Tia Ângela (Guiomar) e tio Preto (Esdras), em Paraíso do Tocantins,
TO: História de vida, em 15/12/2014. (2ª parte)
Gilvander é frei e padre da Ordem dos carmelitas, Doutor em Educação pela FAE/UFMG; bacharel e licenciado em Filosofia pela UFPR, bacharel em Teologia pelo ITESP/SP, mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Itália; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas, em Minas Gerais.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
Ocupação-comunidade Novo Paraíso, em Belo Horizonte, MG, bloqueia o Anel Rodoviário protestando contra ameaça de despejo, dia 23/12/2014.
Ocupação-comunidade Novo Paraíso, em Belo Horizonte, MG,
bloqueia o Anel Rodoviário protestando contra ameaça de despejo, dia
23/12/2014.
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Ocupação-comunidade Novo Paraíso, no Palmeiras, em Belo Horizonte, MG, se levanta contra despejo. Nota Pública à imprensa, às autoridades e às pessoas de boa vontade.
Ocupação-comunidade
Novo Paraíso, no Palmeiras, em Belo Horizonte, MG, se levanta contra despejo.
Nota
Pública à imprensa, às autoridades e às pessoas de boa vontade.
Belo
Horizonte, MG, Brasil, 23 de dezembro de 2014.
Nós
da Ocupação-comunidade Novo Paraíso, no bairro Palmeiras, em Belo Horizonte,
MG, expressamos aqui porque e para que resolvemos bloquear o Anel Rodoviário ao
lado da nossa comunidade. Estamos localizados ao lado do Anel Rodoviário, ao
lado do pátio do DETRAN, ao lado da Empresa MIP, atrás do Parque do Betânia, no
bairro Palmeiras, em BH. Referência: Rua São Marcos, 101, Palmeiras.
Somos
cerca de 600 famílias que há quase 3 anos ocupamos um terreno que estava
abandonado, ocioso, era lugar de bota-fora, de desova de cadáveres; enfim, um
terreno que não cumpria sua função social. E nós, não suportando mais a cruz
pesada de sobreviver de aluguel ou debaixo da humilhação que é sobreviver de
favor, sem liberdade e sendo peso nas costas dos nossos parentes, resolvemos
dar função social ao terreno que estava abandonado ao lado da Vila Paraíso. Resolvemos,
é claro, conquistar moradia própria, digna e adequada, o que um direito humano,
sagrado e constitucional.
Durante
várias décadas nenhum dono do terreno apareceu, terreno que nem cerca tinha.
Mas, dia 19/12/2014, última sexta-feira, para nossa imensa indignação recebemos
a notícia de que tinha acontecido uma reunião no 5º Comando da PM da Gameleira
e que estão preparando para nos despejar e demolir nossas casas. Isso é
inadmissível, uma injustiça sem tamanho, porque nossa comunidade já é uma
comunidade consolidada, com mais de 500 casas de alvenarias, muitas delas de 2
andares, tendo inclusive Mercados, comércios e açougue, que já pagam impostos
para a Prefeitura de Belo Horizonte.
A
gente estava se defendendo em um processo, mas eis que outro processo correu
sem que fôssemos notificados. Por isso não tivemos respeitado o nosso direito
de nos defender no processo. Logo, não aceitaremos jamais sermos despejados.
Essa notícia nos tirou o sono, mas estamos unidos e organizados e faremos o que
for necessário para defender nossas centenas de casas construídas com muito
trabalho e suor. Somos seres humanos, pessoas trabalhadoras que constroem a
cidade. Temos direito a viver com dignidade. Não aceitamos jamais ver reduzido
a entulho nossas casas. Não aceitaremos que o Estado, cúmplice dos grandes
interesses econômicos, pise nos nossos sonhos.
Estamos
bloqueando o Anel Rodoviário para que as autoridades recobrem a sensatez e desista
de reintegrar na posse Saulo Wanderley, dono da Empresa Cowan, a mesma que
derrubou o viaduto em BH e matou 2 pessoas e feriu muitas outras. Não aceitamos
também pressão da Construtora Direcional que está construindo ao nosso lado um
Condomínio de luxo, já tendo inclusive desapropriado famílias que, não tendo
para onde ir, foram acolhidas em nossa Comunidade.
Queriam
nos pegar de surpresa, mas já temos ao nosso lado advogados populares, a CPT,
as Brigadas Populares, o MLB, muitas pessoas que estarão do nosso lado. A
todos/as os/as apoiadores/ras agradecemos de coração. Deus lhes pague.
Pedimos
desculpas aos motoristas e pessoas que estão sendo atrasadas nos seus
compromissos, mas não pode haver direito de ir e vir se centenas de famílias
estão sem dormir porque pairam sobre elas ameaça grave de despejo. Nosso
problema é um problema social que jamais se resolverá de forma justa com
polícia. Os direitos individuais precisam ser condicionados ao respeito aos
direitos sociais. Enquanto morar for um privilégio, ocupar é um direito e um dever.
Não aceitamos despejo! Exigimos negociação e
respeito!
Assinam essa Nota,
A
Coordenação da Ocupação Novo Paraíso
Comissão
Pastoral da Terra (CPT)
Brigadas
Populares
Movimento
de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB)
Contatos para maiores informações:
Com
Valério, cel. 31 7181 6891 ou 31 9450 1626, ou com Chico, cel.: 9714 2562, ou com
Vinicius, cel.: 31 9552 4615.
Consulte
também nosso Blog:
e
Nossa página no Facebook: Vila Novo Paraíso
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Ocupação Novo Paraíso, no bairro Palmeiras, em Belo Horizonte, MG: 600 famílias libertadas da cruz do aluguel, mas na mira de despejo. BH, 20/12/2014.
Ocupação Novo Paraíso, no bairro Palmeiras, em Belo Horizonte,
MG: 600 famílias libertadas da cruz do aluguel, mas na mira de despejo. BH, 20/12/2014.
Ocupação Novo Paraíso, no bairro Palmeiras, em Belo Horizonte, MG: Comunidade consolidada com 600 famílias, mas na mira do despejo. O Povo não aceita ser despejado. BH, 20/12/2014.
Ocupação Novo Paraíso, no bairro Palmeiras, em Belo Horizonte,
MG: Comunidade consolidada com 600 famílias, mas na mira do despejo. O Povo não aceita ser despejado. BH, 20/12/2014.
domingo, 21 de dezembro de 2014
Ocupação Novo Paraíso, no bairro Palmeiras, em Belo Horizonte, MG: 600 famílias, COMUNIDADE CONSOLIDADA na mira de despejo. BH, 21/12/2014.
Ocupação Novo Paraíso, no bairro Palmeiras, em Belo Horizonte,
MG: 600 famílias, COMUNIDADE CONSOLIDADA na mira de despejo. BH, 21/12/2014.
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