sexta-feira, 4 de julho de 2014

Prédio da URBEL da PBH E PORTA DA PREFEITURA DE BELO HORIZONTE CONTINUAM OCUPADOS POR TEMPO INDETERMINADO PELO POVO DE 13 OCUPAÇÕES DE BH E REGIÃO METROPOLITANA DE BH.

Prédio da URBEL da PBH E PORTA DA PREFEITURA DE BELO HORIZONTE CONTINUAM OCUPADOS POR TEMPO INDETERMINADO PELO POVO DE 13 OCUPAÇÕES DE BH E REGIÃO METROPOLITANA DE BH. BH, 04/07/20014, às 08:15h.

Ontem, dia 03/07/2014, às 23:10h, terminamos a ocupação do prédio da Advocacia Geral do Estado de MG (AGE), na R. Espírito Santo, centro de Belo Horizonte, MG, porque tivemos conquistas diante do Governo de MG. O Dr. Rômulo Ferraz, secretário da SEDs, convocou formalmente REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO para o dia 17 de julho, às 14:00h, na Cidade Administrativa. Já estão convocados para essa reunião o Governo Federal (Ministério das Cidades, Secretaria Geral da Presidência), Ministério Público área de Direitos Humanos, Defensoria Pública área de direitos Humanos, TJMG, CNJ, Movimentos Sociais (CPT, MLB, Brigadas Populares), representantes das Ocupações, isso para continuar o processo de negociação. Dr. Rômulo, da SEDs, assumiu compromisso de que até o dia 17/07 não terá despejo. E que seguirá com o processo de negociação. Diante da sensatez do Dr. Rômulo, da SEDs do Governo de MG, e em atitude de que primamos pelo diálogo e pela negociação liberamos o prédio da AGE, mas o prédio da URBEL e a porta da PBH, na Av. Afonso Pena, continuarão ocupados por tempo indeterminado até o prefeito de BH, Márcio Lacerda (PSB), mandar o seu chefe de gabinete, Josué Valadão, e secretários/”presidentes” da SUDECAP, ISMARU e ISMAPU para se reunirem com lideranças das ocupações e dos movimentos sociais e com o Juiz Dr. Magid, da 1ª Vara de fazenda Pública Municipal na URBEL. Isso por que em 4,5h de reunião de tentativa de conciliação presidida pelo Dr. Magid, juiz titular da 1ª Vara pública municipal, o que tem em mãos pedido de reintegração de posse do prédio da URBEL, o Cel. Bicalho, presidente da URBEL, único representante da PBH na reunião, repetiu à exaustão o refrão: “Não posso assumir esse compromisso...” “A URBEL não tem competência para isso. A Competência é da SUDECAP, ISMARU E ISMAPU...” Por isso o povo continuará exigindo na luta coletiva e na garra a presença dos presidentes/diretores da SUDECAP, ISMARU e ISMAPU e do chefe de gabinete do prefeito Márcio Lacerda para reunião na URBEL, o mais urgente possível. Se o povo tiver que trancar o trânsito, em última instância quem estará trancando o trânsito será o prefeito de BH e a PBH, pois continua intransigente, insensível e com uma postura temerária ao insistir numa postura de falta de diálogo e de repressão às ocupações urbanas de BH. O déficit habitacional em BH está acima de 150 mil moradias. BH é a capital que menos construir casas pelo Minha Casa Minha Vida para famílias de zeroa a tr~es salários mínimos, apenas 1.380 aprtos de 49 m2, apertamenos, cúbicos que não é moradia digna. E mais: nos últimos 5 anos, mais de 10 mil casas em BH foram demolidas pela prefeitura. Enfim, o prefeito de BH mais destrói casas do que constrói. Já expulsou para fora de BH mais de 6 mil famílias. Isso é intolerável. Por isso o povo das ocupações seguirá lutando ... Queremos terminar o quanto antes da ocupação da URBEL, mas o povo não sairá do prédio da URBEL sem conquistas, sem compromissos assumidos inclusive pela prefeitura de BH. A luta continua com garra! Até a vitória! Pátria livre!
Abraço na luta. Frei Gilvander Moreira, assessor da CPT.

Contatos para maiores informações:
Com Poliana (cel. 31 9523 0701), com Leonardo (cel.: 91330983), com Rafael Bittencourt (cel.: 31 9469 7400) ); ou com Charlene (cel.: 31 9338 1217 ou 31 8500 3489); ou com Edna (cel.: 31 9946 2317); ou com Elielma (cel.: 31 9343 9696).

