terça-feira, 18 de setembro de 2018

Pesquisa e ciência neutras?


Pesquisa e ciência neutras?
Por Gilvander Moreira[1]


Fez parte da dominação imperialista a afirmação de uma ciência neutra, pura, apolítica, pretensamente objetiva, portadora de uma verdade única e universal e não comprometida com a causa das classes (super)exploradas. Afirmar a neutralidade da ciência é uma forma de tergiversar sobre o compromisso conservador que as universidades via de regra têm. Assim, muitas vezes, pesquisa-se para manter e reproduzir o sistema estabelecido opressor. Entretanto, “com o marxismo, começou a batalha pelo desmascaramento do discurso pretensamente neutro e objetivo presente no positivismo e no empirismo lógico, e mesmo no historicismo” (OLIVEIRA, 2004, p. 33). E a partir da década de 1980, “os cientistas sociais se veem na contingência de tomar partido, de colocarem com urgência a que interesses sociais e políticos servem. Como nos tempos de Hitler, os cientistas que guardam silêncio ou pretendem ser neutros estão, na prática, tão comprometidos com as atrocidades do sistema vigente como aqueles que o fazem conscientemente” (BONILLA et al., 1987, p. 135).
No contexto dos Anos de Chumbo, no Brasil, de 1964 a 1979, a partir dos militantes que resistem às investidas do capitalismo, surgem os conceitos de “compromisso”, de “inserção”, junto às classes oprimidas pesquisando e somando forças nas suas lutas emancipatórias. “A inserção, como técnica, incorpora o investigador aos grupos populares, não mais de acordo com a antiga relação exploradora de “sujeito e objeto”, mas valorizando a parcela de contribuição dos grupos quanto à informação e interpretação, bem como seu direito ao uso dos dados e de outros elementos adquiridos na investigação” (BONILLA et al., 1987, p. 138).
Uma das raízes da pesquisa participativa está na ideia de compromisso – uma questão ética - com as classes oprimidas na luta coletiva para superar de forma justa seus problemas – injustiças perpetradas pelo capitalismo ao (super)explorar a classe trabalhadora e também o campesinato pela extração ampliada de mais-valia. Com opção de classe busca-se compreender os problemas para resolvê-los de forma emancipatória. Esse compromisso com a opção pelos pobres levou muitos intelectuais que pouco leram Marx a desenvolver metodologias semelhantes às dele. Citamos como exemplo, Paulo Freire, o biblista Carlos Mesters e o sociólogo Orlando Fals Borda.
Mesmo que seja analfabeto e não tenha conhecimento formal erudito, ninguém é ignorante, pois nas relações humanas se ensina e se aprende. Toda pessoa camponesa injustiçada, mas de pé na luta coletiva, “é dona de uma rica experiência de luta, conhece inúmeros modos e maneiras de aprender, sobreviver e se defender; participa amiúde de uma memória coletiva, que forma uma base ideológica e cultural respeitável e, portanto, compreende que qualquer passo adiante que se pretenda dar deve estar afiançado por este conhecimento já existente” (BONILLA et al., 1987, p. 146).
A pesquisa participante não é um instrumental pronto e acabado, precisa ser repensada permanentemente, sempre em busca de emancipação humana, mas ela nunca reivindicará uma pretensa neutralidade científica e política. “A pesquisa participante se situa entre as correntes das ciências sociais que rejeitam a chamada neutralidade científica e partem do princípio de que a investigação deve servir a determinados setores sociais, buscando uma resposta coerente que permita, por um lado, socializar o conhecimento e, por outro, democratizar os processos de investigação e educação” (GIANOTTEN; WIT, 1987, p. 158).
Qualquer atividade humana, até uma pesquisa caracterizada como estritamente acadêmica, por ser intervenção na realidade, transforma a realidade de alguma forma, seja para emancipar ou para reproduzir relações materiais objetivas de desigualdade. A questão não é em si buscar transformar a realidade, mas com que objetivo, com qual utopia e como. Não podemos recair em cientificismo, nem em dualismos, nem em dicotomias, nem em academicismo, nem em sacralização do senso comum, que é ambíguo, muitas vezes contraditório, e diferente de bom-senso. Não recair também nem em romantismo ou basismo, que é o “que sustenta que o povo tem todas as respostas porque dispõe do verdadeiro conhecimento, sacralizando assim o poder popular” (GIANOTTEN; WIT, 1987, p. 164). Nas entranhas de um contexto de crise teórica e de avanço das forças do capital, a pesquisa participante nasceu fora da universidade, melhor dizendo, “quase sempre à margem das universidades e de seu universo científico” (BRANDÃO; STRECK, 2006, p. 29). Na pesquisa participante exige-se relação de confiança entre sujeito pesquisador e o sujeito pesquisado. Da pesquisa participante faz parte a copesquisa, segundo a qual “teoria e prática se distinguem, mas não se separam. Não há teoria que não esteja nutrida de práticas, nem prática que não seja animada por teorias. É caso de perceber os atravessamentos. A prática eficaz pode ajudar a mobilizar teorias até então infecundas, tanto quanto uma boa teoria pode desbloquear práticas ineficazes. Uma prática pura é tão impossível quanto uma teoria pura. Erros simétricos: voluntarismo e intelectualismo. Teoria e prática que não se percebem entre si significam teoria ruim e prática ineficaz” (CAVA, no artigo Copesquisa, 2012, na internet).[2]
A copesquisa se faz “entre sujeitos abertos à mudança de perspectiva. Nesse sentido, ela é perspectivista. O portador do método dispara uma perspectiva de emancipação. À tendência descritiva ou sociológica, tem-se uma tendência política voltada à ruptura” (CAVA, 2012, na internet).[3] Queremos, sim, ruptura com o latifúndio – território acima de 15 módulos fiscais -, essa arma mortífera nas mãos dos quem detêm a propriedade capitalista da terra e, por isso, pela renda da terra violenta o campesinato e também a classe trabalhadora na cidade. Copesquisa é pesquisa das lutas na luta, pesquisa militante onde os saberes são vivos, porque sustentam processos emancipatórios que se dão na constituição de subjetividades revolucionárias. O que interessa é a materialidade da luta pela terra. Por exemplo, a contradição latifundiário versus camponês, acontece não por má intenção, mas por controlar a propriedade capitalista da terra - um dos meios de produção, - o latifundiário explora expropriando o camponês, por causa de condições históricas materiais que são forjadas a partir do momento que uns são proprietários e a maioria das pessoas, não.

