domingo, 18 de novembro de 2018

Povo Indígena Kiriri em Caldas, sul de MG: de boia-fria à luta pela te...





Povo Indígena Kiriri em Caldas, sul de MG: de boia-fria à luta pela terra. Noite de 06/11/2018.

Desde março de 2017, 16 famílias do Povo Kiriri, vindas do Oeste da Bahia, moram em uma área situada no bairro rural do Rio Verde, distante 7 km da sede de Caldas, no sul de Minas Gerais. Assim que a área foi ocupada, o Povo Indígena Kiriri foi notificado de Liminar de Reintegração de Posse, reivindicada pela UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais) e Governo de Minas Gerais. Em outubro de 2018, eles receberam um novo mandado de reintegração de posse que determinava que saíssem do local até o fim de outubro. A área onde os Kiriri estão possui cerca de 60 hectares, dos quais informam que estão ocupando apenas 26 hectares. É que há mais de dez famílias não índias ocupando parte da área, com casas de alvenaria muito boa, inclusive. Mesmo não tendo título de propriedade, essas famílias não indígenas não foram objeto de liminar de reintegração de posse. Percebe-se, pois, aí, mais uma discriminação institucional contra os indígenas. Os Kiriri já fincaram raízes nessa terra: estão já com 13 casas de pau a pique e barro construídas, plantando lavouras na linha da agroecologia sem agrotóxicos, vivendo em comunidade e cultivando a inspiradora mística e espiritualidade Kiriri. Graças à luta do Povo Indígena Kiriri e à Rede de Apoio que se formou, a UEMG mudou seu posicionamento e, em reunião no Ministério Público Federal, em Pouso Alegre, no dia 06/11/2018, manifestou-se por meio da Professora Joana Beatriz Barros Pereira, Diretora da UEMG em Campanha, representando a reitora Lavínia Rosa Rodrigues, com acordo de cessão das terras aos Kiriri. Nova reunião deve ser marcada como Governo de Minas Gerais para firmar os termos desse acordo. Nesse vídeo, o depoimento de indígenas da Aldeia Kiriri sobre sua luta diária pela sobrevivência, como boias-frias, na sofrida colheita de batatas em fazendas da região, enquanto aguardam o momento da colheita do que plantaram e, com esperança, a posse da terra.
*Reportagem em vídeo de frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Caldas/MG, 06/11/2018.
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