terça-feira, 9 de agosto de 2022

Em Josué, visão mística da luta pela terra. Por Frei Gilvander

 Em Josué, visão mística da luta pela terra. Por Frei Gilvander Moreira[1]

Legenda: Marcha do MST pela BR-324 em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Bahia, em 14/04/2022.

Siga comigo mais um pouco de reflexão sobre o livro bíblico de Josué, que será o tema do Mês da Bíblia de 2022, em setembro. O livro de Josué se destina aos grupos sociais marginalizados de todos os povos escravizados. No livro de Josué, a palavra terra (erets, em hebraico), aparece 121 vezes[2]. A terra é também adamah (Js 23,13.15), terra fértil, húmus, fonte de vida. Segundo o livro de Josué, a terra não pertence aos senhores deste mundo, mas a Deus[3]. A terra é boa (Js 23,13.15.16); nela corre leite e mel (Js 5,6). É terra sagrada, como “santuário de Javé”, em que se entra com os pés descalços (Js 5,15; cf. 24,26). Todas estas expressões indicam o que significa a terra para povos sem-terra, que têm a fé segundo a qual a terra é prometida por Deus a todos/as, mas que esta promessa não cai pronta do céu, exige-se luta para conquistá-la e socializá-la, ou seja, a terra é dom que exige luta coletiva para conquistá-la. A terra é graça, é dom, é presente, é dádiva. Deus a “dá” a seu povo[4]. Essa mística é enfatizada à exaustão, porque a realidade está sendo o oposto disso: terra privatizada em poucas mãos, seja de reis cananeus ou de imperialistas e “reis” constituídos por vacilo do povo.

A terra é dom, dádiva que se torna realidade na luta dos povos escravizados e organizados. Deus solidário e libertador, Javé age, não de cima pra baixo, de forma mágica, mas age em quem luta coletivamente testemunhando o projeto de Javé. A terra é dom na conquista, com uso de estratégias e táticas (Js 8), o que pode passar por: espionagem (Js 2; 7,2), emboscada (Js 8), enganações (Js 9,3-18), alianças (Js 9), solidariedade (Raab e tribos do Além Jordão), sagacidade (como a dos gabaonitas, que percebem os critérios para aliança entre os empobrecidos e os indicativos de vulnerabilidade do inimigo (Js 9,4-6). A terra é “herança” (nahalah, em hebraico)[5]Herdar (verbo NHLem hebraico)[6]. Lote/parte/porção (heleq)[7].

Pela infinidade de vezes em que se repete no livro de Josué que a terra é herança, podemos concluir que afirmar ser a terra herança é uma forma de refutar com veemência o aprisionamento da terra em poucas mãos gananciosas, expropriando-a dos camponeses posseiros. Afirmar e reafirmar de forma peremptória que a terra é herança é dizer com ênfase nas entrelinhas que a terra não é mercadoria para ser vendida, comercializada, pois é presente, dádiva de Deus. Herança é apenas para posse e usufruto coletivo, a ser exercido pelos/as herdeiros/as com responsabilidade social, ambiental e geracional[8]. Pelos clãs/famílias/casas (mishpahahem hebraico) (47 vezes) e (bayt (24 vezes em Josué) - o que está na linha da agricultura familiar camponesa.  

Segundo a vontade de Javé, a terra precisa ser partilhada (HLQverbo em hebraico)[9], não por mérito e nem por critérios de um Estado cúmplice do latifúndio e do status quo opressor, mas segundo as necessidades (Nm 26,52-56; 33,53-54). O livro de Josué acentua que o exercício do poder prima pela participação popular. As decisões são tomadas em assembleia, em reunião, em comunidade (qahalem hebraico): Js 8,35;
 (edah)em hebraico)[10].

Na luta pela terra, realizada com muita fé em Deus Javé, em si mesmo, nos/as companheiros/as, Deus vai junto, é parceiro, é presença - Shekinah - (Js 1,5.9). Deus luta junto, derruba os opressores (Js 6,2; 8,1; 10,8.12). A Terra conquistada (Js 1-12) precisa se tornar terra partilhada (Js 13-19), terra libertada das mãos dos reis opressores e latifundiários espoliadores, ontem e hoje. A Terra é para ser herança, trabalhada em usufruto e jamais comercializada. O livro de Josué cheira a terra. Terra boa, sagrada (Js 5,15; 24,26). A partilha da terra foi o fundamento para um novo sistema econômico, político e sociorreligioso, que se opunha à escravidão e opressão então dominantes, tanto no Egito com o imperialismo dos faraós quanto em Canaã, onde a terra se concentrava nas mãos dos reis nas Cidades-Estados.