Referências.
BONILLA, Victor Daniel. CASTILLO, Gonzalo; BORDA, Orlando Fals; LIBREROS, Augusto. Causa popular, ciência popular: uma metodologia do conhecimento científico através da ação. In: BRANDÃO, Carlos Rodrigues (Org.). Repensando a pesquisa participante. 3ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1987.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues; STRECK, Danilo R. (Org.). Pesquisa participante: o saber da partilha. 2ª edição. Aparecida/SP: Ideias & Letras, 2006.
GIANOTTEN, Vera; WIT, Ton de. Pesquisa participante em um contexto de economia camponesa. In: BRANDÃO, Carlos Rodrigues (Org.). Repensando a pesquisa participante. 3ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1987.
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Geografia Agrária: perspectivas no início do século XXI. In: OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de; MARQUES, Marta Inez Medeiros (Orgs. ). O Campo no século XXI: território de vida, de luta e de construção da justiça social. São Paulo: Casa Amarela e Paz e Terra, p. 29-70, 2004.

Belo Horizonte, MG, 11/9/2018.

Obs.: Os vídeos, abaixo, ilustram o texto, acima.
1     - 24º Grito dos Excluídos em Belo Horizonte/MG - 1ª Parte - 07/9/2018.



2     - Vida em primeiro lugar/24º Grito dos Excluídos/BH/MG - 2ª Parte - 07/9/2018.



3 - Incêndio/Museu Nacional/RJ: Descaso com a história/Dra. Alenice/Merong e Marinalva, Kamakã/03/9/2018.





[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG. 
www.twitter.com/gilvanderluis             Facebook: Gilvander Moreira III

[3] Ibidem.


