quinta-feira, 11 de julho de 2019

Em Miravânia, norte de MG, a injustiça e a crueldade de um despejo. Víde...




Em Miravânia, norte de MG, a injustiça e a crueldade de um despejo. Vídeo 2 - 09/7/2019.
Nessa terça-feira, 9 de julho de 2019, às 8h, na Ocupação-Comunidade Olaria Barra do Mirador, com 52 famílias – comunidade francamente consolidada – ocupando a Fazenda Japoré, no município de Miravânia, extremo norte de Minas Gerais, o Comando Geral da Polícia Militar de MG, com cerca de 100 policiais e 20 viaturas, iniciou uma operação de guerra e truculência, despejando as famílias acampadas há 19 anos. Nessa operação injusta e covarde, também fecharam as estradas que dão acesso à Comunidade. Lideranças da comunidade e famílias foram impedidas de aproximarem-se das suas casas que foram derrubadas por tratores a pedido de fazendeiro que se diz proprietário, e com decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Não houve reunião da Mesa de Negociação do Governo de Minas com as Ocupações urbanas e rurais para tratar do conflito gravíssimo que envolve dezenas de famílias da Ocupação em Miravânia. O clima na região está muito tenso. O povo está apavorado. Além das casas, foram destruídas lavouras, pomares, hortas - fontes de sobrevivência das famílias. Injustiça que clama aos céus! O justo e ético é que seja reativada com urgência a Mesa de Negociação do Governo de Minas Gerais com as Ocupações para que as famílias sejam ouvidas e se chegue a um acordo justo, que respeite o princípio da dignidade humana e a história dessas famílias ao longo dos 19 anos de legítima ocupação.

O latifúndio + TJMG + governo de MG + PM/MG + prefeito de Miravânia, ao despejarem injustamente as famílias Sem Terra da ocupação Olaria na Barra do Mirador, no município de Miravânia, norte de Minas Gerais, dia 09/7/2019, transformaram em monturo o sonho de 19 anos de luta pela terra - um direito sagrado e fundamental - com muito suor e esforço, de dezenas de famílias que ocupavam uma latifúndio abandonado de 3.600 hectares que não cumpria sua função social. Toda reintegração de posse é uma desintegração de sonho. Foto: Zilá de Matos, da CPT/MG.

*Filmagem e fotos de Zilá de Matos, da CPT-MG. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Apoio e divulgação: frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI.
* Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.

Despejo de Ocupação em Miravânia, norte de MG: imensa injustiça agrária e social e crime do Estado - Vídeo 1 - 09/7/2019.


Despejo de Ocupação em Miravânia, norte de MG: imensa injustiça agrária e social e crime do Estado - Vídeo 1 - 09/7/2019.


Nessa terça-feira, 9 de julho de 2019, às 8h, na Ocupação-Comunidade Olaria Barra do Mirador, com 52 famílias – comunidade francamente consolidada – ocupando a Fazenda Japoré, no município de Miravânia, extremo norte de Minas Gerais, o Comando Geral da Polícia Militar de MG, com cerca de 100 policiais e 20 viaturas, iniciou uma operação de guerra e truculência, despejando as famílias acampadas há 19 anos. Nessa operação injusta e covarde, também fecharam as estradas que dão acesso à Comunidade. Lideranças da comunidade e famílias foram impedidas de aproximarem-se das suas casas que foram derrubadas por tratores a pedido de fazendeiro que se diz proprietário, e com decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Não houve reunião da Mesa de Negociação do Governo de Minas com as Ocupações urbanas e rurais para tratar do conflito gravíssimo que envolve dezenas de famílias da Ocupação em Miravânia. O clima na região está muito tenso. O povo está apavorado. Além das casas, foram destruídas lavouras, pomares, hortas - fontes de sobrevivência das famílias. Injustiça que clama aos céus! O justo e ético é que seja reativada com urgência a Mesa de Negociação do Governo de Minas Gerais com as Ocupações para que as famílias sejam ouvidas e se chegue a um acordo justo, que respeite o princípio da dignidade humana e a história dessas famílias ao longo dos 19 anos de legítima ocupação.