O livro de Josué não legitima ‘guerra santa’ contra os povos que se opõem ao povo que luta pela terra. Legitima, porém, a luta de hoje, justa e necessária, para que a terra seja libertada das garras do latifúndio e do agronegócio e se torne território de todos e todas, no qual reinem relações sociais de justiça, respeito e solidariedade. A intrepidez com que os camponeses lutam pela terra não é porque querem a eliminação física dos latifundiários, mas é que, movidos pela fé no Deus Javé, sabem que a forma libertadora de amar os inimigos é retirar das suas mãos opressoras as armas da opressão. E o latifúndio é uma arma nas mãos dos latifundiários e dos agronegociantes. Libertá-los desta arma é sinal de amor ao próximo. Por isso, a luta pela terra visa criar as condições materiais objetivas para que, de fato, Terra de Deus seja terra do povo, que vive a verdadeira fraternidade entre si e com a natureza. A terra é dom, mas exige conquista, enfatizamos.

E agora, José? E agora, Maria? Em sociedades com relações sociais escravocratas, que reproduzem a latifundiarização, partilhar e socializar a terra é ato revolucionário e tem o aval do Deus Javé, porque cria condições materiais objetivas que viabilizam respeito à dignidade humana. Atualmente, as muralhas que precisam ser derrubadas não são as de Jericó, mas as muralhas que são as cercas dos latifúndios, o sistema capitalista, o agronegócio, com monoculturas insustentáveis ambientalmente e uso indiscriminado de agrotóxicos, o Estado capitalista, o poder midiático, os fundamentalismos religiosos, com todos os seus vassalos que violentam brutalmente, diariamente. E, o que é pior: mesmo sendo violentadores, acusam de violenta a contra violência, a resistência popular, a fim de continuarem reproduzindo mais violência.

 

(Obs.: No 6º artigo, seguiremos a reflexão sobre o livro de Josué).

09/8/2022

Obs.: As videorreportagens nos links, abaixo, versam sobre o assunto tratado, acima.

1 – Chaves de leitura do livro de Josué: Partilha da terra - Mês da Bíblia 2022. Por Ildo Bohn e CEBI/MG



2 - Bíblia, Palavra que Ilumina e Liberta. Dia da Bíblia, 30/9/21. Por Frei Gilvander, Irmã Ivanês etc



3 - Deram-nos a Bíblia. “Fechem os olhos!” Roubaram nossa terra. Xukuru-Kariri, Brumadinho/MG. Vídeo 5



4 - Filme PEDRA EM FLOR, de Argemiro Almeida, 1992. CEBs e Leitura Popular da Bíblia. Frei Carlos Mesters



5 - Frei Carlos Mesters entrevistado por frei Gilvander: Inspirações da Bíblia para sermos humanos



6 - COMUNIDADE, FÉ E BÍBLIA, Carmo Vídeo, 1995. Roteiro: Frei Carlos Mesters, Frei Gilvander e Argemiro



7 - Formação para o Mês da Bíblia 2022 - O livro de Josué. Por Francisco Orofino



 

 



[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; agente e assessor da CPT/MG, assessor do CEBI e Ocupações Urbanas; prof. de Teologia bíblica no SAB (Serviço de Animação Bíblica), em Belo Horizonte, MG; colunista dos sites www.domtotal.com , www.brasildefatomg.com.br , www.revistaconsciencia.com , www.racismoambiental.net.br e outros. E-mail: gilvanderlm@gmail.com  – www.gilvander.org.br  – www.freigilvander.blogspot.com.br       –       www.twitter.com/gilvanderluis         – Facebook: Gilvander Moreira III

[2] Cf. Js 1,2.4.6.11.13.14.15.15 ...

[3] Cf. Js 3,11.13; 2,11; Ex 19,5; Lv 25,23; Dt 10,14; Sl 24,1-2; 97,5; Is 66,1-2.

