Gilvander é frei e padre da Ordem dos carmelitas, Doutor em Educação pela FAE/UFMG; bacharel e licenciado em Filosofia pela UFPR, bacharel em Teologia pelo ITESP/SP, mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Itália; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas, em Minas Gerais.
LIVE 3 - "Derrube o veto do prefeito de Ibirité, MG. Por Patrimônio Hídrico e da Biodiversidade de Ibirité, MG" (Frei Gilvander Moreira, Frei Elionaldo Silva e Frei Gilberto Teixeira).
Luta pela derrubada do veto do prefeito de Ibirité, MG, ao Projeto de Lei 058/2019, que cria o Patrimônio Hídrico e da Biodiversidade do município em parte da área rural de Ibirité, área de amortecimento do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, Projeto de Lei que tinha sido aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores. Exigimos que a Câmara de Vereadores derrube o veto do prefeito William Parreira, pois o justo é criar a Lei Patrimônio Hídrico na Serra do Rola Moça e declarar Ibirité, MG, como Território Livre de Mineração.
Videorreportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, CEBs, CEBI, SAB e assessoria de Movimentos Sociais. Edição: Frei Gilvander. Ibirité, MG, 29/4/2020.
*Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.
Dolorosamente, a pandemia do novo
coronavírus está se alastrando por todo o mundo e por todo o Brasil. No mundo,
já são mais de 3 milhões de pessoas infectadas pelo novo coronavírus e mais de
210 mil mortos. Milhares de famílias já foram golpeadas. Muitos continuam, de
forma irresponsável, se expondo e expondo muita gente ao vírus perigoso, e letal
para muitas pessoas que são atingidas por ele. O desgoverno federal continua
agindo ou se omitindo de forma criminosa ao enfraquecer ainda mais o SUS[2]
nos últimos anos com a aprovação da PEC[3] 95;
com a expulsão de 10 mil médicos cubanos que ajudavam a cuidar de 50 milhões de
pessoas no Brasil; ao não testar as pessoas para ver se estão com COVID-19 ou
não; ao não providenciar respiradores em quantidade e qualidade suficiente para
atender a todas as pessoas que necessitarem e, finalmente, ao divulgar números
oficiais sobre a pandemia que não refletem a realidade. Há uma enorme subnotificação.
Pesquisas indicam que o número de mortos ou de pessoas que estão com a COVID-19
pode ser 10 vezes maior que os dados oficiais divulgados. Ou seja, se falam em
5 mil mortos por COVID-19, pode ser que na realidade já tenham morrido 50 mil.
Se falam em 60 mil com o coronavírus, pode ser que 600 mil pessoas estejam
infectadas, sem o saber. Para cada pessoa já diagnosticada com COVID-19 pode
ser que existam outras 10 com coronavírus que seguem disseminando o vírus por
desconhecimento de que se encontram infectadas. Estima-se que a pandemia do
novo coronavírus no Brasil tenha atingido apenas 5% da sua capacidade de
alastramento.
Diante dessa realidade dramática que
está apunhalando milhares de famílias, considero criminosas as posturas de
prefeitos, de governadores, do desgoverno federal, de certos pastores e certos
padres que estão flexibilizando o distanciamento “social” (físico, melhor
dizendo) e permitindo a volta à “normalidade” que causou a pandemia. Sem
quarentena, milhões de trabalhadores, de desempregados e subempregados, de
empobrecidos periféricos poderão morrer. Já está comprovado que os meios mais
eficazes que temos para salvar vidas, até que se descubra remédio e/ou vacina, são:
a quarentena, ficar em casa, lavar as mãos com frequência, usar máscara sempre
que tiver que sair de casa e manter em funcionamento apenas as atividades
econômicas essenciais para a vida social. Grandes empresários, adoradores do
ídolo capital, estão desesperados por ver parte da classe trabalhadora em casa,
na prática em “greve geral”. Sem a força dos trabalhadores não há como os
grandes empresários acumularem lucro.
