Gilvander é frei e padre da Ordem dos carmelitas, Doutor em Educação pela FAE/UFMG; bacharel e licenciado em Filosofia pela UFPR, bacharel em Teologia pelo ITESP/SP, mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Itália; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas, em Minas Gerais.
Frei Carlos Mesters
fala sobre o Livro do Deuteronômio em entrevista a frei Gilvander - 15/01/2020.
Dia 15/01/2020, frei Gilvander, em Unaí, MG, entrevistou
o frei Carlos Mesters sobre o livro do Deuteronômio, que será o livro do mês da
Bíblia de 2020. Frei Carlos apresentou chaves de leitura para o Deuteronômio e
Sete pontos fundamentais do Deuteronômio.
Frei Carlos Mesters sendo entrevistado por frei Gilvander. Foto: Arquivo do CEBI - www.cebi.org.br
Videorreportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das
CEBs e do CEBI. Filmagem e edição: frei Gilvander. Unaí, MG, 15/01/2020.
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Diante das implicações das opções religiosas na política brasileira ninguém mais em sã consciência afirma simplesmente que qualquer tipo de religião liberta e emancipa. Estamos experimentando que religião, dependendo do tipo de convicções geradas, pode oprimir e escravizar. É preciso recorrer à história da Igreja Católica. Após ser escolhido pelos cardeais para suceder o papa Paulo VI, dia 26 de agosto de 1978, o papa João Paulo I, ao aparecer em uma das janelas do Vaticano, primeiro, sorriu; segundo, afirmou que ‘Deus é pai e mãe’, mas é mais mãe que pai. Assim, João Paulo I iniciou seu pontificado sinalizando que guiaria a Igreja Católica nos rumos do Concílio Vaticano II e sob a égide de uma igreja misericordiosa. Os direitistas do Vaticano não toleraram. Dia 28 de setembro de 1978, com apenas 33 dias de pontificado, João Paulo I morreu de forma muita estranha.
Dia 16 de outubro de 1978, a chegada de João Paulo II ao governo da Igreja católica parecia ser, à primeira vista, algo alvissareiro, pois era um papa não europeu, que tinha origem em um país periférico com muitas desigualdades sociais: a Polônia. Mas, marcado negativamente pelo socialismo real que erroneamente asfixiava as celebrações religiosas compreendendo a “religião como ópio do povo”, o papa João Paulo II fez um diagnóstico capitalista e liberal da realidade dos pobres no mundo e concluiu que o problema principal no mundo era o ateísmo. Passou a apoiar e a fomentar aos quatro ventos os movimentos religiosos ultraconservadores, espiritualistas, intimistas e desencarnadores da fé cristã, tais como Legionários de Cristo, Opus Dei, Neocatecumenato e Renovação Carismática, esta exportada dos Estados Unidos, do meio de igrejas evangélicas para a América Afrolatíndia como sendo também parte do processo de colonização que o imperialismo estadunidense insistia em reproduzir no Brasil. Ideólogos do Imperialismo dos Estados Unidos tinham alertado a elite estadunidense que caso a Teologia da Libertação, as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e as Pastorais Sociais continuassem se difundindo pelo Brasil e América Latina, seria muito difícil continuar o processo de colonização do continente sul-americano. Portanto, a exportação da renovação carismática e outros movimentos espiritualistas para a América do Sul cumpriam o papel político de barrar o crescimento da Igreja Popular com Opção pelos Pobres, confirmada no Concílio Vaticano II (de 1962 a 1965). Esse projeto está muito bem analisado no livro Os Demônios descem do norte, de Délcio Monteiro de Lima.
Durante o pontificado de João Paulo II, tendo o cardeal Ratzinger como o braço de ferro no comando da Congregação da Doutrina da Fé, segundo Circular de dom Pedro Casaldáliga, mais de 500 teólogos em sintonia com a Teologia da Libertação foram censurados e calados em todo o mundo. A Arquidiocese de São Paulo foi esquartejada em quatro partes para retirar poder e influência do cardeal dom Paulo Evaristo Arns. O mesmo não aconteceu com a Arquidiocese de Rio de Janeiro, presidida pelo cardeal dom Eugênio Sales que tinha assento em dez dicastérios no Vaticano, enquanto dom Paulo Evaristo, apenas em um. Durante o pontificado de João Paulo II, via de regra, somente bispos conservadores foram nomeados fazendo a CNBB[2] perder muito do protagonismo profético que conquistou durante os pontificados dos papas João XXIII e Paulo VI. Com a disseminação de movimentos religiosos conservadores e piedosos, jovens desses movimentos religiosos foram entrando para os seminários e para as congregações e Ordens religiosas. Como efeito dominó, o estilo de João Paulo II foi se disseminando entre o clero, seminaristas e nas paróquias. Levar o povo para dentro das igrejas passou a ser a prioridade. Esquecia-se gradativamente da Opção pelos Pobres e da missão de ser sal que evita podridão/corrupção no mundo capitalista, luz que esconjura as trevas da opressão capitalista e fermento na massa alienada, anestesiada e colonizada pelo ‘espírito’ do capitalismo e por expressões religiosas que privatizam a fé cristã.