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E nas páginas das ocupações no facebook.

“Nossos direitos vêm...” Pátria Livre! Venceremos!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Está tendo COPA. Terá que ter casa para os sem-casa! POVO DAS OCUPAÇÕES EM LUTA OCUPAM URBEL, AGE E PORTA DA PBH. BH, 02/07/2014.

Está tendo COPA. Terá que ter casa para os sem-casa!
Release e Nota à Imprensa e à sociedade. URGENTE.

Assunto urgente: Sete Ocupações Urbanas de Belo Horizonte, uma de Contagem e outra de Ribeirão das Neves, na manhã de hoje, quarta-feira, dia 02 de julho de 2014, ocuparam simultaneamente por tempo indeterminado a sede da URBEL (na Av. Contorno, esq. Com R. Bahia, em BH),  a sede da AGE (Advocacia Geral do Estado de MG) e acamparam na porta da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), na Av. Afonso Pena, onde estão bloqueando o trânsito!


As ocupações urbanas Dandara (com 1.140 famílias), no Céu Azul; Eliana Silva (com 350 famílias) e Nelson Mandela (com 400 famílias), no Barreiro; Rosa Leão (com 1.500 famílias), Esperança (com 2.560 famílias), Vitória (com 4.500 famílias) e Zilah Spósito/Helena Greco (com 180 famílias), na região do Isidoro; Cafezal (com cerca de 100 famílias), Jardim Getsêmani (com mais de 100 famílias, em Belo Horizonte), Guarani Kaiowá (com 150 famílias, em Contagem) e Tomás Balduíno (com 500 famílias, em Ribeirão das Neves) ocuparam hoje, quarta-feira, dia 2 de julho de 2014, por tempo indeterminado, simultaneamente, a sede da URBEL (na Av. Contorno, esq. Com R. Bahia, em BH),  a sede da AGE (Advocacia Geral do Estado de MG) e acamparam na porta da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), na Av. Afonso Pena!
O objetivo central é exigir do PODER PÚBLICO MUNICIPAL de Belo Horizonte e ESTADUAL (Governo de Minas Gerais) o fim dos despejos forçados e o provimento imediato dos serviços urbanos essenciais, tais como saneamento básico, água e eletricidade em todas as comunidades fruto de ocupações!
A prefeitura de Belo Horizonte e o Governo do Estado de MG viabilizaram a Copa do Mundo em Belo Horizonte em grandes projetos de infra-estrutura urbana que não contemplam as necessidades básicas da população mineira (direito à habitação, água, luz, esgotamento e outros).   Esboçando um quadro rápido desta inversão de prioridades públicas, fomos testemunhas:  mais de 20 milhões de reais dos recursos municipais foram destinados à instalação da estrutura temporária  do evento Fifa Fan Fest(http://goo.gl/chBFhY); a adoção de um modelo de mobilidade urbana que  o povo experimenta sua ineficiência a cada dia que passa (http://naomove.com.br/); a surpreendente reforma do Mineirão que levou mais de 700 milhões de reais de recursos estaduais e que culminou na sua concessão à iniciativa privada (http://goo.gl/jvzLs5), entre muitas outras obras e preparativos para a COPA que aprofundaram um modelo de cidade para poucos!
Enquanto isso, cerca de 80% dos assentamentos de baixa renda da Região Metropolitana de BH (RMBH) não possuem condições apropriadas de saneamento básico (PLHIS, 2010); o déficit habitacional da grande Belo Horizonte gira entorno de 200 mil moradias, 150 mil moradias já em 2010 (IPEA, 2010) e mais de 15 mil famílias vivem sob a insegurança da posse em ocupações urbanas, convivendo diariamente com o terror da ameaça de despejo pelas forças policiais e a ausência completa de políticas habitacionais e de infraestrutura urbana da parte da PBHe do Governo de MG!
Além da inversão de prioridades dos gastos públicos para a COPA combinados com a ausência de políticas urbanas de provisão de direitos básicos, a COPA do Mundo trouxe outro legado perverso para Minas Gerais: o fortalecimento, sem limites legais bem definidos, da ação repressiva da polícia militar sobre os movimentos sociais e comunidades vulneráveis. O Estado de Minas Gerais gastou milhares de reais no treinamento das forças de segurança pública, foram comprados milhões de reais em armas de baixa letalidade, como bombas de gás e efeito moral, balas de borracha, armas de choque elétrico (teaser), um tanque armado com canhão sônico (!) e mais dois novos e gigantes CAVEIRÕES! Todo esse aparato bélico está nas ruas durante todo este mês sob o testemunho de todo cidadão belohorizontino. A pergunta que fica agora é: passada a Copa, para que servirá esse aparato de guerra? 
Por isso que os movimentos  sociais e as ocupações urbanas vêm diante da sociedade civil mineira, brasileira e internacional gritar: não podemos permitir que o legado de militarização e repressão recaia sobre milhares de famílias que vivem hoje em condições precárias de moradia e insegurança da posse! Não podemos admitir que o aparato de guerra adquirido para proteger a COPA da FIFA seja alocado agora a serviço de guerra contra os pobres que lutam por direitos fundamentais nas ocupações urbanas! Queremos o direito à cidade, como moradia digna e comunidades, assentamentos e ocupações com infraestrutura urbana adequada!  
Nesse sentido exigimos da Prefeitura de Belo Horizonte e do Governo de Minas, como condição para o fim da ocupação das administrações públicas:
1)   Reunião nesta tarde de quarta-feira, dia 02 de julho, com representações dos movimentos sociais envolvidos, lideranças das ocupações e representantes diretos do Prefeito de Belo Horizonte e do Governador do Estado de Minas Gerais, para encaminhar:

