Reflexões
humanizadoras em mutirão.
Gilvander Luís Moreira[1]
Para cada notícia
ruim duas notícias boas. Eis uma meta com a qual devemos nos comprometer. Concentrado
em poucas empresas que hipertrofiam seus interesses mercantis, injustamente, o
poder midiático, via de regra, coloca em prática uma tríade desumanizadora: Economicismo,
entretenimento e violência. Isso corrói o tecido social, porque leva a maioria
das pessoas a só pensar na dimensão econômica da vida, o que reduz e ofusca muitas
outras dimensões do ser humano, cujo cultivo é imprescindível. Entretenimento é
bom, mas em doses homeopáticas, pois em overdose passa a ter a função de
calmante e sedativo social. E injetar diariamente overdose de violências que
acontecem gera medo nas pessoas, o que leva ao fechamento de pessoas em seus “oásis”
pretensamente seguros, mas para que uma minoria goze esses “oásis” de
segurança, a indústria do segurancismo abarrota seus cofres.
A quem noticia que um
jovem matou 41 pessoas, digo: Sr. João Preto e dona Augusta criaram e educaram
de forma humanizadora, além de treze filhos, outros nove adotados, 22 no total.
A quem diz que no
Brasil a desnutrição diminuiu, mas aumentaram a obesidade e a mortandade de
jovens, pois por “falta de tempo” se troca um almoço por um lanche rápido e por
que o Brasil se tornou o país que mais mata jovens, digo: Sob a coordenação da
Via Campesina, com 1% da reforma agrária feita, via agricultura familiar
segundo o paradigma da agroecologia, o campesinato brasileiro produz 70% dos
mais saudáveis alimentos que chegam à mesa do povo.
A quem diz que a lei
da Anistia, de 1979, perdoou a todos, torturadores e torturados, digo: não
podemos descansar enquanto não julgarmos e condenarmos pelo menos os 377
torturadores identificados pela Comissão Nacional da Verdade. “Jamais perdoaremos os generais e os
torturadores”, gritam sempre as mães e as avós argentinas, pois “perdoar torturadores seria trair nossos
filhos e netos, vítimas da ditadura militar-civil-empresarial,” alertam
elas. Esse facho de luz devemos seguir no Brasil.
A quem diz ..., digo:
...
Sigamos lutando e
construindo uma Imprensa democrática, popular e participativa, cuja pauta prioritária
seja o bom, o positivo, o que dignifica a sociedade.
(Deixo aqui o convite
para você que leu o início da reflexão, acima, contribuir com Reflexões
humanizadoras. Se você escrever acrescentando ao posto, acima, além de divulgar
nas suas redes ..., envie também para frei Gilvander, via gilvanderlm@gmail.com . Assim poderemos
construir, EM MUTIRÃO, Reflexões humanizadoras.
Abraço terno. Frei
Gilvander
Belo Horizonte,
Brasil, 11/12/2014.
[1] Frei e padre carmelita; bacharel e licenciado em
Filosofia pela UFPR, bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas
pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Itália; doutorando em Educação pela
FAE/UFMG; assessor da CPT, CEBI, SAB, PJR e Via Campesina, em Minas Gerais; e-mail: gilvanderlm@gmail.com –www.gilvander.org.br – www.freigilvander.blogspot.com.br
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