domingo, 26 de fevereiro de 2017

Nota de apoio ao Frei Gilberto Teixeira – ameaçado de morte - e à luta contra a mineração na Serra do Brigadeiro, na Zona da Mata de MG.

Nota de solidariedade ao Frei Gilberto Teixeira – ameaçado de morte - e à luta contra a mineração na Serra do Brigadeiro, na Zona da Mata de MG.

77 Organizações de Direitos Humanos já assinaram esta Nota.


A região da Serra do Brigadeiro, situada na Zona da Mata de Minas Gerais, é conhecida nacionalmente pela sua rica biodiversidade, amplas áreas preservadas de mata atlântica, belezas naturais e uma agricultura familiar e camponesa consolidada com forte matriz agroecológica. Além disso, a região abriga a segunda maior reserva de bauxita do país, o que despertou, desde a década de 80, o interesse de mineradoras em explorar as jazidas minerais objetivando o lucro sem se importar com as consequências nefastas da mineração na região. 
Dentre as mineradoras que atuam na região, a principal delas é a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), que no último período tem intensificado a pressão nas comunidades para a expansão do empreendimento e exploração dos territórios.
Apesar da CBA utilizar inúmeras estratégias de má fé para enganar as famílias, as comunidades não têm aceitado a possibilidade da perda de seus modos de vida para um projeto de mineração que nada tem a oferecer ao bem-estar social local. Nesse sentido, diversas organizações, entre movimentos populares, sindicatos, pastorais sociais, grupos religiosos, ONGs e pesquisadores tem atuado conjuntamente na defesa do território, construindo lutas e fazendo resistência aos intentos dos interesses do capital mineral em saquear o território. 
No último período, diversas ações foram realizadas na região da Serra do Brigadeiro para denunciar e repudiar a atuação da CBA. Estas ações têm gerado cada vez mais a ampliação da consciência das comunidades locais sobre os impactos e riscos da chegada deste modelo de mineração e ao mesmo tempo gerado também reações de coação às lutas e, até mesmo, ameaças aos sujeitos envolvidos na defesa do território. 
No último domingo, dia 19 de fevereiro, o companheiro Frei Gilberto Teixeira, franciscano da Fraternidade Santa Maria dos Anjos do distrito de Belisário (Muriaé - MG), ao finalizar a celebração da missa de domingo foi covardemente abordado por um pistoleiro armado que o ameaçou devido aos seus posicionamentos contrários aos projetos pretendidos pelas mineradoras.
O pistoleiro enfatizou em sua abordagem que naquele momento era só um aviso, mas que, se o Frei Gilberto Teixeira continuasse atuando junto aos movimentos de resistência e se posicionando contra a mineração ele retornaria para matá-lo. Além da ameaça à vida, o pistoleiro ainda sinalizou que Frei Gilberto Teixeira está sendo monitorado de perto: forneceu informações sobre todas as viagens recentes e ainda sabia conteúdo da fala do Frei em diversos eventos. O que pode significar que o Frei Gilberto está sendo grampeado e seguido em todas suas ações. 
 Diante do episódio, manifestamos publicamente o repúdio ao tal acontecimento e exigimos dos órgãos responsáveis a garantia de segurança à vida e do direito de lutar pelas causas coletivas. Ao mesmo tempo expressamos nosso total apoio e solidariedade ao companheiro Frei Gilberto Teixeira e aos sujeitos que se dedicam na luta em defesa do território da Serra do Brigadeiro contra os interesses do capital mineral na região.

Muriaé, MG, Brasil, 23 de fevereiro de 2017. 

