Palavra Ética na TVC/BH com Karinny de
Magalhães, mídia ninja que foi presa injustamente, enquanto transmitia ao vivo
protesto contra a COPA da FIFA, em Belo Horizonte, MG. BH, 18/06/2014.
Gilvander é frei e padre da Ordem dos carmelitas, Doutor em Educação pela FAE/UFMG; bacharel e licenciado em Filosofia pela UFPR, bacharel em Teologia pelo ITESP/SP, mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Itália; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas, em Minas Gerais.
sábado, 19 de julho de 2014
Palavra Ética na TVC/BH com Makota (Célia Gonçalves) e Ricardo de Moura, zelador de Casa de Umbanda, em Belo Horizonte, MG. BH, 11/06/2014.
Palavra Ética na TVC/BH com Makota (Célia
Gonçalves) e Ricardo de Moura, zelador de Casa de Umbanda, em Belo Horizonte,
MG. BH, 11/06/2014.
Palavra Ética com Ednéia Aparecida de Souza, da COABITA: Luta por moradia em Belo Horizonte, MG, 01/07/2014.
Palavra
Ética com Ednéia Aparecida de Souza, da COABITA: Luta por moradia em Belo
Horizonte, MG, 01/07/2014.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
NÃO À APROVAÇÃO DE MAIS UM EMPREENDIMENTO MINERADOR EM MINAS GERAIS! FORA MANABI!!
NÃO À
APROVAÇÃO DE MAIS UM EMPREENDIMENTO MINERADOR EM MINAS GERAIS! FORA MANABI!!
Nota
Pública.
Manifestamos
para a sociedade nossa indignação perante a possibilidade de mais um
licenciamento de mineração irresponsável em Minas Gerais. Em tempos de insegurança
sobre o abastecimento de água, ameaça de crise energética, de desmatamento
recorde e outros ataques ao meio socioambiental, o que seguimos assistindo é o
aprofundamento do caráter primário-exportador de nossa economia, que amplia as
amarras do subdesenvolvimento de nosso Estado e de nosso País.
O que
está em jogo agora é o licenciamento da mina de extração da empresa Manabi,
localizada em Morro do Pilar, região central de Minas Gerais. Está marcada,
para o dia 21 de julho, as 13h30, a 84ª reunião da Unidade Regional Colegiada
Jequitinhonha do Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM) no Auditório
da Prefeitura Municipal de Diamantina, MG, que apreciará a solicitação
do empreendedor para obtenção da Licença Prévia, sem a devida análise dos
impactos cumulativos regionais, da salvaguarda de novos territórios de proteção
ambiental e das projeções futuras de demanda hídrica, da fragmentação das
unidades familiares, do processo fragmentado de licenciamento, do método de
negociação utilizado pela empresa, etc.
Mesmo com as
constantes reclamações de condições precárias de trabalho - baixos salários,
baixo efetivo de trabalhadores(as), sucateamento de equipamentos e pressão dos
empreendedores nas análises os técnicos da SUPRAM (Superintendência Regional de
Regularização Ambiental) deram parecer prévio favorável ao licenciamento,
mediante a velha prática de estabelecer “condicionantes” – nada menos do que
42!
Mas a
pergunta é: As compensações de fato “compensam” os danos provocados? E, mais do
que isso, a quem interessa mais um empreendimento de extração de minério de
ferro atropelando a perspectiva social, ecológica, econômica e cultural sustentável de desenvolvimento?
O
licenciamento dessa mina será só o começo do que pode ser mais um empreendimento de
destruição de larga escala regional. Numa
exploração prevista para 20 anos de duração, a Manabi pretende escoar seu
minério (31 milhões toneladas/ano previstos inicialmente) por um mineroduto que
pretende percorrer 23 municípios (entre MG e ES), por 511 Km, e chegar ao
litoral do Espírito Santo, onde pretende construir um porto.
Pretende
repetir o rastro de destruição e saque das águas que é o mineroduto, a exemplo
do que temos sofrido com o mineroduto Minas-Rio (que percorre 525 Km entre
Conceição do Mato Dentro/MG e São João da Barra/RJ), da empresa Anglo American.
