segunda-feira, 8 de julho de 2019

Ministério Público de MG questiona Mineração no Serro, MG. Henrique More...



Ministério Público de MG questiona Mineração no Serro, MG. (Henrique Moreira, analista ambiental). Vídeo 3. 25/6/2019.

A Arquidiocese de Diamantina promoveu, na terça-feira, dia 25/6/2019, um Encontro de Formação e Informação sobre a atividade de mineração no Serro, MG. Inspirado na Encíclica do Papa Francisco “Laudato Si – Sobre o Cuidado da Casa Comum”, o Encontro aconteceu na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, no Serro, e teve como objetivo criar um espaço de diálogo entre a Igreja e a sociedade sobre o impacto econômico, social e ambiental da atividade de mineração da mineradora Herculano que pretende se instalar naquele município. Participaram do evento cerca de 600 pessoas dentre elas, o arcebispo de Diamantina, dom Darci José Nicioli, que presidiu o Encontro; o prefeito municipal, Guilherme Simões; representante do Ministério Público; da Polícia do Meio Ambiente; da Comissão de Direito Ambiental da OAB/MG; da Mineradora Herculano; das Comunidades Quilombolas de Queimadas, Envolvidas diretamente; de Movimentos Populares, além de geógrafos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Também estiveram presentes, o pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, padre Paulo Henrique Soares; o vigário, padre Darci Rodrigues; padre Manuel Quitério, professor da PUC Minas, padre Roberto Marcelino de Oliveira, secretário executivo do Regional Leste 2 da CNBB, bem como o frei Gilvander Luís Moreira, da Comissão da Pastoral da Terra (CPT/MG), e a professora Dra. Cristiane S. Kaitel, representando o reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), dom Joaquim Giovanni Mol Guimarães. Na oportunidade, dom Darci ressaltou que devemos nos perguntar nas preliminares do projeto de mineração: adotou-se o princípio da precaução que considera a proteção dos mais fracos e vulneráveis? Quais os reais impactos da atividade mineradora? Impactos ambientais na flora e fauna, nascentes, cavernas e rios. Impacto social? Impacto econômico financeiro?”. Relembrando a tragédia de Brumadinho, o arcebispo enfatizou que são perguntas que devem ser feitas para conscientizar, conhecer a fundo o projeto da mineradora, solidarizar-se com os mais vulneráveis e não deixá-los sozinhos no processo. E acrescentou, “a Igreja tem um papel muito importante na sociedade e um papel histórico na comunidade do Serro. Qual é a função da Igreja? Anunciar a Boa Nova de nosso Senhor Jesus Cristo que quer vida e vida abundante para todos. É esta nossa missão”. Houve especial momento com palestras proferidas por representantes de entidades presentes, favorecendo, assim, uma melhor avaliação de todo o processo, após as falas foi aberto espaço para perguntas. O Encontro foi encerrado com a Oração de São Francisco, padroeiro da Ecologia.

Povo do município de Serro, MG, não aceita mineração Herculano lá. Foto: Divulgação / Jornal O TEMPO
*Filmagem e edição de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Serro, MG, 25/6/2019.
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domingo, 7 de julho de 2019

Pelo fim de incineração pela EcoVital, em Sarzedo, MG, lutamos! - Vídeo ...



Pelo fim de incineração da EcoVital, em Sarzedo, MG, lutamos! - Vídeo 3 - 03/7/2019.