 Assinam essa Nota Pública,

1.   Associação Franciscana Santa Maria dos Anjos
2.   Movimento Pela Soberania Popular na Mineração (MAM)
3.   Comissão Pastoral da Terra (CPT)
4.   Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Miradouro
5.   Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barão do Monte Alto, Rosário de Limeira e Muriaé
6.   Associação de Pequenos Agricultores de Miradouro
7.   Levante Popular da Juventude
8.   Consulta Popular
9.   Instituto Universo Cidadão
10.               Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
11.               Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST)
12.               CRESOL Fervedouro
13.               CEIFAR – ZM
14.               Comissão de Justiça e Paz
15.               Mandato Coletivo e Participativo Deputado Federal Padre João
16.               Mandato Deputado Estadual Rogério Correia
17.               Mandato Deputado Estadual André Quintão
18.               Mandato Vereador de Rosário de Limeira Davi Aparecido de Oliveira
19.               Escola Nacional de Energia Popular (ENEP)
20.               Movimento Evangélico Popular Eclesial (MEPE)
21.               Escola Família Agrícola da Serra do Brigadeiro (EFASB)
22.               Escola Família Agrícola Puris
23.               Escola Família Agrícola Dom Luciano
24.               Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens (NACAB)
25.               Centro Alternativo de Formação Popular Rosa Fortini
26.               Cáritas Diocesana de Leopoldina
27.               Comitê Estadual (MG) da Campanha Permanente Contra os      Agrotóxicos e Pela Vida
28.               FOMENE
29.               Rede SAPOQUI
30.               Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Palma
31.               Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Patrocínio de Muriaé
32.               CASA - Centro de Análise Socioambiental
33.               NEA - Núcleo de Estudos em Agroecologia
34.               NETTE - Núcleo de Estudos em Educação, Tecnologia e Trabalho
35.               Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade (AFES)
36.               Intersindical - Central da Classe Trabalhadora
37.               Pastoral da Juventude Rural (PJR)
38.               Projeto de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens e Mineração (PACAB)
39.               CUT – MG
40.               Sindute – MG
41.               Grupo Rede Congonhas
42.               Unaccon - União das Associações Comunitárias de Congonhas
43.               Marcelo Leles Romarco de Oliveira, professor Dr. do DER-UFV e Coordenador do projeto de Assessoria a Comunidades Atingidas por Barragens e Mineração-PACAB
44.               Programa de Extensão Mineração do OuTro: Programa Marxista de cultura e Crítica Social'
45.               Kathiuça Bertollo - Professora da UFOP
46.               Fonasc - Fórum Nacional de Solidariedade Civil na Gestão de Bacias Hidrográficas
47.               Serviço Interfranciscano de Justiça, Paz e Ecologia - Sinfrajupe 
48.               Serviço SVD de Jupic
49.               GESTA - Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais - da UFMG
50.               GEPSA/UFOP (Grupo de Estudos e Pesquisas Sociambientais da UFOP)
51.               Rede Ambiental do Piauí-REAPI
52.               REAJA - Rede de Articulação e Justiça Ambiental dos Atingidos Projeto Minas-Rio 
53.               Brigadas Populares 
54.               Coletivo Margarida Alves de Assessoria Popular
55.               IBEIDS - Instituto brasileiro de Educação Integração e Desenvolvimento Socia
56.               Observatório dos Conflitos no Campo (OCCA)/UFES 
57.               Rede Justiça nos Trilhos
58.               IBASE
59.               Fórum Mudanças Climáticas
60.               Justiça Social
61.               Comissão Pró-Índio de São Paulo
62.               Associação Alternativa Terrazul
63.               FBOMS – Fórum Brasileiro de Ongs e Movimentos Sociais para o Meio
64.               Rede Igrejas e Mineração
65.               Justiça Global
66.               Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração
67.               Grupo Tortura Nunca Mais (Bahia)
68.               CDDH da Serra – ES
69.               Sociedade Maranhense de Direitos Humanos – SMDH
70.               Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos – CBDDH
71.               Justiça Global
72.               Inesc – Instituto de Estudos Socioeconômicos
73.               Grupo Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade (PoEMAS)
74.               RENAP – Rede Nacional de Advogados Populares
75.               MLB – Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas
76.               Ocupações-comunidades da Izidora (Rosa Leão, Esperança e Vitória), em Belo Horizonte e Santa Luzia, MG.
77.               Etc ... (Obs.: Quem quiser assinar essa Moção/Nota, favor enviar nome da Organização/Entidade e email para frei Gilvander (email: gilvanderlm@gmail.com), que acrescentaremos no texto publicado.)



