sexta-feira, 11 de março de 2016

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“SEDE SÁBIOS COMO AS ‘JARARACAS’, DISSE JESUS. Por Ildo Bohn Gass. 11/03/2016.

“SEDE SÁBIOS COMO AS ‘JARARACAS’, DISSE JESUS. Por Ildo Bohn Gass.

“Sede sábios como as ‘jararacas’, disse Jesus”, artigo de Ildo Bohn Gass, biblista e assessor do CEBI (Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos). Ildo diz no artigo: “Enquanto o papa Francisco convoca o ano da misericórdia, o bispo blasfema o nome de Deus, reforçando o ódio de classe, a intolerância e o fascismo, já amplamente disseminados pela elite em sua mídia comercial e em suas redes sociais.” Eu, frei Gilvander Moreira, com mestrado em Exegese Bíblica, assino embaixo de tudo o que nosso colega Ildo Bohn Gass refletiu no artigo “Sede sábios como as ‘jararacas’, disse Jesus”. Tristemente, há muitas pessoas religiosas, inclusive padres, pastores e bispos, que estão sendo analfabetos políticos diante do golpe do capital e dos capitalistas que está sendo perpetrados contra a classe trabalhadora. Esmagam a Petrobrás, porque insistem em entregar o pré-sal para as multinacionais dos Estados Unidos. Insistem em fortalecer a Casa Grande e empurrar a maioria do povo para a senzala. Querem acabar com o SUS já na UTI e exterminar os direitos sociais e ecológicos. A luta contra corrupção é desculpa. Toda e qualquer corrupção de quem quer que seja deve sim ser combatida, investigada e punida, mas a opressão maior é a exploração perpetrada pelo capital, pelo capitalismo e pelos capitalistas, os que detêm a propriedade privada dos meios de produção (terra, indústrias, fábricas etc) e compram a força de trabalho apenas por um salário, que é apenas o “sal” para revigorar as energias do/a trabalhador/a para ele/ela ser explorado/a no dia seguinte. Assim, acumula-se MAIS-VALIA, furto que eufemisticamente se chama de lucro. Essa é raiz de todas as injustiças sociais. Sugiro a leitura do artigo no link, abaixo, e peço a quem puder que divulgue, pois “de boas intenções a estrada para o inferno está pavimentada”.

http://www.cebi.org.br/noticias.php?secaoId=&noticiaId=6463

NOTA DA CNBB SOBRE O MOMENTO ATUAL DO BRASIL. 10/03/2016.

NOTA DA CNBB SOBRE O MOMENTO ATUAL DO BRASIL

“O fruto da justiça é semeado na paz, para aqueles que promovem a paz” (Tg 3,18)
Nós, bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil–CNBB, reunidos em Brasília-DF, nos dias 8 a 10 de março de 2016, manifestamos preocupações diante do grave momento pelo qual passa o país e, por isso, queremos dizer uma palavra de discernimento. Como afirma o Papa Francisco, “ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião a uma intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos” (EG, 183).
Vivemos uma profunda crise política, econômica e institucional que tem como pano de fundo a ausência de referenciais éticos e morais, pilares para a vida e organização de toda a sociedade. A busca de respostas pede discernimento, com serenidade e responsabilidade. Importante se faz reafirmar que qualquer solução que atenda à lógica do mercado e aos interesses partidários antes que às necessidades do povo, especialmente dos mais pobres, nega a ética e se desvia do caminho da justiça.
A superação da crise passa pela recusa sistemática de toda e qualquer corrupção, pelo incremento do desenvolvimento sustentável e pelo diálogo que resulte num compromisso entre os responsáveis pela administração dos poderes do Estado e a sociedade. É inadmissível alimentar a crise econômica com a atual crise política. O Congresso Nacional e os partidos políticos têm o dever ético de favorecer e fortificar a governabilidade. 
As suspeitas de corrupção devem ser rigorosamente apuradas e julgadas pelas instâncias competentes. Isso garante a transparência e retoma o clima de credibilidade nacional. Reconhecemos a importância das investigações e seus desdobramentos. Também as instituições formadoras de opinião da sociedade têm papel importante na retomada do desenvolvimento, da justiça e da paz social.
O momento atual não é de acirrar ânimos. A situação exige o exercício do diálogo à exaustão. As manifestações populares são um direito democrático que deve ser assegurado a todos pelo Estado. Devem ser pacíficas, com o respeito às pessoas e instituições. É fundamental garantir o Estado democrático de direito.
Conclamamos a todos que zelem pela paz em suas atividades e em seus pronunciamentos. Cada pessoa é convocada a buscar soluções para as dificuldades que enfrentamos. Somos chamados ao diálogo para construir um país justo e fraterno.
Inspirem-nos, nesta hora, as palavras do Apóstolo Paulo: “trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, tende o mesmo sentir e pensar, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco” (2 Cor 13,11). 
Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, continue intercedendo pela nossa nação!
Brasília, 10 de março de 2016.

Dom Sergio da Rocha                              Dom Murilo S. R. Krieger
    Arcebispo de Brasília-DF                     Arcebispo de S. Salvador da Bahia-BA
   Presidente da CNBB                         Vice-Presidente da CNBB
      Dom Leonardo Ulrich Steiner
         Bispo Auxiliar de Brasília-DF
          Secretário-Geral da CNBB