Casas construídas com muito suor e luta pelos camponeses na Ocupação no município de Miravânia, norte de Minas Gerais, injustamente despejados dia 09/7/2019. Uma fazenda de 3.600 hectares, que estava abandonada há décadas, em 2000 foi ocupada por 52 famílias que a 19 anos anos viviam na terra produzindo alimentos para o povo da cidade, inclusive. Só em 2019, a produção de farinha de mandioca chegou a 365 sacos de 60 quilos cada. Foto: Zilá de Matos.
*Filmagem e fotos de Zilá de Matos, da CPT-MG. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Apoio e divulgação: frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI.
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terça-feira, 9 de julho de 2019

Bênção Interreligiosa na 47ª Festa de São Pedro da Família Luiz Estevão ...



Bênção Interreligiosa na 47ª Festa de São Pedro da Família do Sr. Estevão no Assentamento Padre Jésus, em Espera Feliz, MG - 28/6/2019.

Em Espera Feliz, município da Zona da Mata de Minas Gerais, foi realizada, no dia 28 de junho/2019, a 47ª Festa de São Pedro da Família do Sr. Luiz Estêvão e Comunidade, celebrando também o 10º ano do Assentamento Padre Jésus e a conclusão da Caravana Quilombola. Muitas foram as atividades do dia. À noite, foi celebrada a Missa Quilombola, animada por Grupo Musical formado por Farinhada no violão, Geraldo na sanfona, Gabriel no tambor, entre outros artistas. Ao final da missa, uma linda bênção interreligiosa foi concedida aos participantes da celebração, numa mística espiritual, profética, humanizadora!

Mayô Pataxó e Hauley Valim, terapeuta de cura ancestral. Foto: frei Gilvander

*Filmagem de frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Espera Feliz, MG, 28/6/2019.
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segunda-feira, 8 de julho de 2019

"Minha querida Serro" - Poesia de Maria Aparecida contra mineração no Se...



"Minha querida Serro" - Poesia de Maria Aparecida C. Simões contra mineração no Serro, MG - 22/5/2019 - Vídeo 7.

Em Serro, MG, após participar de Audiência Pública realizada no dia 21/5/2019, pela Comissão de Direitos Humanos da ALGM, frei Gilvander teve a alegria de conversar com Maria Aparecida Cardoso Simões, no dia 22/5/2019, e registrar em vídeo linda poesia dessa moradora nascida em Serro, ativista na luta contra a mineração no município. O poema “Minha queida Serro” que brotou de dentro de Maria Aparecida na noite escura que se seguiu à reunião do CODEMA, dia 17/4/2019, que deliberou pró instalação da mineradora Herculano no município do Serro. Eis, abaixo, a poesia, recitada pela poetisa no vídeo. MINHA QUERIDA SERRO! Perdão, minha querida Serro. CODEMA fez o seu papel. (Qual é mesmo seu papel?) Ao final de cada dia, como sempre faço, assim registrei em meu diário: 17/04/2019. O dia amanheceu triste, chuvoso lamurioso. Eu, com um aperto no peito, ouvi bem próximo o canto da acauã, ave agourenta, com um presságio. Meu pai, o que será? Ao final do dia, lá na praça central, em frente à Prefeitura e à Câmara, ao ver o rosto de N. Sra. das Dores, com uma lágrima a rolar, ao ver seu filho sob a cruz, entendi. Hoje, você chora, minha querida Serro. Te apunhalaram pelas costas. Eu sei, justo numa quarta-feira das dores. Assim como Jesus pressentiu a traição e chorou. Terra querida … rasgarão tuas entranhas, te farão sangrar. Justo você, minha querida Serro, tão doce e hospitaleira. A quantos você acolheu. Quantos aqui fincaram raízes, cresceram, floresceram e produziram frutos! Houve comemoração, risos fartos, mas só quem é apaixonado por ti, mãe, chorou. Obrigada, minha querida Serro, por me ensinar a amá-la, por ensinar minha família a amá-la tanto. A biologia nos ensina sobre os biomas, os ecossistemas, a fauna, a flora e as águas. Ah! As águas. … Mas é preciso ter sensibilidade, para perceber que há magia em tudo isso. E ser muito grato a você, meu Pai, por esses regatos a cantarolar, essas cachoeiras a lavar a alma, esse verde e esses lagos que produzem a bruma fresca da madrugada. Obrigada, minha querida Serro. Eu me reverencio a você, mãe terra, e imploro seu perdão, pois não fomos fortes o bastante para lhe defender. Obrigada, minha querida Serro, pois aqui nasci. Corri descalça por essas ladeiras a brincar. Um futuro triste se abre para mim. Como numa sexta-feira da paixão, quando Jesus foi traído, crucificado e morto pela humanidade. Dá-nos forças para continuar a lutar por ti. Muitos que não te amam, após colherem os frutos, arrancarem suas riquezas, alçarão voo. mas haverá o tempo em que diante de ti, meu Pai celestial, prestarão contas. Ai de ti! Hoje aprendi: acauã não é ave agourenta. Seu canto triste é o choro de um triste presságio.