Nota de esclarecimento sobre a Proposta de Negociação com as Ocupações-comunidades da Izidora apresentada pelo Estado de Minas Gerais, Prefeitura de Belo Horizonte e Direcional Engenharia.

Nota de esclarecimento sobre a Proposta de Negociação com as Ocupações-comunidades da Izidora apresentada pelo Estado de Minas Gerais, Prefeitura de Belo Horizonte e Direcional Engenharia.

 Belo Horizonte e Santa Luzia, MG, 26 de fevereiro de 2017


Foi apresentada Proposta de acordo do Governo de MG + Prefeitura de BH + Construtora Direcional conforme veiculado por reportagem do Jornal Estado de Minas hoje, dia 24/02/2017. Destacamos que a proposta e a notícia têm vários problemas, além de ter sido feita a revelia das ocupações da Izidora, parece querer induzir a opinião pública a pensar que a proposta do Governo de Minas + PBH/Kalil + Construtora Direcional é muito boa para as famílias. Porém é necessária uma análise cuidadosa. Reportagens da imprensa precisam ser lidas de forma crítica, pois revelam algo, mas sempre escondem outras coisas. Esperamos que a Negociação seja justa, ética e idônea. Por isso a verdade sempre deve brilhar.
Primeiro, o nome correto é Izidora e não Isidoro, conforme utilizado na Operação Urbana Irregular planejada para a área. Izidora era uma mulher negra quilombola que lavava roupa no ribeirão que levou o seu nome: Ribeirão da Izidora. Isso consta nos documentos e mapas da região até o ano de 1934. A história deve ser respeitada e essa “confusão” não nos parece trivial. 
Segundo, o Mapa apresentado, depois de muita insistência dos movimentos e coordenações, NÃO DEMONSTRA EXATAMENTE A ÁREA ONDE A DIRECIONAL INSISTE EM FAZER PARTE DO PROJETO MINHA CASA MINHA VIDA. Para isso precisamos dos mapas da construtora Direcional que integram o projeto para aferirmos se o mapa do Governo corresponde aos mapas do projeto da Direcional, pois o Projeto original da Direcional, constante no Contrato assinado em 27/12/2013, seis meses após as 8 mil famílias terem ocupado os terrenos que estavam abandonados na Izidora, projeto apresentado pelo engenheiro Francisco, da Direcional, visa construir 10.932 apartamentos, em duas fases. Na 1ª fase, no território da Ocupação Vitória, construir 8.896 (oito mil oitocentos e noventa e seis) pequenos apartamentos, de 43,70 m² (quarenta e três metros quadrados) cada, em 80% dos prédios com 9 andares, todos com paredes premoldadas de concreto  e sem elevadores.
Terceiro, o governo de Minas promete pagar R$500,00 de aluguel social por família por até 2 anos quando se espera que ficarão prontos os apartamentos para reassentamento das famílias que estiverem dentro dos critérios. Quais critérios? Dizem que o cadastro irá determinar quem poderá receber o aluguel social. Essa deve ser uma construção participativa na mesa e é uma questão que causa extrema insegurança às famílias ameaçadas.
Quarto, não se fala na Proposta do Governo de Minas + Kalil + Direcional de REASSENTAMENTO PRÉVIO EM CASAS DE QUALIDADE IGUAL, OU MELHOR, CONFORME DETERMINA A LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL PARA CONFLITOS FUNDIÁRIOS.  E não se fala também em indenização pelos gastos que centenas de famílias tiveram para construir suas casas, pleito colocado pelas famílias e apresentado ao Estado. Inclusive, não sabemos exatamente quantas famílias serão removidas de suas casas. Sequer a realidade social delas, pois o cadastro ainda não foi feito.
Quinto, lado bom da reportagem é que o secretário Helvécio Magalhães, secretário de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG) do Governo de Minas garantiu: “O certo é que ninguém será despejado à força. Estamos dialogando com as lideranças. A preocupação do governo é que, mesmo tendo ordem de despejo, não vamos fazer à força”. Necessário garantir que se for para sair de suas casas que seja para reassentamento prévio em casas com qualidade igual ou superior. 
Sexto, grave problema ainda é que, na proposta apresentada, o Estado busca responsabilizar os movimentos sociais para garantir a desocupação da área determinada e o controle do número de pessoas na ocupação, o que é absolutamente inviável e inadequado. O Estado por muito tempo se esquivou de lidar com a política habitacional e não pode empurrar seus encargos para os movimentos sociais. Pior, nessa proposta busca responsabilizar exclusivamente os movimentos, coordenações e assessoria técnica popular pela aceitação ou recusa da proposta. Já deixamos muito claro que quem decide sobre as vidas dessas famílias são elas próprias e o Estado tem o dever de ouvi-las e respeitá-las. É necessário tempo para compreender todas as implicações da Proposta, ouvir - e dialogar com - o povo das Ocupações junto às assembleias e reuniões de setor, certos de que quem decidirá se a proposta será aceita ou não é o povo, lastreado pelo cadastro que deverá ser realizado.
Sétimo, ainda não demonstraram através de documentos se o Governo Federal, através da Caixa Econômica, tem e se liberará dinheiro para a Direcional fazer os 4.789 apartamentos. Inclusive nem os recursos para o custeamento de eventual aluguel social são garantidos. Situação recorrente é a do Estado não arcar com os alugueis sociais comprometidos e deixar as famílias desamparadas, situação que é previsível diante do cenário de fragilidade financeira do Estado. 
As coordenações das ocupações, os movimentos sociais e a assessoria técnica popular reiteram aqui que o processo de decisão cabe somente às famílias que vivem na Izidora e que nossa atuação é estritamente no sentido de garantir-lhes todos os seus direitos fundamentais. Acreditamos em um processo de diálogo para uma solução justa para esse grande conflito que transformou a forma de construir a política habitacional no Brasil. Contamos com a colaboração de toda a Rede de Apoio do Resiste Izidora para, juntas, vencermos mais essa batalha.