As condições reais de vida determinam a consciência


As condições reais de vida determinam a consciência
Por Gilvander Moreira[1]


Não cabe dicotomia entre sujeito e objeto no processo de pesquisa, nem separação entre teoria e prática. O sujeito vê/analisa o objeto, mas este também vê/influencia o sujeito. Não apenas o escultor faz uma escultura a partir da pedra, mas a pedra também molda o escultor. Segundo a filosofia sartreana “a obra constrói seu próprio autor ao mesmo tempo que ele cria a obra” (MÉSZÁROS, 1991, p. 38). Essa perspectiva teórica nos dá a possibilidade de nos aproximarmos/afastarmos metodologicamente do objeto da pesquisa. Esse processo dialético de tensão entre sujeito/objeto não pode ser entendido como neutralidade ou completo afastamento teórico-metodológico do objeto em questão. Ao contrário, por essa razão o processo de pesquisa é um processo dialético. “Toda vida social é essencialmente prática. Todos os mistérios que induzem a teoria ao misticismo encontram sua solução racional na prática humana e na compreensão dessa prática” (MARX; ENGELS, 2007, p. 534 e 539). A Observação Participante “é uma técnica de eleição para o pesquisador que visa compreender as pessoas e as suas atividades no contexto da ação, podendo reunir na Observação Participante, uma técnica de excelência que lhe permite uma análise indutiva e compreensiva” (CORREIA, 2009, p. 31).
Existem muitas alternativas ao sistema do capital e ao pensamento eurocêntrico-colonial na América Latina atualmente. Essas alternativas se expressam na constante desconstrução da ideologia dominante e em lutas sociais que buscam alterar as condições materiais históricas para se efetivar a superação do capitalismo. Essas alternativas estão na episteme de relação, na ideia de libertação através da práxis, na redefinição do papel do/da pesquisador/a social, no reconhecimento do Outro como si mesmo, no caráter histórico, indeterminado, indefinido, inacabado e relativo do conhecimento, na pluralidade epistêmica, na constante revisão de métodos, no (re)conhecimento de outros saberes. Nessa estrada têm sido imprescindíveis as contribuições da Teologia da Libertação, da Filosofia da Libertação, da Sociologia da Libertação e da obra de Paulo Freire – Pedagogia da Libertação -, sem contar inúmeros outros saberes e pensadores que dialogam, se complementam e se inspiram mutuamente.
Ao refletir sobre o sentido do passado, Eric Hobsbawm pondera e pergunta: “É evidente que a sensação de pertencer a uma tradição antiquíssima de rebelião fornece satisfação emocional, mas como e por quê?” (HOBSBAWM, 1998, p. 32-33). Ele mesmo responde: “Nadamos no passado como o peixe na água, e não podemos fugir disso. Mas nossas maneiras de viver e de nos mover nesse meio requerem análise e discussão” (HOBSBAWM, 1998, p. 35).
O mundo é construído pelo trabalho humano, que exige cérebro, músculos, nervos, mãos, enfim todo o corpo, através da ação humana coletiva. O ser humano é um animal histórico, porque trabalha e, por isso, constrói o mundo, transformando a natureza. Podem-se distinguir os seres humanos dos outros animais pela consciência, pela religião ou por outra dimensão, mas eles começam a se distinguir dos outros animais tão logo começam a produzir seus meios de vida. “Ao produzir seus meios de vida, as pessoas produzem, indiretamente, sua própria vida material. O modo pelo qual as pessoas produzem seus meios de vida depende, antes de tudo, da própria constituição dos meios de vida já encontrados e que eles têm de reproduzir” (MARX; ENGELS, 2007, p. 87).
Refutando todo e qualquer idealismo, inclusive os de esquerda, Marx e Engels enfatizam que “tal como os indivíduos exteriorizam sua vida, assim são eles. O que eles são coincide, pois, com a sua produção, tanto com o que produzem como também com o modo como produzem. O que os indivíduos são, portanto, depende das condições materiais de sua produção” (MARX; ENGELS, 2007, p. 87). No mesmo sentido, “a produção de ideias, de representações, da consciência, está, em princípio, imediatamente entrelaçada com a atividade material e com o intercâmbio material das pessoas, com a linguagem da vida real” (MARX; ENGELS, 2007, p. 93). O ser das pessoas é o seu processo de vida real.
Ao pesquisar devemos partir das pessoas realmente ativas, do seu processo de vida real, como ensinam os autores de A ideologia alemã: “[...] não se parte daquilo que as pessoas dizem, imaginam ou representam, tampouco das pessoas pensadas, imaginadas e representadas para, a partir daí, chegar às pessoas de carne e osso; parte-se das pessoas realmente ativas e, a partir de seu processo de vida real, expõe-se também o desenvolvimento dos reflexos ideológicos e dos ecos desse processo de vida. [...] As pessoas, ao desenvolverem sua produção e seu intercâmbio materiais, transformam também, com esta sua realidade, seu pensar e os produtos de seu pensar. Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência” (MARX; ENGELS, 2007, p.  94).
Marx e Engels desconstroem o idealismo demonstrando sua esterilidade quanto à capacidade de emancipar. Somente mudança de mentalidade não muda nada, só na aparência. Conquistar o fundamental para a produção e reprodução da vida humana e social – alimentação, bebida, moradia e vestuário - em qualidade e quantidade adequadas, é o elementar no processo de emancipação. Asseveram Marx e Engels: “Só é possível conquistar a libertação real [wirkliche Befreiung] no mundo real é pelo emprego de meios reais. [...] ... não é possível libertar as pessoas enquanto estas forem incapazes de obter alimentação e bebida, habitação e vestimenta, em qualidade e quantidade adequadas. A “libertação” é um ato histórico e não um ato de pensamento, e é ocasionada por condições históricas, pelas con[dições] da indústria, do co[mércio], [da agricul]tura, do inter[câmbio]” (MARX; ENGELS, 2007, p. 29).
Não esqueçamos: “O modo de produção capitalista não se circunscreve à produção; ele é modo de produção e modo de circulação de mercadorias e de troca de mercadoria por dinheiro e de dinheiro por mercadoria” (MARTINS, 1983, p. 171). Quanto mais se desenvolve o modo de produção capitalista, com novas técnicas e novos descobrimentos científicos, e com o aprofundamento da divisão do trabalho, mais a história torna-se história mundial. Por exemplo, “se na Inglaterra é inventada uma máquina que na Índia e na China tira o pão a inúmeros trabalhadores e subverte toda a forma de existência desses impérios, tal invenção torna-se um fato histórico-mundial” (MARX; ENGELS, 2007, p. 40). Com isso, a submissão dos trabalhadores a um poder que lhes é estranho – poder dominação - aumenta cada vez mais o mercado mundial. E, por isso, a necessidade de superação do sistema do capital tornou-se questão de vida ou morte. Quanto mais de desenvolve o capitalismo mais ele tritura todo tipo de vida.

