terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Vídeo Documentário do COMDHRU - Comitê de Defesa da Bacia do Rio Urucuia, no Noroeste de Minas Gerais.

Vídeo Documentário do COMDHRU - Comitê de Defesa da Bacia do Rio Urucuia, no Noroeste de Minas Gerais. 


O agronegócio e o hidronegócio estão secando as nascentes, os córregos, as lagoas e o Rio Urucuia, um dos 36 afluentes do Rio São Francisco. A XX Romaria das Águas e da Terra de Minas Gerais, em 2017, no Noroeste de MG, na Diocese de Paracatu, vem fortalecer a luta em defesa das águas e da terra, como dons do Deus da Vida e bens comuns que não podem continuar sendo dizimados. 


Rio Urucuia na UTI clama por socorro. XX Romaria das Águas e da Terra/MG...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

MST ocupa fazenda de ex-prefeito de Montes Claros, MG, acusado de corrupção.

MST ocupa fazenda de ex-prefeito de Montes Claros, MG, acusado de corrupção.

Nota do MST/MG.


A Fazenda Norte América, de 3 mil hectares, no município de Capitão Enéias, no Norte de Minas Gerais, foi ocupada na madrugada do dia 16/01/2017, por 150 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A área é improdutiva e há indícios de que era utilizada pelo ex-prefeito de Montes Claros (MG), Rui Muniz, e seus sócios, para lavagem de dinheiro.
A fazenda possui uma dívida milionária no banco, foi arrematada pelo grupo SOEBRÁS (Sociedade de Educativa do Brasil), porém nunca foi paga. A SOEBRÁS é uma das várias entidades filantrópicas utilizadas pelo ex-prefeito Ruy Muniz para desviar recursos federais e da prefeitura de Montes Claros. Por tais desvios, o ex-prefeito foi preso em setembro de 2016, assim como seus sócios. Destaca-se Leonardo Andrade, que ocupava o cargo de secretário de Desenvolvimento Sustentável, Meio Ambiente e Agricultura na prefeitura de Montes Claros. Leonardo é conhecido como proprietário da fazenda e durante a ocupação, uma senhora que se identificou como mãe dele foi encontrada na casa sede. Empregados da fazenda afirmaram obedecer ordens de Leonardo e não possuir carteira assinada, mesmo após nove anos de trabalho.
Latifundiário, corrupto e golpista Ruy Muniz foi preso dia 01/09/2016 no dia seguinte à votação do impeachment da Presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, sua mulher Raquel Muniz, deputada federal, dedicou o voto à integridade moral do marido afirmando que “o Brasil tem jeito e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós, com sua gestão. Por isso eu voto sim, sim, sim”. Atualmente ele responde a processo, acusado de estelionato, falsidade ideológica, prevaricação e desvio e/ou apropriação de recursos públicos.
Muniz responde a inúmeros casos de desvio de recursos públicos utilizando entidades filantrópicas. Em 1987 cumpriu pena por dar golpe num banco público e atualmente responde por reter as verbas destinadas ao SUS em Montes Claros, para precarizar o atendimento público de saúde e beneficiar seu hospital particular.
Outro caso é de desvio de gasolina da Empresa Municipal de Serviços, Obras e Urbanização (ESURB), com um rombo estimado em mais de R$ 20 milhões, dinheiro que seria usado para pagar as prestações da mansão da família Muniz. Para possibilitar o esquema, Leonardo Andrade e Cristiano Júnior foram nomeados em cargos estratégicos na administração municipal. Ambos são apontados como “laranjas”, de Muniz, figurando como sócios do “conglomerado empresarial”.

De acordo com investigação do Ministério Público, o grupo do ex-prefeito e da deputada Raquel Muniz soma 146 pessoas jurídicas que sugam milhões dos recursos públicos há anos, através das chamadas entidades filantrópicas.

OS MORADORES DA VILA SAMAG/DO CANAL, EM CONTAGEM-MG, E O MLB (MOVIMENTO DE LUTA NOS BAIRROS, VILAS E FAVELAS), VÊM DENUNCIAR A GRAVE SITUAÇÃO DA VILA E EXIGIR QUE O PODER PÚBLICO TOME PROVIDÊNCIAS URGENTES. CHEGA DE ENROLAÇÃO!

OS MORADORES DA VILA SAMAG/DO CANAL, EM CONTAGEM-MG, E O MLB (MOVIMENTO DE LUTA NOS BAIRROS, VILAS E FAVELAS), VÊM DENUNCIAR A GRAVE SITUAÇÃO DA VILA E EXIGIR QUE O PODER PÚBLICO TOME PROVIDÊNCIAS URGENTES. CHEGA DE ENROLAÇÃO!

Nota Pública. Contagem, MG, 14/01/2017. URGENTE!!!



