Gilvander é frei e padre da Ordem dos carmelitas, Doutor em Educação pela FAE/UFMG; bacharel e licenciado em Filosofia pela UFPR, bacharel em Teologia pelo ITESP/SP, mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Itália; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas, em Minas Gerais.
terça-feira, 11 de abril de 2017
segunda-feira, 10 de abril de 2017
Fazendeiro e jagunços ferem cinco Trabalhadores e Trabalhadoras do MST a bala no Norte de Minas, em emboscada.
Fazendeiro e jagunços ferem cinco Trabalhadores e Trabalhadoras do MST a
bala no Norte de Minas, em emboscada.
Neste domingo, dia
09/04/2017, cerca de 300 trabalhadores rurais Sem Terra foram covardemente
atacados pelo fazendeiro Léo Andrade e seus capangas. Léo se diz dono da
Fazenda Norte América e no passado, acusado de desvio de recursos públicos na
gestão do prefeito Ruy Muniz, foi preso em Montes Claros, no norte de Minas. Os
trabalhadores camponeses saíram em marcha nas proximidades do Acampamento
Alvimar Ribeiro para protestar e denunciar a paralisação da reforma agrária, do
descaso do Governo Federal e do Governo do Estado de Minas Gerais. Segundo os
relatos, no caminho foram alvejados por tiros efetuados por Léo Andrade e seus
capangas que estavam na carroceria de uma Hilux dirigida pelo próprio
fazendeiro. O resultado deste ataque repulsivo, criminoso e hediondo foi cinco
camponeses e camponesas feridos covardemente.
O MST ocupou a fazenda Norte América no
início do ano de 2017 e até então centenas de camponeses resistem pressionando
o Estado para realizar a reforma agrária naquele latifúndio que tem mais 3.000
hectares e está localizado em Capitão Enéas, Norte de Minas Gerais. O título da
terra está no nome de Antônio Ildeu Figueiredo e a fazenda está hipotecada, Léo
Andrade alega que tem a posse da área. Segundo os trabalhadores Sem Terra
no momento do ataque eram mais de 6 pistoleiros. A polícia militar prendeu
apenas 2 deles, armas e munição. O clima está muito tenso na região. Os demais
pistoleiros estão na região e os trabalhadores, homens, mulheres, idosos e
crianças estão resistindo no acampamento Alvimar Ribeiro. Alvimar foi gente de
pastoral da Comissão Pastoral da Terra (CPT) durante 40 anos em Minas e
especialmente no norte e noroeste do estado.
Como uma das mães do MST, a CPT e todos
seus agentes de pastoral hipotecam irrestrito apoio à luta do MST pela terra e
pela reforma agrária tão necessária no nosso país cada vez mais latifundiário.
Repudiamos com veemência todos os tipos de violência do latifúndio, dos
latifundiários, do agronegócio, do Estado cúmplice da super-exploração e
expropriação que se abatem sobre o campesinato brasileiro. Nosso abraço
solidário às centenas de camponeses do Acampamento Alvimar Ribeiro. Contem
sempre conosco, pois a luta pela terra e pela reforma agrária é nossa também.
Cobramos ação do Governo de Minas para
prender os pistoleiros e o mandante que tentaram assassinar os trabalhadores
Sem Terra. Que o poder judiciário julgue e puna exemplarmente os jagunços e
mandante de mais esse hediondo crime do latifúndio, dos latifundiários, do
agronegócio, do Estado e do sistema do capital. E que se faça reforma agrária
na fazenda Norte América também.
Tentaram fazer uma sexta-feira da
paixão em Capitão Eneias, mas estamos construindo um domingo de ressurreição a
partir do Acampamento Alvimar Ribeiro. Coragem, companheiros do MST! Os
opressores parecem gigantes, mas têm pés de barro! Venceremos! O Deus da vida
está na nossa luta pela terra e pela reforma agrária.
Assina essa Nota pública.
Comissão Pastora da Terra – CPT.
Montes Claros, MG, Brasil, 10 de
abril de 2017.
quinta-feira, 6 de abril de 2017
segunda-feira, 3 de abril de 2017
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