[4] Js 1,2.6.11.13.14.15.15; 2,9.14.24; 5,6; 9,24; 11,23; 12,6.7; 13,8.15.24.29.31.33; 14,3.12.13; 15,13; 17,4.14; 18,3.7; 21,43; 22,4.7; 23,13.15.16; 24,4.13.33.

[5] Js11,23; Js13,6.7.8.14.14.23.28.32.33; Js14,1.2.3.3.9.13.14; Js15,20; Js16,4.5.8.9; Js17,4.4.6.14; Js18,2.4.7.20.28; Js19,1.1.2.8.9.9.10.16.23.31.39.41.48.49.51;  Js 21,3;   Js 24,28.30.32.

[6] Js1,6; Js16,4; Js17,6; Js19,9.49.51.

[7] Js 14,4; 15,13; 18,5.6.7.9; 19,9; 22.25.27.

[8] 1Rs 21,3; Lv 25,23; Nm 36,7). Pelas tribos (aparece em Josué 79 vezes): shebéth (32 vezes) e matheh (47 vezes. 

[9] Js 13,7; 14,1.5; 18,2.5.10; 19,51; 22,8.

[10] Js 9,15.18.18.19.21.27; 18,1; 20,6.9; 22,12.16.17.18.20.30. 

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Livro de Josué: “líderes espirituais precisam ser pobres”. Por Frei Gilvander

 Livro de Josué: “líderes espirituais precisam ser pobres”. Por Frei Gilvander Moreira[1]

Legenda: Capa do livro HISTÓRIA DA LUTA PELA TERRA E O MST. de Mitsue
Morissawa. Ed. Expressão Popular.


Vem aí Mês da Bíblia de 2022, setembro, com o livro de Josué com o lema: “Seja firme e corajoso porque Javé teu Deus estará contigo, onde quer que vás” (Js 1,9), na luta pela terra e pelos territórios. Após três pequenos artigos com “chaves de leitura” para o livro de Josué, queremos socializar aqui mais algumas “chaves de leitura” para lermos de forma libertadora e profética o livro de Josué, que contém narrativas que, se bem entendidas, podem nos inspirar muito na luta pela terra e pelos territórios e no jeito de administrá-los de forma democrática e sustentável, exorcizando a tentação de recair no mito da propriedade privada capitalista.

No livro de Josué, em Js 14,1-5 refere-se à partilha da terra por sorteio: “A herança (terra) foi dada por sorte” (Js 14,2). Discernir qual o método e os critérios a serem seguidos na luta pela terra e na sua partilha é um desafio. Exige apropriar-se das lições da luta pela terra na história dos povos da Bíblia e de muitos outros povos. Exige também ler e interpretar de forma sensata a conjuntura, escolher táticas e firmar estratégias. Por que partilhar a terra conquistada via sorteio? A partilha da terra não deve ser feita por eleição, mas por sorteio, pois não é mercadoria para ser negociada. Em Josué aparecem várias palavras para se referir à terra partilhada: sorteio, sorte, parte, quinhão, lote. A palavra sorteio aparece em Js 14,2; 18,51; 21,4.4.5.6.8.10.20.40; 23,4; lote/parte, em Js 15,1; 16,1; 17,1.14.17; sorte/lote, em Js 18,6.8.10.11; 19,1.10.17.24.32.40.

A meritocracia é refutada com veemência pelo Evangelho de Jesus Cristo. Em Mt 20,1-17 diz-se, de forma enfática, que trabalhadores que trabalharam 9 horas, 6 horas, 3 horas e outros apenas 1 hora, receberam salário igual, “uma diária para cada um, começando pelos últimos” (Mt 20,8), pois o justo para Jesus se define a partir das necessidades das pessoas. Se todos os/as trabalhadores/as têm necessidades semelhantes, logo o justo é atribuir salário igual para todos/as. Normalmente, na luta pela terra combinam-se dois critérios principais: participação na luta e necessidade da família. Com estes dois critérios se faz o sorteio dos lotes conquistados. Para conquistar a terra e distribuí-la a todos, por sorteio, segundo a necessidade de cada um/a, é preciso vencer os “reis” que controlam a terra, explorando quem nela trabalha.

