Amazônia o fim do celibato obrigatório e o fim do clericalismo na Igreja Católica, ou seja, o Sínodo da Amazônia deverá abrir espaço para que homens casados também possam ser sacerdotes e mulheres possam também ser ordenadas para presidir a celebração da eucaristia. Enfim, o Sínodo da Amazônia proporá conviver com as culturas respeitando-as e não cristianizando-as. O cardeal Tolentino Mendonça aponta o significado do Sínodo: “O Papa Francisco com o Sínodo da Amazônia quer colocar a periferia no centro da Igreja”. Eis um caminho santo e emancipatório a ser trilhado para que a Igreja se torne de fato igreja com rosto amazônico, igreja descolonizadora.

Obs.: Os vídeos, abaixo, ilustram o assunto acima.

1 – Leonardo Boff fala sobre o Sínodo da Amazônia. Entrevista a frei Gilvander. Parte I - 03/10/2019



2 - Leonardo Boff (Parte II) fala sobre o Sínodo da Amazônia. Entrevista a frei Gilvander. 03/10/2019


3 - SÍNODO PARA A AMAZÔNIA (subtítulos: ES, EN, GE, IT, FR)



4 - Análise teológico-pastoral do Instrumentum Laboris do Sínodo sobre a Amazônia - Paulo Suess



Belo Horizonte, MG, 07/10/2019.





[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas; assessor da CPT, CEBI, SAB, CEBs e Movimentos Sociais Populares; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG. E-mail: gilvanderlm@gmail.com – www.gilvander.org.br - www.freigilvander.blogspot.com.br             www.twitter.com/gilvanderluis             Facebook: Gilvander Moreira III

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Vem chegando a XXII Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais: dia 10 de novembro de 2019, em Romaria, MG.


Vem chegando a XXII Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais: dia 10 de novembro de 2019, em Romaria, MG.


Inspirados pelo tema Com a Mãe Abadia, os filhos e filhas e toda a natureza clamam em dores de parto e o lema Das águas sujas, em Romaria, na luta pela terra e pelas águas, fontes de vida, padres, diácono, leigos e leigas, representantes de Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), movimentos e pastorais das cidades de Romaria, Uberaba, Uberlândia e Patrocínio realizaram a 11ª reunião de preparação da XXII Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, cuja celebração de culminância vai acontecer dia 10 de novembro próximo, na cidade de Romaria, Alto Paranaíba, Arquidiocese de Uberaba, MG.
Entre os participantes da reunião estavam o reitor do Santuário de Nossa Senhora da Abadia da Água Suja, padre Márcio Ruback; Waldeci, José Oliveira e frei Gilvander, da Comissão Pastoral da Terra (CPT-MG); padre Ronan, da Paróquia São José da Gameleira e animador das CEBs da Arquidiocese de Uberaba; diácono Yuri; Luzia, das CEBs de Uberlândia, além de várias lideranças da Paróquia de Romaria e outras paróquias da Arquidiocese. O reitor do Santuário, Padre Márcio Ruback, acolheu fraternalmente a todos e todas e dirigiu a oração inicial. Em seguida, frei Gilvander fez memória das dez reuniões já realizadas, apresentando relato de uma bonita caminhada de planejamento, preparação e de ações concretas em diversas comunidades da Arquidiocese, com destaque para a visita peregrina da imagem de São Francisco de Assis que está percorrendo 14 paróquias e para os Grupos de Reflexão que realizam, nesse segundo semestre do ano de 2019, Seis Encontros de preparação à XXII Romaria, integrados no Caderno Popular da Arquidiocese de Uberaba.
Vários foram os encaminhamentos dessa fecunda reunião relacionados à divulgação da XXII Romaria, à discussão do Tema e Lema em seminários, Rodas de Conversa e outros eventos em instituições de ensino superior das cidades circunvizinhas a Romaria, à Semana Missionária e à programação do dia 10 de novembro/2019, um domingo.
Um dos pontos altos nessa caminhada da XXII Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais vai ser a Semana Missionária a ser realizada de 02 a 09 de novembro/2019, em parte da Arquidiocese de Uberaba e das Dioceses de Uberlândia e Patos de Minas. No dia 1º de novembro, todos os missionários e missionárias participarão de Encontro de Formação em Uberlândia.
O grande empenho de muitas pessoas envolvidas em várias cidades da região, a dedicação da equipe de coordenação e, de modo especial, a alegria evangélica e a responsabilidade com que o Arcebispo da Arquidiocese de Uberaba,  Dom Paulo Peixoto, o reitor do Santuário Nossa Senhora da Abadia de Água Suja, Padre Márcio Ruback, e a comunidade de Romaria acolhem essa XXII Romaria, fazem-nos vivenciar a feliz expectativa de uma expressiva participação de romeiros e romeiras e a certeza de um lindo e profético encontro dia 10 de novembro na cidade de Romaria!
Nessa 11ª reunião, tivemos ainda a alegria de conhecer a linda música criada pelo músico, compositor e cantor das CEBs, João Bento, para o tema e lema da XXII Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, cuja divulgação fazemos junto com o vídeo gravado ao final dessa reunião.
Nesse tempo de tantos crimes cometidos contra a mãe terra, contra a irmã água e contra as filhas e filhos de Deus e da mãe terra, em nosso estado de Minas Gerais e no Brasil, tempo de liberação desenfreada de agrotóxicos a espalhar ainda mais veneno no meio ambiente e nos alimentos que consumimos, faz-se urgente nossa tomada de posição corajosa e profética de denúncia das situações de morte e do anúncio da esperança ativa, transformadora, libertadora!  
Convidamos todas as pessoas de boa vontade para nos unirmos em torno da XXII Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais. Vamos organizar caravanas em nossas cidades e seguirmos, em romaria, em defesa da vida em toda sua biodiversidade, como verdadeiros seguidores e seguidoras de Jesus de Nazaré, que defendeu e defende a vida em abundância para todos e todas e para toda a criação (Cf. Jo10,10).
Obs.:
1) Serão vendidas camisetas da XXII Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, no valor de R$20,00.  Sugerimos que se realize a comunicação nas comunidades para que o pedido seja feito em conjunto e assim seja mais fácil e prático o processo. Os pedidos deverão ser feitos diretamente à Secretaria do Santuário de Nossa Senhora da Abadia da Água Suja, pelo telefone 0xx34 3848 1125, com Celeida.
2) No dia 10 de novembro/2019, dia da XXII Romaria, às romeiras e aos romeiros da mãe terra e da irmã água serão oferecido almoço na cidade de Romaria, no valor simbólico de R$5,00.

