Gilvander é frei e padre da Ordem dos carmelitas, Doutor em Educação pela FAE/UFMG; bacharel e licenciado em Filosofia pela UFPR, bacharel em Teologia pelo ITESP/SP, mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Itália; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas, em Minas Gerais.
sexta-feira, 17 de março de 2017
quinta-feira, 16 de março de 2017
Acirramento do Conflito Agrário na Ocupação da Fazenda Marilândia, em Manga, no Norte de Minas. Grande tensão!
Acirramento do Conflito Agrário na
Ocupação da Fazenda Marilândia, em Manga, no Norte de Minas. Grande tensão!
Nota
da CPT/MG.
As mais
de 100 famílias da reocupação da fazenda Marilândia, no município de Manga, no
Norte de Minas Gerais, vem por meio da Associação Nossa Senhora de Fátima e
Comissão Pastoral da Terra (CPT/MG) alertar, informar e denunciar os últimos
acontecimentos e solicitar da Mesa de Diálogo e Negociação do Governo de
MG respostas dos encaminhamentos da última reunião da Mesa realizada em
Novembro de 2016. Foi constituída uma comissão que daria início ao processo de
levantamento e discriminatória do imóvel, o proprietário se comprometeu apresentar
a comissão os documentos da área no prazo de 05 dias. Até o momento não
recebemos nenhuma comunicação e nem mesmo a Ata da reunião. A Fazenda
Marilândia tem sérios indícios de que se trata de terra devoluta. E a Fundação
Palmares já declarou que a quase totalidade da fazenda Marilândia é território
quilombola.
Estamos
muito preocupados e apreensivos com o Acirramento do conflito agrário e
fundiário na área. Passaram quatro meses da última tentativa de um acordo. As
famílias reocuparam a fazenda em 02 de abril de 2016 após o 12° despejo, estão
reerguendo os barracos, preparando as terras para o plantio, retornando com os
animais e construindo cercas para proteção das roças. Estamos vivendo momentos
de terror e de muita tensão, ameaça de um novo despejo, intimidações, humilhação
e muita insegurança.
Vejam
alguns fatos:
Conforme
relato dos trabalhadores, por várias vezes, a Polícia Militar do destacamento
de Manga adentrou na área juntamente com um suposto gerente da fazenda, o
Givanildo, fazendo pressões e tentando intimidar as famílias. Entretanto,
os camponeses não são bobos, sabem muito bem quais são seus direitos. Tanto é
que já sofreram 12 despejos e reocupam a fazenda que não cumpria função social,
além dos indícios de ser terra devoluta e agora já declarada como território
quilombola. Repudiamos as ameaças e as intimidações.
Nos
últimos dias o suposto gerente Givanildo vem ameaçando as famílias
dizendo que por esses dias haverá um novo despejo, que desta vez será
derrubadas todos os barracos e destruídas as plantações.
No
dia 07 de fevereiro de 2017, fomos intimados na Delegacia da Polícia Civil, de
Manga, para depor sobre investigação de um crime ambiental (incêndio )
que ocorreu há muito tempo atrás na
fazenda Marilândia.
Além
do suposto gerente Givanildo, surge um senhor de nome Danilo investigador da
Polícia Civil de Januária, no momento encontra-se afastado de suas funções, o
mesmo vem ameaçando colocar gado na área onde estão as famílias e também
pressionando a aceitar a proposta do proprietário.
Exigimos
que a Mesa de Negociação do Governo cumpra com urgência os compromissos
assumidos em reunião em novembro de 2016, antes que exploda a violência na
fazenda ocupada em Manga.
“Nenhum
camponês sem terra”, exige o papa Francisco e nós da CPT e da Associação.
Manga,
Norte de MG, 16 de março de 2017.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
A PREVIDÊNCIA NÃO ESTÁ EM DÉFICIT, É SUPERAVITÁRIA. O Governo está mentindo.
A PREVIDÊNCIA NÃO ESTÁ EM
DÉFICIT, É SUPERAVITÁRIA.
