quarta-feira, 24 de julho de 2019

Madalena: coragem e união na luta pela terra: nos caminhos e nas trilhas da CPT/MG: 40 anos (1979 a 2019) - Vídeo 3 - 07/3/2018.


Madalena: coragem e união na luta pela terra: nos caminhos e nas trilhas da CPT/MG: 40 anos (1979 a 2019) - Vídeo 3 - 07/3/2018.



A Comissão Pastoral da Terra (CPT), em Minas Gerais, celebra, neste ano de 2019, seus 40 anos de luta, , inspirada pela memória subversiva do Evangelho de Jesus de Nazaré. Frei Gilvander Moreira e equipe de Resgate dos 40 anos de luta da CPT/MG mobilizam-se para colher depoimentos, relatos, histórias e testemunhos de Agentes de Pastoral da CPT ou pessoas a eles/elas ligadas, para que seja resgatada a memória histórica dessa luta solidária, transformadora, libertadora, junto aos camponeses e camponesas. Nesse vídeo, a 3ª parte do depoimento de Madalena, Agente de Pastoral da CPT/MG no Vale do ex-rio Doce, a partir da cidade de Governador Valadares. Uma vida de luta em defesa dos oprimidos, dos sem terra, sem voz e sem vez.

Nova Logomarca da CPT/MG.

*Reportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT/MG. Governador Valadares/MG, 07/3/2018.
 *Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.

Nos caminhos e nas trilhas da CPT/MG: 40 anos de luta - 1979 a 2019/ Madalena: Luta pela terra e protagonismo na 1ª Romaria das Águas e da Terra de MG - Vídeo 2 - 07/3/2018.


Nos caminhos e nas trilhas da CPT/MG: 40 anos de luta - 1979 a 2019/ Madalena: Luta pela terra e protagonismo na 1ª Romaria das Águas e da Terra de MG - Vídeo 2 - 07/3/2018.



A Comissão Pastoral da Terra (CPT), em Minas Gerais, celebra, neste ano de 2019, seus 40 anos de luta, , inspirada pela memória subversiva do Evangelho de Jesus de Nazaré. Frei Gilvander Moreira e equipe de Resgate dos 40 anos de luta da CPT/MG mobilizam-se para colher depoimentos, relatos, histórias e testemunhos de Agentes de Pastoral da CPT ou pessoas a eles/elas ligadas, para que seja resgatada a memória histórica dessa luta solidária, transformadora, libertadora, junto aos camponeses e camponesas. Nesse vídeo, a 2ª parte do depoimento de Madalena, Agente de Pastoral da CPT/MG no Vale do ex-rio Doce, a partir da cidade de Governador Valadares. Uma vida de luta em defesa dos oprimidos, dos sem terra, sem voz e sem vez.

4a Romaria das Águas e da Terra da bacia do Rio Doce, em Itabira, MG, dia 02/6/2019. Foto: Heitor Bragança

*Reportagem e filmagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT/MG. Governador Valadares/MG, 07/3/2018.
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Nos caminhos e nas trilhas da CPT/MG: 40 anos de luta - 1979 a 2019/ Madalena: Coragem e Ousadia no Vale do ex-Rio Doce, MG - Vídeo 1 - 07/3/2018.


Nos caminhos e nas trilhas da CPT/MG: 40 anos de luta - 1979 a 2019/ Madalena: Coragem e Ousadia no Vale do ex-Rio Doce, MG - Vídeo 1 - 07/3/2018.



A Comissão Pastoral da Terra (CPT), em Minas Gerais, celebra, nesse ano de 2019, seus 40 anos de luta, , inspirada pela memória subversiva do Evangelho de Jesus de Nazaré. Frei Gilvander Moreira e equipe de Resgate dos 40 anos de luta da CPT/MG mobilizam-se para colher depoimentos, relatos, histórias e testemunhos de Agentes de Pastoral da CPT ou pessoas a eles/elas ligadas, para que seja resgatada a memória histórica dessa luta solidária, transformadora, libertadora, junto aos camponeses e camponesas no estado de Minas Gerais. Nesse vídeo, a 1ª parte do depoimento de Madalena, Agente de Pastoral da CPT/MG no Vale do ex-Rio Doce, MG, a partir da cidade de Governador Valadares. Uma vida de luta em defesa dos oprimidos, dos sem terra, sem voz e sem vez.