Assim, gradativamente, a Igreja foi se distanciando do povo oprimido e injustiçado. Com as agruras e violências crescentes perpetradas pelo capitalismo, o povo com pesadas cruzes nas costas – sem terra, sem moradia, sem emprego, sem salário justo, sufocado pela violência social crescente e pela especulação imobiliária etc -, e sem bons pastores, acabou caindo no colo dos falsos profetas e dos falsos pastores, dentro da Igreja Católica e em milhares de outras igrejas. Uma onda de (neo)pentecostalismo campeia desde os primeiros anos do pontificado de João Paulo II. Isso tem levado ao esquecimento da Opção pelos pobres e a um divórcio entre Fé e Política, entre Evangelho e questões sociais. O distanciamento da prática do Evangelho de Jesus Cristo chegou a tanto que tornou impossível o papa Bento XVI – pontificado de 19 de abril de 2005 a 28 de fevereiro de 2013 - continuar guiando uma Igreja tão ensimesmada e enleada em escândalos de vários tipos. Ele acabou renunciando[3]. O choque foi tão grande entre os cardeais que eles acabaram tendo sensatez e elegeram o papa Francisco – pontificado desde 19 de março de 2013 -, que está resgatando os princípios originários do Concílio Vaticano II, entre os quais a Opção pelos Pobres, apesar do conservadorismo da Igreja que se mantém fechada e distante dos gestos proféticos de Francisco. Nesse contexto, uma questão está de pé: religião liberta e emancipa ou oprime e escraviza? Depende do tipo de religião.
Arinos, MG, 14/01/2020.
Obs.: Os filmes e vídeos nos links, abaixo, versam sobre o assunto tratado acima.
1 - CEBs na luta pela terra com o MTC, em Córrego Danta, MG: fé e luta por direitos. 16/8/2019 – Vídeo 3.
2 - Frei Gilvander: "Remédio para medo é ..." XIV Encontro de CEBs, Taiobeiras, MG. Vídeo 2. 28/7/2019
3 - Frei Gilvander no XIV Encontro de CEBs em Taiobeiras, MG: "Que fazer ...?" Vídeo 1. 28/7/2019
4 - Tributo a Dom Moacyr Grechi, homem imprescindível nas CEBs, CIMI, CPT ... 18/6/2019
5 - Palavra Ética TVC/BH: XIV Intereclesial das CEBs, em Londrina, PR. CEBs e desafios urbanos . 20/2/18
[1]Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG. E-mail: gilvanderlm@gmail.com – www.gilvander.org.br – www.freigilvander.blogspot.com.br – www.twitter.com/gilvanderluis – Facebook: Gilvander Moreira III
"Vale matou 155 ex-alunos meus". "Vale, pare
de nos enrolar!". Bloqueio em Brumadinho, MG. Vídeo 4 – 10/01/2020.
Na manhã do dia 10/01/2020, por várias horas o trânsito
foi bloqueado em Brumadinho, MG, pelo povo golpeado pela Vale e Estado. Foi
luta contra a os crimes da mineradora Vale que estão se reproduzindo e se
multiplicando. Foi luta por justiça socioambiental. “Vale, não nos enrole!” é o
grito geral.
A COMISSÃO DOS ATINGIDOS da barragem da Vale em Brumadinho realizou dia 10 de
janeiro de 2020 uma manifestação no marco da entrada da cidade de Brumadinho,
MG. "Conforme já é de conhecimento de todos os moradores de Brumadinho, a
Comissão dos Atingidos, escolhida e reconhecida pelo Ministério Público durante
a manifestação do dia 2/12/2019, reuniu-se na Sede do MP-MG, no dia 4/12/2019,
com representantes das instituições de Justiça, advogados da Vale e Prefeitura
de Brumadinho, quando foi entregue uma série de reivindicações dos atingidos,
dentre as quais destacam-se: a continuidade das buscas de todas as pessoas não
encontradas, a manutenção integral do auxílio emergencial para todos, o fechamento
da mina da Jangada, a paralisação das violações de direitos na Comunidade de Ponte
das Almorreimas, a contratação imediata das assessorias técnicas independentes,
as necessidades dos agricultores afetados, a prestação de contas sobre os
repasses de recursos feitos pela VALE para a Prefeitura etc. Nessa reunião
ficou acertado junto às instituições de justiça que, no dia 19 de dezembro de
2019, a Vale e a Prefeitura dariam o retorno sobre as demandas da população.