Segundo moradores de Sarzedo e região, em 2015, a empresa de incineração de resíduos tóxicos perigosos, ECOVITAL Central de Gerenciamento Ambiental S.A., criada em 2014, hoje considerada a maior da América Latina, se instalou no pequeno distrito industrial de Sarzedo, no bairro Cachoeira, nas dependências da antiga ECOBRAS, empresa de menor porte que se destinava à incineração de resíduos. Não se sabe a data certa do início da sua operação em Sarzedo, pois os moradores denunciam que o Conselho de Política Ambiental (COPAM), que é um órgão colegiado, normativo, consultivo e deliberativo, subordinado administrativamente à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), cujo secretário é seu presidente, concedeu a licença a esta empresa, oriunda do estado de São Paulo, associada ao Grupo Queiroz Galvão, sem sequer propor uma Audiência Pública para esclarecimentos e orientações à população local e região. No entorno próximo desta indústria de incineração de lixo tóxico industrial – não se sabe se lixo hospitalar também -, há uma Área de Proteção Permanente (APP), pista de cooper, academia a céu aberto, campo de futebol, e não se sabe ao certo o grande risco que corre a comunidade local. As localidades mais penalizadas vêm sendo os bairros vizinhos Imaculada Conceição e Riacho da Mata. Muitos moradores já abandonaram as suas casas, sobretudo no Riacho da Mata, pois, segundo os entrevistados, o mau cheiro, sobretudo à noite, final de semana e feriado chega a níveis insuportáveis. É catinga muito forte! De fato, mesmo durante o dia, ao realizar esta matéria, a fetidez do ar era evidente. Parte destes bairros também se encontra na rota da lama tóxica, no caso de as barragens de rejeitos da mineração Itaminas, situadas na parte alta de uma das serras do município de Sarzedo, se romperem. Esse é outro grande temor e preocupação de ordem socioambiental. As pressões por parte de empreendimentos econômicos degradantes na região chegam a níveis alarmantes e inaceitáveis, causando muito desconforto, desinformação e sofrimento à população. A cortina de fumaça com fedor que por vezes esmaece a paisagem de Sarzedo pode velar muitas outras informações sobre o processo de instalação, a origem e o tipo de resíduos ali incinerados, infelizmente com a conivência e a inoperância dos órgãos ambientais e suas várias instâncias, o poder público, além da prefeitura municipal de Sarzedo, pelo visto. Parecem ainda reinar os velhos e conhecidos interesses de empresários-coronéis e políticos da região, que prevalecem sobre a qualidade de vida da população, já tão sofrida e massacrada pela gravíssima Tragédia-Crime da Vale e do Estado, ocorrida a partir do município vizinho de Brumadinho, que comprometeu a biodiversidade e o equilíbrio ambiental do Vale do rio Paraopeba, além das irreparáveis perdas de quase 300 vidas humanas. E outros desastres socioambientais se revelam e também ameaçam a região... e este é mais um deles! A indústria ECOVITAL está solicitando a sua renovação de licença de operação por mais dez anos. O Movimento SOS Sarzedo e entidades ambientalistas da região estão denunciando este grande absurdo. Basta de degradação ambiental e manipulação da população! Por isso, a participação de todos os/as habitantes da RMBH é importantíssima na Audiência Pública, no dia 09 de julho, terça-feira, na Câmara Municipal de Sarzedo, às 18h30. Audiência esta que foi exigida pelos moradores do SOS Sarzedo ao COPAM/SEMAD. Exigem-se transparência e ar puro! Chega de desrespeito no Vale do Paraopeba e RMBH! Nesse vídeo 3, frei Gilvander continua a conversa com Lauriceu Tavares e conversa também com Rafael Roberto, ambos moradores de Sarzedo, MG.

Divulgação / Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável
*Reportagem em vídeo de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição: Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Sarzedo, MG, 03/7/2019.
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O povo de Sarzedo, MG, clama por vida. Fora, EcoVital! Incineração NÃO! ...



O povo de Sarzedo, MG, clama por vida. Fora, EcoVital! Basta de incineração! - Vídeo 2 - 03/7/2019.

