quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Aula Magna sobre Fruta de Leite, Cerrado e Geraizeiros e luta contra mon...



Aula Magna sobre Fruta de Leite, Cerrado e Geraizeiros e luta contra monocultura do eucalipto no norte de MG. 07/01/2020.

Dias 05 e 0701/2020, Adair Pereira de Almeida, o “Nenzão”, e Marlente Ribeiro, representantes das Comunidades Tradicionais Geraizeiras, no Território Geraizeiro do Vale das Cancelas, no norte de Minas Gerais, no município de Grão Mogol, denunciam que a Empresa Rio Rancho Agropecuária S/A está derrubando o Cerrado em território tradicional Geraizeiro de Vale das Cancelas no Município de Grão Mogol. Isso é uma tremenda injustiça agrária e socioambiental, pois o território é do povo Geraizeiro há muitos séculos pelo direito de posse. O cerrado, além de ser mães das águas, é riquíssimo em árvores frutíferas e medicinais. O Estado também tem sido cúmplice de crimes socioambientais contra os povos geraizeiros. Nesse vídeo aqui, a professora Marlene e Adair nos dão uma verdadeira aula magna sobre a fruta de leite, o cerrado e a luta dos Povos e Comunidades Tradicionais Geraizeiras, no Vale das Cancelas, nos município de Grão Mogol, Padre Carvalho e Josenópolis, no norte de Minas Gerais.

O geraizeiro Valdir Gouveia, do Território Geraizeiro de Vale das Cancelas, em Grão Mogol, Padre Carvalho e Josenópolis, todo feliz apreciando Fruta de Leite, umas das frutas saborosas do Cerrado, que não pode continuar sendo devastado pela monocultura da Empresa Rio Rancho Agropecuária S.A, do Newton Cardoso Júnior e do velho Newton Cardoso. Foto: Adair Pereira.

Videorreportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Filmagem: Marlene Ribeiro. Edição: frei Gilvander. Grão Mogol, norte de MG, 07/01/2020.
*Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.
#FreiGilvander

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Cadê a Opção da Igreja pelos Pobres?


Cadê a Opção da Igreja pelos Pobres?
Por Gilvander Moreira[1]

Fonte: Site do XIII Intereclesial das CEBs.


