segunda-feira, 22 de abril de 2019

Edivaldo/CPT-MG/Audiência na ALMG/Povos Tradicionais têm direitos - 20/3...



Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais – MG: Edivaldo, da CPT/MG.

Audiência Pública na Comissão de Direitos Humanos da ALMG: Política Estadual para o Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Minas Gerais – Edivaldo Ferreira, da coordenação da CPT-MG – 20/3/2019. 

Capa de Cartilha do Ministério Público de MG - CIMOS.

Filmagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Belo Horizonte, MG, 20/3/2019.
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Marcha do Povo de Sarzedo/MG contra abusos da Itaminas. Basta de barrag...




POVO DE SARZEDO, MG, MARCHA CONTRA OS ABUSOS DA MINERADORA ITAMINAS E EXIGE A DESATIVAÇÃO DE SUAS BARRAGENS! - 05/4/2019.

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, MG, a população de Sarzedo está cansada dos mandos e desmandos das mineradoras e das indústrias poluidoras e degradadoras do meio ambiente e das vidas na região, onde a ganância e os interesses econômicos de empresas e de famílias de potentados há decênios reinam nas terras da bacia do Rio Paraopeba, sacrificando, enganando e manipulando pessoas e comunidades inteiras, sobretudo, as de baixa renda e as mais expostas a riscos ambientais catastróficos e tragédias como o rompimento iminente das barragens da mineradora Itaminas! Em caso de rompimento das barragens de rejeitos tóxicos da Itaminas, em Sarzedo, a lama tóxica atingirá um grande território e os Córregos Boa Esperança e Capão da Serra, o Ribeirão Sarzedo e o Rio Paraopeba; este último, já assassinado pela lama tóxica oriunda da Tragédia da Vale, com autorização do Estado, devido rompimento criminoso da barragem da Mina Córrego do Feijão, no município vizinho Brumadinho, dia 25/01/2019. Mobilizado, o povo de Sarzedo marcha do Bairro Brasília até a Câmara Municipal e Prefeitura, exigindo e reivindicando: 1) O fim deste modelo de mineração cruel que corrói, engana, adoece e mata as pessoas! 2) O fim do lobby das mineradoras com políticos, judiciário e órgãos ambientais! Que o poder judiciário mantenha a suspensão das atividades da Itaminas até que sejam superados todos os riscos existentes. Não aceitamos mais barragens como bombas relógios nas nossas cabeças. Repudiamos procurador da cúpula do Ministério Público, aposentado, advogando para a Itaminas e defendendo interesses do capital. Cadê a quarentena? Pedimos à promotora Dra. Isabela de Carvalho que continue firme e não ceda nenhum dos direitos do povo diante de pressões da Itaminas ou de quem quer que seja. 3) Exigimos transparência absoluta e a VERDADE sobre o processo de licenciamento ambiental da mineradora Itaminas em Sarzedo! 4) Exigimos respeito aos moradores da área de risco, mais de 6.000 pessoas dos bairros Brasília, Malongo, Imaculada Conceição e Riacho da Mata, e moradores da área rural de Capão da Serra. 5) Exigimos a desativação das barragens da Itaminas em Sarzedo! 6) Exigimos indenização da Itaminas pelos danos graves que tem causado à população de Sarzedo, à mãe terra, à irmã água aos animais e a todos os seres vivos. 7) Exigimos que o prefeito de Sarzedo e os vereadores estejam do lado do povo e não de joelhos, obedecendo aos ditames da Itaminas.

A lama tóxica do crime da mineradora VALE em Mariana e em todas as comunidades existentes ao longo da Bacia do ex-rio Doce e os golpeados continuam gritando por justiça. (Reprodução/ Frei Gilvander em www.domtotal.com ) 



Sarzedo, MG, 05 de abril de 2019. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Divulgação: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.


domingo, 21 de abril de 2019

Páscoa de Jesus: as utopias jamais morrerão


Páscoa de Jesus: as utopias jamais morrerão
Por Gilvander Moreira[1]

Fotografia tirada no adro da Igreja do Senhor Bom Jesus dos Lavradores, Torres Novas - Ribatejo, Portugal. Foto: Salvador Daqui, via Twitter.