Segundo moradores de Sarzedo e região, em 2015, a empresa de incineração de resíduos tóxicos perigosos, ECOVITAL Central de Gerenciamento Ambiental S.A., criada em 2014, hoje considerada a maior da América Latina, se instalou no pequeno distrito industrial de Sarzedo, no bairro Cachoeira, nas dependências da antiga ECOBRAS, empresa de menor porte que se destinava à incineração de resíduos. Não se sabe a data certa do início da sua operação em Sarzedo, pois os moradores denunciam que o Conselho de Política Ambiental (COPAM), que é um órgão colegiado, normativo, consultivo e deliberativo, subordinado administrativamente à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), cujo secretário é seu presidente, concedeu a licença a esta empresa, oriunda do estado de São Paulo, associada ao Grupo Queiroz Galvão, sem sequer propor uma Audiência Pública para esclarecimentos e orientações à população local e região. No entorno próximo desta indústria de incineração de lixo tóxico industrial – não se sabe se lixo hospitalar também -, há uma Área de Proteção Permanente (APP), pista de cooper, academia a céu aberto, campo de futebol, e não se sabe ao certo o grande risco que corre a comunidade local. As localidades mais penalizadas vêm sendo os bairros vizinhos Imaculada Conceição e Riacho da Mata. Muitos moradores já abandonaram as suas casas, sobretudo no Riacho da Mata, pois, segundo os entrevistados, o mau cheiro, sobretudo à noite, final de semana e feriado chega a níveis insuportáveis. É catinga muito forte! De fato, mesmo durante o dia, ao realizar esta matéria, a fetidez do ar era evidente. Parte destes bairros também se encontra na rota da lama tóxica, no caso de as barragens de rejeitos da mineração Itaminas, situadas na parte alta de uma das serras do município de Sarzedo, se romperem. Esse é outro grande temor e preocupação de ordem socioambiental. As pressões por parte de empreendimentos econômicos degradantes na região chegam a níveis alarmantes e inaceitáveis, causando muito desconforto, desinformação e sofrimento à população. A cortina de fumaça com fedor que por vezes esmaece a paisagem de Sarzedo pode velar muitas outras informações sobre o processo de instalação, a origem e o tipo de resíduos ali incinerados, infelizmente com a conivência e a inoperância dos órgãos ambientais e suas várias instâncias, o poder público, além da prefeitura municipal de Sarzedo, pelo visto. Parecem ainda reinar os velhos e conhecidos interesses de empresários-coronéis e políticos da região, que prevalecem sobre a qualidade de vida da população, já tão sofrida e massacrada pela gravíssima Tragédia-Crime da Vale e do Estado, ocorrida a partir do município vizinho de Brumadinho, que comprometeu a biodiversidade e o equilíbrio ambiental do Vale do rio Paraopeba, além das irreparáveis perdas de quase 300 vidas humanas. E outros desastres socioambientais se revelam e também ameaçam a região... e este é mais um deles! A indústria ECOVITAL está solicitando a sua renovação de licença de operação por mais dez anos. O Movimento SOS Sarzedo e entidades ambientalistas da região estão denunciando este grande absurdo. Basta de degradação ambiental e manipulação da população! Por isso, a participação de todos os/as habitantes da RMBH é importantíssima na Audiência Pública, no dia 09 de julho, terça-feira, na Câmara Municipal de Sarzedo, às 18h30. Audiência esta que foi exigida pelos moradores do SOS Sarzedo ao COPAM/SEMAD. Exigem-se transparência e ar puro! Chega de desrespeito no Vale do Paraopeba e RMBH! Nesse vídeo 2, a continuação da conversa de frei Gilvander com Lauriceu Tavares, morador de Sarzedo.

Laureci Tavares sendo entrevistado por frei Gilvander, dia 03/7/2019. Foto: frei Gilvander

*Reportagem em vídeo de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição: Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Sarzedo, MG, 03/7/2019.
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sexta-feira, 5 de julho de 2019

SOS SARZEDO! Incineração de resíduos tóxicos aqui, não!/ Fora, ECOVITAL!...



SOS SARZEDO! Incineração de resíduos tóxicos aqui, não! FORA, ECOVITAL! Vídeo 1 - 03/7/2019.

