terça-feira, 18 de outubro de 2016

DEPOIS DE QUASE 1 ANO, GOVERNO PIMENTEL SE REÚNE COM REPRESENTANTES DAS OCUPAÇÕES DA IZIDORA.

DEPOIS DE QUASE 1 ANO, GOVERNO PIMENTEL SE REÚNE COM REPRESENTANTES DAS OCUPAÇÕES DA IZIDORA.                    

Hoje, dia 18/10/2016, após mais uma Marcha do Povo das ocupações da Izidora (Rosa Leão, Esperança e Vitória), das 10:00h às 12:30h, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, MG, após muita insistência, quase 1 ano de lutas e a recente decisão do Tribunal de (IN)justiça de Minas Gerais (tjmg) determinando o despejo das comunidades da Izidora – 8.000 famílias (cerca de 30.000 pessoas, com mais de 5.000 casas de alvenaria construídas -, a Mesa de Negociação do Estado de Minas Gerais, em reunião presidida por Lígia Maria Alves Pereira, chefa de gabinete da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG), foi reaberta com as ocupações Esperança, Vitória e Rosa Leão, da região da Izidora, nas cidade de BH e Santa Luzia/MG. Estiveram presentes representantes do Governo de Minas de várias secretariais, mandatos dos deputados Rogério Correia (estadual) e Padre João (Federal), a deputada estadual Marília Campos, representante da Construtora Direcional e da empresa Granja Werneck S.A, a professora Viviane, da PUC MINAS, Dra. Cleide Nepomuceno, da Defensoria Pública de MG, Dra. Cláudia Amaral, do Ministério Público de MG, coordenações das comunidades da Izidora e militantes do MLB, CPT e Brigadas Populares, além de advogados do Coletivo Margarida Alves. Foi encaminhado que haverá cadastramento socioeconômico pelo Estado de Minas Gerais, em conjunto com as coordenações, movimentos sociais e demais interessados, para assim se verificar as condições das comunidades, aferindo-as as premissas para a realização da negociação, que terão reuniões semanais para tratar desse cadastramento e demais detalhes da negociação. Para isso foi criado uma Câmara Setorial do Cadastro que será integrada por representantes do Governo de MG, das Universidades, dos movimentos populares e das coordenações da Izidora. Ficou também acertado que representantes do Governo de Minas Gerais fará uma visita às comunidades em data próxima a ser definida.                        Infelizmente, mais uma vez o Prefeito Márcio Lacerda não mandou nenhum representante, mostrando sua intransigência e indisposição de diálogo com o povo. O representante da Direcional e da Granja Werneck insistiu que está de pé o projeto de Construção do MCMV no local. Contudo, não está afastada nenhuma hipótese de despejo, já que o mandado de despejo não está suspenso. Esperamos que esse processo de negociação seja justo e digno, pois do contrário, se a Polícia Militar for tentar despejar, haverá um massacre de grandes proporções, já que a Izidora é o maior conflito fundiário e social da América Latina e um dos sete maiores do Mundo, conforme já reconhecido pelo Tribunal Popular Internacional de Despejos, em Quito, no Equador, ontem, dia 17/10/2016.
Por fim, alertamos que nada está ganho, pois o Estado capitalista jamais cedeu nada se não se estivesse diante da mobilização forte e coesa do povo trabalhador.        

ENQUANTO MORAR DIGNAMENTE FOR UM PRIVILÉGIO, OCUPAR É UM DIREITO!

#ResisteIzidora       
      
Assinam essa nota pública:
 Coordenações das comunidades Rosa Leão, Vitória e Esperança, Brigadas Populares (BPs), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e Coletivo Margarida Alves.

Belo Horizonte/MG, 18 de Outubro de 2016.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Ocupações-comunidades-bairros da Izidora, de Belo Horizonte e Santa Luzia, MG, no Julgamento do Tribunal Internacional dos Despejos em Quito, no Equador.

    Ocupações-comunidades-bairros da Izidora, de Belo Horizonte e Santa Luzia, MG, no Julgamento do Tribunal Internacional dos Despejos em Quito, no Equador.

     As ocupações-comunidades-bairros da Izidora, de Belo Horizonte e Santa Luzia, MG, no Julgamento no Tribunal Internacional dos Despejos em Quito, no Equador, hoje, dia 17/10/2016. O conflito fundiário e social da Izidora se tornou o maior da América Latina e um dos 7 maiores do mundo. O mundo está de olho na Izidora. O povo da Izidora já avisou mil vezes que não aceita despejo das 8.000 famílias. Se forem tentar despejar, será um massacre de proporções inimagináveis. Negociação justa e idônea, sim.