Referências.
CORREIA, Maria da Conceição Batista. A observação participante enquanto técnica de investigação. In: Revista Pensar Enfermagem, Vol. 13, n. 2, p. 30-36, Lisboa: 2º Semestre de 2009.
HOBSBAWM, Eric. Sobre história. São Paulo: Companhia das letras, 1998.
MARTINS, José de Souza. Os Camponeses e a Política no Brasil: as lutas sociais no campo e seu lugar no processo político. 2ª edição. Petrópolis: Vozes, 1983.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã: crítica da mais recente Filosofia alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stirner, e do socialismo alemão em seus diferentes profetas (1845-1846). São Paulo: Boitempo Editorial, 2007.
MÉSZÁROS, István. A obra de Sartre: busca da liberdade. São Paulo: Ensaio, 1991.

Belo Horizonte, MG, 18/9/2018.

Obs.: Os vídeos, abaixo, ilustram o texto, acima.
1 - Início das Missões da XXI Romaria/Águas/Terra/MG/Lagoa da Prata/MG/2a Parte/08/9/2018.



2 - Palavra Ética na TVC/BH: Despejo e resistência em Nova Serrana, MG, Ocup. Nova Jerusalém. 07/6/2018.



3 - Vida em primeiro lugar!/24º Grito dos Excluídos/BH/MG - 2ª Parte - 07/9/2018.





[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Ciências Bíblicas; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG. 
www.twitter.com/gilvanderluis             Facebook: Gilvander Moreira III


Frei Gilvander na Rádio Tropical Digital/XXI Romaria/Águas/Terra/MG/Lago...