Bem como criar mais um porto no Estado do Espírito Santo (que já possui 8
portos!), passando por cima de comunidades tradicionais, atingindo a vida de
centenas de pescadores e causando destruição a uma biodiversidade inigualável.
Ciente da
devastação e revolta que tem gerado a extração de minério de ferro, a Manabi
foi criada em março de 2011 e tem carregado um discurso de empresa nova, com
“novas práticas”. No entanto, os fatos mostram que não há nada de novo. Exemplo
disso é que seu fundador é Ricardo Antunes Carneiro Neto, que trabalhou por
anos na antiga Companhia Vale do Rio Doce e foi co-fundador das LLX e MMX,
ambas empresas do grupo de Eike Batista.
Nós,
movimentos organizados, pesquisadores/as e lutadores/as sociais dizemos em alto
e bom som: NÃO À APROVAÇÃO DE MAIS UM EMPREENDIMENTO MINERADOR! FORA MANABI!!
Estamos
organizados em torno da resistência à implantação do mineroduto da Manabi, que
teve no Seminário de Açucena (abril/2014) um marco da resistência que congregou
diversos movimentos, pesquisadores/as e prefeitos/as que disseram não ao
caráter primário-exportador da mineração, não ao mineroduto que sequestra
nossas águas e causa grandes devastações e por um novo pacto federativo que dê
melhores condições de desenvolvimento para os municípios de pequeno e médio
porte, para que as cidades se fortaleçam e não fiquem sensíveis ao discurso de
geração de empregos feito pelos grandes empreendimentos.
Além de
outras resistências como o pedido feito no Ministério Público Federal pela
ADDAF (Associação de Defesa e Desenvolvimento Ambiental de Ferros) requisitando
a anulação da Audiência Pública realizada no município de Ferros (MG), em que
nada foi dito para população a respeito dos impactos sócio-ambientais do
mineroduto, bem como a resistência dos moradores de Regência (Linhares) que, no
dia 12 de julho, em atividade organizada por dois grupos de pesquisas da
Universidade Federal do Espírito Santo (OCCA e Organon) disseram FORA Manabi! Não
ao mineroduto! Não ao Porto!
E agora
conclamamos a sociedade, bem como aos conselheiros e as conselheiras do COPAM:
Digamos não à Mina de extração da Manabi! Basta de destruição! A dita “vocação
para minerar” está matando o nosso Estado! Não precisamos exportar minério para
viver! A devastação deste empreendimento não diz respeito apenas a Morro do
Pilar, mas sim ao conjunto do povo mineiro, do povo do Espírito Santo, do povo
brasileiro!
Por tudo
isso, apelamos para o apoio de toda a sociedade, bem como conclamamos
providências do Ministério Público. Digamos não a mais essa proposta de
destruição! Informamos também aos conselheiros e às conselheiras da SUPRAM que
tal decisão se encontra, neste momento, em suas mãos: Digam não! Não sejam
corresponsáveis por mais esse crime contra a vida!
Registre
seu apoio, reforce a mensagem NÃO À APROVAÇÃO DE MAIS UM EMPREENDIMENTO
MINERADOR! FORA MANABI!