O sentido da Páscoa não pode ser privatizado por expressões religiosas que desencarnam a fé cristã e amputam a dimensão social da fé. A ressurreição de Jesus Cristo não garante apenas vida após a morte. É preciso não esquecer que a Páscoa Judaica, origem da Páscoa Cristã, diz respeito à libertação dos povos escravizados no Egito pelo imperialismo dos faraós. Por isso Páscoa envolve reunir os injustiçados, atravessar os “mares vermelhos”, marchar rumo à terra prometida – terra partilhada e democratizada - e lutar para conquistá-la. A Páscoa cristã atesta que Jesus de Nazaré, mesmo sendo inocente e justo, foi condenado à pena de morte, mas ressuscitou. O sonho ensinado e testemunhado por Jesus jamais será sepultado.
Há quase 2.000 anos ecoa uma notícia revolucionária dada em primeira mão por Maria Madalena, “apóstola dos apóstolos”, mulher que amava muito, era muito solidária e lutava contra toda e qualquer injustiça. Irradiando alegria, a partir do túmulo de Jesus de Nazaré, Maria Madalena saiu correndo e anunciando por todos os cantos e recantos: “Jesus está vivo, ressuscitou!” Bateram em ferro frio os chefes dos podres poderes da religião, da política e da economia, ao pensar que condenando Jesus de Nazaré à pena de morte, poriam fim no movimento popular e religioso de fraternidade real, testemunhado e ensinado pelo Galileu da periferia da Palestina. Celebrar a Páscoa de Jesus de Nazaré é momento oportuno para revigorar nossa fé no Deus da vida, fé na humanidade, fé nos oprimidos, fé na mãe terra, na irmã água e fé em nós mesmos.
O Evangelho de Mateus diz: "Jesus foi ao encontro das mulheres e disse: "Alegrem-se! Não tenham medo. Vão anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão!" (Mt 28,9b-10). Meu colega frei Cláudio van Balen e eu afirmamos: “a partir do testemunho e  da mensagem de Jesus de Nazaré, somos todos convidados a reconhecer o poder da ressurreição instalado no coração das pessoas e de todos os seres vivos. Todos pertencemos à ordem da transcendência, em que grandeza divina se faz nossa herança. Que nesta Páscoa, todos renasçamos para a missão que Deus mesmo nos reservou: sermos portadores/as de vida plena”.
Amigas e amigos, o poder da ressurreição seja luz em nossos corações, à guisa de uma esperança anônima que nos faça aguardar a participação na plenitude do ser. Que, em meio ao claro-escuro, com recuos e avanços, com a aparente predominância dos podres poderes, nos dirijamos, no dia a dia, ao encontro que Deus e a dádiva da vida nos oferecem. Deixemo-nos contagiar por um júbilo oculto que nos torne vitoriosos, mesmo quando parecemos sucumbir. Somos muito mais fortes do que nossos limites. Possamos encontrar na ressurreição de Cristo a felicidade de nossas existências. Seja essa a alegria capaz de abrir os túmulos de nossas angústias e medos. Como o mar não escapa das ondas que lhe são impostas, possamos reconhecer-nos debaixo do poder e da bênção de Deus que é mistério de infinito amor. Ele nos constituiu herdeiras/os de riquezas celestes, portadores de um destino infinito: “combater o bom combate e fazer a diferença”, sempre conspirando a construção de uma sociedade do Bem Viver e Conviver: justa, solidária, democrática, sustentável ecologicamente, plural culturalmente e (macro)ecumênica.  Experimentemos esse poder de ressurreição até mesmo em nossas fragilidades, ambiguidades e contradições. O germe da vida vencendo a morte e do amor superando o egoísmo está em cada um de nós como a luz do dia, como o ar que respiramos, como a lei graciosa de um movimento que a nos conduz e encanta.  
Celebrar a Páscoa judaica e cristã é cantar e dançar a ciranda da Ressurreição, da vida triunfando sobre a morte. Jesus foi condenado à morte, mas ele ressuscitou. Por isso o ideal de vida e liberdade para todos/as não morre. Com a ressurreição de Jesus as utopias jamais morrerão, os sonhos de libertação jamais serão pesadelos, a luta dos oprimidos e injustiçados será sempre vitoriosa (ainda que custe muito suor e sangue) e as forças da Vida terão sempre a última palavra. Por mais cruéis que sejam, todas as tiranias, opressões, corrupções e guerras passarão! As crianças e todos que se regem pela lógica do amor triunfarão. Se olharmos, com benevolência, em volta, veremos, surpresos, que os sinais de Páscoa superam os sinais de morte. Injustamente o que é alardeado aos quatro ventos pela grande imprensa – imprensa dos opressores – é o negativo, aquilo que, como ácido, corrói o tecido social.
Desejamos a todas e todos Páscoa cheia de Paz, de Justiça e Solidariedade!
Oxalá pela nossa forma de viver, agir e conviver sejamos testemunhas de que a vida é mais forte do que a morte, que o amor é mais forte do que o egoísmo, que a justiça tem mais força que a injustiça.  Feliz e sublime Páscoa para todas e todos!
21/4/2019.