Além da pandemia do novo coronavírus, temos
que enfrentar no Brasil outra “pandemia”: a da política, em especial a do
desgoverno federal, que cotidianamente submete o povo a posturas cada vez mais
deprimentes, vexatórias, fascistas, milicianas, fazendo até deboche, absurdo
dos absurdos e cometendo crimes, tais como: Improbidade Administrativa, Crime
de Responsabilidade, Prevaricação, Obstrução da Justiça, de forma contumaz, por
reiteradas vezes. O despresidente já cometeu muitos crimes de responsabilidade –
a lista de indícios é grande! - e se tornou motivo de chacota internacional e,
pior, violentando o povo, a Amazônia, os biomas, os povos indígenas, os
quilombolas, as populações periféricas e empobrecidas, enfim toda a classe
trabalhadora. Integrantes do Congresso Nacional e do STF têm sido cúmplices e coniventes
com essas atitudes do desgoverno atual. Já passou da hora de dar encaminhamento
aos 29 pedidos de Impeachment de Bolsonaro, já protocolados na Câmara Federal.
O que se ouve nas ruas é “Fora, Bolsonaro!”. O antipresidente e bolsonaristas
desdenham da Constituição Brasileira e da democracia ao defenderem, em
manifestações públicas, o fechamento do Congresso Nacional e do STF[4] e ao
clamarem por golpe para reimplantar nova ditadura com AI-5[5],
repressão e eliminação de vez da democracia e das liberdades. O caminho ético e
democrático não é fechar o Congresso Nacional e o STF, mas purificá-los. Se
tivéssemos instituições do Estado éticas cumprindo de fato sua missão, nos três
poderes, quem defendeu publicamente o que a Constituição Federal proíbe já
deveria estar nas barras da justiça e preso.
Desde a
época da ditadura militar-civil-empresarial que se iniciou dia 31 de março de
1964, abocanhando a terra em propriedade privada, os capitalistas promoveram a
mecanização da agricultura e, assim, realizaram o que muitos chamaram de
‘revolução verde’ em contraposição à ameaça que defensores do status quo capitalista chamaram de
‘revolução vermelha’, que era a luta pela implantação do socialismo no país, o
que incluía fazer as reformas de base: reformas agrária, urbana, da educação,
tributária e política. Sob fomento do governo federal, os capitalistas da cidade
levaram todo o arsenal industrial de máquinas com pacotes químicos para a
produção agropecuária. Assim, no livro Conflitos no Campo
Brasil 2015, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Carlos Walter Porto Gonçalves e colegas pesquisadores
apontam a construção de uma “agricultura sem agricultores” e produtora de
sem-terra. Dizem eles: “ensejou um modelo
agrário/agrícola que mereceu a fina caracterização de “uma agricultura sem
agricultores”, pelo economista argentino Miguel Teubal, conformando com muita violência.
[...] não é só grande produtora de madeira (eucalipto), de grãos e de carnes,
mas também de muitos trabalhadores e trabalhadoras rurais sem terra ao
concentrar muita terra em poucas mãos” (PORTO-GONÇALVES; CUIN; LEAL; NUNES
SILVA, 2015, p. 90). Além de concentrar a terra em poucas mãos, fortalecendo a
latifundiarização do país, a ditadura militar-civil-empresarial promoveu um
imenso êxodo rural, empurrando o povo para sobreviver nas novas senzalas, que
são as favelas, nas periferias das grandes cidades. Criaram-se as condições
objetivas para se instaurar e amplificar a violência no tecido social. Alastraram-se
as monoculturas e impiedosamente se implantou um modelo econômico no campo marcado
pela devastação socioambiental em progressão geométrica, submetendo o povo, por
exemplo, a uma epidemia de câncer, por causa do exagero no uso de agrotóxicos para atender à exigência do agronegócio de
produzir mais e maisa qualquer custo.