Foto: Divulgação / Rede Virtual


*Filmagem de frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Serro, MG, 22/5/2019.
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Ministério Público de MG questiona Mineração no Serro, MG. Henrique More...



Ministério Público de MG questiona Mineração no Serro, MG. (Henrique Moreira, analista ambiental). Vídeo 3. 25/6/2019.

A Arquidiocese de Diamantina promoveu, na terça-feira, dia 25/6/2019, um Encontro de Formação e Informação sobre a atividade de mineração no Serro, MG. Inspirado na Encíclica do Papa Francisco “Laudato Si – Sobre o Cuidado da Casa Comum”, o Encontro aconteceu na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, no Serro, e teve como objetivo criar um espaço de diálogo entre a Igreja e a sociedade sobre o impacto econômico, social e ambiental da atividade de mineração da mineradora Herculano que pretende se instalar naquele município. Participaram do evento cerca de 600 pessoas dentre elas, o arcebispo de Diamantina, dom Darci José Nicioli, que presidiu o Encontro; o prefeito municipal, Guilherme Simões; representante do Ministério Público; da Polícia do Meio Ambiente; da Comissão de Direito Ambiental da OAB/MG; da Mineradora Herculano; das Comunidades Quilombolas de Queimadas, Envolvidas diretamente; de Movimentos Populares, além de geógrafos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Também estiveram presentes, o pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, padre Paulo Henrique Soares; o vigário, padre Darci Rodrigues; padre Manuel Quitério, professor da PUC Minas, padre Roberto Marcelino de Oliveira, secretário executivo do Regional Leste 2 da CNBB, bem como o frei Gilvander Luís Moreira, da Comissão da Pastoral da Terra (CPT/MG), e a professora Dra. Cristiane S. Kaitel, representando o reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), dom Joaquim Giovanni Mol Guimarães. Na oportunidade, dom Darci ressaltou que devemos nos perguntar nas preliminares do projeto de mineração: adotou-se o princípio da precaução que considera a proteção dos mais fracos e vulneráveis? Quais os reais impactos da atividade mineradora? Impactos ambientais na flora e fauna, nascentes, cavernas e rios. Impacto social? Impacto econômico financeiro?”. Relembrando a tragédia de Brumadinho, o arcebispo enfatizou que são perguntas que devem ser feitas para conscientizar, conhecer a fundo o projeto da mineradora, solidarizar-se com os mais vulneráveis e não deixá-los sozinhos no processo. E acrescentou, “a Igreja tem um papel muito importante na sociedade e um papel histórico na comunidade do Serro. Qual é a função da Igreja? Anunciar a Boa Nova de nosso Senhor Jesus Cristo que quer vida e vida abundante para todos. É esta nossa missão”. Houve especial momento com palestras proferidas por representantes de entidades presentes, favorecendo, assim, uma melhor avaliação de todo o processo, após as falas foi aberto espaço para perguntas. O Encontro foi encerrado com a Oração de São Francisco, padroeiro da Ecologia.

Povo do município de Serro, MG, não aceita mineração Herculano lá. Foto: Divulgação / Jornal O TEMPO
*Filmagem e edição de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Serro, MG, 25/6/2019.
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domingo, 7 de julho de 2019

Pelo fim de incineração pela EcoVital, em Sarzedo, MG, lutamos! - Vídeo ...