Mas, lamentavelmente, praticamente nenhuma das demandas foi atendida. A Vale
sequer deu a resposta no dia combinado. Depois de matar cruelmente, em pouco
minutos, 272 pessoas, além do rio Paraopeba, a biodiversidade e a paz de
milhares de famílias, a Vale segue desrespeitando os direitos humanos da
população. O que essa empresa fez é imperdoável e o que ela está fazendo é
inaceitável. Reiteramos também que todos os acordos fechados até o momento,
inclusive o QUE REDUZ O PAGAMENTO EMERGENCIAL, não tiveram a participação dos
atingidos. Somos todos atingidos e atingidas. *O rompimento da barragem foi um
crime/tragédia e exigimos REPARAÇÃO INTEGRAL: social, ambiental e econômica.
Exigimos também JUSTIÇA: que todos os culpados sejam exemplarmente punidos;
VERDADE: que a história seja contada realmente como ela ocorreu; e GARANTIAS DE
NÃO REPETIÇÃO: para que os crimes cometidos nesse caso nunca mais se repitam
nem aqui nem em qualquer outro lugar."
Dom Vicente Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, "bispo de Brumadinho" e da Comissão de Ecologia Integral e Mineração da CNBB, presente no bloqueio do trânsito em Brumadinho, MG, dia 10/01/2020: luta pela superação das violências socioambientais que a mineradora Vale vem causando e luta por Justiça Socioambiental. Foto: A. Baeta.
Videorreportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das
CEBs e do CEBI. Filmagem, narração e edição: frei Gilvander. Brumadinho, MG,
10/01/2020.
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Vale massacrou Agricultura Familiar em Brumadinho, MG, e violenta Ponte das Almorreimas. Vídeo 3 – 10/01/2020.
Na manhã do dia 10/01/2020, por várias horas o trânsito foi bloqueado em Brumadinho, MG, pelo povo golpeado pela Vale e Estado. Foi luta contra a os crimes da mineradora Vale que estão se reproduzindo e se multiplicando. Foi luta por justiça socioambiental. “Vale, não nos enrole!” é o grito geral. A COMISSÃO DOS ATINGIDOS da barragem da Vale em Brumadinho realizou dia 10 de janeiro de 2020 uma manifestação no marco da entrada da cidade de Brumadinho, MG. "Conforme já é de conhecimento de todos os moradores de Brumadinho, a Comissão dos Atingidos, escolhida e reconhecida pelo Ministério Público durante a manifestação do dia 2/12/2019, reuniu-se na Sede do MP-MG, no dia 4/12/2019, com representantes das instituições de Justiça, advogados da Vale e Prefeitura de Brumadinho, quando foi entregue uma série de reivindicações dos atingidos, dentre as quais destacam-se: a continuidade das buscas de todas as pessoas não encontradas, a manutenção integral do auxílio emergencial para todos, o fechamento da mina da Jangada, a paralisação das violações de direitos na Comunidade de Ponte das Almorreimas, a contratação imediata das assessorias técnicas independentes, as necessidades dos agricultores afetados, a prestação de contas sobre os repasses de recursos feitos pela VALE para a Prefeitura etc. Nessa reunião ficou acertado junto às instituições de justiça que, no dia 19 de dezembro de 2019, a Vale e a Prefeitura dariam o retorno sobre as demandas da população. Mas, lamentavelmente, praticamente nenhuma das demandas foi atendida. A Vale sequer deu a resposta no dia combinado. Depois de matar cruelmente, em pouco minutos, 272 pessoas, além do rio Paraopeba, a biodiversidade e a paz de milhares de famílias, a Vale segue desrespeitando os direitos humanos da população. O que essa empresa fez é imperdoável e o que ela está fazendo é inaceitável. Reiteramos também que todos os acordos fechados até o momento, inclusive o QUE REDUZ O PAGAMENTO EMERGENCIAL, não tiveram a participação dos atingidos. Somos todos atingidos e atingidas. *O rompimento da barragem foi um crime/tragédia e exigimos REPARAÇÃO INTEGRAL: social, ambiental e econômica. Exigimos também JUSTIÇA: que todos os culpados sejam exemplarmente punidos; VERDADE: que a história seja contada realmente como ela ocorreu; e GARANTIAS DE NÃO REPETIÇÃO: para que os crimes cometidos nesse caso nunca mais se repitam nem aqui nem em qualquer outro lugar."