Dia 17
de abril último – lembrando os 24 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, no
Pará -, a CPT lançou seu 34º livro “Conflitos no Campo Brasil”. Na edição de
2019, em 252 páginas, a CPT demonstrou o crescimento assustador da violência no
campo e do ódio contra os pobres: aconteceram no Brasil 1833 conflitos no campo
em lutas por Terra, Água e Direitos. Maior número em 15 anos, com um aumento de
23% em relação a 2018, o que representa 5 conflitos por dia, em média. Esses
conflitos envolveram 859.023 pessoas, a grande maioria, em conflitos
relacionados à luta pela terra (1.284 conflitos), seguido de lutas pela água
(489 casos). Os números da violência no campo, no Brasil, em 2019, demonstram
uma tremenda violência se abatendo sobre o campesinato: 32 assassinatos de
lideranças camponesas, entre os quais, 9 indígenas (30%) - maior número nos últimos dez anos; 1.254
conflitos de luta por terra; 489 conflitos por água, o maior índice já
registrado pela CPT, sendo 61% ocorridos em Minas Gerais, Bahia e Sergipe. Em
relação a 2018, os conflitos por água cresceram 77% em um ano. 39% dos
conflitos por água no Brasil foram causados por mineradoras. 82% dos conflitos
por água aconteceram em territórios de Povos e Comunidades Tradicionais, tendo,
obviamente, o despresidente como promotor e “autorizador” dos mesmos. Em 2019, houve 1.301 manifestações de luta
pela Terra, pela Água e por Direitos (142% a mais em relação a 2018, 3,5 por
dia, o maior número já registrado pela CPT em 34 anos). Esse dado demonstra que
o povo não está resignado, continua na luta por direitos, atuando de diversas
formas. 745 trabalhadores foram libertados de situações análogas a trabalho
escravo, número muito menor do que nos últimos 17 anos, quando eram libertadas
um número muito maior, o que demonstra o desmonte da fiscalização que o
desgoverno federal vem promovendo.
Exceto as áreas
violentadas pelas mineradoras e pelo trabalho escravo, a região que mais sofreu
com os conflitos em 2019, foi a Amazônia, onde se concentraram 60% das disputas
por terra, 71% das famílias envolvidas, 51% das despejadas, 84% das famílias
que sofreram invasão de suas terras ou casas, 84% dos assassinatos, 73% das
tentativas de assassinato, e 79% dos ameaçados de morte. Enfim,
esse diagnóstico da CPT, de 2019, demonstra a necropolítica em exercício, ou
seja, o uso do poder para matar as parcelas mais vulneráveis da população
usando estratégias diversas de aniquilamento sem qualquer preocupação com o bem
comum.
Em Minas Gerais,
em 2019, a CPT registrou: a) 128 conflitos na luta por água, sendo 54 (41,2%) na
região metropolitana, o que demonstra porque Belo Horizonte e a região
metropolitana já estão em crise e em processo de colapso hídrico iminente; b) 32
conflitos na luta pela terra, sendo 11 (28,5%) no norte do estado, o que
demonstra o avanço do latifúndio armado sob fomento do despresidente e de empresários
bolsonaristas; c) 346 trabalhadores foram libertados de situações análogas à
escravidão, sendo 171 (49,4%) no norte do estado, o que demonstra que, onde há
maior poderio do latifúndio e dos latifundiários criam-se as condições
objetivas para submeter trabalhadores a situações análogas às de escravidão.
Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), a fome atingirá mais de 600 milhões de pessoas no mundo
com a crise desencadeada pela pandemia do Covid-19. Estão ameaçados por
projetos de mineração os territórios que produzem alimentos e podem ajudar a superar
a fome. Se o desgoverno federal não for derrubado, podemos ter no Brasil mais
30 mil áreas concedidas às mineradoras, o que violentará mais ainda comunidades
camponesas, indígenas, ribeirinhas e quilombolas que abastecem 70% da produção
de alimentos no país. O povo das cidades também sofrerá cada vez mais, haja
vista a continuidade do antipresidente nas atitudes de descompromisso com a
preservação da vida em suas várias formas.