[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG. E-mail: gilvanderlm@gmail.comwww.gilvander.org.br - www.freigilvander.blogspot.com.br             www.twitter.com/gilvanderluis             Facebook: Gilvander Moreira III

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Mineração destrói sítios arqueológicos. Arqueóloga Alenice Baeta, na PUC...




“Mineração destrói sítios arqueológicos também", alerta Alenice Baeta, Dra. em Arqueologia. PUC/Minas, 03/4/2019.

"Mineração destrói sítios arqueológicos também", alerta a Doutora em arqueologia Alenice Baeta, na PUC/Minas, em palestra na Semana de História, dia 03/4/2019.
Filmagem e Divulgação na íntegra, sem edição: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI.


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17/4/2019 - 23 anos do massacre de Eldorado dos Carajás: mártires multiplicam a militância.


17/4/2019 - 23 anos do massacre de Eldorado dos Carajás: mártires multiplicam a militância.
Por Gilvander Moreira[1]


Dia 17 de abril, há 23 anos, em 1996, 21 vidas de trabalhadores rurais foram covardemente ceifadas pela Polícia Militar do Estado do Pará, no massacre de Eldorado dos Carajás[2], que se tornou um divisor de águas na história do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em setembro de 1995, cerca de 3500 famílias de trabalhadores camponeses, organizadas pelo MST, acamparam à margem da estrada, próximo à Fazenda Macaxeira, no município de Curionópolis, no Pará, reivindicando a desapropriação da área, considerada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) como improdutiva e sem cumprir sua função social. No dia 05 de março de 1996, os Sem Terra ocuparam a Fazenda Macaxeira. O presidente do Instituto de Terras do Pará prometeu enviar 12 toneladas de alimentos e 70 caixas de remédios para o acampamento para amenizar a fome e acudir os doentes, mas não enviou. Em sintonia com as marchas do MST em 22 estados dirigindo-se às capitais, em abril de 1996 – em Minas Gerais a Marcha foi de Governador Valadares a Belo Horizonte -, dia 10 de abril, cerca de 1500 famílias do MST iniciaram uma Marcha para Belém, capital do estado, a 800 quilômetros de distância. Dia 16 de abril de 1996, os trabalhadores camponeses bloquearam a estrada PA-150 no Km 95, na ‘cursa do S’, próximo à cidade de Eldorado dos Carajás, exigindo comida para continuarem a marcha. Na manhã do dia 17 de abril de 1996, chegou a notícia de que as negociações estavam encerradas. Por volta das 16 horas, 155 policiais militares, sem identificação, cercaram os camponeses do MST pelos dois lados da estrada, um pelotão vindo de Paraopebas e outro de Marabá. Cumprindo ordens do governador Almir Gabriel, do PSDB, e do cel. Mário Colares Pantoja, os 155 policiais militares assassinaram 21 Sem Terra e outros 56 foram feridos e mutilados naquele final de tarde do dia 17 de abril de 1996, que se tornou o Dia Internacional de Luta Camponesa. Segundo o médico legista Nelson Massini, houve tiros na nuca e na testa, indicando execução sumária e premeditada de sete camponeses.