          A mãe terra, a irmã água e toda a criação contam com nossa participação nessa luta em defesa da vida! Sigamos, inspirados por São Francisco de Assis, Patrono da Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, e com as bênçãos da Mãe Abadia da Água Suja, padroeira também dos atingidos pela mineração!
Equipe de Coordenação da XXII Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais
Romaria, Alto Paranaíba, Arquidiocese de Uberaba, 04 de outubro de 2019.

Link do vídeo gravado por frei Gilvander ao final da reunião de preparação da XXII Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, em Romaria, dia 1º de outubro de 2019: CONVITE – Está chegando a XXII Romaria ... Bem vindos/as!




terça-feira, 1 de outubro de 2019

A quem interessa o desmonte da política cultural e da memória do país?

A quem interessa o desmonte da política cultural e da memória do país? Por Gilvander Moreira[1]

Santuário da Serra da Piedade - Capela - Basílica - Patrimônio Paisagístico, Cultural, Ambiental, Histórico, Arquitetônico, Espeleológico e Religioso. Município: Caeté, Minas Gerais. Foto: G. L. Moreira, 2019.

O povo que sabe da importância de cuidar da cultura e da memória do nosso país foi tomado por uma grande indignação no dia 25 de setembro de 2019 com a exoneração da Superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em Minas Gerais, a museóloga Dra. Célia Corsino, por meio de portaria assinada pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra. A museóloga Célia Corsino tem mais de 30 anos de carreira na proteção de patrimônio e atuava como superintendente desde 2015.  Para perplexidade de todos e todas que se preocupam com a proteção ao patrimônio em Minas Gerais e no Brasil, foi nomeado para o cargo um desconhecido da área patrimonial e cultural, Jeyson Dias da Silva, ex-assessor de um vereador em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, indicado pelo deputado federal Charlles Evangelista (PSL-MG), partido do presidente Jair Bolsonaro. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) é uma autarquia federal atualmente vinculada ao Ministério da Cidadania que responde pela preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. É importante lembrar que a autarquia era antes vinculada ao Ministério da Cultura, que foi fundido pelo (des)governo Bolsonaro no início de 2019 com os Ministérios do Esporte e do Desenvolvimento Social na estrutura “Frankenstein” do recém criado Ministério da Cidadania.
Seguindo a linha de aniquilamento da política de proteção do meio ambiente e das instituições afins, desrespeitando os processos de demarcação de terras dos povos indígenas, quilombolas e demais direitos dos povos tradicionais – protegidos pela Constituição de 1988 e também pela Convenção 169 da OIT[2], da ONU[3] -, incentivando conflitos e perseguição às lutas camponesas, movimentos por habitação, intolerância às comunidades LGBTqia+ e aos movimentos sociais e ambientais em geral, foi lançada agora mais uma cartada fatídica desse (des)governo: atacam a cultura e a memória de forma descarada com a clara desestruturação do IPHAN, instituição federal com 82 anos de história, criada em 1937, que responde pela preservação e proteção do patrimônio cultural brasileiro, com a substituição de seus experientes superintendentes por pessoas sem qualquer idoneidade técnica e cientifica. A Constituição Brasileira de 1988 reiterou a importância deste tema enquanto política primordial, quando, no artigo 216, definiu o patrimônio cultural de forma ainda mais detalhada, como formas de expressão, modos de criar, fazer e viver. São reconhecidas como memória nacional as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; e, ainda, os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. Ainda nos artigos 215 e 216 da Constituição de 1988 foi reconhecida a existência de bens culturais de natureza material e imaterial ou intangível, além de estabelecer as formas de preservação e acautelamento desse patrimônio, por meio do seu registroinventário e tombamento. Por seu turno, em nível internacional, o IPHAN também é o responsável pela conservação, salvaguarda e monitoramento dos bens culturais brasileiros inscritos na Lista do Patrimônio Mundial e no Rol do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, conforme normas da UNESCO[4], respeitando a Convenção do Patrimônio Mundial de 1972 e a Convenção do Patrimônio Cultural Imaterial de 2003, além de seguir as inúmeras Cartas e Recomendações Internacionais e Nacionais análogas das quais o país é signatário.