No Brasil, misturado com todos os golpes e desmontes de direitos sociais conquistados com muita luta social por direitos durante várias décadas, em tempos de superexploração do sistema do capital, vivemos tempos de fundamentalismos, de céus povoados de anjos e entidades, de demônios por todos os lados, de gritaria de deuses, de promessas, de busca insaciável de bênçãos, de procissões, de peregrinações, de necessidade de expiação, de moralismos, de religiões sem Deus, de salvações sem escatologia, de cristianismos light, de libertações que não vão muito além de uma “espiritualidade” de autoajuda. Nesse contexto de cruéis violências, uma pergunta interpelante está sendo levantada pelos injustiçados da sociedade e por quem está lutando ao lado deles por seus direitos: Cadê a Opção da Igreja pelos Pobres?
Recordar é preciso. Se lida a partir dos injustiçados, a História nos inspira. Na Bíblia, no livro do Deuteronômio, repete-se um refrão mais de 100 vezes: “Não esqueçam que vocês foram escravizados no Egito” (por exemplo: Dt 5,15; 15,15; 16,12; 24,18.22). Recordar as opressões do passado e as lutas de resistência é imprescindível para seguirmos com as lutas libertárias. Atualmente, se teoricamente quem está conectado com os/as injustiçados/as do Brasil e da América Afrolatíndia cultiva e dinamiza, de alguma forma, as epistemologias decoloniais e carrega o germe subversivo e libertador inoculado pelos profetas e profetisas da Bíblia – as parteiras Séfora e Fua, Jesus de Nazaré, Maria Madalena, o apóstolo Paulo, Estêvão etc – e pelos/as  revolucionários/as políticos/as sociais - Karl Marx e Engels, por meio do materialismo histórico dialético, Gandhi, Simone de Beauvoir, Martin Luther King, Carolina Maria de Jesus, Che Guevara, Dandara  etc -, na prática o que segue sendo dominante no Brasil e na América Afrolatíndia é a ideologia dominante do capitalismo e, pior, a superexploração que o sistema do capital continua perpetrando sobre as classes trabalhadora e camponesa ao subjugar a força de trabalho e a propriedade fundiária da terra em forma capitalista e acumular mais-valia reproduzindo o sistema do capital. Não apenas o “espírito” econômico e político do capital e da classe dominante segue dominando e superexplorando a dignidade humana e todos os ecossistemas e biomas, mas o “espírito” religioso também foi sequestrado pela teologia da prosperidade e pela privatização da fé cristã dentro de propostas religiosas burguesas, patriarcais e eurocêntricas, o que na prática nega e, pior, rechaça os ventos emancipatórios do Concílio Vaticano II.
Nesse contexto sócio-político-econômico-cultural e religioso, é imprescindível recordar a Igreja do Concílio Vaticano II, que aconteceu de 1962 a 1965. Instigado por vários movimentos populares religiosos de base: movimento litúrgico, movimento bíblico, movimento ecumênico, movimento de diálogo com as ciências humanas e sociais e com o que há de saudável no chamado mundo moderno e interpelado pelos clamores dos subjugados pela exploração que o capitalismo impiedosamente despejava, principalmente sobre os povos dos continentes periféricos – Ásia, África e América Afrolatíndia  -, o papa João XXIII – pontificado de 20 de outubro de 1958 a 03 de junho de 1963 -, ouvindo os sinais dos tempos e dos lugares, convocou o Concílio Vaticano II e abriu as portas da igreja para a inculturação, para o ecumenismo, para o movimento bíblico libertador, para o protagonismo dos leigos/as na Igreja e para o diálogo crítico, mas humilde, com vários tipos de ciência moderna. E, acima de tudo, proclamou que Igreja é Povo de Deus.
Escolhido durante o Vaticano II, o papa Paulo VI – pontificado de 21 de junho de 1963 a 06 de agosto de 1978 - segurou as pontas e animou a igreja segundo os ventos libertadores do Vaticano II. As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) se espalharam por todo o Brasil, nas comunidades camponesas e nas periferias das cidades. Oriundo da Teologia Política, Ver, Julgar e Agir foi o método que marcava a metodologia a ser seguida. Primeiro, Ver a realidade a partir da opção pelos pobres. Segundo, Julgar não de forma moralista e nem legalista, mas sob as luzes das ciências sociais críticas, com um olho nos textos bíblicos e outro nos clamores dos empobrecidos. Em terceiro lugar, mas bem entrosado com o Ver e o Julgar, o Agir era eminentemente comunitário e social buscando sempre superar as injustiças sociais pela raiz e não apenas com paliativos caritativos. Era a Fé e a Política de mãos dadas, o Evangelho de Jesus Cristo e a dimensão social da fé. Assim, a Igreja popular fez nascer e desenvolver as Pastorais Sociais (CPT, CIMI, Pastoral Operária, Pastoral Carcerária, Pastoral da Criança, Pastoral do Migrante, Pastoral dos Pescadores Artesanais etc.) que contribuíram para inscrever os direitos sociais na Constituição de 1988, precedida por muitos seminários, discussões e debates, como por exemplo, motivados pela Campanha da Fraternidade que anualmente coloca um dos clamores dos porões da sociedade em baila. Em 1986, o tema da Campanha da Fraternidade foi “Terra de Deus, Terra de Irmãos”, que foi vital para inscrever na Constituição Federal a função social da propriedade e a prescrição de se desapropriar para fins de reforma agrária os latifúndios que não cumprem a função social. Também a prescrição de se demarcar os territórios indígenas e quilombolas. Entretanto, após a morte do papa Paulo VI, iniciou o eclipse dos ventos proféticos do Vaticano II, com os pontificados de João Paulo II, de 16/10/1978 a 02/4/2005, e Bento XVI, de 19/4/2005 a 28/02/2013. Durante quase 34 anos, o que tivemos de forma predominante foi espiritualismo, desencarnação da fé cristã, propostas religiosas de autoajuda, divórcio entre a Fé e a Política e amputação da dimensão social do Evangelho de Jesus Cristo. Novo pentecostes que gera profecia na Igreja reiniciou-se com a eleição do papa Francisco desde o dia 19 de março de 2013. Resgatar essa história é imprescindível para compreendermos porque chegamos à esquizofrenia gravíssima que é termos a maioria das pessoas religiosas apoiando projetos políticos fascistas e autoritários que reforçam a idolatria do mercado e do capital, que aumenta a desigualdade social, corta direitos sociais e violenta de forma impiedosa a mãe terra, a irmã água, os biomas e toda a biodiversidade, algo totalmente antagônico com o projeto do Evangelho de Jesus Cristo. Enfim, se as igrejas e grande parte das pessoas religiosas não resgatarem a Opção pelos Pobres, não retomaremos o caminho de reconstrução de uma sociedade justa economicamente, solidária socialmente, democrática politicamente, (macro)ecumênica religiosamente e sustentável ecologicamente.