Os líderes da luta pela terra podem receber terra? Eis uma questão crucial. Segundo o livro de Josué, a tribo dos Levitas não recebe terra. “Aos levitas, porém, não deu nenhuma herança no meio dos outros” (Js 14,3). Isto é enfatizado: “E aos levitas não foi dada uma parte na terra” (Js 14,4). Os levitas tinham a missão de animar a comunidade, celebrar cultos, cuidar da dimensão religiosa e espiritual da caminhada e da luta. Não dar terra para os levitas é uma forma de dizer que os líderes espirituais precisam ser pobres. Não podem ter patrimônio, pois o lugar social, se não determina, pelo menos condiciona muito o jeito de pensar e agir. Ser pobre no meio do povo é o que dá uma santa autoridade para os levitas. Atualmente, vemos como líderes religiosos que se deixam levar pelo conforto, luxo e regalias de riqueza acabam se tornando falsos profetas e sacerdotes hipócritas, muitas vezes, lobos em pele de ovelhas.

Não foram somente os hapirus ou hebreus, mencionados nas cartas de Amarna (Egito; século XIV a.E.C.) e escravizados sob o imperialismo dos faraós no Egito que, protagonizaram o Êxodo (Fuga das garras dos faraós do Egito) e as lutas pela conquista da Terra Prometida por Javé. Vários grupos foram escravizados e fugiram da fornalha das relações sociais escravocratas do Egito sob o domínio dos faraós. Foram eles: a) os já mencionados hapirus; b) os empobrecidos da cidade, do clã de Raab;

c) pastores seminômades das estepes, endividados (shasu, mencionados em documentos egípcios); d) pastores seminômades de Madiã, terra de Jetro, sogro de Moisés; e) camponeses cananeus empobrecidos; f) povos de outras etnias, também violentados na sua dignidade humana.

Todos estes povos se articulam em clãs e tribos, primeiramente, nas montanhas, livres dos reis das Cidades-Estados de Canaã. Inclusive pastores seminômades descendentes dos patriarcas, e que não tinham participado do Êxodo do Egito, já haviam migrado para as montanhas. A presença de “estrangeiros” na luta pela terra e na terra, no livro de Josué, está em sintonia com o que defende o Terceiro-Isaías (Is 56-66) e os livros de Rute e de Jonas, em discordância com os livros de Esdras e Neemias, que em tom de restauração primam pela pureza racial e ritual como condição para a reconquista da terra e a afirmação como “povo de Deus”.

Muito mais do que afirmar que o povo, com fé em Javé, conquistou e partilhou a terra prometida por Javé, o livro de Josué quer mostrar o como, o jeito, o caminho trilhado para se conquistar a terra. Eis alguns exemplos. O livro de Josué enfatiza que Josué acolheu a voz de Javé e se levantou, de cabeça erguida, olhar firme, sem ficar enroscado em complexos de impotência (“Ah se eu pudesse!?”), ou de pequenez (“Quem sou eu!” “Se eu tivesse poder ...”). A exortação de Javé para Josué se levantar aparece várias vezes. “Levanta-te!” (Js 1,2; 7,10.13; 8,1).

O livro de Josué mostra também que a coragem de lutar é imprescindível para a conquista da terra. “Uma pessoa corajosa vale mais que um exército”, diz certa sabedoria popular. A exortação à coragem também aparece várias vezes. “Sê forte e corajoso!” (Js 1,6.7.9.18; cf. 10,25). O livro de Josué mostra que coragem é o contrário do medo. Quem tem medo não tem coragem e não será exitoso na luta pela terra. A exortação a exorcizar o medo é enfatizada muitas vezes. “Não temas!” (Js 1,9; 8,1; 10,8; 11,6; 10,8; 11,6; cf. 10,25). Entretanto, coragem não se adquire apenas com oração, mas com mãos à luta, que é o melhor remédio para expulsar o medo e infundir coragem. Quem entra para a luta coletiva pela terra e por qualquer direito humano pouco a pouco vai crescendo em coragem e perdendo o medo de se arriscar nas lutas justas e necessárias. Quem não luta vai sendo pouco a pouco tomado pelo medo e pelo desânimo.