Madalena, da CPT/MG, durante entrevista para os 40 anos da CPT/MG dia 07/3/2018. Foto: frei Gilvander

*Reportagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT/MG. Governador Valadares/MG, 07/3/2018.
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Despejar Quilombo Souza no coração de Belo Horizonte é injusto e absurdo...



Despejar o Quilombo Souza no coração de Belo Horizonte é injusto e inconstitucional. Vídeo 2. 19/7/2019.

Ilegalidades e irregularidades na decisão do TJMG que mandou despejar o Quilombo Souza, em BH. Despejo iminente da Comunidade Quilombola Vila Teixeira Soares, em Belo Horizonte, MG: injustiça gritante. A Associação de Moradores do bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte, MG, e uma grande rede de apoio vêm a público se manifestar veementemente contra o desalojamento da Vila Teixeira Soares, comunidade tradicional quilombola consolidada que está sob ameaça de despejo por uma ordem judicial ilegal, inconstitucional e injusta. São 16 famílias que estão para serem despejadas no próximo dia 25 de julho de 2019, sem qualquer indenização ou reassentamento prévio. A ameaça do despejo impulsionou as famílias da Vila Teixeira Soares a resgatarem sua memória, construir sua linha do tempo e se reconhecer como Quilombo Urbano – o 4º em Belo Horizonte - por meio de assembleia de auto declaração realizada no último dia 30 de junho, que contou com a participação da nossa Associação, parlamentares, Ministério Público, etc. O risco do despejo também fez lideranças da Vila retornarem à terra de origem da matriarca e do patriarca fundadores da comunidade para comprovar e obter certidão oficial de batismo do patriarca Petronillo registrado no "livro de batismo dos escravos". Esse e muitos outros documentos oficiais foram encaminhados à Fundação Palmares para fins de reconhecimento do território como remanescente quilombola passível de proteção, nos termos do Decreto Nº 4.887/2003 e da Portaria FCP Nº 98/2007. A Fundação Cultural Palmares já expediu o Certificado reconhecendo a Comunidade Souza como Comunidade remanescente de quilombo. Isso já foi publicado no Diário Oficial da União. Parte considerável da área é território ancestral negro autodeclarado e que batalha pelo seu reconhecimento como comunidade remanescente quilombola, situada no bairro Santa Tereza, patrimônio histórico da capital mineira. A Vila se forma no início do século XX, pela matriarca negra Elisa, nascida sob a Lei do Ventre Livre, casada com Petronillo, que foi pessoa escravizada até a promulgação da Lei Áurea em 1888. Ambos se casaram e migraram do interior do estado de Minas Gerais, cidade de Além Paraíba, para Belo Horizonte, em busca de melhores condições de sobrevivência. Instalaram-se no bairro de Santa Tereza antes de 1915, ano em que nasceu um dos filhos do casal registrado em cartório já na capital. O patriarca Petronillo chegou a trabalhar na construção da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira de Belo Horizonte. O terreno em que construíram sua morada fazia parte da Ex-Colônia Américo Werneck e foi adquirido em 1923, conforme contrato de compra e venda que foi levado a registro. As famílias ameaçadas de despejo pagam IPTU ao município desde o ano de 1955! São contribuintes e não são considerados como pessoas cidadãs. Neste vídeo 2, frei Gilvander continua entrevistando o advogado Dr. Joviano Gabriel, que fala sobre uma série de ilegalidades, irregularidades e indícios de fraudes no processo que levou à decisão do TJMG de despejo da Comunidade Quilombola Souza, de Belo Horizonte.

Foto: Divulgação / Movimento Teixeira Resiste


Filmagem e edição de frei Gilvander, da CPT, CEBs e CEBI. Belo Horizonte, 19/7/2019.
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terça-feira, 23 de julho de 2019

Vem aí o mês da Bíblia, em 2019, com a I Carta de João


Vem aí o mês da Bíblia, em 2019, com a I Carta de João
Gilvander Moreira[1]

Capa do livrinho do CEBI-MG - Texto-base - para o mês da Bíblia de 2019.