Divulgue essa
nota, que será lida e entregue para os conselheiros e conselheiras da SUPRAM na
reunião do dia 21 de julho em Diamantina. Novas adesões (assinaturas), enviar
para foramanabi@gmail.com
Brasil, 17 de julho de 2014
Assinam
essa Nota Pública:
ADDAF – Associação de Defesa e
Desenvolvimento Ambiental de Ferros
Ação Franciscana de Ecologia e
Solidariedade - AFES
Articulação Antinuclear
Brasileira
Associação de Conservação
Ambiental Orgânica (ACAÓ) - Santa Maria de Itabira
Articulação dos Atingidos pela
Mineração do Norte de Minas – MG
Articulação dos Povos Indígenas
do Brasil – APIB
Ame a Verdade
Associação Alternativa Terrazul
Associação Brasileira de Reforma
Agrária
Associação Para a Recuperação e
Conservação Ambiental - ARCA AMASERRA
Associação de Defesa do Meio
Ambiente de Araucária – AMAR
Associação de Proteção ao Meio
Ambiente - APROMAC
Associação de Saúde Ambiental –
TOXISPHERA
Associação de Preservação do Meio
Ambiente e da Vida – (APREMAVI – SC)
Associação do Patrimônio
Histórico, Artístico e Ambiental de Belo Vale (APHAA-BV)
Associação PRIMO - Primatas da
Montanha
Brasil Pelas Florestas
Brigadas Populares
Comissão de Direitos Humanos da
Assembleia Legislativa de MG
Comitê Nacional em Defesa dos
Territórios Frente a Mineração
Coletivo Margarida Alves
CEPASP – PA
Campanha Pelas Águas e contra o
Mineroduto da Ferrous
Cáritas Diocesana de Sobral – CE
Cantos do Mundo
Consulta Popular
Conselho Indigenista Missionário
– CIMI
Coordenação Nacional das
Comunidades Quilombolas – CONAQ
Central Única dos Trabalhadores –
CUT
Centro Franciscano de Defesa dos
Direitos
Centro de Ecologia Integral de
Betim - CEIB
Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria – CNTI
CSP-Conlutas
Comissão Pastoral da Terra – CPT
Conselho Pastoral dos Pescadores
Comissão Paroquial de Meio Ambiente (CPMA) de
Caetité
Evangélicos Pela Justiça
Educafro Minas
Fase
FBOMS
Fórum Mudanças Climáticas e
Justiça Ambiental
Frente de Luta pelos Direitos
Humanos
Fórum Carajás
Grupo de Extensão Universitária -
Organon (UFES)
Grupo de Estudos:
Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente da UFMA (GEDMMA)
Grupo Pesquisador em Educação
Ambiental, Comunicação e Arte - GPEA/UFMT
Gestão Socioambiental do
Triângulo Mineiro (Angá)
Greenpeace
Grupo Franciscano de Educação
Ambiental
Hutukara Associação Yanomami
(HAY)
Instituto Caracol - iC
Instituto Socioambiental - ISA
Instituto de Estudos
Socioeconômicos – INESC
Instituto Brasileiro de Análises
Sociais e Econômicas - Ibase
Instituto de Políticas
Alternativas para o Cone Sul – PACS
Instituto Brasileiro de Educação, Integração
e Desenvolvimento Social - Ibeids
Justiça nos Trilhos
Juventude Atingida pela Mineração
- PA e MA
Juventude Franciscana do Brasil –
JUFRA
Justiça Global
Levante Popular da Juventude
Marcha Franciscana
Movimento dos Trabalhadores e
Trabalhadoras Rurais Sem Terra - MST
Movimento Nacional pela Soberania
Popular frente à Mineração - MAM
Movimento dos Atingidos por
Barragens - MAB
Movimento dos Pequenos
Agricultores - MPA
Movimento pela Moralidade Pública e Cidadania
- Ong Moral MT
Movimento pelas Serras e Águas de
Minas (MovSAM)
Movimento pela Preservação da
Serra do Gandarela
Movimento Guará e Xô Mineradoras
Movimento Paulo Jackson – Ética,
Justiça e Cidadania
Movimento Artístico, Cultural e
Ambiental de Caeté - MACACA (Caeté/MG)
Marcha Mundial de Mulheres
Observatório de Conflitos no
Campo (OCCA – UFES)
Ordem Franciscana Secular - OFS
Pastoral da Juventude Rural - GO
Pedra no Sapato
Pastorais Sociais / CNBB
Rede Brasileira de Justiça
Ambiental
Rede Cearense de Juventude pelo
Meio Ambiente – RECEJUMA
Rede Axé Dudu
Rede Brasileira de
Ecossocialistas
Rede Mato-Grossense de Educação
Ambiental – REMTEA
Rede Causa Comum
Rede Franciscana de Justiça, Paz
e Ecologia - Sinfrajupe
REAJA
Serviço Interfranciscano de
Justiça, Paz e Ecologia – SINFRAJUPE
Secretariado de Missão e
Evangelização da Província Franciscana Santa Cruz
Serviço Franciscano de Justiça,
Paz e Integridade da Criação - OFM/PSC
Sindiquimica - PR
Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Açucena - MG
Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Simonésia - MG
Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Porteirinha - MG
Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Canaã dos Carajás – PA
Sindicato Unificado da Orla
Portuária - SUPORT ES
Serviço Interfranciscano de Ecologia
e Solidariedade – SINFRAJUPE
Sindicato Metabase Inconfidentes
SOS Serra da Piedade (MG)
UNICON - Unidos Por Conceição
VIVAT International
terça-feira, 15 de julho de 2014
Conflitos no Campo Brasil, em 2013: Povos indígenas foram os mais violentados e os que mais resistiram. BH, 15/07/2014.