A mencionada exoneração da Superintendente do IPHAN em Minas Gerais seria assim somente a “ponta do iceberg”, já que nas últimas semanas se seguiram destituições em outros estados estratégicos como Goiás, Distrito Federal e Paraná, desrespeitando os critérios exigidos para a função de superintendência regional, tais como: idoneidade moral, reputação ilibada e perfil profissional compatível com o cargo. Certamente, tais orientações não foram aplicadas para a nomeação dos novos superintendentes e muito menos houve diálogo com a comunidade. Para além da perplexidade, houve reação de muitos segmentos da sociedade, sobretudo de profissionais da área do patrimônio cultural, comunidades tradicionais, grupos e agentes culturais, prefeitos de cidades históricas e até mesmo do Ministério Publico. Muitos outros superintendentes nos outros estados estão na corda bamba, dependendo de indicações de políticos da base governista e da correlação de força das “danças das cadeiras”- um jogo sórdido que vem se instalando nas autarquias, em geral.
Em Goiás, o Ministério Público reagiu de forma atenta e eficaz, recomendando ao ministro da Cidadania, que torne sem efeito a portaria que nomeou Allysson Cabral para o cargo de superintendente regional do IPHAN de Goiás. Tal documento foi assinado por procuradores da República em Goiás e por membros da Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico do Ministério Público Federal (MPF - 4CCR). No texto, ainda alegam que o indicado não possui perfil e formação adequados para o cargo e que a nomeação não atende ao interesse público e à legislação, configurando desvio de finalidade. Informam que quem o indicou foi o deputado federal Professor Alcides (PP-GO), que admitiu em entrevista que houve mesmo um sorteio entre os deputados federais goianos da base aliada do governo para definir quem indicaria o superintendente regional. Pelo sorteio, a indicação coube ao próprio deputado. O deputado ainda teria afirmado que o seu designado não teria formação, tampouco experiência para o cargo, mas que seria alguém de sua confiança, o que seria suficiente para motivar tal nomeação.
Minas Gerais (e aqui são lembrados os municípios de Ouro Preto, Congonhas, Diamantina, Mariana, Serro, Paracatu, Caeté, entre outros), Brasília e Goiás têm muito em comum, pois possuem sítios históricos e arquitetônicos inigualáveis, alguns deles com o título de Patrimônio da Humanidade, chancelado pela UNESCO/ONU, e possuem também conjuntos e bens isolados tombados em nível federal. O título de patrimônio da humanidade indica se tratar de ambientes de interesse global, fundamentais para a memória da humanidade, cujas políticas de gestão não devem ser restritas aos países onde os sítios se situam. Tal status pode arrebanhar muita verba e recursos em nível internacional.
Mas por que mesmo emperrar e controlar a atuação do IPHAN? O que está por trás desta rede de manipulação e desmantelamento também desta instituição? Em Minas Gerais (como na região amazônica e outros estados), há inúmeros sítios históricos arqueológicos, paisagísticos e hídricos de grande importância em localidades ambicionadas e ameaçadas por mineradoras, indústrias e pelo agronegócio. Muitos sítios de grande valor se encontram em terrenos de propriedade de mineradoras ou em áreas de decreto de lavra, cuja proteção deveria ser severamente fiscalizada e garantida pelos órgãos patrimoniais nos âmbitos federal, estadual e municipal. Vale lembrar o caso das comunidades das antigas vilas históricas Socorro e Congo Soco, município de Barão de Cocais, MG, retiradas de seus lugares de vida e de memória em função do alegado risco iminente do rompimento da Barragem Sul Superior da mineradora criminosa Vale. Estes territórios, caso a comunidade seja retirada em definitivo da sua localidade de origem, serão apropriados para domínio e expansão territorial e de exploração futura de empresas mineradoras. Outra situação que merece atenção é o caso fatídico e inaceitável da vila colonial Bento Rodrigues, pertencente ao município de Mariana, em Minas Gerais, situado no vale do Gualaxo do Norte, tributário do ex-rio Doce. Além de ter sido atingida diretamente pela lama tóxica da tragédia-crime da Samarco, BHP Billiton e Vale, oriunda do rompimento da barragem Fundão, com a conivência do Estado em 05 de novembro de 2015, ainda foi vitimada covardemente pela segunda vez, um ano depois, pelo alagamento parcial da barragem ou dique S4 que ali foi instalado - apesar dos inúmeros questionamentos feitos na ocasião pelo IPHAN de MG e pelos antigos procuradores da força-tarefa (“Lama Nunca Mais”) do Ministério Público de Minas Gerais (MPE/MG). Porém, com a tarja de “obra emergencial”, as mineradoras rés conseguiram, de forma muito questionável, a autorização para tal obra; o que pode ser comprovado se analisarmos atentamente a argumentação de memorandos e ofícios que constam no processo de referência no IPHAN de Brasília. Felizmente, parte dos atingidos de Bento Rodrigues, conscientes de seu território, de sua história e de seus direitos, têm resistido bravamente às investidas e manipulações das empresas criminosas, cujos interesses estão ocultados pela “Fundação” Renova (muitas vezes, com a cega conivência do poder público municipal, estadual e Ministério Público atual em seus diferentes âmbitos) reagindo de forma heroica a propostas e termos de ajustes que os condicionam à desapropriação de suas terras, que visam, no fundo e ao cabo, a apropriação do sítio de Bento Rodrigues por parte das mineradoras e de demais interesses econômicos e políticos escusos. A mineradora Herculano, que já foi responsável por um crime/tragédia ambiental de grandes proporções em setembro de 2014 com o rompimento de barragem de rejeito no córrego Silva, vale do rio Itabirito, MG, afluente do rio das Velhas, que ocasionou a morte de dois dos seus trabalhadores, insiste de forma perniciosa em se instalar no município de Serro, MG, em localidade que abrange reserva hídrica, além de um território histórico e sagrado de comunidade quilombola tradicional. São tantos os exemplos de desrespeitos, injustiça social e racismo ambiental que daria para tecer uma grande lista, mas ficam aqui estas revoltantes situações.