a) A garantia, assinada pelo Prefeito de Belo Horizonte e o Governador do Estado de Minas Gerais, de que não haverá remoção forçada após a COPA das ocupações: Rosa Leão, Esperança, Vitória e Nelson Mandela (Belo Horizonte), Guarani Kaiowá (Contagem) e Tomás Balduíno (Ribeirão das Neves). A garantia de que se esgotará todas as possibilidades de negociação em busca de uma alternativa justa e pacífica que contemple o direito à habitação digna e própria de todas as famílias envolvidas, antes que qualquer tentativa precipitada de reintegração de posse!

b) A efetivação dos projetos de infraestrutura urbana básica (Luz, água, esgotamento sanitário, pavimentação) e da regularização fundiária das ocupações urbanas socialmente reconhecidas como assentamentos consolidados e irreversíveis, notadamente, Ocupação Dandara, Eliana Silva, Camilo Torres, Irmã Dorothy, Zilah Spósito/Helena Greco, Cafezal e bairro Jardim Getsêmany!

2) E compromisso com a transformação do território das Ocupações Rosa Leão, Esperança e vitória em ASEIS 2, de modo que as três ocupações (8 mil famílias pobres) que já estão em franco processo de consolidação se transformem em bairros , locais de moradia para famílias de zero a três salários.

3) Cumprimento do que foi acordado em reunião de negociação dia 21/03/2014, assinado em Ata de Reunião: “Será feito um RECADASTRAMENTO de todas as famílias das Ocupações Rosa Leão, Esperança e Vitória, no prazo de 20 dias (se necessário, haverá prorrogação do prazo). O Novo cadastro será feito em parceria pela PBH/URBEL, Prefeituras de Santa Luzia, Vespasiano e Ribeirão das Neves, Ministério Público, Defensoria Pública de MG, Comissão de Direitos Humanos da OAB/MG, Movimentos Sociais e Coordenações das Ocupações. Isso para que saia um cadastro idôneo.” (Cf. Ata de Reunião.)

4) Encaminhamento de proposta defendida também pela Defensora Pública Geral da DPE/MG, em reunião do dia 21/03/2014: Suspensão imediata de todas as ordens de reintegração de posse das comunidades Guarani Kaiowa, Esperança, Rosa Leão, Vitória e William Rosa, enquanto se desenvolve o processo de Negociação.

5) Exigimos que a juíza Luzia Divina abra vista dos processos da Ocupações Rosa Leão, Esperança e Vitória ao Ministério Público e à Defensoria Pública, área de Direitos Humanos.

6) Do atual Presidente do TJMG exigimos encaminhamento de pedido formalizado em reunião com 3 juízes assessores da Presidência do TJMG, dia 24/04/2014: Instauração de um processo de Conciliação em 2° Instância, sob a coordenação do 3º Vice-presidente do TJMG, procurando a paz social e eliminando o risco de violência.

