Moradores
de áreas invadidas (invadidas, não; ocupadas, sim.) buscam dignidade, segurança
e melhores condições de vida.
Reportagem
de CAPA, muito boa por sinal, do Jornal HOJE EM DIA, 19/10/2013.Páginas 16 e
17, Minas.
Projetos urbanísticos que preveem divisão
de lotes e estrutura para futuras instalações de energia e rede de água e
esgoto estão mudando a cara de terrenos invadidos em Belo Horizonte e região metropolitana.
Diferentemente das ocupações desordenadas de décadas atrás, as novas contam com
a ajuda de arquitetos voluntários. Os profissionais ensinam a comunidade a
organizar as construções e o espaço, dando dignidade a quem, antes, não tinha
onde morar.
O “loteamento” Emanuel Guarani Kaiowá,
no bairro Ressaca, em Contagem, foi um dos beneficiados. O audacioso plano
elaborado por 30 especialistas ganhou tanto destaque que integra a X Bienal
Internacional de Arquitetura de São Paulo, que acontece até 1º de
dezembro.
Desenvolvido para
minimizar impactos locais e garantir o cumprimento das regras de urbanização, o
projeto foi selecionado entre mais de 400 iniciativas do mundo inteiro e pode
ser uma opção para reduzir o déficit habitacional.
“Não quer dizer que
seja um modelo a ser seguido, mas uma reflexão em busca da garantia do direito
à moradia, previsto em lei”, diz Tiago Castelo Branco, da diretoria de
habitação do Instituto de Arquitetos do Brasil em Minas (IAB-MG) e um dos
autores da proposta.
Diálogo
O plano urbanístico Emanuel Guarani Kaiowá é executado em parceria com os moradores. “É um trabalho de interação entre a comunidade e a equipe técnica. Nós, arquitetos, estamos aprendendo a abordar uma realidade a que, em geral, não estamos habituados. E orientamos os moradores sobre elementos importantes para a qualidade das edificações, como ventilação e posição da janela em relação ao sol, dentre outros”.
Diálogo
O plano urbanístico Emanuel Guarani Kaiowá é executado em parceria com os moradores. “É um trabalho de interação entre a comunidade e a equipe técnica. Nós, arquitetos, estamos aprendendo a abordar uma realidade a que, em geral, não estamos habituados. E orientamos os moradores sobre elementos importantes para a qualidade das edificações, como ventilação e posição da janela em relação ao sol, dentre outros”.
Um dos diferenciais do
projeto, segundo Tiago, é prever futuras instalações de serviços básicos, como
iluminação, rede de água e telefonia. “Nas ocupações espontâneas, as pessoas
vão construindo desordenadamente, sem espaço para a infraestrutura urbana.
Então, quando o poder público assume a regularização, muitas famílias precisam
ser removidas. Com o projeto, vamos evitar isso”.
Briga por terreno vai para a Justiça
O terreno no bairro
Ressaca, em Contagem, é alvo de disputa judicial entre os donos legais e os
moradores da ocupação Emanuel Guarani Kaiowá. Segundo Tiago Castelo Branco, a
área não tinha função social e estava ociosa, à espera de valorização. O grupo
“Coletivo de Arquitetura” acompanha a ocupação desde o início e vai manter o
trabalho enquanto houver demanda, segundo Tiago.
Obs.: Acima, está somente uma pequena parte da Reportagem. Na
íntegra a Reportagem está também na versão digital de www.hojeemdia.com.br