Frei Gilvander na Rádio Tropical Digital falando sobre a XXI Romaria das Águas e da Terra de MG, em Lagoa da Prata, MG, dia 14/9/2018.

No clima da feliz expectativa do domingo de culminância da XXI Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, 16/9/2018, Frei Gilvander Moreira, da CPT (Comissão Pastoral da Terra), mais uma vez, esteve na Rádio Tropical, de Lagoa da Prata; desta vez, em sua plataforma itinerante – Rádio Tropical Digital – para divulgar as ações já realizadas e a programação desse sábado, 15/9/2018, e do domingo de romaria, dia 16/9/2018. É preciso fazer ressoar os clamores da vida! É preciso convidar todas as pessoas de boa vontade a reunirem-se e a unirem-se nessa romaria, “Das Nascentes do São Francisco às Terras da Justiça”, “Cuidando da Mãe Terra e da Irmã Água”. Só a mobilização corajosa e responsável das forças vivas da sociedade pode conter as forças opressoras do capitalismo e dos capitalistas que, pra gerar lucros e mais lucros, insistem na depredação da natureza com a exploração desenfreada dos bens naturais, com a prática da monocultura que empobrece o solo, seca nascentes, lagoas, córregos, destroem a biodiversidade e a sociobiodiversidade, comprometendo gravemente o futuro, gerando desigualdade, violência social, miséria, fome. Enfim, destroem a vida, dom de Deus, direito de todos e todas. É preciso que todas as pessoas de boa vontade se tornem romeiros e romeiras da Mãe Terra e da Irmã Água para que a vida sobreviva com qualidade e dignidade para todos e todas, filhos e filhas, criados à imagem e semelhança do Deus da Vida.
*Vídeo original da Rádio Tropical Digital – www.facebook.com/radiotropicaldigital . Edição de Nádia Oliveira, da Equipe de Comunicação da CPT-MG. Lagoa da Prata/MG, 14/9/2018.
* Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Início das Missões da XXI Romaria/Águas/Terra/MG/Lagoa da Prata/MG/2a Pa...







Início
das Missões da XXI Romaria das Águas e da Terra de MG, em Lagoa da Prata/MG. 2a
Parte, dia 08/9/2018.

Na semana que antecedeu a
culminância da XXI Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas, realizada
em Lagoa da Prata, nesse domingo, 16/9/2018, mais de cinquenta missionários e
missionárias vindos de diversas regiões do Estado de MG foram acolhidos/as na
Paróquia São Francisco de Assis, daquela cidade. O Pároco, Padre Joel, e toda a
comunidade mostraram o rosto amoroso da Comunidade com uma acolhida calorosa,
alegre e fraterna. Padre Tonhão, Vigário Geral da Diocese de Luz, manifestou
também a alegria e a importância da Diocese de Luz em acolher a XXI Romaria das
Águas e da Terra de MG, lembrando a situação crítica da região que tem suas
águas já bem diminuídas, o bioma cerrado sendo quase todo devastado, num total
desrespeito à vida, à nossa Casa Comum. A XXI Romaria das Águas e da Terra de Minas
Gerais propõe a reconciliação com a vida em toda sua biodiversidade, com
mística transformadora e libertadora, que reconhece nas águas e na terra dons
de Deus, direitos de todos e todas, e não podem ser tratados como mercadoria
que alimenta o capitalismo e enriquece os capitalistas, à custa da destruição
de biomas, do envenenamento das águas, da Mãe Terra, do ar, dos animais e do
empobrecimento da terra. Nesse vídeo, a 2ª parte do início das missões, com
encontro realizado no Salão da Comunidade Santa Clara, uma das 11 Comunidades
da Paróquia São Francisco de Assis, em Lagoa da Prata, Diocese de Luz/MG, no
dia 08/9/2018.
*Filmagem de frei Gilvander
Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, da Equipe de
Comunicação da CPT-MG.
* Inscreva-se no You Tube,
no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander,
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sábado, 15 de setembro de 2018

Frei GIlvander na Rádio Veredas FM/Lagoa da Prata/MG/XXI Romaria/Águas/T...