(Obs.: No 5º artigo, seguiremos a reflexão sobre o livro de Josué).

02/8/2022

Obs.: As videorreportagens nos links, abaixo, versam sobre o assunto tratado, acima.

1 – Chaves de leitura do livro de Josué: Partilha da terra - Mês da Bíblia 2022. Por Ildo Bohn e CEBI/MG


2 - Bíblia, Palavra que Ilumina e Liberta. Dia da Bíblia, 30/9/21. Por Frei Gilvander, Irmã Ivanês etc



3 - Deram-nos a Bíblia. “Fechem os olhos!” Roubaram nossa terra. Xukuru-Kariri, Brumadinho/MG. Vídeo 5



4 - Filme PEDRA EM FLOR, de Argemiro Almeida, 1992. CEBs e Leitura Popular da Bíblia. Frei Carlos Mesters



5 - Frei Carlos Mesters entrevistado por frei Gilvander: Inspirações da Bíblia para sermos humanos



6 - COMUNIDADE, FÉ E BÍBLIA, Carmo Vídeo, 1995. Roteiro: Frei Carlos Mesters, Frei Gilvander e Argemiro



7 - Formação para o Mês da Bíblia 2022 - O livro de Josué. Por Francisco Orofino



 



[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; agente e assessor da CPT/MG, assessor do CEBI e Ocupações Urbanas; prof. de Teologia bíblica no SAB (Serviço de Animação Bíblica), em Belo Horizonte, MG; colunista dos sites www.domtotal.com , www.brasildefatomg.com.br , www.revistaconsciencia.com , www.racismoambiental.net.br e outros. E-mail: gilvanderlm@gmail.com  – www.gilvander.org.br  – www.freigilvander.blogspot.com.br       –       www.twitter.com/gilvanderluis         – Facebook: Gilvander Moreira III

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Evento extremo do crime continuado da Vale no Funil em Mário Campos/MG: Alagamento de casas/quintais

Evento extremo do crime continuado da Vale no Funil em Mário Campos/MG: Alagamento de casas/quintais




Denúncia! Alagamento de casas e quintais, sem chuva, nas margens do rio Paraopeba: Evento extremo do crime continuado da Vale S/A, na área do Funil, em Mário Campos/MG. Vídeo 1 – 27/7/22


Filmagem, Edição e Divulgação: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Populares, em Minas Gerais. Acompanhe a luta pela terra e por Direitos também via www.gilvander.org.br – www.freigilvander.blogspot.com www.cebimg.org.br - www.cptmg.org.br - www.cptminas.blogspot.com.br Todos os vídeos, músicas e imagens utilizados no vídeo pertencem aos seus respectivos proprietários. O material é utilizado apenas para fins educacionais e se enquadra nas diretrizes de uso aceitável. Não se pretende infringir direitos autorais. Se você é o proprietário do conteúdo legal de qualquer vídeo, música e imagem aqui usados e gostaria que fossem removidos, por favor, entre em contato conosco (Frei Gilvander – gilvanderlm@gmail.com ), Qualquer infração não foi feita de propósito e será retificada para a satisfação de todas as partes. No Instagram: Frei Gilvander Moreira (gilvanderluismoreira) No Spotify: Frei Gilvander luta pela terra e por direitos No Tiktok: @FreiGilvander *Inscreva-se no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link:
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terça-feira, 26 de julho de 2022

Luta pela terra no livro de Josué: e nós? Por Frei Gilvander

 Luta pela terra no livro de Josué: e nós? Por Frei Gilvander Moreira[1]


Em setembro de 2022, o mês da Bíblia terá como tema o livro de Josué com o lema: “Seja firme e corajoso porque Javé teu Deus estará contigo, onde quer que vás” (Js 1,9), na luta pela terra e pelos territórios. Expropriados e forçados a se tornarem migrantes errantes por várias regiões, os povos da Bíblia tiveram que lutar muito pela terra, porque ela estava sequestrada nas mãos dos faraós, no Egito; dos reis das cidades-estados e de pretensos senhores da terra, que delas se apropriavam, expropriando os camponeses, em Canaã. Assim, desrespeitavam o preceito bíblico de “Terra de Deus, terra de irmãos/ãs”.