Pelo fim de incineração da EcoVital, em Sarzedo, MG, lutamos! - Vídeo 3 - 03/7/2019.

Segundo moradores de Sarzedo e região, em 2015, a empresa de incineração de resíduos tóxicos perigosos, ECOVITAL Central de Gerenciamento Ambiental S.A., criada em 2014, hoje considerada a maior da América Latina, se instalou no pequeno distrito industrial de Sarzedo, no bairro Cachoeira, nas dependências da antiga ECOBRAS, empresa de menor porte que se destinava à incineração de resíduos. Não se sabe a data certa do início da sua operação em Sarzedo, pois os moradores denunciam que o Conselho de Política Ambiental (COPAM), que é um órgão colegiado, normativo, consultivo e deliberativo, subordinado administrativamente à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), cujo secretário é seu presidente, concedeu a licença a esta empresa, oriunda do estado de São Paulo, associada ao Grupo Queiroz Galvão, sem sequer propor uma Audiência Pública para esclarecimentos e orientações à população local e região. No entorno próximo desta indústria de incineração de lixo tóxico industrial – não se sabe se lixo hospitalar também -, há uma Área de Proteção Permanente (APP), pista de cooper, academia a céu aberto, campo de futebol, e não se sabe ao certo o grande risco que corre a comunidade local. As localidades mais penalizadas vêm sendo os bairros vizinhos Imaculada Conceição e Riacho da Mata. Muitos moradores já abandonaram as suas casas, sobretudo no Riacho da Mata, pois, segundo os entrevistados, o mau cheiro, sobretudo à noite, final de semana e feriado chega a níveis insuportáveis. É catinga muito forte! De fato, mesmo durante o dia, ao realizar esta matéria, a fetidez do ar era evidente. Parte destes bairros também se encontra na rota da lama tóxica, no caso de as barragens de rejeitos da mineração Itaminas, situadas na parte alta de uma das serras do município de Sarzedo, se romperem. Esse é outro grande temor e preocupação de ordem socioambiental. As pressões por parte de empreendimentos econômicos degradantes na região chegam a níveis alarmantes e inaceitáveis, causando muito desconforto, desinformação e sofrimento à população. A cortina de fumaça com fedor que por vezes esmaece a paisagem de Sarzedo pode velar muitas outras informações sobre o processo de instalação, a origem e o tipo de resíduos ali incinerados, infelizmente com a conivência e a inoperância dos órgãos ambientais e suas várias instâncias, o poder público, além da prefeitura municipal de Sarzedo, pelo visto. Parecem ainda reinar os velhos e conhecidos interesses de empresários-coronéis e políticos da região, que prevalecem sobre a qualidade de vida da população, já tão sofrida e massacrada pela gravíssima Tragédia-Crime da Vale e do Estado, ocorrida a partir do município vizinho de Brumadinho, que comprometeu a biodiversidade e o equilíbrio ambiental do Vale do rio Paraopeba, além das irreparáveis perdas de quase 300 vidas humanas. E outros desastres socioambientais se revelam e também ameaçam a região... e este é mais um deles! A indústria ECOVITAL está solicitando a sua renovação de licença de operação por mais dez anos. O Movimento SOS Sarzedo e entidades ambientalistas da região estão denunciando este grande absurdo. Basta de degradação ambiental e manipulação da população! Por isso, a participação de todos os/as habitantes da RMBH é importantíssima na Audiência Pública, no dia 09 de julho, terça-feira, na Câmara Municipal de Sarzedo, às 18h30. Audiência esta que foi exigida pelos moradores do SOS Sarzedo ao COPAM/SEMAD. Exigem-se transparência e ar puro! Chega de desrespeito no Vale do Paraopeba e RMBH! Nesse vídeo 3, frei Gilvander continua a conversa com Lauriceu Tavares e conversa também com Rafael Roberto, ambos moradores de Sarzedo, MG.

Divulgação / Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável
*Reportagem em vídeo de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição: Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Sarzedo, MG, 03/7/2019.
*Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.