Segundo moradores de Sarzedo e região, em 2015, a empresa de incineração de resíduos tóxicos perigosos, ECOVITAL Central de Gerenciamento Ambiental S.A., criada em 2014, hoje considerada a maior da América Latina, se instalou no pequeno distrito industrial de Sarzedo, no bairro Cachoeira, nas dependências da antiga ECOBRAS, empresa de menor porte que se destinava à incineração de resíduos. Não se sabe a data certa do início da sua operação em Sarzedo, pois os moradores denunciam que o Conselho de Política Ambiental (COPAM), que é um órgão colegiado, normativo, consultivo e deliberativo, subordinado administrativamente à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), cujo secretário é seu presidente, concedeu a licença a esta empresa, oriunda do estado de São Paulo, associada ao Grupo Queiroz Galvão, sem sequer propor uma Audiência Pública para esclarecimentos e orientações à população local e região. No entorno próximo desta indústria de incineração de lixo tóxico industrial – não se sabe se lixo hospitalar também -, há uma Área de Proteção Permanente (APP), pista de cooper, academia a céu aberto, campo de futebol, e não se sabe ao certo o grande risco que corre a comunidade local. As localidades mais penalizadas vêm sendo os bairros vizinhos Imaculada Conceição e Riacho da Mata. Muitos moradores já abandonaram as suas casas, sobretudo no Riacho da Mata, pois, segundo os entrevistados, o mau cheiro, sobretudo à noite, final de semana e feriado chega a níveis insuportáveis. É catinga muito forte! De fato, mesmo durante o dia, ao realizar esta matéria, a fetidez do ar era evidente. Parte destes bairros também se encontra na rota da lama tóxica, no caso de as barragens de rejeitos da mineração Itaminas, situadas na parte alta de uma das serras do município de Sarzedo, se romperem. Esse é outro grande temor e preocupação de ordem socioambiental. As pressões por parte de empreendimentos econômicos degradantes na região chegam a níveis alarmantes e inaceitáveis, causando muito desconforto, desinformação e sofrimento à população. Preocupados com a vinda de lixos perigosos de várias localidades do país, no início de 2016 foi denunciado em um programa de televisão comunitária TVC/BH, “Palavra Ética”, por representante do Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável (MNCR), Sr. Gilberto Chagas, que a Associação de Combate aos Poluentes e a Associação de Consciência e Prevenção Ocupacional fizeram uma representação junto ao Ministério Público Federal (MPF), denunciando os graves riscos para a saúde pública a respeito da permissão do envio de remessas do estado de São Paulo para a Região Metropolitana de Belo Horizonte de material químico tóxico de alta periculosidade da empresa francesa Rhodia para incineração na ECOVITAL em Sarzedo. A cortina de fumaça com fedor que por vezes esmaece a paisagem de Sarzedo pode velar muitas outras informações sobre o processo de instalação, a origem e o tipo de resíduos ali incinerados, infelizmente com a conivência e a inoperância dos órgãos ambientais e suas várias instâncias, o poder público, além da prefeitura municipal de Sarzedo, pelo visto. Parecem ainda reinar os velhos e conhecidos interesses de empresários-coronéis e políticos da região, que prevalecem sobre a qualidade de vida da população, já tão sofrida e massacrada pela gravíssima Tragédia-Crime da Vale e do Estado, ocorrida a partir do município vizinho de Brumadinho, que comprometeu a biodiversidade e o equilíbrio ambiental do Vale do rio Paraopeba, além das irreparáveis perdas de quase 300 vidas humanas. E outros desastres socioambientais se revelam e também ameaçam a região... e este é mais um deles! A indústria ECOVITAL está solicitando a sua renovação de licença de operação por mais dez anos. O Movimento SOS Sarzedo e entidades ambientalistas da região estão denunciando este grande absurdo. Basta de degradação ambiental e manipulação da população! Por isso, a participação de todos os/as habitantes da RMBH é importantíssima na Audiência Pública, no dia 09 de julho, terça-feira, na Câmara Municipal de Sarzedo, às 18h30. Audiência esta que foi exigida pelos moradores do SOS Sarzedo ao COPAM/SEMAD. Exigem-se transparência e ar puro! Chega de desrespeito no Vale do Paraopeba e RMBH! Nesse vídeo 1, o registro da conversa de frei Gilvander com Lauriceu Tavares, morador de Sarzedo.

Moradores de Sarzedo ficaram muito preocupados com a emissão de fumaça rosa da chaminé da ECOVITAL. Foto: Divulgação / www.noticias.r7.com

*Reportagem em vídeo de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição: Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Sarzedo, MG, 03/7/2019.
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AGROTÓXICO MATA! – Fala de Frei Gilvander na Comissão de Direitos Humano...




AGROTÓXICO MATA! – Fala de Frei Gilvander na
Comissão de Direitos Humanos da ALMG - 1º/7/2019.