A região da Vila SAMAG/do CANAL, em Contagem, MG, alaga todos os anos ... há pelo menos 10 anos. Perdemos nossos móveis, nossos mantimentos, nossos animais de estimação, nossas roupas. Muitas vezes as reportagens mostram um alagamento, até mostram o drama das famílias que perdem tudo. Mas por que, entra ano e sai ano, o problema não se resolve?
Como é possível a Prefeitura de Contagem (na gestão de Carlin/PCdoB) gastar 28 milhões de reais na obra da "Trincheira do Itaú" e não resolver a questão do alagamento, que é o problema principal daquela região? As famílias que moram no entorno aguardam há quase 10 anos a tal obra das bacias de contenção (de responsabilidade do governo do Estado de Minas Gerais), a requalificação do córrego Ferrugem, mas até hoje NADA.
Na verdade, muita coisa já aconteceu nesses anos: removeram famílias de suas casas, pagaram indenizações (sempre injustas), outras centenas de famílias (Vila SAMAG, Vila Itaú, entre outras) estão no bolsa-moradia há mais de 5 anos, pois suas casas foram demolidas, para fazer as obras, mas até hoje, NADA. Quantos milhões de reais já foram gastos com isso? Quem se beneficia com isso? Os prédios para essas famílias morarem deveriam estar prontos desde janeiro de 2015! Isso é um absurdo! 
Nesse cenário, dezenas de famílias sem-teto reocuparam algumas casas na Vila SAMAG (essa mesma área que alaga todos os anos e que já deveria ter prédios construídos desde 2015), por exemplo, por não terem onde morar. Cadê os programas habitacionais de Contagem? Cadê a Conferência das Cidades, para o povo debater isso com a Prefeitura e os demais responsáveis?
Tem também a questão da valorização da região com "grandes obras" da chamada especulação imobiliária, como o shopping Itaú, a própria Trincheira do Itaú, as obras de condomínios de luxo da construtora Direcional (a mesma que ameaça as famílias das comunidades da Izidora). Isso, na prática, torna muito cara a vida na região e consolida o processo de expulsão dos pobres da região. Isso somado às constantes ameaças de despejo (de forma ilegal, intimidando e pressionando as famílias), às falsas promessas de obras para contenção de alagamentos e também à violência e repressão policial.
Desde novembro de 2016 estamos lutando intensamente para encontrar soluções definitivas paras famílias que reocuparam a Vila SAMAG e também pressionando o Governo do Estado e a Prefeitura de Contagem para ter informações sobre o andamento das obras. Já tivemos algumas reuniões, inclusive com a Mesa de Negociação do Estado, com a Secretaria de Habitação de Contagem, mas, infelizmente, além de descumprirem muitos dos combinados, num total desrespeito às famílias, não fizeram nada efetivo. O máximo que chegaram a propor é que as famílias sejam encaminhadas para abrigos. Isso é esparadrapo em cima de ferida. O poder público é responsável pela moradia e precisa solucionar esses casos definitivamente. É a vida das pessoas que está em risco.
Chamamos todos os moradores de Contagem que estão revoltados com essa situação a se juntarem às famílias da Vila SAMAG para cobrarmos uma solução justa, definitiva e rápida.
O Governo do Estado e o prefeito atual de Contagem (Alex de Freitas/PSDB) estão cientes da situação das reocupações da Vila SAMAG, pois já fizemos diversas denúncias e reuniões e eles já fizeram sindicância na Vila. E também estão cientes da situação das outras Vilas, do atraso das obras, enfim, do descaso com o povo. Sobre a Vila SAMAG, o que nos disseram era que em 10 dias, a contar do dia 12 de janeiro de 2017, nos dariam uma posição. Até lá as famílias vão dormir onde? Vão ver quantas vezes a água suja tomar conta de suas casas?
A responsabilidade pelos alagamentos, perdas dos bens, doenças, e toda essa situação precária e desumana é de vocês, gestores.
Exigimos imediata solução para esses problemas: retirada das famílias da Vila SAMAG para casas em boas condições (com o benefício da bolsa-moradia até a solução definitiva de moradia digna; inclusão das famílias nos programas de habitação do Município de Contagem (com prazo determinado para entrega das chaves, se é que essas políticas existem...); prestação de contas e esclarecimentos sobre as obras da bacia de contenção/projeto do córrego Ferrugem e sobre a obra da Trincheira do Itaú que não resolveu absolutamente NADA e custou 28 milhões de reais!
Como a situação está muito extrema nesses dias de chuvas, pedimos à população em geral que se solidarize com as famílias e APOIE COM DOAÇÃO DE ALIMENTOS, COLCHÕES, MATERIAL ESCOLAR, E O QUE MAIS FOR POSSÍVEL. Agradecemos desses já! 
Com luta, com garra, a casa sai na marra!

Contagem, MG, 14 de janeiro de 2017.

Contatos para maiores informações pelos celulares: 31 98565-8032, 31 99381-6251 ou 31 99320-4024
Assinam essa Nota Pública:
Moradores da Vila SAMAG
MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas)
CPT (Comissão Pastoral da Terra)