O povo de Sarzedo, MG, clama por vida. Fora, EcoVital! Incineração NÃO! ...



O povo de Sarzedo, MG, clama por vida. Fora, EcoVital! Basta de incineração! - Vídeo 2 - 03/7/2019.

Segundo moradores de Sarzedo e região, em 2015, a empresa de incineração de resíduos tóxicos perigosos, ECOVITAL Central de Gerenciamento Ambiental S.A., criada em 2014, hoje considerada a maior da América Latina, se instalou no pequeno distrito industrial de Sarzedo, no bairro Cachoeira, nas dependências da antiga ECOBRAS, empresa de menor porte que se destinava à incineração de resíduos. Não se sabe a data certa do início da sua operação em Sarzedo, pois os moradores denunciam que o Conselho de Política Ambiental (COPAM), que é um órgão colegiado, normativo, consultivo e deliberativo, subordinado administrativamente à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), cujo secretário é seu presidente, concedeu a licença a esta empresa, oriunda do estado de São Paulo, associada ao Grupo Queiroz Galvão, sem sequer propor uma Audiência Pública para esclarecimentos e orientações à população local e região. No entorno próximo desta indústria de incineração de lixo tóxico industrial – não se sabe se lixo hospitalar também -, há uma Área de Proteção Permanente (APP), pista de cooper, academia a céu aberto, campo de futebol, e não se sabe ao certo o grande risco que corre a comunidade local. As localidades mais penalizadas vêm sendo os bairros vizinhos Imaculada Conceição e Riacho da Mata. Muitos moradores já abandonaram as suas casas, sobretudo no Riacho da Mata, pois, segundo os entrevistados, o mau cheiro, sobretudo à noite, final de semana e feriado chega a níveis insuportáveis. É catinga muito forte! De fato, mesmo durante o dia, ao realizar esta matéria, a fetidez do ar era evidente. Parte destes bairros também se encontra na rota da lama tóxica, no caso de as barragens de rejeitos da mineração Itaminas, situadas na parte alta de uma das serras do município de Sarzedo, se romperem. Esse é outro grande temor e preocupação de ordem socioambiental. As pressões por parte de empreendimentos econômicos degradantes na região chegam a níveis alarmantes e inaceitáveis, causando muito desconforto, desinformação e sofrimento à população. A cortina de fumaça com fedor que por vezes esmaece a paisagem de Sarzedo pode velar muitas outras informações sobre o processo de instalação, a origem e o tipo de resíduos ali incinerados, infelizmente com a conivência e a inoperância dos órgãos ambientais e suas várias instâncias, o poder público, além da prefeitura municipal de Sarzedo, pelo visto. Parecem ainda reinar os velhos e conhecidos interesses de empresários-coronéis e políticos da região, que prevalecem sobre a qualidade de vida da população, já tão sofrida e massacrada pela gravíssima Tragédia-Crime da Vale e do Estado, ocorrida a partir do município vizinho de Brumadinho, que comprometeu a biodiversidade e o equilíbrio ambiental do Vale do rio Paraopeba, além das irreparáveis perdas de quase 300 vidas humanas. E outros desastres socioambientais se revelam e também ameaçam a região... e este é mais um deles! A indústria ECOVITAL está solicitando a sua renovação de licença de operação por mais dez anos. O Movimento SOS Sarzedo e entidades ambientalistas da região estão denunciando este grande absurdo. Basta de degradação ambiental e manipulação da população! Por isso, a participação de todos os/as habitantes da RMBH é importantíssima na Audiência Pública, no dia 09 de julho, terça-feira, na Câmara Municipal de Sarzedo, às 18h30. Audiência esta que foi exigida pelos moradores do SOS Sarzedo ao COPAM/SEMAD. Exigem-se transparência e ar puro! Chega de desrespeito no Vale do Paraopeba e RMBH! Nesse vídeo 2, a continuação da conversa de frei Gilvander com Lauriceu Tavares, morador de Sarzedo.

Laureci Tavares sendo entrevistado por frei Gilvander, dia 03/7/2019. Foto: frei Gilvander

*Reportagem em vídeo de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição: Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Sarzedo, MG, 03/7/2019.
*Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.