Após o massacre de Eldorado dos Carajás, o MST deu um salto de qualidade e cresceu muito, pois o sangue dos 21 camponeses tombados na ‘curva do S’ irrigou a semente da luta pela terra em uma infinidade de outros territórios no campo brasileiro. O governo federal acuado, no dia seguinte ao massacre, demitiu o ministro da Agricultura José Eduardo Andrade Vieira e recriou o Ministério do Desenvolvimento Agrário. O MST fortaleceu sua atuação política, reconhecida desde o dia 2 de fevereiro de 1993, quando 24 integrantes da Direção Nacional do MST foram recebidos pelo presidente Itamar Franco, conquistando segundo Stédile “status de interlocutor político” (STÉDILE; FERNANTES, 1999, p. 71). Em 18 de dezembro de 1996, o Congresso Nacional aprovou nova lei prescrevendo o aumento do valor do Imposto Territorial Rural (ITR) para as propriedades rurais improdutivas, assim como o rito sumário que encurta os prazos da lei de desapropriação de terras para fins de reforma agrária, mas beneficiou os latifundiários que ganharam o direito de receber o pagamento da terra no momento em que o INCRA iniciar a ação de desapropriação na Justiça e ainda o direito de avaliação do ‘preço justo’ do imóvel. E foi aprovado, ainda, o projeto que autoriza a intermediação do Ministério Público nos conflitos agrários. De 1995 a 2000, o presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) recebeu em reunião uma comissão de representantes do MST cinco vezes.[3] A principal arma de atuação política do MST durante esse governo foi a pressão exercida por meio das ocupações de terra. Em 1999, Bernardo Mançano (2000) defendia a tese segundo a qual a luta pela terra só se torna exitosa pela ocupação de terras. Apertado, o governo federal foi forçado a promover pelo menos política de assentamento em áreas de conflitos.
Após o massacre de Eldorado dos Carajás, a rede de apoio internacional ao MST cresceu muito. Uma rede de comitês de apoio ao Movimento nasceu e se espalhou por todos os países da Europa, nos Estados Unidos da América e em muitos outros países. O fotógrafo Sebastião Salgado fez uma mostra fotográfica sobre os Sem Terra do Brasil: Exposição Terra, que foi exposta em 1997 em 40 países e em mais de 100 cidades brasileiras. Essa Mostra Terra, de Salgado, se espalhou pelo mundo afora e se tornou âncora para o fortalecimento da Rede de apoio internacional ao MST que conseguiu reunir dinheiro na Europa para viabilizar a construção da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema, São Paulo, inaugurada em 23 de janeiro de 2005.

Referência
FERNANDES, Bernardo Mançano. A Formação do MST no Brasil. Petrópolis-RJ: Vozes, 2000.
STÉDILE, João Pedro; FERNANDES, Bernardo Mançano. Brava gente. A trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. 3ª edição. Editora Fundação Perseu Abramo, 2005.

Obs.: Abaixo, vídeos que versam sobre o assunto apresentado, acima.