O Governo está rasgando ao Constituição ao fazer
propaganda enganosa com o dinheiro do povo sobre a Previdência.
Maria Lúcia Fattorelli mostra que
o rei (Temer e todos os golpistas) está nu: "A contra-reforma da
Previdência é uma grande farsa para continuar gerando lucro para os banqueiros
e para os empresários de previdência privada. A Previdência não está em déficit,
é superavitária. Ouça o pronunciamento contundente de Maria Lucia Fattorelli no
Senado Federal, no dia do aposentado. Não pode passar mais essa violência
covarde: a contra-reforma da Previdência. Os 206 milhões de brasileiros
precisam saber que 90% os deputados federais e 90% dos senadores estão
assaltando o povo nos seus direitos. Divulgue ao máximo esse vídeo, abaixo,
após assisti-lo, por questão de justiça e pela verdade que liberta.
https://www.facebook.com/gilvandermoreira1/videos/1868562613421618/
domingo, 26 de fevereiro de 2017
Nota de apoio ao Frei Gilberto Teixeira – ameaçado de morte - e à luta contra a mineração na Serra do Brigadeiro, na Zona da Mata de MG.
Nota de solidariedade ao Frei Gilberto Teixeira
– ameaçado de morte - e à luta contra a mineração na Serra do Brigadeiro, na
Zona da Mata de MG.
77 Organizações de Direitos Humanos já
assinaram esta Nota.
A
região da Serra do Brigadeiro, situada na Zona da Mata de Minas Gerais, é
conhecida nacionalmente pela sua rica biodiversidade, amplas áreas preservadas
de mata atlântica, belezas naturais e uma agricultura familiar e camponesa
consolidada com forte matriz agroecológica. Além disso, a região abriga a
segunda maior reserva de bauxita do país, o que despertou, desde a década de
80, o interesse de mineradoras em explorar as jazidas minerais objetivando o
lucro sem se importar com as consequências nefastas da mineração na
região.
Dentre
as mineradoras que atuam na região, a principal delas é a Companhia Brasileira
de Alumínio (CBA), que no último período tem intensificado a pressão nas
comunidades para a expansão do empreendimento e exploração dos territórios.
Apesar
da CBA utilizar inúmeras estratégias de má fé para enganar as famílias, as
comunidades não têm aceitado a possibilidade da perda de seus modos de vida
para um projeto de mineração que nada tem a oferecer ao bem-estar social local.
Nesse sentido, diversas organizações, entre movimentos populares, sindicatos,
pastorais sociais, grupos religiosos, ONGs e pesquisadores tem atuado
conjuntamente na defesa do território, construindo lutas e fazendo resistência
aos intentos dos interesses do capital mineral em saquear o território.
No
último período, diversas ações foram realizadas na região da Serra do
Brigadeiro para denunciar e repudiar a atuação da CBA. Estas ações têm gerado
cada vez mais a ampliação da consciência das comunidades locais sobre os
impactos e riscos da chegada deste modelo de mineração e ao mesmo tempo gerado
também reações de coação às lutas e, até mesmo, ameaças aos sujeitos envolvidos
na defesa do território.
No
último domingo, dia 19 de fevereiro, o companheiro Frei Gilberto Teixeira,
franciscano da Fraternidade Santa Maria dos Anjos do distrito de Belisário
(Muriaé - MG), ao finalizar a celebração da missa de domingo foi covardemente
abordado por um pistoleiro armado que o ameaçou devido aos seus posicionamentos
contrários aos projetos pretendidos pelas mineradoras.
O
pistoleiro enfatizou em sua abordagem que naquele momento era só um aviso, mas
que, se o Frei Gilberto Teixeira continuasse atuando junto aos movimentos de
resistência e se posicionando contra a mineração ele retornaria para matá-lo.
Além da ameaça à vida, o pistoleiro ainda sinalizou que Frei Gilberto Teixeira está
sendo monitorado de perto: forneceu informações sobre todas as viagens recentes
e ainda sabia conteúdo da fala do Frei em diversos eventos. O que pode
significar que o Frei Gilberto está sendo grampeado e seguido em todas suas
ações.