Nessa segunda-feira, 1º de julho/2019, foi realizada Audiência Pública
na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
(ALMG), com a finalidade de debater os níveis de agrotóxicos presentes na água consumida no Brasil, e especialmente em Minas Gerais, com base na pesquisa Por Trás do Alimento, realizada pelas organizações Agência Pública, Repórter Brasil e Public Eye, divulgada em 15/4/2019, considerando que o acesso à água limpa e segura é um direito humano essencial. Ambientalistas criticaram a liberação recente, pelo governo federal, do uso de mais agrotóxicos no Brasil. O Ministério da Agricultura autorizou, em junho deste ano, a utilização de 42 produtos. Ao todo, a pasta avalizou 239 agrotóxicos de janeiro a junho de 2019.
Constata-se que o Brasil está na contramão da tendência mundial de uso mais
rigoroso de agrotóxicos, que colocam em risco à vida humana e de todos os seres vivos, ao chegarem ao consumo pela água ou pelos alimentos. Segundo dados comprovados, Minas Gerais é o segundo estado brasileiro em intoxicação por agrotóxicos. A Audiência foi de iniciativa da presidente da Comissão de Direitos Humanos, Deputada Leninha, do PT, que é autora de duas proposições que tramitam na ALMG. Uma delas, o Projeto de Lei (PL) 171/19, institui uma estratégia para a redução do uso de agrotóxicos e para o incentivo à agroecologia e à produção orgânica. Outra proposição é o PL 859/19, que pretende vetar benefícios fiscais para a produção e a comercialização de agrotóxicos. Nesse vídeo, Frei Gilvander Moreira, em nome da Comissão Pastoral da Terra (CPT-MG), fala da gravidade das consequências do uso desenfreado dos agrotóxicos em Minas Gerais, lembrando, entre outros elementos, a alta incidência de câncer praticamente em todas as regiões do estado; tudo em favor do capital e dos capitalistas, que só visam lucro e desrespeitam a vida. Frei Gilvander alerta para a necessidade urgente de se frear este caminho de destruição e morte.


Foto: Reprodução/br.depositphotos.com 
*Vídeo original da TV Assembleia. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora
da CPT-MG. Belo Horizonte, 1º de julho de 2019.
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quarta-feira, 3 de julho de 2019

AGROTÓXICO MATA! – Fala de Frei Gilvander na Comissão de Direitos Humano...







AGROTÓXICO
MATA! – Fala de Frei Gilvander na Comissão de Direitos Humanos da ALMG -
1º/7/2019.

Nessa segunda-feira, 1º
de julho/2019, foi realizada Audiência Pública na Comissão de Direitos Humanos
da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com a finalidade de debater
os níveis de agrotóxicos presentes na água consumida no Brasil, e especialmente
em Minas Gerais, com base na pesquisa Por Trás do Alimento, realizada pelas
organizações Agência Pública, Repórter Brasil e Public Eye, divulgada em 15/4/2019,
considerando que o acesso à água limpa e segura é um direito humano essencial.
Ambientalistas criticaram a liberação recente, pelo governo federal, do uso de
mais agrotóxicos no Brasil. O Ministério da Agricultura autorizou, em junho
deste ano, a utilização de 42 produtos. Ao todo, a pasta avalizou 239
agrotóxicos de janeiro a junho de 2019. Constata-se que o Brasil está na
contramão da tendência mundial de uso mais rigoroso de agrotóxicos, que colocam
em risco à vida humana e de todos os seres vivos, ao chegarem ao consumo pela
água ou pelos alimentos. Segundo dados comprovados, Minas Gerais é o segundo
estado brasileiro em intoxicação por agrotóxicos. A Audiência foi de iniciativa
da presidente da Comissão de Direitos Humanos, Deputada Leninha, do PT, que é
autora de duas proposições que tramitam na ALMG. Uma delas, o Projeto de Lei
(PL) 171/19, institui uma estratégia para a redução do uso de agrotóxicos e
para o incentivo à agroecologia e à produção orgânica. Outra proposição é o PL
859/19, que pretende vetar benefícios fiscais para a produção e a
comercialização de agrotóxicos. Nesse vídeo, Frei Gilvander Moreira, em nome da
Comissão Pastoral da Terra (CPT-MG), fala da gravidade das consequências do uso
desenfreado dos agrotóxicos em Minas Gerais, lembrando, entre outros elementos,
a alta incidência de câncer praticamente em todas as regiões do estado; tudo em
favor do capital e dos capitalistas, que só visam lucro e desrespeitam a vida.
Frei Gilvander alerta para a necessidade urgente de se frear este caminho de
destruição e morte.