Conflitos
no Campo Brasil, em 2013: Povos indígenas foram os mais violentados e os que
mais resistiram.
Síntese feita por frei
Gilvander Moreira.
Não foi por acaso que
a 29ª edição do livro-relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Conflitos no Campo Brasil 2013 trouxe na
capa a foto de um indígena pintado, com olhar firme e destemido para a
resistência. De fato, em 2013, Conflitos e Violência atingiram de forma
veemente os povos indígenas e comunidades tradicionais. Das 1.266 ocorrências relacionadas
ao conjunto dos conflitos no campo no Brasil, 205 estão relacionadas aos indígenas.
154 referem-se a conflitos por terra ou retomada de territórios e 11 a
conflitos pela água. Das 34 mortes por assassinato, 15 são de indígenas. São
também indígenas 10 das 15 vítimas de tentativas de assassinato.
Mato Grosso do Sul e
Bahia lideram o ranking da violência contra os indígenas. O Mato Grosso do Sul
destaca-se: 15 foram ameaçados de morte, 7 sofreram tentativa de assassinato, 3
foram assassinados, 8 presos. 100% dos assassinados e dos que sofreram
tentativa de assassinato são indígenas. Também 100% dos assassinados em Roraima
são indígenas. Na Bahia, dos 6 assassinatos, 4 são de indígenas e das 3
tentativas de assassinato, 1 é contra indígena, além de 3 ocorrências de ameaça
de morte.
Chama atenção o alto índice
de violência incidente sobre as lideranças indígenas, com 34 ocorrências
relacionadas a ameaças de morte, 26 a tentativas de assassinato e 4
assassinatos.
Em 2013, porém, os
povos indígenas não foram simplesmente vítimas de ações violentas. Eles protagonizaram
61 ações de retomada de seus territórios, entre as 230 registradas. 20 destas ações
se registraram na Bahia e 30 no Mato Grosso do Sul. Fatos que desconstroem a noção
de passividade dos nossos parentes indígenas.
Além disso, os indígenas
multiplicaram de Norte a Sul do País suas manifestações. Foram 156, envolvendo
35.208 indígenas. Por diversas vezes o canteiro de obras da Hidrelétrica de
Belo Monte, no Pará, foi ocupado; os índios Munduruku da região do Tapajós, no
Pará, queimaram documento que lhes foi enviado por representantes do governo
federal, que se negavam a encontrar-se com eles numa aldeia, como eles exigiam.
Por dias consecutivos, no Paraná e no Rio Grande do Sul, os índios protestaram contra
a suspensão dos processos de reconhecimento e demarcação de suas terras,
bloqueando diversas rodovias, ocupando a sede do PT no Paraná, fazendo
protestos diante do Palácio do governo no RS.
A ação que mais
chamou a atenção foi a ocupação do Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília,
quando exigiam a suspensão da Proposta de Emenda Parlamentar (PEC) 215/00, que
propõe transferir a competência pela demarcação das terras indígenas da Presidência
da República para o Congresso, e de outros projetos de lei, portarias e
decretos, que pululam no Congresso, contra os direitos adquiridos.
O número de conflitos
pela água apresentou considerável crescimento de 32%, de 79, em 2012, para 104,
em 2013. É o maior número desde 2002 quando a CPT começou a contabilizá-los. O maior número de conflitos pela água está relacionado
com a construção de hidrelétricas, 43 ocorrências, e cresce o número de
conflitos relacionados à mineração, 28 ocorrências.
Em 2013, entre as 241
pessoas ameaçadas de morte estão 40 mulheres. Nos
últimos 10 anos – entre 2004 e 2013 – 2.282 pessoas foram ameaçadas de morte por
questões relativas a conflitos por terra. Destas 382 eram mulheres. Nos últimos
10 anos, 338 mulheres foram assassinadas na luta pela terra.