Diante
do episódio, manifestamos publicamente o repúdio ao tal acontecimento e
exigimos dos órgãos responsáveis a garantia de segurança à vida e do direito de
lutar pelas causas coletivas. Ao mesmo tempo expressamos nosso total apoio e
solidariedade ao companheiro Frei Gilberto Teixeira e aos sujeitos que se
dedicam na luta em defesa do território da Serra do Brigadeiro contra os
interesses do capital mineral na região.
Muriaé,
MG, Brasil, 23 de fevereiro de 2017.
Assinam
essa Nota Pública,
1. Associação
Franciscana Santa Maria dos Anjos
2. Movimento
Pela Soberania Popular na Mineração (MAM)
3. Comissão
Pastoral da Terra (CPT)
4. Sindicato
dos Trabalhadores Rurais de Miradouro
5. Sindicato
dos Trabalhadores Rurais de Barão do Monte Alto, Rosário de Limeira e Muriaé
6. Associação
de Pequenos Agricultores de Miradouro
7. Levante
Popular da Juventude
8. Consulta
Popular
9. Instituto
Universo Cidadão
10.
Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
11.
Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras
Rurais Sem Terra (MST)
12.
CRESOL Fervedouro
13.
CEIFAR – ZM
14.
Comissão de Justiça e Paz
15.
Mandato Coletivo e Participativo Deputado
Federal Padre João
16.
Mandato Deputado Estadual Rogério Correia
17.
Mandato Deputado Estadual André Quintão
18.
Mandato Vereador de Rosário de Limeira Davi
Aparecido de Oliveira
19.
Escola Nacional de Energia Popular (ENEP)
20.
Movimento Evangélico Popular Eclesial (MEPE)
21.
Escola Família Agrícola da Serra do
Brigadeiro (EFASB)
22.
Escola Família Agrícola Puris
23.
Escola Família Agrícola Dom Luciano
24.
Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas
por Barragens (NACAB)
25.
Centro Alternativo de Formação Popular Rosa
Fortini
26.
Cáritas Diocesana de Leopoldina
27.
Comitê Estadual (MG) da Campanha Permanente
Contra os Agrotóxicos e Pela Vida
28.
FOMENE
29.
Rede SAPOQUI
30.
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Palma
31.
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Patrocínio de Muriaé
32.
CASA - Centro de Análise Socioambiental
33.
NEA - Núcleo de Estudos em Agroecologia
34.
NETTE - Núcleo de Estudos em Educação,
Tecnologia e Trabalho
35.
Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade
(AFES)
36.
Intersindical - Central da Classe
Trabalhadora
37.
Pastoral da Juventude Rural (PJR)
38.
Projeto de Assessoria às Comunidades
Atingidas por Barragens e Mineração (PACAB)
39.
CUT – MG
40.
Sindute – MG
41.
Grupo Rede Congonhas
42.
Unaccon - União das Associações Comunitárias
de Congonhas
43.
Marcelo Leles Romarco de Oliveira, professor
Dr. do DER-UFV e Coordenador do projeto de Assessoria a Comunidades Atingidas
por Barragens e Mineração-PACAB
44.
Programa de Extensão Mineração do OuTro:
Programa Marxista de cultura e Crítica Social'
45.
Kathiuça Bertollo - Professora da UFOP
46.
Fonasc - Fórum Nacional de Solidariedade
Civil na Gestão de Bacias Hidrográficas
47.
Serviço Interfranciscano de Justiça, Paz e
Ecologia - Sinfrajupe
48.
Serviço SVD de Jupic
49.
GESTA - Grupo de Estudos em Temáticas
Ambientais - da UFMG
50.
GEPSA/UFOP (Grupo de Estudos e Pesquisas
Sociambientais da UFOP)
51.
Rede Ambiental do Piauí-REAPI
52.
REAJA - Rede de Articulação e Justiça
Ambiental dos Atingidos Projeto Minas-Rio
53.
Brigadas Populares
54.
Coletivo Margarida Alves de Assessoria
Popular
55.