Assinam essa nota pública,
Coordenações das Ocupações-comunidades Rosa Leão, Esperança e Vitória
Comissão Pastoral da Terra (CPT)
Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB)
Brigadas Populares (BPs)
Coletivo Margarida Alves de Assessoria Popular

Belo Horizonte, MG, 26 de fevereiro de 2017


terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Vem aí a 20a Romaria das águas e da terra de Minas Gerais de 2017, com celebração final em Unaí dia 23/07/2017.

Vem aí a 20a Romaria das águas e da terra de Minas Gerais de 2017, com celebração final em Unaí dia 23/07/2017. 

Acompanhe também o Blog da 20a Romaria:
www.xxromariadasaguasedaterramg.blogspot.com.br 


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

1º Seminário Provincial sobre Igreja, Mineração e Laicato. 18 e 19/02/2017 em Montes Claros, MG.

1º Seminário Provincial sobre Igreja, Mineração e Laicato. 18 e 19/02/2017 em Montes Claros, MG.
Tendo em vista a nova ameaça que aflige o Norte e Noroeste de Minas, a Província  Eclesiástica de Montes Claros, composta pela arquidiocese de Montes Claros e pelas dioceses de Paracatu, Januária e Janaúba, em parceria com o MAM (Movimentos dos Atingidos pela Mineração), as Comunidades Tradicionais, Geraizeiras, Ribeirinhas, as CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), a Comissão Pastoral da Terra e as Pastorais Sociais, promovem no dias 18 e 19 de fevereiro o 1º Seminário Provincial sobre Igreja, Mineração e Laicato. 