BH, MG, 07/01/2020.

Obs.: Os filmes e vídeos nos links, abaixo, versam sobre o assunto tratado acima.

1 - Frei Gilvander/XXV Encontro CEBs/Cachoeiro Itapemirim/ES/ CEBs Missionárias/Vídeo 1 - 27/10/2019



2 - Tributo a Epaminondas Alves Ribeiro, da Pastoral Rural, CPT, CEBs, STR - 09/4/1950 a 14/10/2019.



3 - História dos 14 Encontros de CEBs de Taiobeiras, MG, no XIV Encontro de CEBs. Vídeo 11 - 28/7/2019



4 - Espiritualidade das CEBs (Parte I): Sônia no XIV Encontrão de CEBs de Taiobeiras/MG. Vídeo 6



5 - Espiritualidade das CEBs (Parte II): Sônia no XIV Encontro de CEBs de Taiobeiras/MG. Vídeo 7 - 28/7/2019.




[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG. E-mail: gilvanderlm@gmail.com – www.gilvander.org.br – www.freigilvander.blogspot.com.br      –       www.twitter.com/gilvanderluis        –     Facebook: Gilvander Moreira III

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Empresa Rio Rancho S.A devasta CERRADO no Vale das Cancelas, norte de MG: injustiça!

Empresa Rio Rancho S.A devasta CERRADO no Vale das Cancelas, norte de MG: injustiça! 05/01/2020.


Dia 05/01/2020, Adair Pereira de Almeida, o “Nenzão”, representante das Comunidades Tradicionais Geraizeiras, no Território Geraizeiro do Vale das Cancelas, no norte de Minas Gerais, no município de Grão Mogol, denuncia que a Empresa Rio Rancho Agropecuária S/A está derrubando o Cerrado em território tradicional Geraizeiro de Vale das Cancelas no Município de Grão Mogol. Isso é uma tremenda injustiça agrária e socioambiental, pois o território é do povo Geraizeiro há muitos séculos pelo direito de posse. O cerrado, além de ser mães das águas é riquíssimo em árvores frutíferas e medicinais. O Estado também tem sido cúmplice de crimes socioambientais contra os povos geraizeiros. 

Povo e Comunidades Tradicionais Geraizeiras luta contra monocultura do eucalipto, invasão de seus territórios por empresas eucaliptadoras, como a Empresa Rio Rancho S.A e, acima de tudo, valorizam toda a biodiversidade do cerrado, berços das águas e da vida. Foto: Divulgação / Repórter Brasil

Videorreportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI.
Filmagem: Marlene Ribeiro. Edição: frei Gilvander. Grão Mogol, norte de MG, 05/01/2020.
*Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.

domingo, 5 de janeiro de 2020

Dom Vicente: "Sistema minerário é criminoso". Vale na Ponte das Almorrei...



Dom Vicente: "Sistema minerário é criminoso". Vale na Ponte das Almorreimas, Brumadinho/MG. Vídeo 4 – 26/12/2019.