1 - 23 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás



2 - Especial "Feridas Abertas" - 20 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás



3 - Massacre de Eldorado dos Carajás (Nas Terras do Bem-Virá)







[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG. E-mail: gilvanderlm@gmail.comwww.gilvander.org.br - www.freigilvander.blogspot.com.br             www.twitter.com/gilvanderluis             Facebook: Gilvander Moreira III
[2] Cf. COSTA, Caetano di Carli Viana. Sonhos de abril. A luta pela terra e a reforma agrária no Brasil e em Portugal: os casos de Eldorado dos Carajás e Baleizão. (Tese de doutorado em Economia). Universidade de Coimbra, 2014, especificamente o capítulo VII (A luta pela terra e a reforma agrária no Brasil – o caso de Eldorado dos Carajás), p. 285-382.
[3] A 1ª reunião de lideranças do MST com FHC se deu dia 27/7/1999; a 2ª reunião, dia 02/5/1996; a 3ª reunião, dia 18/4/1997, um dia após três marchas do MST chegarem a Brasília; a 4ª reunião aconteceu dia 08/7/1999; e a 5ª reunião, dia 03/7/2000.

MEMÓRIAS VIVAS DE 1968: padres presos pela ditadura militar, em Belo Horizonte...




MEMÓRIAS VIVAS DE 1968: padres presos pela ditadura militar, em Belo Horizonte/MG -Vídeo 1 - 09/12/2017.

 Nesse tempo em que o governo Bolsonaro ultrapassa seus próprios limites de crueldade contra o povo brasileiro ao determinar a comemoração do golpe militar-civil-empresarial de 1964, trazemos à memória o lançamento do livro “MEMÓRIAS DE 1968”, em 09/12/2017, em Belo Horizonte, que é um importante registro da trajetória de padres que foram presos, em Belo Horizonte, durante a ditadura militar instalada em 31/03/1964. Os padres foram presos por lutarem pelas causas populares, assumindo radicalmente o projeto de Jesus de Nazaré. Com o golpe militar de 1964, leigos/as, padres e freis engajados nas lutas populares tornaram-se alvos da repressão dos generais ditadores, como se deu com o “movimento dos padres franceses”, em Belo Horizonte, MG. Conhecidos como padres do Horto, bairro da região Leste de Belo Horizonte em que atuavam, os padres franceses Michel Le Ven, Francisco Xavier Berthou, Hervé Croguenec e o então diácono brasileiro José Geraldo da Cruz, que se tornou bispo bem depois – cujas histórias foram resgatadas no livro Memórias de 1968: a prisão dos padres do Horto – estão entre os muitos padres e freis perseguidos pela ditadura militar em função de sua atuação ao lado da classe trabalhadora e camponesa, explorada pelos capitalistas. Membros da Congregação dos Assuncionistas, os padres foram presos em 28 de novembro de 1968 pela ditadura militar-civil-empresarial no quartel do Colégio Militar em Belo Horizonte. Essa prisão tinha o propósito de desarticular e intimidar as lideranças juvenis, sobretudo da JOC – Juventude Operária Católica – e do meio operário e estudantil, e quebrar a “ala progressista” da Igreja Católica, como explica Michel Le Ven.

Nesse vídeo, o depoimento de Alene Gonzaga, 87 anos, leiga que atuou com os padres franceses como catequista e em diversas ações da Igreja nas comunidades pobres e favelas da Paróquia Senhor Bom Jesus do Horto, em Belo Horizonte/MG.

*Vídeorreportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Vídeo 1 – Belo Horizonte, MG, 09/12/2017.


Capa do Livro "Memórias vivas de 1968: a prisão dos padres franceses na igreja do Horto em Belo Horizonte, MG".

*Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.


Mineração causa desastres contínuos. Análise crítica da Profa. Dra. Andr...




Mineração causa desastres contínuos. Análise crítica da Profa. Dra. Andréa Zhouri. PUC/MG. 03/4/2019, na Semana de História.

Durante a Semana de História na PUC/Minas, em Belo Horizonte, MG, dia 03/04/2019, a professora Dra. Andréa Zhouri, da UFMG, fez análise crítica da Mineração em Minas Gerais: Desastres permanentes. Em meio à guerra que as grandes mineradoras estão perpetrando contra os povos, a mãe terra, a irmã água, os animais, o meio ambiente e todos os seres vivos, prestar atenção à análise crítica que a professora André Zhouri faz é necessário. Por isso publicamos a palestra dela.



* Filmagem e Divulgação, sem edição: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.