Bloqueio do trânsito em Brumadinho, MG, dia 10/01/2020: luta contra a mineradora Vale que continua crescendo os crimes socioambientais na região. A Comunidade de Ponte das Almorreimas está sendo "nova zona de sacrifício da Vale" com: a) Fazenda para cuidar dos animais feridos resgatados na lama tóxica; b) A Vale está transportando para Ponte das Almorreimas lama tóxica do córrego do Carvão; c) A Vale está fazendo nova captação de água no rio Paraopeba, acima de Córrego do Feijão, lá; d) Lá também será feito linha de transmissão. Bloquear o trânsito também por Luta por Justiça Socioambiental. Foto: A. Baeta.
Videorreportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Filmagem, narração e edição: frei Gilvander. Brumadinho, MG, 10/01/2020.
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"Vale, pare de enrolar!" Bloqueio do trânsito em
Brumadinho, MG. "Justiça!" Vídeo 2 - 10/01/2020.
Na manhã do dia 10/01/2020, por várias horas o trânsito
foi bloqueado em Brumadinho, MG, pelo povo golpeado pela Vale e Estado. Foi
luta contra a os crimes da mineradora Vale que estão se reproduzindo e se
multiplicando. Foi luta por justiça socioambiental. “Vale, não nos enrole!” é o
grito geral.
A COMISSÃO DOS ATINGIDOS da barragem da Vale em Brumadinho realizou dia 10 de
janeiro de 2020 uma manifestação no marco da entrada da cidade de Brumadinho,
MG. "Conforme já é de conhecimento de todos os moradores de Brumadinho, a
Comissão dos Atingidos, escolhida e reconhecida pelo Ministério Público durante
a manifestação do dia 2/12/2019, reuniu-se na Sede do MP-MG, no dia 4/12/2019,
com representantes das instituições de Justiça, advogados da Vale e Prefeitura
de Brumadinho, quando foi entregue uma série de reivindicações dos atingidos,
dentre as quais destacam-se: a continuidade das buscas de todas as pessoas não
encontradas, a manutenção integral do auxílio emergencial para todos, o
fechamento da mina da Jangada, a paralisação das violações de direitos na Comunidade
de Ponte das Almorreimas, a contratação imediata das assessorias técnicas
independentes, as necessidades dos agricultores afetados, a prestação de contas
sobre os repasses de recursos feitos pela VALE para a Prefeitura etc. Nessa
reunião ficou acertado junto às instituições de justiça que, no dia 19 de
dezembro de 2019, a Vale e a Prefeitura dariam o retorno sobre as demandas da
população. Mas, lamentavelmente, praticamente nenhuma das demandas foi
atendida. A Vale sequer deu a resposta no dia combinado. Depois de matar
cruelmente, em pouco minutos, 272 pessoas, além do rio Paraopeba, a
biodiversidade e a paz de milhares de famílias, a Vale segue desrespeitando os
direitos humanos da população. O que essa empresa fez é imperdoável e o que ela
está fazendo é inaceitável. Reiteramos também que todos os acordos fechados até
o momento, inclusive o QUE REDUZ O PAGAMENTO EMERGENCIAL, não tiveram a
participação dos atingidos. Somos todos atingidos e atingidas. *O rompimento da
barragem foi um crime/tragédia e exigimos REPARAÇÃO INTEGRAL: social, ambiental
e econômica. Exigimos também JUSTIÇA: que todos os culpados sejam exemplarmente
punidos; VERDADE: que a história seja contada realmente como ela ocorreu; e
GARANTIAS DE NÃO REPETIÇÃO: para que os crimes cometidos nesse caso nunca mais
se repitam nem aqui nem em qualquer outro lugar.
Dom Vicente de Paula Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, MG, "bispo de Brumadinho", e bispo da Comissão de Ecologia Integral e Mineração da CNBB, presente no bloqueio do trânsito em Brumadinho, MG, dia 10/01/2020, em luta pela superação das violências e crimes que a mineradora Vale continua causando, luta também por Justiça socioambiental. Foto: A. Baeta.
Videorreportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das
CEBs e do CEBI. Filmagem, narração e edição: frei Gilvander. Brumadinho, MG,
10/01/2020.
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Bloqueio do trânsito em Brumadinho, MG: luta contra Vale e por Justiça socioambiental. Vídeo 1 - 10/01/2020.