Outra questão muito emblemática em Minas Gerais e bastante preocupante se refere à proteção da magnífica Serra da Piedade situada no município de Caeté, também tombada em nível federal e em outras esferas, ameaçada severamente por interesse de mineradoras que pretendem obter a conclusão de licença para ali operar. Embora tendo o IPHAN, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA), o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a Secretaria de Meio Ambiente de MG (SEMAD) o dever e o compromisso histórico de cuidar e de zelar por este patrimônio, dia 22 de fevereiro de 2019, contra parecer do IBAMA, do IEPHA e do IPHAN, a maioria dos conselheiros da Câmara de Atividades Minerária do Conselho de Política do Meio Ambiente (COPAM) do Governo de Minas Gerais forneceu licença inconstitucional, injusta e imoral para reabrir mineração nesta localidade. O superintendente do IBAMA em MG, Júlio Grillo, foi exonerado no dia seguinte por ter se posicionado contra a retomada da mineração na Serra da Piedade. O licenciamento ambiental para reabrir mineração na Serra da Piedade ficou dependendo apenas da posição do IPHAN e IEPHA. Tal fato deixa claro que com um superintendente vassalo da política devastadora do meio ambiente do (des)governo federal, podemos esperar que em breve ele mudará o parecer expedido pela superintendente exonerada que tinha se posicionado contra a retomada da mineração na Serra da Piedade, posição justa, ética e necessária. A Serra da Piedade é responsável por parte significativa do abastecimento d’água de Belo Horizonte e região metropolitana (RMBH), que já perdeu o Rio Paraopeba (morto pela Vale e pelo Estado na tragédia/crime em Brumadinho em 25 de janeiro de 2019), que era responsável por 50% do abastecimento da RMBH. Está ainda inserida em unidades de conservação (Área de Proteção Ambiental (APA)), Águas da Serra da Piedade, Monumento Natural Estadual Serra da Piedade (MONAE) e nas Reservas da Biosfera da Serra do Espinhaço e da Mata Atlântica, integrando ainda por sua relevância o cadastro nacional dos Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil (SIGEP).
Aproxima-se a ocasião do Sínodo da Amazônia, no qual o papa Francisco, inegável ícone da paz e da justiça socioambiental, e os bispos de nove países da Amazônia vão discutir como proteger as populações nativas e o riquíssimo conjunto ambiental e cultural da região amazônica. Espera-se que este importante debate contribua de forma eficaz e que influencie movimentos e programas internacionais que possam fortalecer para além da Amazônia a proteção de biomas e de todos os povos ameaçados em seus territórios, injustiçados, expulsos de suas terras, torturados e assassinados nos conflitos agrários e socioambientais, humilhados pelos poderosos do agronegócio e dos grandes projetos econômicos desenvolvimentistas, em especial a mineração, que tem massacrado tantas comunidades em Minas Gerais e tirado a vida e a saúde de tantas pessoas, além de matar e envenenar os rios Doce e Paraopeba.
Constata-se que o projeto de Jair Bolsonaro e de sua equipe de destruir a política cultural no país segue firme e a galope no Congresso Nacional, que prevê no projeto de Lei Orçamentária enviado para o ano que vem (2020) uma redução de aproximadamente 72% de recursos que a área recebe atualmente. Tais cortes e as restrições de qualidade técnica em seu quadro de gestores vão comprometer drasticamente a proteção de milhares de sítios históricos, bens móveis e imóveis, como também programas de pesquisa, proteção e de registro do patrimônio imaterial, de saberes e de fazeres tradicionais de vários povos e comunidades.
O que nos acalenta é que mesmo frente a todo este plano pérfido arquitetado que se revela, nada poderá destruir o soar dos corações ancestrais dos povos tradicionais, seus lugares, sítios milenares, memórias que fluem por gerações, sonhos e territórios. Histórias de resistência, força e luta que seguem. Em nome da nossa responsabilidade geracional urge crescer a luta popular para revertermos os descalabros do (des)governo de plantão no nosso país. Povos que não cuidam da sua cultura e memória estão matando seu próprio futuro. Felizes as pessoas e organizações que não medem esforços para resgatar e cuidar do seu patrimônio histórico e cultural. Maldito quem violenta a cultura e a memória de um povo!