IBEIDS - Instituto brasileiro de Educação
Integração e Desenvolvimento Socia
56.
Observatório dos Conflitos no Campo (OCCA)/UFES
57.
Rede Justiça nos Trilhos
58.
IBASE
59.
Fórum Mudanças Climáticas
60.
Justiça Social
61.
Comissão Pró-Índio de São Paulo
62.
Associação Alternativa Terrazul
63.
FBOMS – Fórum Brasileiro de Ongs e Movimentos
Sociais para o Meio
64.
Rede Igrejas e Mineração
65.
Justiça Global
66.
Comitê Nacional em Defesa dos Territórios
Frente à Mineração
67.
Grupo Tortura Nunca Mais (Bahia)
68.
CDDH da Serra – ES
69.
Sociedade Maranhense de Direitos Humanos –
SMDH
70.
Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de
Direitos Humanos – CBDDH
71.
Justiça Global
72.
Inesc – Instituto de Estudos Socioeconômicos
73.
Grupo Política, Economia, Mineração, Ambiente
e Sociedade (PoEMAS)
74.
RENAP – Rede Nacional de Advogados Populares
75.
MLB – Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e
Favelas
76.
Ocupações-comunidades da Izidora (Rosa Leão,
Esperança e Vitória), em Belo Horizonte e Santa Luzia, MG.
77.
Etc ... (Obs.: Quem quiser assinar essa Moção/Nota,
favor enviar nome da Organização/Entidade e email para frei Gilvander (email: gilvanderlm@gmail.com), que
acrescentaremos no texto publicado.)
Nota de esclarecimento sobre a Proposta de Negociação com as Ocupações-comunidades da Izidora apresentada pelo Estado de Minas Gerais, Prefeitura de Belo Horizonte e Direcional Engenharia.
Nota
de esclarecimento sobre a Proposta de Negociação com as Ocupações-comunidades
da Izidora apresentada pelo Estado de Minas Gerais, Prefeitura de Belo
Horizonte e Direcional Engenharia.
Belo Horizonte e
Santa Luzia, MG, 26 de fevereiro de 2017
Foi
apresentada Proposta de acordo do Governo de MG + Prefeitura de BH + Construtora
Direcional conforme veiculado por reportagem do Jornal Estado de Minas hoje,
dia 24/02/2017. Destacamos que a proposta e a notícia têm vários problemas,
além de ter sido feita a revelia das ocupações da Izidora, parece querer
induzir a opinião pública a pensar que a proposta do Governo de Minas + PBH/Kalil
+ Construtora Direcional é muito boa para as famílias. Porém é necessária uma
análise cuidadosa. Reportagens da imprensa precisam ser lidas de forma crítica,
pois revelam algo, mas sempre escondem outras coisas. Esperamos que a
Negociação seja justa, ética e idônea. Por isso a verdade sempre deve brilhar.
Primeiro,
o nome correto é Izidora e não Isidoro, conforme utilizado na Operação Urbana
Irregular planejada para a área. Izidora era uma mulher negra quilombola que
lavava roupa no ribeirão que levou o seu nome: Ribeirão da Izidora. Isso consta
nos documentos e mapas da região até o ano de 1934. A história deve ser
respeitada e essa “confusão” não nos parece trivial.
Segundo,
o Mapa apresentado, depois de muita insistência dos movimentos e coordenações,
NÃO DEMONSTRA EXATAMENTE A ÁREA ONDE A DIRECIONAL INSISTE EM FAZER PARTE DO
PROJETO MINHA CASA MINHA VIDA. Para isso precisamos dos mapas da construtora
Direcional que integram o projeto para aferirmos se o mapa do Governo
corresponde aos mapas do projeto da Direcional, pois o Projeto original da
Direcional, constante no Contrato assinado em 27/12/2013, seis meses após as 8
mil famílias terem ocupado os terrenos que estavam abandonados na Izidora,
projeto apresentado pelo engenheiro Francisco, da Direcional, visa construir
10.932 apartamentos, em duas fases. Na 1ª fase, no território da Ocupação
Vitória, construir 8.896 (oito mil oitocentos e noventa e seis) pequenos
apartamentos, de 43,70 m² (quarenta e três metros quadrados) cada, em 80% dos
prédios com 9 andares, todos com paredes premoldadas de concreto e sem
elevadores.