Em Minas Gerais, há mais de 20 anos, um grupo de biblistas do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos (CEBI-MG)[2] publica anualmente um livrinho que busca ser um Texto-Base sobre o livro bíblico do mês da Bíblia: setembro. Em 2019, todas as pessoas e comunidades cristãs são convidadas a refletir e inspirar a caminhada, especialmente no mês de setembro, sobre a Primeira Carta de João: Carta do Discípulo Amado às Primeiras Comunidades Cristãs, a nós e às Comunidades cristãs da atualidade. O livrinho tem como título A Comunhão entre Deus e Nós e como subtítulo Uma leitura da Primeira Carta de João feita pelo CEBI-MG.
As Primeiras Comunidades Cristãs, no meio de muitas perseguições e violências, divisões internas, inclusive, sob a influência do Discípulo Amado, tiveram a sabedoria, a coragem e o discernimento para manterem a unidade e a perseverança na caminhada cultivando a utopia de serem fieis ao verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo e não se perderem na caminhada.
Vivemos um tempo perigoso no Brasil e no mundo. Tempo de ascensão de ideias e políticos “linha dura” e de militares ao poder político, tanto no executivo quanto no legislativo, no nível federal e em muitos estados, de poder judiciário parcial e seletivo, decidindo para reproduzir e ampliar as desigualdades sociais, violentando o espírito democrático construído com muita luta, suor e sangue no Brasil. Tempo de fake news (falsas notícias) fomentando ódio e discriminações. Tempo de poder da mídia trombeteando aos quatro ventos a ideologia dominante, estamos em tempos de fundamentalismos, de céus povoados de anjos e entidades, de “demônios” por todos os lados, de gritaria de deuses – idolatria do capital. Tempo de promessas, de busca insaciável de bênçãos, de procissões, de peregrinações, de necessidade de expiação.  Tempo de moralismo, de religiões sem Deus, de salvação sem escatologia, de cristianismo light, de libertações que não vão muito além da autoestima. Tempo de teologia da prosperidade em igrejas eletrônicas. Enfim, tempos de neopentecostalismo tanto dentro da igreja católica como em uma infinidade de outras igrejas. E tudo isso levando a graves retrocessos com relação a políticas públicas que beneficiariam a maioria do povo: corte de direitos sociais, amputação de direitos trabalhistas e previdenciários, etc.
Nesse contexto, será muito bom lermos e compreendermos bem na Bíblia Primeira Carta de João (1 Jo), pois um dos graves obstáculos que as comunidades cristãs do discípulo amado – autor da I Jo - estavam atravessando era as investidas de grupos espiritualistas que estavam desencarnando a fé cristã e amputando a dimensão social da fé em/de Jesus Cristo e no seu Evangelho.
Para compreendermos de forma sensata e libertadora a Primeira Carta de João às comunidades joaninas, melhor dizendo, Carta de João às Comunidades do Discípulo Amado e especificamente compreendermos a parte de 1 Jo 2,29–4,6 que propõe às pessoas e às comunidades cristãs que ‘para ser filha e filho de Deus temos que ser pessoas justas’ é preciso várias coisas. Primeiro, ler, reler e tresler o texto devagarinho, de preferência de forma comunitária. Segundo, considerar a caminhada histórica das Comunidades Cristãs do Discípulo Amado. Tiveram uma origem (1ª fase) calcada na experiência da ressurreição de Jesus Cristo. Passaram por uma 2ª fase, durante a qual foram espirradas para a Diáspora, entre os gentios, considerados pagãos, na Ásia Menor, após serem expulsas da Sinagoga na década de 80 do século I. Vivenciaram uma 3ª fase, por volta do ano 100 depois de Cristo, época da redação das Cartas “joaninas” por um coordenador de comunidade, em Éfeso, endereçadas às Comunidades Cristãs do Discípulo Amado. E chegaram a uma 4ª fase, durante o Século II, depois das “Cartas Joaninas”. Nessas várias fases, as Comunidades do Discípulo Amado passaram por várias crises. E nós hoje, leitoras e leitores da ‘I Carta de João’ somos convidadas/os a beber da seiva original de todas as fases anteriores e, principalmente, como filhas e filhos do Deus da Vida, vivendo e convivendo de forma justa e lutando pela superação de toda e qualquer injustiça que se abate sobre qualquer pessoa ou ser vivo da biodiversidade.