Frei Gilvander na Rádio Veredas FM - 88,5, de Lagoa da Prata, MG: XXI Romaria das Águas e da Terra de MG, dia 12/9/2018.

Na Semana de Missões em preparação à culminância da XXI Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, que acontecerá em Lagoa da Prata, Diocese de Luz/MG, no próximo domingo, 16/9/2018, Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI, participou do Programa Repórter, da Rádio Veredas FM 88,5, de Lagoa da Prata, com entrevista ao vivo. *Edição de áudio com foto, por Nádia Oliveira, da Equipe de Comunicação do CPT-MG. Lagoa da Prata/MG, 12/9/2018.
* Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.

Início das Missões da XXI Romaria das Águas e da Terra/MG/Lagoa da Prata...







Início
das Missões da XXI Romaria das Águas e da Terra/MG, em Lagoa da Prata/MG. 1ª
Parte. 08/9/2018.

A XXI Romaria das Águas e da
Terra de Minas Gerais chega à Lagoa da Prata, Diocese de Luz/MG, com grande
riqueza espiritual e profética Mais de 50 missionários e missionárias da Mãe
Terra e da Irmã Água estão nessa acolhedora cidade, desde o dia 08 de setembro/2018,
quando teve início a Semana de Missões nas 11 Comunidades da Paróquia São
Francisco. Iluminados pela Palavra de Deus, que inspirou a produção da Cartilha
da XXI Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais (Sete Encontros
para Reflexão em Pequenos Grupos), missionárias e missionários se organizam
como Povo de Deus em caminhada, para anunciar a Boa Nova da Esperança e da
Libertação, para denunciar as injustiças contra a criação e as criaturas, para
convidar a todos e todas à construção de uma nova sociedade, com justiça
agrária, social e ambiental, em que todos e todas tenham vida com qualidade,
com a dignidade de filhos e filhas do Deus da Vida. Nas águas e na terra, dons
de Deus, direitos de todos e todas, está também a sacralidade da vida. É esta a
mística da XXI Romaria das Águas e da Terra de MG, que terá sua culminância em
Lagoa da Prata, Diocese de Lu/MG, nesse próximo domingo, 16/9/2018. “Das
Nascentes do São Francisco, às Terras da Justiça”, sigamos firmes na luta, em
romaria e resistência, “Cuidando da Mãe Terra e da Irmã Água”. Nesse vídeo, a
1ª parte do primeiro encontro das missionárias e missionários da XXI Romaria
das Águas e da Terra de Minas Gerais, no salão da Comunidade Santa Clara,
Paróquia São Francisco, que tem como pároco o Padre Joel.
*Filmagem de frei Gilvander
Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, da Equipe de
Comunicação do CPT-MG. Lagoa da Prata/MG, 089/2018.
* Inscreva-se no You Tube,
no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander,
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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Vida em primeiro lugar!/24º Grito dos Excluídos/BH/MG - 2ª Parte - 07/9/...





Vida em primeiro lugar! - 24º Grito dos Excluídos/BH/MG - 2ª Parte - 07/9/2018.

Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, realizou, com grande participação popular, o 24º Grito dos Excluídos. “Vida em primeiro lugar! Desigualdade gera violência: basta de privilégios!” Milhares de pessoas fizeram ressoar esse grito pelas ruas da capital mineira. É o grito contra a violação da democracia e dos direitos fundamentais, em consequência do golpe em curso, que fere a vida e a dignidade do povo brasileiro. Um grito contra as medidas politiqueiras criminosas de austeridade que só fazem aumentar a desigualdade social e, por consequência, a violência social. O momento é preocupante, é crítico, e só a mobilização popular, consciente e responsável, pode frear essa tentativa de avanço das forças do capital e dos capitalistas, que defendem privilégios, oprimem, excluem, matam, querem se apoderar das terras, das águas e gerar cada vez mais riqueza para poucos à custa de mais pobreza para muitos. Só a mobilização popular pode dar rumo novo a essa história e construir uma nova sociedade fundamentada na justiça social, a serviço da vida com dignidade para todas e todos.
*Reportagem em vídeo de frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI. 2ª Parte. Edição de Nádia Oliveira, da Equipe de Comunicação da CPT-MG. Belo Horizonte/MG, 07/9/2018.
*Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.