Dia 26/12/2019, visitamos a Comunidade rural de Ponte das Almorreimas, em Brumadinho, MG, onde a mineradora Vale está sacrificando mais uma comunidade e um território. Com decreto de desapropriação do governador Romeu Zema e, sob ordem do judiciário para a Vale construir uma nova captação de água para a COPASA, a comunidade de Ponte das Almorreimas se tornou mais uma zona de sacrifício da mineradora Vale. A desculpa é porque a captação de água no rio Paraopeba que o Governo de MG e COPASA tinham inaugurado em 2015, com promessa de garantir segurança hídrica para Belo Horizonte e Região Metropolitana (RMBH) por 25 anos, foi inviabilizada pelo crime/tragédia da Vale e do Estado a partir de Brumadinho, dia 25/91/2019, às 12h28, com a contaminação do rio Paraopeba com lama tóxica. O rio Paraopeba era responsável por 50% do abastecimento de BH e RMBH. A Vale foi obrigada judicialmente a construir uma nova captação de água ao lado do rio Paraopeba pouco acima de Córrego do Feijão, onde barragem de rejeitos minerários estourou. O território escolhido para ser sacrificado foi Ponte das Almorreimas, que era um paraíso terrestre com bioma de Mata Atlântica e uma comunidade com mais de 200 famílias que viviam produzindo sob o regime de agricultura familiar. É o crime/tragédia da Vale e do Estado gerando outros crimes. As famílias de Ponte das Almorreimas estão indignadas e sofrendo muito. Muitos direitos estão sendo violadas em Ponte das Almorreimas. Assista no vídeo 4 aqui Dom Vicente Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, faz duras denúncias contra a mineradora Vale por estar devastando também a Comunidade rural e o Território de Ponte das Almorreimas, em Brumadinho, MG.

Dom Vicente de Paula Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte e da Comissão de Ecologia Integral e Mineração da CNBB, nos rastros de devastação que a mineradora Vale está causando na Comunidade e Território de Ponte das Almorreimas, no município de Brumadinho, MG. Foto: Cléria Nogueira. 30/12/2019.

Videorreportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI.
Filmagem e Edição: frei Gilvander. Brumadinho, MG, 26/12/2019. *Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

"Vale comete crime e nós é que pagamos?" Ponte das Almorreimas, Brumadin...



"Vale comete crime e nós é que pagamos?" Ponte das Almorreimas, Brumadinho, MG. Vídeo 2 - 26/12/2019.

Dia 26/12/2019, visitamos a Comunidade rural de Ponte das Almorreimas, em Brumadinho, MG, onde a mineradora Vale está sacrificando mais uma comunidade e um território. Com decreto de desapropriação do governador Romeu Zema e, sob ordem do judiciário para a Vale construir uma nova captação de água para a COPASA, a comunidade de Ponte das Almorreimas se tornou mais uma zona de sacrifício da mineradora Vale. A desculpa é porque a captação de água no rio Paraopeba que o Governo de MG e COPASA tinham inaugurado em 2015, com promessa de garantir segurança hídrica para Belo Horizonte e Região Metropolitana (RMBH) por 25 anos, foi inviabilizada pelo crime/tragédia da Vale e do Estado a partir de Brumadinho, dia 25/91/2019, às 12h28, com a contaminação do rio Paraopeba com lama tóxica. O rio Paraopeba era responsável por 50% do abastecimento de BH e RMBH. A Vale foi obrigada judicialmente a construir uma nova captação de água ao lado do rio Paraopeba pouco acima de Córrego do Feijão, onde barragem de rejeitos minerários estourou. O território escolhido para ser sacrificado foi Ponte das Almorreimas, que era um paraíso terrestre com bioma de Mata Atlântica e uma comunidade com mais de 200 famílias que viviam produzindo sob o regime de agricultura familiar. É o crime/tragédia da Vale e do Estado gerando outros crimes. As famílias de Ponte das Almorreimas estão indignadas e sofrendo muito. Muitos direitos estão sendo violadas em Ponte das Almorreimas. Assista no vídeo 2 aqui as denúncias que Cláudia Saraiva, da Comunidade de Ponte das Almorreimas, faz com veemência.

Cena de destruição que a mineradora Vale está causando na Comunidade Ponte das Almorreimas atingindo também as Comunidades de Caju, Guariba e Toca de Cima, no município de Brumadinho, MG. É exemplo de como os crimes das mineradoras em conluio com o Estado geram outros crimes. Foto: A. Baeta, dia 26/12/2019.
Videorreportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI.
Filmagem e Edição: frei Gilvander. Brumadinho, MG, 26/12/2019.
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quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Vale sacrificando o território de Ponte das Almorreimas, em Brumadinho, ...




Vale sacrificando o território de Ponte das Almorreimas, em Brumadinho, MG: violência! Vídeo 1 – 26/12/2019.