Se lermos de forma literal e fundamentalista o livro de Josué, podemos tirar conclusões que justifiquem “guerra santa” e violência em nome de Deus. O livro de Josué, porém, pode ser comparado a uma corda composta de vários fios diferentes, de épocas diferentes, ou a uma casa construída com tijolos de vários formatos, de épocas diferentes. À primeira vista, há uma exaltação de Josué como o grande líder e sucessor de Moisés. Isso provavelmente foi escrito para cacifar e legitimar as reformas que o rei Josias - outra versão do nome Josué - estava tentando implementar de 640 a 609 a.E.C. Essa época foi de um vazio político dos impérios: o Império Assírio destroçado e o Babilônico ainda não erguido a ponto de poder controlar Canaã/Palestina.

Moisés não foi o único líder libertador dos povos escravizados sob as garras do imperialismo dos Faraós. O movimento de libertação iniciara-se com as mulheres parteiras, que se haviam rebelado fazendo greve geral e desobediência civil e religiosa diante de um decreto-lei do faraó que mandava matar os meninos no momento do parto, visando o controle de natalidade. Miriam foi outra grande libertadora dos povos escravizados no Egito. Assim também, na história real, a luta pela terra não teve uma liderança monopolizada por Josué. Inúmeros grupos escravizados e considerados subalternos pelo poderio das cidades-estados foram protagonistas nas lutas empreendidas. Precisamos ler não apenas nas linhas, mas nas entrelinhas e por trás das palavras do livro de Josué, para compreendermos as lutas de fato ocorridas, como diversas e processuais.

O livro de Josué abre a segunda parte da Bíblia Hebraica, os Profetas (Nebiim, em hebraico) chamados “anteriores”: Josué, Juízes, 1Samuel, 2Samuel, 1Reis e 2Reis. O livro de Josué não é história e nem crônica jornalística, mas teologia narrativa da conquista e da partilha da terra pelos povos escravizados que se uniram e se organizaram na luta pela terra. Em uma aliança com Javé, o Deus solidário e libertador que ouve o clamor dos/as escravizados/as e desce para aliar-se às lutas libertárias, o povo caminha e luta pela terra prometida (Ex 3,7-9). O nome Josué (Yehoshu‘a, em hebraico) significa “Javé salva, liberta, socorre”. Mais que ser uma pessoa, Josué representa um projeto: Javé liberta, tomando a terra dos opressores e dando-a aos sem-terra que se unem, se organizam e lutam, com fé, coragem e sem desanimar. Assim, a terra é dom e conquista.

Nos primeiros 12 capítulos do livro de Josué temos, em narrativa teológica, a luta pela conquista da terra prometida por Javé, o Deus do Êxodo. Js 1-12 busca mostrar que o Deus Javé é mais poderoso que todas as divindades do império Assírio. Na segunda parte de Josué, nos capítulos 13 a 24, temos a partilha e distribuição da terra conquistada. À primeira vista, a conquista da terra se deu de forma rápida, ininterrupta, global, total, como se tivesse acontecido em uma guerra relâmpago, e a sua partilha também. Essa ideia de conquista rápida e global reforçava as intenções expansionistas do rei Josias (640 a 609 a.E.C), época da primeira versão do livro de Josué. Importa recordar que o governo do rei Josias se dá em um momento histórico de certo vácuo do poder imperialista. O Império Assírio estava destroçado e o Império Babilônico ainda não estava mostrando suas garras expansionistas.

Observando as entrelinhas do texto do livro de Josué e também do livro de Juízes percebemos que certamente a conquista da terra de Canaã/Palestina se deu de forma parcial, em um processo complexo, longo, com vitórias e derrotas. A partilha também. No livro de Juízes, líderes do povo, tidos como heróis, são convocados por Javé para libertar territórios das garras de povos idólatras e opressores. Sansão, o último líder deles, foi convocado para libertar o território do domínio dos filisteus e isso durou muito tempo, até o reinado de Davi (2Sm 8,1).