Em tempo: A
Câmara de Vereadores de Nova Lima, MG, dia 24/4/2020, aprovou lei que reduz em
50% os salários dos vereadores, do prefeito, do vice e dos secretários do executivo
municipal, durante a pandemia do coronavírus. Esse tipo de lei deve ser
aprovada, com urgência, em todas as Câmaras Municipais, em todas as Assembleias
Legislativas, no Congresso Nacional e também no judiciário, de 1ª instância até
o STF. Reduzir os salários de 50% de todos os políticos eleitos, não só durante
a pandemia, mas para sempre, eis a meu ver uma das exigências éticas mais marcantes
deste tempo![6]
Referência.
PORTO
GONÇALVES, Carlos Walter; CUIN, Danilo Pereira; LEAL, Leandro Teixeira; NUNES
SILVA, Marlon. Bye bye Brasil, aqui estamos: a reinvenção da questão agrária no
Brasil. In: Conflitos no Campo Brasil
2015. Goiânia: CPT Nacional, p. 86-99, 2015.
28/4/2020
Obs.: Os vídeos nos links, abaixo, ilustram o
assunto tratado acima.
1 - Padre José Ailton: Faz carreata contra a
"Quarentena" quem se preocupa com lucros e não com a vida dos/as
trabalhadores/as - 14/4/2020
2
- No Roda Viva, a jornalista Vera Magalhães recebe o biólogo Atila Iamarino.
3 - Covid-19: Manaus vive cenário de caos nos
hospitais e cemitérios - 26/4/2020
4 - A realidade sobre o número do coronavírus no
Brasil - 26/4/2020
5 - Covid-19/ Pará: 97% dos leitos de UTI da rede
pública estão ocupados - 20/4/2020
6 - Covid-19/Ceará: 100% das vagas de UTI ocupadas e
número de leitos está perto do limite - 20/4/2020
7 - COVID-19: No Amazonas, sistema de saúde do
estado está entrando em colapso - 20/4/2020
[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela
FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia
pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em
Roma, Itália; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas; prof. de
“Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte,
MG. E-mail: gilvanderlm@gmail.com – www.gilvander.org.br – www.freigilvander.blogspot.com.br
– www.twitter.com/gilvanderluis –
Facebook: Gilvander Moreira III
[5] Ato Institucional da ditadura
militar-civil-empresarial que fechou o Congresso Nacional e implementou “anos
de chumbo” com repressão, exílio e perseguição impiedosa a todas as pessoas que
questionassem a ditadura. De 13/10/1968, o AI-5 foi golpe dentro do golpe. Cf.
os livros “Brasil Tortura Nunca Mais”, de Dom Paulo Evaristo Arns (Org.) e
“Batismo de Sangue”, de Frei Betto.
[6]Gratidão à Carmem Imaculada de
Brito, doutora em Sociologia Política pela UENF, que fez a revisão deste texto.
Frei Carlos Mesters: "A Eucaristia nos
leva à partilha, à multiplicação dos pães" – 24/4/2020.
Homilia na Missa da Sexta-Feira da Segunda
Semana da Páscoa, na Igreja ao lado do Convento do Carmo, em Unaí, MG, Diocese
de Paracatu.
Frei Carlos Mesters é holandês, nascido em
20/10/1931, carmelita da Província Carmelitana de Santo Elias. Missionário no
Brasil desde 1949, sacerdote desde 1957, doutor em Teologia Bíblica, é biblista
do CEBI (Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos) e um dos principais exegetas
bíblicos do método histórico-crítico no Brasil.
Frei Carlos Mesters, frade e sacerdote carmelita e biblista do CEBI - www.cebi.org.br
* Vídeo original - Canal no Youtube: PARÓQUIA
NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO - UNAÍ - MG
*Divulgação: Canal no You Tube Frei Gilvander
Luta pela Terra e por Direitos. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da
CPT-MG.
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Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link:
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#XXIIIRomariaDasÁguasEdaTerraDeMG
Salve a Serra da Piedade, em Caeté, ao lado de Belo Horizonte, MG, sendo devastada pela mineradora AVG e pelo Estado – 25/4/2020.