Importante notar que são várias comunidades do discípulo amado, não apenas uma. Nós também, mesmo participando de comunidades diferentes, precisamos estar em comunhão conspirando em sintonia com projeto do Evangelho de Jesus Cristo que quer vida e liberdade em abundância para todos/as e para todos os seres vivos (Cf. Jo 10,10). A caminhada histórica das Comunidades Cristãs do Discípulo Amado, passando por quatro fases, se deu como se as quatro fases fossem uma corda onde estivessem entrelaçados quatro fios. Cada fase corresponde a um fio, que não deve ser visto de forma isolada, mas como um conjunto entrelaçado. Um fio sozinho é fraco, mas quando se juntam muitos fios, entrelaçando-os, a força da fraqueza surge e se torna invencível. Assim, uma pessoa ou comunidade sozinha e isolada é frágil, mas quando se articula com outras pessoas e comunidades injustiçadas e estabelece caminhada conjunta em comunhão supera obstáculos por vezes tidos como instransponíveis, e conquista direitos. No meio das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) é comum ouvirmos: “isolada, sou um pedaço de pessoa. Participando da comunidade me torno pessoa inteira.”
Outros dois critérios imprescindíveis para uma boa compreensão da mensagem da Primeira Carta de João e, especificamente, de 1 Jo 2,29-4,6, são o contexto que envolvia as comunidades do Discípulo Amado e como buscavam vivenciar internamente projeto de Jesus Cristo ressuscitado. O contexto era tremendamente adverso: imperialismo romano que superexplorava o povo submetido ao regime de escravidão – 1/3 das pessoas de um império com 60 milhões de habitantes não eram consideradas pessoas, mas coisas/mercadorias –, contexto de violentação do povo também pela exploração tributária – quem mais pagava impostos embutidos em tudo o que se comprava eram os pobres. As instituições religiosas predominantes mais próximas das Comunidades do Discípulo Amado eram o Judaísmo rigorista, fundamentalista e moralista ou as religiões mistéricas ou as religiões imperiais, todas anticristãs. Pela utopia do reino de Deus testemunhado por Jesus Cristo e também por necessidade, as Comunidades do Discípulo Amado buscavam colocar em prática um Projeto de vida que se pautava por quatro aspectos entrelaçados: amor, justiça, solidariedade e fraternidade.
Em 1 Jo 1,1-2,28, vemos que as pessoas das Comunidades do Discípulo Amado buscavam andar na luz, porque “Deus é luz” (1 Jo 1,5). Sim, Deus é luz, mas não é só luz; Deus é também justiça. Por isso na parte de 1 Jo 2,29-4,6 vemos que andar na luz implica viver na justiça. Mas que tipo de justiça a Primeira Carta de João defende e que deve ser a bússola que nos guia? Certamente não é a justiça legalista e capitalista, nem a do mercado e nem a da meritocracia. A justiça que o Deus da vida quer inclui uma reorganização geral e profunda da sociedade onde o bem comum seja a coluna mestra. Implica também superar o sistema do capital e o capitalismo. Intuo que a música ‘Clamando pela posse da terra’, de Antônio Pereira de Almeida, o Antônio Baiano da Comissão Pastoral da Terra (CPT), de Goiás, no CD Encanto pela terra, de 1999, canta o tipo de justiça do qual devemos ser construtoras e construtores. Canta Antônio Baiano assim:
“Clamando pela posse da terra, no campo milhares estão.
Esse grito está incomodando a quem sempre viveu da exploração.
O QUE POSSO FAZER? O QUE TENHO A DIZER, MEU PAI? QUE SE FAÇA JUSTIÇA, REPARTAM AS TERRAS, PARTILHEM O PÃO ENTRE NÓS FILHOS  TEUS!
Não posso mais enumerar os mártires deste país. Na roça e também na cidade,
    crueldade, correm rios de sangue.
A quem serve a lei e o poder, a polícia e a Constituição?
Assassinam sem piedade, permanecem impunes nesta nação.
Passo a passo fazemos caminho, sempre em busca de organização.
De mãos dadas sigamos em frente, formando a corrente pra libertação.”