Número de famílias
despejadas em 2013 cresce 76% na Amazônia, passando de 1.795 para 3.167.Também
na Amazônia, o número de famílias expulsas cresceu em 11%, passando de 472 para
525.
Em 2013, pela
primeira vez o número de pessoas resgatadas da escravidão foi maior nas cidades
– na construção civil e indústria têxtil - do que no Campo. Dos 2.242
trabalhadores resgatados em 2013 no Brasil, 1.153 foram libertados em atividades
urbanas, o que representa 51% do total de libertados. De 28.702 trabalhadores
resgatados entre 2003 a outubro de 2012, período em que foram analisados dados
relacionados à concessão do seguro-desemprego, ao qual todo trabalhador
resgatado tem direito, nada menos do que 7.319 são maranhenses (25,5%). O
Maranhão é o penúltimo estado do país no ranking de Índice de Desenvolvimento
Humano (0,639 pontos no índice de 0 a 1), à frente apenas de Alagoas.
Mas os números são
apenas a ponta do iceberg da violência no Campo. Anna Maria Rizzante Gallazzi, no
livro Conflitos no Campo Brasil 2013,
nos alerta: “Os números, porém, não dizem, nem mostram a angústia, as lágrimas,
a dor das esposas, mães e pais, filhos e filhas, irmãos que recebem a notícia e
os corpos dos que foram assassinados. Menos ainda mostram a dureza dos dias, quando
precisa continuar a vida, aprender a viver sem a pessoa querida, seguir a vida,
trabalhar, engolir os soluços e a dor para ajudar quem sobreviveu. Não mostram
as longas noites de insônia e de medo, cheias de preocupação. Números não
mostram, não falam, não contam...” (p. 64).
Importante lembrar
que para os agentes pastorais da CPT contar a cada dia os números da violência
no campo não é fazer um registro frio. É o serviço de alguém que está ao lado
dos camponeses, sofrendo com eles, mas conspirando lutas de resistência e de
enfrentamento ao sistema do capital na convicção de que a terra, as águas, a
biodiversidade e toda a cultura popular jamais podem ser privatizadas como
insistem o sistema do capital e seus vassalos.
Para acessar a íntegra
de Conflitos no Campo Brasil 2013, da
CPT, acesse www.cptnacional.org.br
Belo Horizonte, MG,
Brasil, 15 de julho de 2014.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Cautelar do Ministério Público exigindo Decisão judicial que obrigasse a PM a deixar alimentação entrar para o povo das Ocupações que ocupava a AGE e a URBEL, em Belo Horizonte, dias 2, 3 e 04/2014.
Cautelar
do Ministério Público exigindo Decisão judicial que obrigasse a PM a deixar
alimentação entrar para o povo das Ocupações que ocupava a AGE e a URBEL, em
Belo Horizonte, dias 2, 3 e 04/2014.
Decisão judicial, em fase de Liminar, obrigando a Polícia de MG a deixar entrar alimentação para cerca de 150 pessoas das Ocupações de Belo Horizonte e RMBH que ocupavam a sede da AGE e a sede da URBEL/PBH, dias 2, 3 e 4/07/2014.
Decisão
judicial, em fase de Liminar, obrigando a Polícia de MG a deixar entrar
alimentação para cerca de 150 pessoas das Ocupações de Belo Horizonte e RMBH
que ocupavam a sede da AGE e a sede da URBEL/PBH, dias 2, 3 e 4/07/2014.
As
150 pessoas das ocupações de Belo Horizonte, que ocuparam a sede da Advocacia
Geral do Estado de MG e a sede da URBEL/PBH dias 2, 3 e 4/07/2014, passaram
muita fome, pois autoridades e a polícia não deixaram entrar alimentação. Somente
após quase 48 horas conquistamos uma decisão judicial que garantia a entrada de
alimentação para as pessoas que ocupavam a AGE e a URBEL, na luta por moradia
própria e digna. Negar alimento a quem luta de forma justa por um justo
direito, que é o de morar com dignidade, é horripilante, uma injustiça que
clama aos céus.
Cf.
no link, abaixo, a íntegra da decisão judicial, conquistada pelo Conselho
Tutelar da Criança e do adolescente e pelo Ministério Pública da área infância
e da adolescência.
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