Os empreendimentos de mineração que estão sendo implantados na região sem nenhum plano ambiental de recuperação das áreas degradadas, sem estudos claros sobre como os empreendimentos podem afetar as águas e o abastecimento das populações do campo e da cidade, bem como os impactos sociais. Em uma região que historicamente sofre com problemas hídricos de escassez e racionalização, não é viável a implantação de minerodutos que utilizam volumes exorbitantes de água. O contexto de implantação desses empreendimentos na região é extremamente nebuloso, informações básicas sobre o processo são omitidos ou negados à população.

O 1º Seminário Provincial sobre Igreja, Mineração e Laicato tem por objetivos, articular e potencializar as lutas locais, na Província Eclesiástica de Montes Claros, frente ao avanço da mineração; aprofundar no entendimento da forma de implementação dos projetos, sua relação com o Estado, governos estadual e municipal; debater os problemas sociais, políticos e ambientais comuns na Província Eclesiástica; proporcionar espaço para troca de experiências entre as regiões Norte e Noroeste que já vivem esses problemas relacionados à mineração, e refletir sobre a atuação a sociedade frente a esses novos problemas sociais.

Serviço:
1º Seminário Provincial sobre Igreja, Mineração e Laicato
Data: 18 e 19 de fevereiro de
Local: Casa de Pastoral (Rua Natal, s/nº, Santo Antônio, Montes Claros/MG).
Inscrições: Secretariado de Pastoral da Arquidiocese de Montes Claros pelo  e-mail coarpa2008@hotmail.com ou pelo telefone (38) 3222-9434.

Programação
18 de fevereiro – Sábado
7h – Chegada/credenciamento
7h30 – Café
8h – Mística de abertura (M. Claros)
8h30 – Composição da Mesa/Acolhida e Objetivos do Seminário - Dom José Alberto Moura – Arcebispo de Montes Claros
9h – Ver a Realidade da Mineração na Província Eclesiástica
Assessoria: Alexandre (CPT) e Márcio (Diocese de Paracatu)
10h30 – Intervalo
11h – Depoimento dos atingidos
12h30 – Almoço
13h30 – Retorno
14h – Impactos na Vida Humana e o olhar Jurídico (Teca -  Arquidiocese de Belo Horizonte)
15h30 – Intervalo
16h – Trabalho em grupo (Biomas)
17h – Plenário
18h – Mística de encerramento do dia (Diocese de Janaúba)
20h – Confraternização – Noite Cultural

19 de fevereiro  - Domingo
7h – Celebração Eucarística
8h -  Café
8h30 – Olhar Teológico (Frei Pedro, OFM)
10h – Intervalo – café
10h30 – Encaminhamentos práticos – Grupos de Trabalho por (Arqui)diocese
11h15 – Plenário
11h45 – Avaliação e oração final
12h – Almoço - Encerramento

Outras informações: (38) 3222-9434
www.arquimoc.com

com Waldeci Campos de Souza
Secretaria de Finanças
CPT-MG Comissão Pastoral da Terra Minas Gerais
Rua Cassiterita, 59 - Santa Inês
Belo Horizonte/MG - CEP: 31080-150
Tel.: (31) 3481-5420
www.cptmg.org.br
www.facebook.com/CPT-MG
cptminas.blogspot.com
Emails: mailto:faleconosco@cptmg.org.br
mailto:cptminas.adm@gmail.commailto:cptminas@bol.com.br

domingo, 12 de fevereiro de 2017

12/02/2017: 30 anos dos Mártires da Terra Indígena Xacriabá, no Norte de MG.