Belo Horizonte, MG, 23/7/2019.

Obs.: Quem quiser adquirir o Livrinho Texto-base do mês da Bíblia, do CEBI-MG, de 2019 - A Comunhão entre Deus e Nós e como subtítulo Uma leitura da Primeira Carta de João feita pelo CEBI-MG - entrar em contato com CEBI-MG: Secretaria Estadual CEBI-MG
Rua da Bahia, 1148 – Edifício Maleta, Sala 1215 - Centro – Belo Horizonte/MG
CEP: 60.160-011 - Telefone: (31) 3222 1805 - E-mail : secretariado@cebimg.org.br



[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG.  E-mail: gilvanderlm@gmail.comwww.gilvander.org.br - www.freigilvander.blogspot.com.br            
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sexta-feira, 19 de julho de 2019

Vozes do Quilombo Souza/Vila Teixeira/BH. Rádio Itatiaia: Frei Gilvander...



Vozes do Quilombo Souza, na Vila Teixeira, em Belo Horizonte, MG. Rádio Itatiaia: Frei Gilvander e Gláucia. DESPEJO, NÃO! - 18/7/2019.

Vozes do Quilombo Souza no Programa Chamada Geral, com Júnior Moreira, na Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, MG: Frei Gilvander Moreira, da CPT, e a quilombola Gláucia Martins. Na pauta do programa, o injusto e ilegal despejo da Comunidade Quilombola da Vila Teixeira, no Bairro Santa Tereza, coração histórico de Belo Horizonte, para o dia 25 de julho próximo. Uma injustiça que clama ao céu!



*Áudio gravado por frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Belo Horizonte, MG, 18/7/2019.
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quinta-feira, 18 de julho de 2019

Quilombo Souza/BH/Vila Teixeira:Documentos comprovam propriedade/Despejo...




Quilombo Souza: Documentos comprovam direito à propriedade. RESPEITO AOS DIREITOS, SIM. DESPEJO, NÃO! - Audiência Pública ALMG - Vídeo 5 - 11/7/2019.

Dezesseis famílias, com cerca de quarenta pessoas que moram na Rua Teixeira Soares, na chamada Vila Teixeira, no Bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, MG, podem ser despejadas no dia 25 de julho agora (2019), atendendo a decisão judicial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A sentença judicial de desocupação está fundamentada em um processo que, na opinião de operadores do direito e outros presentes à Comissão de Direitos Humanos nessa quinta-feira,11/7/2019, está contaminado por diversas irregularidades. A situação desses moradores foi discutida na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Audiência Pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos, a pedido da deputada estadual Andreia de Jesus (PSOL). Vários integrantes das famílias, além de representantes de órgãos que lidam com a questão, participaram dessa audiência. Os moradores da Vila Teixeira se autodeclaram um Quilombo no último dia 30, o que, pode impedir a reintegração de posse, conforme o Procurador da República Dr. Hélder Magno da Silva. A proteção do Quilombo, bem como seus direitos, são garantidos pela Constituição da República e por vários tratados internacionais. A Convenção 169 da OIT da ONU, por exemplo, assegura os direitos das Comunidades Tradicionais, entre as quais estão as Comunidades Quilombolas. A lei considera que remanescentes das comunidades de quilombos são grupos étnicos-raciais com trajetória histórica própria e relações territoriais específicas. O justo, humano, ético e legal é a Comunidade Quilombola da Vila Teixeira ser, por legítimo direito, reconhecida como tal e ter garantido seu direito ao território, cujos ancestrais ali chegaram no início do século passado, inclusive sendo os quilombolas os responsáveis executores de muitas melhorias ali realizadas, como o asfalto, por exemplo. Nesse vídeo 5, a fala eloquente, emocionada, o clamor das quilombolas Gláucia, Camila e Alessandra, que, em nome das famílias do Quilombo Souza, fazem ressoar sua voz por respeito ao direito à propriedade, comprovada com documentos diversos, por respeito à sua dignidade humana, por justiça!

Comunidade Quilombola Souza, da Vila Teixeira, no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, MG, em protesto no TJMG. Crédito: Movimento Teixeira Resiste / Arquivo Pessoal.

*Vídeo original do streaming da TV Assembleia da ALMG. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Apoio e divulgação: Frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI. Belo Horizonte, MG, 11/7/2019.
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