Terceiro,
o governo de Minas promete pagar R$500,00 de aluguel social por família por até
2 anos quando se espera que ficarão prontos os apartamentos para reassentamento
das famílias que estiverem dentro dos critérios. Quais critérios? Dizem que o
cadastro irá determinar quem poderá receber o aluguel social. Essa deve ser uma
construção participativa na mesa e é uma questão que causa extrema insegurança
às famílias ameaçadas.
Quarto,
não se fala na Proposta do Governo de Minas + Kalil + Direcional de
REASSENTAMENTO PRÉVIO EM CASAS DE QUALIDADE IGUAL, OU MELHOR, CONFORME
DETERMINA A LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL PARA CONFLITOS FUNDIÁRIOS. E não se
fala também em indenização pelos gastos que centenas de famílias tiveram para
construir suas casas, pleito colocado pelas famílias e apresentado ao Estado.
Inclusive, não sabemos exatamente quantas famílias serão removidas de suas
casas. Sequer a realidade social delas, pois o cadastro ainda não foi feito.
Quinto,
lado bom da reportagem é que o secretário Helvécio Magalhães, secretário de
Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG) do Governo de Minas garantiu: “O certo
é que ninguém será despejado à força. Estamos dialogando com as lideranças. A
preocupação do governo é que, mesmo tendo ordem de despejo, não vamos fazer à
força”. Necessário garantir que se for para sair de suas casas que seja para
reassentamento prévio em casas com qualidade igual ou superior.
Sexto,
grave problema ainda é que, na proposta apresentada, o Estado busca
responsabilizar os movimentos sociais para garantir a desocupação da área
determinada e o controle do número de pessoas na ocupação, o que é
absolutamente inviável e inadequado. O Estado por muito tempo se esquivou de
lidar com a política habitacional e não pode empurrar seus encargos para os
movimentos sociais. Pior, nessa proposta busca responsabilizar exclusivamente
os movimentos, coordenações e assessoria técnica popular pela aceitação ou
recusa da proposta. Já deixamos muito claro que quem decide sobre as vidas
dessas famílias são elas próprias e o Estado tem o dever de ouvi-las e
respeitá-las. É necessário tempo para compreender todas as implicações da
Proposta, ouvir - e dialogar com - o povo das Ocupações junto às assembleias e
reuniões de setor, certos de que quem decidirá se a proposta será aceita ou não
é o povo, lastreado pelo cadastro que deverá ser realizado.
Sétimo,
ainda não demonstraram através de documentos se o Governo Federal, através da
Caixa Econômica, tem e se liberará dinheiro para a Direcional fazer os 4.789
apartamentos. Inclusive nem os recursos para o custeamento de eventual aluguel
social são garantidos. Situação recorrente é a do Estado não arcar com os
alugueis sociais comprometidos e deixar as famílias desamparadas, situação que
é previsível diante do cenário de fragilidade financeira do Estado.
As
coordenações das ocupações, os movimentos sociais e a assessoria técnica
popular reiteram aqui que o processo de decisão cabe somente às famílias que
vivem na Izidora e que nossa atuação é estritamente no sentido de garantir-lhes
todos os seus direitos fundamentais. Acreditamos em um processo de diálogo para
uma solução justa para esse grande conflito que transformou a forma de
construir a política habitacional no Brasil. Contamos com a colaboração de toda
a Rede de Apoio do Resiste Izidora para, juntas, vencermos mais essa batalha.
Assinam essa
nota pública,
Coordenações
das Ocupações-comunidades Rosa Leão, Esperança e Vitória
Comissão
Pastoral da Terra (CPT)
Movimento
de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB)
Brigadas
Populares (BPs)
Coletivo
Margarida Alves de Assessoria Popular
Belo Horizonte, MG, 26
de fevereiro de 2017
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
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