12/02/2017: 30 anos dos Mártires da Terra Indígena Xacriabá, no Norte de MG.


Encerra hoje dia 12/02/2017 na Aldeia Itapicuru no Território Indígena Xakriabá, no município de São João das Missões, no Norte de Minas Gerais, a Celebração dos 30 anos dos Mártires da Terra Indígena Xacriabá. Dia 12/02/1987, foram assassinados por pistoleiros a mando de fazendeiros os indígenas do povo indígena xacriabá: Rosalino Gomes, José Pereira Santana e Manuel Fiúza. Fazemos Memória porque a Missão e a resistência continuam. Viva pos povos indígenas em Movimento de resistência e de resgate de suas terras e afirmação de suas identidades, culturas e místicas!

Eis, abaixo, fotografias de Zilá de Matos, da CPT/MG. Fotos de 12/02/2017.






sábado, 11 de fevereiro de 2017

MST-MG: 29o Encontro estadual. Resistir ao golpe e construir reforma agr...

CEBI-MG (CENTRO ECUMÊNICO DE ESTUDOS BÍBLICOS) OFERECE CURSO BÍBLICO NA LINHA DA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, DAS CEBs e das PASTORAIS SOCIAIS - 2017

CEBI-MG (CENTRO ECUMÊNICO DE ESTUDOS BÍBLICOS) OFERECE CURSO BÍBLICO NA LINHA DA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, DAS CEBs e das PASTORAIS SOCIAIS.




Oferece: CICLO DE DEBATES "SEM TABU - ABRINDO O LEQUE!"

Objetivos:
- Debater, à luz da leitura popular da bíblia, problemas sociais que incidem sobre a vida das pessoas.
- Superar uma leitura fundamentalista e elitista da bíblia;
- Desconstruir tabus historicamente construídos pelas religiões acerca dos direitos humanos.

A quem se destina:
- Assessoras/es do CEBI,  Lideranças religiosas, Agentes Pastorais e Militantes de Direitos Humanos. 

Março:
3 a 5 - Ciclo: "Sem tabu - Abrindo o leque!"
Tema: "Profetas e Profecias-Justiça e Compromisso Ambiental"
Assessor: Pr. Western Clay Peixoto

Local
Fazendinha dos Metodistas
Sabará-MG

 Maio:
26 a 28 - Ciclo: "Sem tabu - Abrindo o leque!"
Tema: "Diversidade-Monoteísmo e Direitos Humanos"
Assessor: Luis Dietrich
Local
Rua Hilarino Benedito Malta, 57
Bairro Madre Gertrudes / BH-MG

 Outubro:
6 a 8 - Ciclo: "Sem tabu - Abrindo o leque!"
Tema: "Terra-Casa-Dignidade" O bom Samaritano ontem e hoje
Assessor: Gilvander Moreira
Local
Av. Olinto Meireles, 2636 / barreiro de Cima
BH-MG


Inscrição para:
MARÇO (  )MAIO (  ) OUTUBRO (  )

Nome:____________________________________________________


Rua:_______________________________________________N_____

Bairro____________________________

Cidade_____________________________________

CEP:_____________________________

CPF:______________________________

Telefone:__________________________

Email:____________________________

Data de nascimento:_____/___/_______

Investimento: R$100,00 (Cada evento)
Preencher a ficha e encaminhar para:
Centro de Estudos Bíblicos – CEBI MG/Rua da Bahia, 1148 SALA 1204-  Belo Horizonte  (31)3274-4628/3222-1805 /9984-2440



terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

TODO APOIO À OCUPAÇÃO WILLIAM ROSA, em Contagem, MG. Despejo não pode acontecer. Moradia digna é um direito que urge ser concretizado.

TODO APOIO À OCUPAÇÃO WILLIAM ROSA, em Contagem, MG. Despejo não pode acontecer. Moradia digna é um direito que urge ser concretizado.