*Vídeo original da TV
Assembleia. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Belo Horizonte,
1º de julho de 2019.
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terça-feira, 2 de julho de 2019

Coronelismo devastou matas e escravizou o povo.


Coronelismo devastou matas e escravizou o povo.
Por Gilvander Moreira[1]

Foto: Divulgação / Arquivo do MST
Nascido em 1953 e criado na fazenda Monte Cristo, no município de Salto da Divisa, na região do Baixo Jequitinhonha, MG, o Sem Terra Aldemir Silva Pinto, assentado no Assentamento Dom Luciano Mendes, testemunha: “Todo o município de Salto da Divisa era mata. Toda a mata foi derrubada com machado, com motosserra, pelos braços de milhares de trabalhadores. Colocavam fogo na mata que queimava durante trinta dias.”
 Os fazendeiros colocavam os empreiteiros para derrubar a mata e transformar em pastagem de capim colonião. Os agregados podiam fazer uma pequena roça para a subsistência – mandioca, banana, milho, abóbora, feijão, batata doce, arroz e alguma verdura -, mas no ano seguinte não podiam replantar. Relata Aldemir: “Os agregados podiam criar galinha e porcos, mas todos deviam estar aramados, isto é, com um arame no focinho para não fuçar o capim. O capim não podia ser tocado. Ai de quem arrancasse um pé de capim. Só capim deveria ficar. A gente fazia cerca apenas na frente da roça. O excesso de produção a gente vendia na feira no Salto da Divisa. Quando eles precisavam, eles compravam feijão e arroz dos agregados. Como toda a região era mata, os fazendeiros colocavam os trabalhadores para abrir a mata pra frente. Naquela época chovia muito. A COBRAS era uma serraria que tinha no Salto da Divisa, que serrava madeira e vendia pra fora. A COBRAS abriu estrada para carrear a madeira. Com seis juntas de bois, cansei de arrastar madeira pra fora da mata até uma praça onde os caminhões pudessem pegar a madeira. Primeiro, se jogava a madeira em cima dos caminhões no braço, depois com uma catraca. Só na fazenda Monte Cristo – que tinha 19 mil hectares -, ao longo do rio Piabanha, de um lado e do outro, até a cabeceira, havia 366 famílias que moravam como agregadas. Esse processo foi até acabar com as matas e virar tudo capim. Era a época dos coronéis. Se eles dissessem: ‘Você não deve passar mais aqui’ tinha que ser obedecido. Eles iam pisando devagar, encurtando o jeito de o sujeito viver, encurtando o direito de fazer roça e quando eles chamavam para trabalhar para eles tinha que ir. Se não fosse, era motivo para ser expulso. O gerente falava na cara. Iam azucrinando a pessoa até ele sair. Colocavam o gado para comer a roça. Cerca era de madeira. Não tinha arame ainda. Não adiantava plantar porque o gado comia tudo. Muita gente daqui foi embora para o Pará, porque se ouvia que era fácil conquistar terra lá. Eu fui o último dos 366 chefes de família a sair. A gente criava um jegue para carregar carga. Eles davam uma vaca para a gente amansar e tirar leite. Se alguém fizesse um crime e chegasse aqui, o coronel Tinô dizia: ‘entre lá pra dentro’. E ninguém mexia com a pessoa. Aqui era um fim de mundo. Tinha chegada, mas não tinha saída. A dona Inhá – esposa do coronel Tinô - mantinha o hospital de Salto da Divisa, ela dava leite para as pessoas carentes e na época do Natal ela mandava matar uma vaca e dividir com os agregados. Quando eu fui casar, fiquei sentado ao lado dela umas três horas e ela fazendo pergunta. Ela era uma conselheira do povo. Quando via passando na televisão sobre o MST, eu pensava: ‘o dia que chegar aqui na região, eu vou pular dentro da luta pela terra’. Hoje estou assentado na terra, onde fui ameaçado por um capacho do latifúndio que me acusou de estar roubando terra quando nós acampamos lá na fazenda Manga do Gustavo na madrugada do dia 26 de agosto de 2006, dia da morte de Dom Luciano Mendes. Disse que iria incendiar o nosso acampamento e matar quem resistisse. Disse que se eu denunciasse, eu seria o primeiro a morrer. Denunciamos essas ameaças em audiência pública com o deputado Rogério Correia. Não tive medo dele. Isso foi em 2012, seis anos após o início do acampamento Dom Luciano Mendes”.