Dia 26/12/2019, visitamos a Comunidade rural de Ponte das Almorreimas, em Brumadinho, MG, onde a mineradora Vale está sacrificando mais uma comunidade e um território. Com decreto de desapropriação do governador Romeu Zema e, sob ordem do judiciário para a Vale construir uma nova captação de água para a COPASA, a comunidade de Ponte das Almorreimas se tornou mais uma zona de sacrifício da mineradora Vale. A desculpa é porque a captação de água no rio Paraopeba que o Governo de MG e COPASA tinham inaugurado em 2015, com promessa de garantir segurança hídrica para Belo Horizonte e Região Metropolitana (RMBH) por 25 anos, foi inviabilizada pelo crime/tragédia da Vale e do Estado a partir de Brumadinho, dia 25/91/2019, às 12h28, com a contaminação do rio Paraopeba com lama tóxica. O rio Paraopeba era responsável por 50% do abastecimento de BH e RMBH. A Vale foi obrigada judicialmente a construir uma nova captação de água ao lado do rio Paraopeba pouco acima de Córrego do Feijão, onde barragem de rejeitos minerários estourou. O território escolhido para ser sacrificado foi Ponte das Almorreimas, que era um paraíso terrestre com bioma de Mata Atlântica e uma comunidade com mais de 200 famílias que viviam produzindo sob o regime de agricultura familiar. É o crime/tragédia da Vale e do Estado gerando outros crimes. As famílias de Ponte das Almorreimas estão indignadas e sofrendo muito. Muitos direitos estão sendo violadas em Ponte das Almorreimas. Assista no vídeo 1 aqui as denúncias que Cléria de Lourdes Apóstolo Nogueira faz com veemência. 

Mineradora Vale elegeu a Comunidade e o Território de Ponte das Almorreimas, em Brumadinho, MG, para serem sacrificados. Devastação com construção de nova captação de água para distanciar o colapso hídrico em Belo Horizonte e Região Metropolitana; fazenda para cuidar dos animais feridos - muitos estão morrendo -; transferência da lama tóxica do córrego do Carvão, abaixo de Córrego do Feijão, para a Comunidade de Ponte das Almorreimas; e, também, construção de linha de transmissão. Eis o crime/tragédia da Vale e do Estado gerando outros crimes no município de Brumadinho, nas Comunidades de Ponte das Almorreimas, Caju, Toca de Cima e Guaribas. Na foto, máquinas a serviço da mineradora Vale e amostra da devastação ao lado da antiga igrejinha de São Vicente de Paulo. Foto: A. Baeta. 26/12/2019.

Videorreportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI.
Filmagem e Edição: frei Gilvander. Brumadinho, MG, 26/12/2019.
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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Homenagem às 272 pessoas mártires em Brumadinho, MG: Natal de 2019. Val...



Homenagem às 272 pessoas mártires em Brumadinho, MG: Natal de 2019. Vale não vale nada. Vídeo 5 – 25/12/2019.

Dia 25/12/2019, às 11 horas, Dom Vicente Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, MG e da Comissão de Ecologia Integral e Mineração, da CNBB, presidiu Missa de Natal no Santuário N. Sra. Do Rosário, em Brumadinho, MG, com a presença das famílias que perderam parentes no crime/tragédia da mineradora Vale dia 25/01/2019, a partir das 12h28. Nesse vídeo 5, após a missa presidida por dom Vicente Ferreira, e após a Caminhada com a Chamada dos/as 272 mártires do crime da Vale e do Estado, em Brumadinho, MG, no letreiro da entrada da cidade de Brumadinho foi prestada Homenagem às 272 pessoas martirizadas pelo crime da Vale e do Estado.

Homenagem às 272 pessoas mártires em Brumadinho, MG, martirizadas pelo crime/tragédia da mineradora Vale em conluio com o Estado, dia 25/01/2019, às 12h28: No Natal de 2019, 11 meses do crime, as famílias golpeadas e violentadas por esse crime prestam mais uma vez homenagem às 272 'jóias', como carinhosamente são chamadas. Vale não vale nada. Foto: A. Baeta.

Videorreportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Filmagem e edição: frei Gilvander. Brumadinho, MG, 25/12/2019.
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