Os moradores da Ocupação William Rosa estão mais uma vez ameaçados de despejo, tanto quanto estão articulados para resistir. Não por menos, pois William Rosa, geógrafo militante da Associação dos Geógrafos Brasileiros e estudioso das ocupações urbanas, faleceu em 2013 para no mesmo ano renascer como luta por moradia na ocupação que leva seu nome em Contagem. Desde então, os moradores têm buscado uma solução democrática junto aos poderes instituídos, mas estes vão protelando enquanto mantêm uma ordem de despejo, a pedido da CEASA, agora com iminentes chances de ser cumprida.

No dia 14 de fevereiro de 2017, terça feira, está marcado um encontro com a mesa de negociação do governo estadual de Fernando Pimentel, que comanda quem irá tentar realizar o despejo, a Polícia Militar de Minas Gerais. Também foram chamados para a mesa representantes do governo de Contagem, do governo federal e da CEASA. Há alternativas concretas para se resolver a questão e fazer avançar a construção de cidades como espaços de dignidade e vida plena, basta haver vontade política dos poderes instituídos. Os moradores estão articulados com vários movimentos sociais e dispostos a negociar.

Fazemos um chamado para todas as entidades comprometidas com a construção de cidades libertas a colarem na Ocupação William Rosa no próximo sábado (11/02/2017) para um ato político em sua defesa. Vamos iniciar a mobilização a partir das 14h (quem puder apresentar alguma atividade neste intervalo, será muito bem vindo) para às 17h fazermos um abraço de apoio e defesa à Ocupação William Rosa.

Esta é uma luta de toda a sociedade em defesa da função social da propriedade e dos direitos fundamentais das mais de 400 famílias ali acampadas. Junte-se à Ocupação William Rosa. Faça da luta por moradia uma conquista de todas(os).

PELA SUSPENSÃO DE QUALQUER ORDEM DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE

MORADIA JÁ!

TODA SOLIDARIEDADE ÀS FAMÍLIAS DA OCUPAÇÃO WILLIAM ROSA

Ocupação William Rosa
Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Local de Belo Horizonte (AGB-SLBH)
ANEL – Assembleia Nacional dos Estudantes Livres;
Brigadas Populares
CSP Conlutas
Comissão Pastoral da Terra (CPT)
Federação Sindical e Democrática dos Metalúrgicos MG;
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania
Luta Popular
Movimento Mulheres em Luta;
MAIS - Movimento por Uma Alternativa Independente e Socialista;
Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
Quilombo Raça e Classe;
Sindicato dos Gráficos MG;
Sindicato Metabase Congonhas;
Sindicato dos Metalúrgicos de Divinópolis;
Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Preto;
Sindicato dos Metalúrgicos de Pirapora;
Sindicato dos Metalúrgicos de São João Del Rei;
SINDEESS/BH;
SINDEESS DIVINÓPOLIS;
SINTEMMD DIVINÓPOLIS;
Sindicato dos Metalúrgicos de Itaúna;
SINTIMEL/Governador Valadares;
Sindicato dos Metalúrgicos de Barão de Cocais/MG;
SINDSAÚDE/Contagem;
SINDSERB/Betim;
Sindicato Ceramistas de Monte Carmelo;
Sindicato dos Metalúrgicos de Três Marias;
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Itajubá e Região;
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Formiga;
Sindicato dos Servidores Públicos de Monte Carmelo;
Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Assessoramento, Pesquisas, Perícias e Informações de Minas Gerais - SINTAPPI-MG;

SINDICARNE-MG

Tema e Lema da 20a Romaria das águas e da terra de Minas Gerais, de 2017, no Noroeste de MG (Diocese de Paracatu), processual, com celebração final dia 23/07/2017, em Unaí, MG.