7) Que o Procurador Geral do Ministério Público de MG, Dr. Carlos André, reafirme e assine as Recomendações das promotoras do MP da área dos Direitos Humanos, exigindo que os direitos humanos fundamentais sejam respeitados nas ações da Polícia Militar e Civil.
Assinam essa Nota Pública:
Coordenações das Ocupações Rosa Leão, Esperança, Vitória, Zilah Sposito/Helena Greco, Eliana Silva, Nelson Mandela, Cafezal, Jardim Getsêmani (todas em Belo Horizonte), Guarani Kaiowá (em Contagem) e Tomás Balduíno (em Ribeirão das Neves),
Brigadas Populares – Minas Gerais
Comissão Pastoral da Terra (CPT-MG)
Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB)
Comitê Popular dos Atingidos pela Copa

Contatos para maiores informações:
Com Poliana (cel. 31 9523 0701), com Leonardo (cel.: 91330983), com Rafael Bittencourt (cel.: 31 9469 7400) ); ou com Charlene (cel.: 31 9338 1217 ou 31 8500 3489); ou com Edna (cel.: 31 9946 2317); ou com Elielma (cel.: 31 9343 9696), ou com frei Gilvander (cel. 31 9473 9000)

Maiores informações também nos blogs das Ocupações, abaixo:

E nas páginas das ocupações no facebook.

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sábado, 28 de junho de 2014

Perdemos a presença física de Cidona do MST/MG, aos 48 anos, dia 27/06/2014.

Perdemos a presença física de Cidona do MST/MG.

Ontem, dia 27/06/2014, sexta-feira, às 21:30h, enquanto dançava forró em uma Festa de aniversário no Assentamento Franco Duarte, município de Jequitinhonha, Vale do Jequitinhonha, MG, Maria Aparecida Alves, 48 anos, a querida e respeitada CIDONA do MST, faleceu e ressuscitou. Cidona morreu de infarto. Ela integrava atualmente a direção estadual do MST/MG, além de ter uma histórica militância na CPT, nas CEBs, na Cáritas, na Pastoral da Criança, na ASA etc. Mulher imprescindível na luta por reforma agrária, por justiça social, por justiça socioambiental e na defesa dos direitos humanos. Ajudou a preparar a Festa de Aniversário de ontem no Assentamento Franco Duarte. Ajudou a fazer o jantar. Dias 24 e 25 de junho, dois dias antes de partir para a vida plena, Cidona participou de Encontro da Cáritas Diocesana e, exuberante como sempre, cumprimentava a todos/as com sorriso largo. Cidona tinha o poder de transfigurar os ambientes por onde passava, com seu entusiasmo irradiante contagiava a todos com disposição para tantas lutas. Em todas as lutas do MST, da CPT, das CEBs, da Pastoral da Criança, da ASA, da Cáritas etc, no Vale do Jequitinhonha ou em BH, Cidona era presença marcante. Por exemplo, dia 26/08/2006, em Salto da Divisa, MG, estava Cidona fincando a bandeira do MST no Acampamento que três dias depois foi batizado de Acampamento Dom Luciano Mendes, sob proposta dela. Ela dizia: “Ocupamos aqui no mesmo dia em que o grande bispo dom Luciano Mendes, um irmão na luta dos pobres, morreu. Por isso vamos homenageá-lo, pois cultivar a memória profética dele é dever de todos nós.”
Perdemos a presença física de Cidona do MST de MG, mas também Cidona da CPT, das CEBs, da Cáritas, da Pastoral da Criança, da ASA, enfim, Cidona, profetisa na luta dos pobres de Minas Gerais.
Cidona deixa um extraordinário legado humano, profético, espiritual, ético e de compromisso político com a causa de libertação da classe camponesa. Na ausência física, Cidona continuará presente em nós de muitas formas. Obrigado Cidona pelos 48 anos bem vividos combatendo na linha de frente da luta por reforma agrária e justiça social. Cidona, presente!
Assista no vídeo no link, abaixo, em gravação de frei Gilvander Cidona participando e animando um Encontro de CEBs da Diocese de Almenara, na cidade de Bandeira, MG, dias 2 e 4/12/2011.
Abraço terno na luta. Frei Gilvander Moreira, pela CPT/MG.















quinta-feira, 26 de junho de 2014