No último sábado (25/4/2020), a Polícia Federal apreendeu e desarticulou uma quadrilha de garimpo clandestino de minério de ferro, que aos pés da Serra, praticava suas atividades de forma irregular, devastando o meio ambiente. A mineradora AVG está devastando a Serra da Piedade, local tombado como Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, local que deveria ser preservado, devido a diversidade de mananciais, da fauna e da flora ali presente e cada vez mais é devastado pelo "ideal minerador", cada vez mais é destruído pela ganância humana e ganância do lucro de empresas capitalistas. A Serra da Piedade, local que abriga o Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, a menor basílica do mundo, casa da Padroeira de Minas Gerais, é patrimônio de todos os mineiros, local que deve ser preservado, cuidado, à luz da Ecologia Integral, em conexão com a Mãe Terra, evitando ao máximo sua exploração mineral imediatista que traz junto graves e grandes consequências irreversíveis. BASTA DE DEVASTAÇÃO! BASTA DE EXPLORAÇÃO! SALVE A SERRA DA PIEDADE! "O cuidado dos ecossistemas requer uma perspectiva que se estenda para além do imediato, porque, quando se busca apenas um ganho econômico rápido e fácil, já ninguém se importa realmente com a sua preservação. Mas o custo dos danos provocados pela negligência egoísta é muitíssimo maior do que o benefício econômico que se possa obter. No caso da perda ou dano grave de algumas espécies, fala-se de valores que excedem todo e qualquer cálculo. Por isso, podemos ser testemunhas mudas de gravíssimas desigualdades, quando se pretende obter benefícios significativos, fazendo pagar ao resto da humanidade, presente e futura, os altíssimos custos da degradação ambiental", escreve o Papa Francisco (Laudato Si 36.).
Cratera deixada pela mineradora Brumafer na Serra da Piedade. O Governo de MG e representantes das mineradoras aprovaram licenciamento covarde, inconstitucional, ilegal, para a mineradora AVG continuar a devastação da Serra da Piedade, sob a desculpa esfarrapada de que irá recuperar a área. Como recuperar, se terá que minerar em 30 hectares? Cinismo e hipocrisia nesse licenciamento que precisa ser derrubado judicialmente.
Videorreportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, CEBs, CEBI, SAB e assessoria de Movimentos Sociais.
Fonte: Canal no You Tube do Santuário São Judas, de Belo Horizonte, MG.
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2ª LIVE pela derrubada do veto do prefeito de Ibirité, MG.
Por Patrimônio Hídrico e de Biodiversidade lutamos. 24/4/2020
Em defesa
do patrimônio hídrico, histórico, paisagístico e de toda biodiversidade
presente na Serra do Rola Moça, que o projeto de lei 058/2019 foi construído e
aprovado na Câmara de Vereadores de Ibirité, MG. O projeto é fruto de muita
luta coletiva da população, que só foi possível juntamente com legislativo da
cidade, porém, foi vetado pelo prefeito de Ibirité (MG).
A Luta contra o VETO do prefeito de Ibirité-MG, William Parreira (do
AVANTE), em relação ao projeto de Lei que transforma em Patrimônio Hídrico e da
Biodiversidade área importante para preservação da Serra do Rola Moça,
continua. Agora queremos que a Câmara de Vereadores que havia aprovado em
unanimidade o projeto reafirme mais uma vez seu compromisso com o meio ambiente
e derrube o veto do prefeito!
Quem já caminhou pelas bandas da
Serra do Rola Moça já deve ter observado a quantidade de hortas que ficam aos
pés da Serra, na certa deve ter observado que elas são ambiente de trabalho
para centenas de pessoas, além de ajudarem na contenção dos impactos da
expansão urbana sobre o Parque Estadual da Serra do Rola Moça
Para tratar desses e outros assunto convidamos para a nossa próxima LIVE
o agricultor familiar Bruno Freitas, da comunidade rural Capão da Serra e
atualmente diretor da ASPRUS (Associação dos Produtores Rurais de Sarzedo),
além disso, Bruno é conselheiro do CODEMA de Sarzedo e secretário estadual de
Juventude da FETAEMG.
E também Frei Gilvander Moreira, padre da Ordem dos carmelitas.
Gilvander é doutor em educação, faz parte da Comissão Pastoral da Terra e é um
incessante guerreiro em prol dos direitos humanos e na luta pela vida.