Tema e Lema da 20a Romaria das águas e da terra de Minas Gerais, de 2017, no Noroeste de MG (Diocese de Paracatu), processual, com celebração final dia 23/07/2017, em Unaí, MG. 




terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Vídeo Documentário do COMDHRU - Comitê de Defesa da Bacia do Rio Urucuia, no Noroeste de Minas Gerais.

Vídeo Documentário do COMDHRU - Comitê de Defesa da Bacia do Rio Urucuia, no Noroeste de Minas Gerais. 


O agronegócio e o hidronegócio estão secando as nascentes, os córregos, as lagoas e o Rio Urucuia, um dos 36 afluentes do Rio São Francisco. A XX Romaria das Águas e da Terra de Minas Gerais, em 2017, no Noroeste de MG, na Diocese de Paracatu, vem fortalecer a luta em defesa das águas e da terra, como dons do Deus da Vida e bens comuns que não podem continuar sendo dizimados. 


Rio Urucuia na UTI clama por socorro. XX Romaria das Águas e da Terra/MG...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

MST ocupa fazenda de ex-prefeito de Montes Claros, MG, acusado de corrupção.

MST ocupa fazenda de ex-prefeito de Montes Claros, MG, acusado de corrupção.

Nota do MST/MG.


A Fazenda Norte América, de 3 mil hectares, no município de Capitão Enéias, no Norte de Minas Gerais, foi ocupada na madrugada do dia 16/01/2017, por 150 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A área é improdutiva e há indícios de que era utilizada pelo ex-prefeito de Montes Claros (MG), Rui Muniz, e seus sócios, para lavagem de dinheiro.
A fazenda possui uma dívida milionária no banco, foi arrematada pelo grupo SOEBRÁS (Sociedade de Educativa do Brasil), porém nunca foi paga. A SOEBRÁS é uma das várias entidades filantrópicas utilizadas pelo ex-prefeito Ruy Muniz para desviar recursos federais e da prefeitura de Montes Claros. Por tais desvios, o ex-prefeito foi preso em setembro de 2016, assim como seus sócios. Destaca-se Leonardo Andrade, que ocupava o cargo de secretário de Desenvolvimento Sustentável, Meio Ambiente e Agricultura na prefeitura de Montes Claros. Leonardo é conhecido como proprietário da fazenda e durante a ocupação, uma senhora que se identificou como mãe dele foi encontrada na casa sede. Empregados da fazenda afirmaram obedecer ordens de Leonardo e não possuir carteira assinada, mesmo após nove anos de trabalho.
Latifundiário, corrupto e golpista Ruy Muniz foi preso dia 01/09/2016 no dia seguinte à votação do impeachment da Presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, sua mulher Raquel Muniz, deputada federal, dedicou o voto à integridade moral do marido afirmando que “o Brasil tem jeito e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós, com sua gestão. Por isso eu voto sim, sim, sim”. Atualmente ele responde a processo, acusado de estelionato, falsidade ideológica, prevaricação e desvio e/ou apropriação de recursos públicos.
Muniz responde a inúmeros casos de desvio de recursos públicos utilizando entidades filantrópicas. Em 1987 cumpriu pena por dar golpe num banco público e atualmente responde por reter as verbas destinadas ao SUS em Montes Claros, para precarizar o atendimento público de saúde e beneficiar seu hospital particular.
Outro caso é de desvio de gasolina da Empresa Municipal de Serviços, Obras e Urbanização (ESURB), com um rombo estimado em mais de R$ 20 milhões, dinheiro que seria usado para pagar as prestações da mansão da família Muniz. Para possibilitar o esquema, Leonardo Andrade e Cristiano Júnior foram nomeados em cargos estratégicos na administração municipal. Ambos são apontados como “laranjas”, de Muniz, figurando como sócios do “conglomerado empresarial”.

De acordo com investigação do Ministério Público, o grupo do ex-prefeito e da deputada Raquel Muniz soma 146 pessoas jurídicas que sugam milhões dos recursos públicos há anos, através das chamadas entidades filantrópicas.