Para maiores informações acesse:

https://www.caurs.gov.br/entidades-publicam-nota-de-repudio-contra-ataques-ao-iphan/

http://www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr/mpf-recomenda-a-exoneracao-de-superintendente-do-iphan-em-goias

https://cidadeverde.com/noticias/309144/governo-troca-tecnicos-e-preve-corte-de-72-de-verbas-do-iphan

https://jornalggn.com.br/politica/sob-a-gestao-bolsonaro-iphan-sofre-corte-orcamentario-e-troca-de-tecnicos-por-apadrinhados-politicos/

 Álbum de fotos:
Santuário da Serra da Piedade - Patrimônio Paisagístico, Cultural, Ambiental, Histórico, Arquitetônico, Espeleológico e Religioso. Detalhe de quebra de canga ferruginosa onde há cavidades e campos rupestres. Município: Caeté, Minas Gerais. Foto: G. L. Moreira, 2019.


Santuário da Serra da Piedade - Patrimônio Paisagístico, Cultural, Ambiental, Histórico, Arquitetônico, Espeleológico e Religioso. Município: Caeté, Minas Gerais. Foto: G. L. Moreira, 2019.

Santuário da Serra da Piedade - Patrimônio Paisagístico, Cultural, Ambiental, Histórico, Arquitetônico, Espeleológico e Religioso. Detalhe do entorno da Serra da Piedade, onde há matas e mananciais hídricos.  Município: Caeté, Minas Gerais. Foto: G. L. Moreira, 2019.
2019.

Belo Horizonte, MG, 1º/10/2019.

[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas; assessor da CPT, CEBI, SAB, CEBs e Movimentos Sociais Populares; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG. E-mail: gilvanderlm@gmail.com – www.gilvander.org.br - www.freigilvander.blogspot.com.br      –       www.twitter.com/gilvanderluis        –     Facebook: Gilvander Moreira III

[2] Organização Internacional do Trabalho.
[3] Organização das Nações Unidas.
[4] Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.