Na manhã do dia 10/01/2020, por várias horas o trânsito foi bloqueado em Brumadinho, MG, pelo povo golpeado pela Vale e Estado. Foi luta contra a os crimes da mineradora Vale que estão se reproduzindo e se multiplicando. Foi luta por justiça socioambiental. “Vale, não nos enrole!” é o grito geral.
A COMISSÃO DOS ATINGIDOS da barragem da Vale em Brumadinho realizou dia 10 de janeiro de 2020 uma manifestação no marco da entrada da cidade de Brumadinho, MG. "Conforme já é de conhecimento de todos os moradores de Brumadinho, a Comissão dos Atingidos, escolhida e reconhecida pelo Ministério Público durante a manifestação do dia 2/12/2019, reuniu-se na Sede do MP-MG, no dia 4/12/2019, com representantes das instituições de Justiça, advogados da Vale e Prefeitura de Brumadinho, quando foi entregue uma série de reivindicações dos atingidos, dentre as quais destacam-se: a continuidade das buscas de todas as pessoas não encontradas, a manutenção integral do auxílio emergencial para todos, o fechamento da mina da Jangada, a paralisação das violações de direitos na Comunidade de Ponte das Almorreimas, a contratação imediata das assessorias técnicas independentes, as necessidades dos agricultores afetados, a prestação de contas sobre os repasses de recursos feitos pela VALE para a Prefeitura etc. Nessa reunião ficou acertado junto às instituições de justiça que, no dia 19 de dezembro de 2019, a Vale e a Prefeitura dariam o retorno sobre as demandas da população. Mas, lamentavelmente, praticamente nenhuma das demandas foi atendida. A Vale sequer deu a resposta no dia combinado. Depois de matar cruelmente, em pouco minutos, 272 pessoas, além do rio Paraopeba, a biodiversidade e a paz de milhares de famílias, a Vale segue desrespeitando os direitos humanos da população. O que essa empresa fez é imperdoável e o que ela está fazendo é inaceitável. Reiteramos também que todos os acordos fechados até o momento, inclusive o QUE REDUZ O PAGAMENTO EMERGENCIAL, não tiveram a participação dos atingidos. Somos todos atingidos e atingidas. *O rompimento da barragem foi um crime/tragédia e exigimos REPARAÇÃO INTEGRAL: social, ambiental e econômica. Exigimos também JUSTIÇA: que todos os culpados sejam exemplarmente punidos; VERDADE: que a história seja contada realmente como ela ocorreu; e GARANTIAS DE NÃO REPETIÇÃO: para que os crimes cometidos nesse caso nunca mais se repitam nem aqui nem em qualquer outro lugar.
Povo atingido pelos crimes da Vale e do Estado bloqueando o trânsito em Brumadinho, MG, dia 10/01/2020. Foto: A. Baeta.
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No
colo do Prefeito de Ibirité, MG, a luta por Ibirité como Território Livre de
Mineração. 08/01/2020.
Dia 08/01/2020, nos reunimos
na Prefeitura de Ibirité, MG, com o prefeito William Parreira e nove
vereadores, entre os quais a vereadora Marclene. Apresentamos e justificamos e
entregamos ao prefeito William Parreira um DOCUMENTO com várias reivindicações
de medidas jurídicas e legais que precisam ser tomadas pelo chefe do executivo
e também pela Câmara de Vereadores. O prefeito assumiu que cancelará o decreto
que autorizava a construção de uma estrada que viabilizaria escoamento de
minério caso a Mineradora consiga se reinstalar no município. Reivindicamos do
prefeito apoio a vários Projetos de Lei que deverão ser aprovados na Câmara
Municipal para que em breve possamos declarar o município de Ibirité, MG, como
Território Livre de Mineração. Água, sim; Mineração, NÃO! Fora mineradora Santa
Paulina!
Na primeira conferência de
Segurança Alimentar de Ibirité, em setembro de 2019, o prof. Divino, da UFMG,
apresentou dados que Ibirité hoje só têm 7% de suas terras agricultáveis. Se a
mineração entrar, destruirá o restante.
A mineradora Santa Paulina
não pode se instalar na Serra do Rola Moça, na zona de amortecimento do Parque Estadual
da Serra do Rola Moça, que é o terceiro maior parque em área urbana do país e
não pode ser destruído.
Frei Gilvander, da CPT, e militantes do Movimento Serra Sempre Viva e da Frente Brasil Popular em reunião com o prefeito e vereadores de Ibirité, MG: luta para declararmos o município de Ibirité, MG, como território livre de mineração. Foto: Marcos. 08/01/2020.
Videorreportagem de frei
Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Filmagem: Marcos. Edição: frei
Gilvander. Ibirité, MG, 08/01/2020.
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