Participe da luta pela derrubada do veto injusto do prefeito William
Parreira, de Ibirité, MG. Sugestão: Grave pequenos vídeos e divulgue
pressionando os vereadores de Ibirité e a vereadora a derrubar o veto do
prefeito William Parreira.
Videorreportagem de frei Gilvander Moreira,
da CPT, CEBs, CEBI, SAB e assessoria de Movimentos Sociais.
*Filmagem: LIVE do Facebook: Serra Sempre
Viva. Edição: frei Gilvander. Ibirité, MG, 24/04/2020.
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Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link:
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#NaLutaPorDireitos #PalavrasDeFéComFreiGilvander
#XXIIIRomariaDasÁguasEdaTerraDeMG #ConflitosNoCampo
Frei Gilvander: “Sem Quarentena, quem vai morrer?” - 1ª Parte - Na luta por direitos - 23/4/2020.
Uma espada de dor está transpassando o coração de milhões de pessoas pelo mundo afora, em tempos de pandemia do novo coronavírus. Em todo o mundo, mais de 170 mil pessoas já morreram por COVID-19. No Brasil, o povo está no meio de um fogo cruzado: de um lado, autoridades sensatas recomendando o que orienta a Organização Mundial da Saúde (OMS): quarentena que tem salvado muitas vidas, ficar em casa, lavar as mãos com frequência, usar máscara se tiver que sair de casa. Por outro lado, o desgoverno do antipresidente e uma elite que está desesperada, ao ver seus lucros diminuindo com os trabalhadores ficando em casa, seguem desdenhando das orientações da OMS, da ciência e, em postura genocida, empurrado para o matadouro o povo, ao incitar a retomada da normalidade que nos levou à pandemia. Retomar “mais do mesmo” será a morte de milhões de pessoas e galopar rumo a outras pandemias mais brutais. Como diz o biblista frei Carlos Mesters, “parede rachada não se conserta pondo reboco por cima, mas reconstruindo a casa”.
Frei Gilvander Moreira
*Texto e filmagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Sociais. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Belo Horizonte, MG, 23/4/2020.
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CPT: Lançamento do “Caderno de Conflitos no
Campo Brasil 2019”, com Paulo César, Antônio
Canuto e Profa. Maria Cristina. Live - 17/4/2020.
Dia 17/4/2020, dia internacional de lutas
camponesas, 24 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 17/4/1996,
e 4 anos do golpe de estado no governo da primeira Presidente Mulher do nosso
país – Dilma Rousseff (17/4/2016), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançou -
online - a 34ª edição do Caderno de Conflitos no Campo Brasil 2019. Todos os
dados da publicação anual da #CPT já estão disponíveis. Você pode, também,
acessar a publicação em PDF da CPT. Confira: https://bit.ly/3ahLv2w De modo
geral os números da violência no campo no Brasil em 2019 foram: 32
assassinatos, maior número nos últimos dez anos; 1.254 conflitos por terra; 489
conflitos por água; 1.301 manifestações e 745 pessoas libertadas do trabalho
escravo. Com profundo respeito pelas pessoas que estão por traz destes números,
com as palavras da Pastora Nancy Cardoso, afirmamos: é tarefa da Comissão
Pastoral da Terra fazer memória dos conflitos, não deixar que nenhuma história
se perca, que os nomes das pessoas e lugares não sejam esquecidas. Nenhum
conflito é pequeno demais, nenhum lugar é indiferente. Por isso fazer a
memória, documentar, publicar, socializar é tarefa teológica e pastoral
importante. É tarefa pastoral também denunciar os violentos, nomear os
governos, polícias, milícias, juízes, latifundiários e agiotas do agronegócio,
da mineração, das barragens assassinas,... as ofertas de vocês não são aceitas
por Deus.
Videorreportagem de frei Gilvander Moreira, da
CPT, CEBs, CEBI, SAB e assessoria de Movimentos Sociais.
*Filmagem: Equipe de comunicação da CPT
nacional. Edição: frei Gilvander. Goiânia, GO, 17/04/2020.
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