sábado, 5 de agosto de 2017

Comunidade Quilombola dos Luízes, em Belo Horizonte, vítima de invasão/v...

ABSURDO! JUSTIÇA BRINCA COM A VIDA E ESPERANÇA DAS FAMÍLIAS DA COMUNIDADE PESQUEIRA DE CANABRAVA, EM BURITIZEIRO, MG.

ABSURDO! JUSTIÇA BRINCA COM A VIDA E ESPERANÇA DAS FAMÍLIAS DA COMUNIDADE PESQUEIRA DE CANABRAVA, EM BURITIZEIRO, MG.


Na manhã de ontem, dia 04 de agosto de 2017, por volta das 11h da manhã, as famílias pesqueiras da Comunidade Canabrava retornaram ao território em Buritizeiro/MG para recomeçarem das cinzas a reconstrução do seu modo de vida tradicional que está imbricado nas dinâmicas das águas do rio São Francisco. Diante da visita em lócus da Promotora de Justiça da comarca de Pirapora, Clara Maria Hohene Sepúlveda, juntamente com o delegado Diego e comitiva da Polícia Civil, os pescadores em meio a rezas e celebração retomaram a área decidindo permanecer no local para garantir o seu direito à moradia junto às margens do rio, se organizando inclusive para dar início à reconstrução das casas criminosamente derrubadas.
Entretanto, em meio à celebração e júbilo da comunidade pela retomada de seu território, por volta das 15:30hr a mesma promotora do Ministério Público retornou ao local para informar que as famílias já não mais poderão permanecer na área e que novamente terão que deixar o território pesqueiro devido a novo recurso judicial empreendido por parte do fazendeiro anulando a suspenção da reintegração de posse, o que torna novamente desfavorável a situação jurídica da luta destas famílias pela garantia de seu território. Tudo isso a despeito das negociações que vinham sendo feitas no âmbito da Mesa de Diálogo do Estado, além de uma visita previamente agendada pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU) com o objetivo de demarcação da área como de interesse da União.
A comunidade permaneceu acampada e denuncia a órgãos competentes e sociedade que o ambiente local e perigoso e tenso, hoje, antes das 6h00 da manhã veio um capanga, se identificando ser por parte da fazenda, em uma moto Honda Titan, placa DAC9026, dando voltas em torno das famílias acampadas.
Clama aos céus o fato de que a vida de famílias e seu acesso ao território tradicional pesqueiro que lhes é de direito, estejam ameaçados perante os interesses do poderio econômico do latifúndio.
Torna-se mais urgente do que nunca a intervenção da SPU no processo no sentido de demarcar a área de interesse federal onde se localiza a comunidade. Além disso, é fundamental que a Promotoria do Ministério Público da Comarca de Pirapora juntamente com as forças de segurança pública locais atuem no sentido de garantir a segurança das famílias e lideranças comunitárias ameaçadas pelos latifundiários e seus jagunços envolvidos no conflito.

Contatos para maiores informações:
(38) 37422237 CPP-MG email: cppmg@gmail.com
Letícia Aparecida Rocha (38) 99180 6051 ou 38 – 99824 5585