De trabalhador ‘escravo’ dos latifundiários a Sem Terra assentado no Assentamento Dom Luciano Mendes, na fazenda Monte Cristo, Aldemir narra como era a realidade em Salto da Divisa há uns 30 ou 40 anos: “Nasci e me criei aqui no município de Salto da Divisa, nas terras da fazenda Monte Cristo. Saí de lá para colocar meus seis filhos pra estudar na cidade. Não tinha escola nas fazendas e nem estradas. Conheço toda a região aqui como a palma da minha mão. Mas continuo Sem Terra rodando no trecho. Há cinquenta e poucos anos tinha muita gente na roça. Só o coronel Tinô e a dona Inhá Pimenta tinham 366 famílias agregadas em uma fazenda de 19 mil hectares. João Neto, gerente geral, apelidado de Danga, era gente boa e quando bebia uma pinga contava tudo pra gente. Ele nos mostrava a relação de todos os agregados. Dona Inhá era muito caridosa. Ela dava vaca para os agregados tirarem o leite, deixava quem queria plantar sua roça, criar galinha e porcos, gado não. Isso para cada agregado manter sua família. No Hospital em Salto da Divisa tinha médicos de tudo. Dona Inhá enviava cem litros de leite para o hospital todos os dias. Para a gente fazer uma consulta no hospital, a gente tinha que pegar uma ordem por escrito com o gerente da fazenda. Minha mulher adoeceu. Eu a levei para o hospital e ela não foi atendida, porque não tinha ordem do gerente. A partir daquele dia, tomei a decisão de não mais trabalhar para o fazendeiro. Foi muito injusto o que ele fez comigo e com minha esposa. Três dias depois, ele chegou a minha casa e me chamou no terreiro e começou a me xingar. Escutei muito e depois comecei a xingá-lo. E se ele não tivesse corrido, eu teria furado ele com minha faquinha. Alguns dias depois, ele insistiu para eu voltar a trabalhar, mas resisti e ele pediu que eu ensinasse outro companheiro a carrear com os bois”.
Esse poder do dono da terra ou do gerente do proprietário da terra vem de longe. “Não era a dívida apenas que prendia o colono ao cafezal, mas o fato de ser um trabalhador livre de meios de produção, sem alternativa senão a de trabalhar nas fazendas da grande lavoura” (MARTINS, 2013, p. 54). O controle do fazendeiro sobre o colono agregado chegava ao ponto de ser necessária autorização do fazendeiro ou do administrador da fazenda para que o colono pudesse se ausentar da fazenda para ir à cidade mais próxima para visitar um parente ou um conhecido (Cf. MARTINS, 2013, p. 242). Em Salto da Divisa, esse coronelismo vigorou durante várias décadas até que se construíram as condições históricas materiais para questioná-lo.

Belo Horizonte, MG, 02/7/2019.

Referência.
MARTINS, José de Souza. O Cativeiro da Terra. 9ª edição. São Paulo: Contexto, 2013.

Obs.: Abaixo, vídeos que versam sobre o assunto apresentado, acima.

1 - Comunidade Quilombola Braço Forte, em Retomada/Salto da Divisa, MG/A luta pela terra/09/6/2016.



2 - Terras devolutas Salto da Divisa, MG, tem muito. Povo Sem Terra repudia opressão a CPT. 10/06/2016



3 - 76 anos, Sr. Manoel, 63 anos com 12 famílias tradicionais/cabeceira da Piabanha/MG. 08/6/2016





[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas; assessor da CPT, CEBI, SAB, CEBs e Movimentos Sociais Populares; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG. E-mail: gilvanderlm@gmail.comwww.gilvander.org.br - www.freigilvander.blogspot.com.br             www.twitter.com/gilvanderluis             Facebook: Gilvander Moreira III