Segundo o livro de Juízes, diferentemente do livro de Josué, a conquista da terra se deu de forma descentralizada, por meio da luta empreendida pelas tribos de forma autônoma, sem coordenação de Josué. Em Jz 1,21.27-36, temos uma lista de cidades e de territórios ainda não conquistados, todos da planície, exceto Jerusalém, que será conquistada apenas no início da monarquia (2Sm 5,6-12). As cidades da planície de Jezrael só foram conquistadas na época do reinado do rei Salomão, de 970 a 930 a.E.C., (1Rs 4,12; 9,15).

No livro de Josué há também contradições internas. Por exemplo, Js 13,1b lamenta: “Ainda ficou muitíssima terra por conquistar”. Em Js 13,1-13 encontra-se a lista dos territórios não conquistados: “territórios dos filisteus, território de Acaron, grilado pelos cananeus ...” É bom lembrar que a fixação de limites territoriais interessava principalmente ao Estado, para implementar cobrança de tributos (1Rs 4), para arregimentação de soldados para as guerras (Cf. 2Sm 24) e para convocar trabalhadores para a corveia (Cf. 1Rs 5,13ss). Para as comunidades tribais, limites de territórios pouco importavam, pois predominava a noção comunal da terra.

Há outras contradições internas no livro de Josué. Em Js 18,10, quem reparte a terra em Silo é Josué sozinho para sete tribos. Contraditoriamente, em Js 14,5 e 19,49, o povo todo participa na partilha da terra. Isto indica formas diferentes de reler a história, com intenções diferentes. A assembleia de Js 8,32-35, além dos homens, inclui mulheres, crianças e estrangeiros. No entanto, na “assembleia” de Js 23, estrangeiros são excluídos (Cf. Js 23,7-13; Esd 10; Ne 12-13). Estas diferenças indicam releituras da história com finalidades diferentes.

O livro de Josué reafirma o que está em Êxodo, Números e Deuteronômio: “a terra deve ser repartida como herança” (Js 13,6). E enfatiza: “Reparta a terra para ser herança ...” (Js 13,7). Exclui-se terminantemente a ideia da terra como mercadoria, passível de venda e compra. A luta pela terra é legítima apenas para usufruto, para passar de pai e mãe para filhos/as, netos/as ..., jamais por interesse de mercado.

(Obs.: No próximo artigo, seguiremos a reflexão sobre o livro de Josué).

26/7/2022

Obs.: As videorreportagens nos links, abaixo, versam sobre o assunto tratado, acima.

1 – Chaves de leitura do livro de Josué: Partilha da terra - Mês da Bíblia 2022. Por Ildo Bohn e CEBI/MG



2 - Bíblia, Palavra que Ilumina e Liberta. Dia da Bíblia, 30/9/21. Por Frei Gilvander, Irmã Ivanês etc



3 - Deram-nos a Bíblia. “Fechem os olhos!” Roubaram nossa terra. Xukuru-Kariri, Brumadinho/MG. Vídeo 5



4 - Filme PEDRA EM FLOR, de Argemiro Almeida, 1992. CEBs e Leitura Popular da Bíblia. Frei Carlos Mesters



5 - Frei Carlos Mesters entrevistado por frei Gilvander: Inspirações da Bíblia para sermos humanos



6 - COMUNIDADE, FÉ E BÍBLIA, Carmo Vídeo, 1995. Roteiro: Frei Carlos Mesters, Frei Gilvander e Argemiro


7 - Formação para o Mês da Bíblia 2022 - O livro de Josué. Por Francisco Orofino



 

 



[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; agente e assessor da CPT/MG, assessor do CEBI e Ocupações Urbanas; prof. de Teologia bíblica no SAB (Serviço de Animação Bíblica), em Belo Horizonte, MG; colunista dos sites www.domtotal.com , www.brasildefatomg.com.br , www.revistaconsciencia.com , www.racismoambiental.net.br e outros. E-mail: gilvanderlm@gmail.com  – www.gilvander.org.br  – www.freigilvander.blogspot.com.br       –       www.twitter.com/gilvanderluis         – Facebook: Gilvander Moreira III

segunda-feira, 25 de julho de 2022

“Nas Ocupações Urbanas também podem ter casas de taipa, barro e pau a pique”, Banho e Horta Comunitária na Aldeia Arapowã Kakya, na Retomada Indígena Xukuru-Kariri, em Brumadinho, MG. Vídeo 3

“Nas Ocupações Urbanas também podem ter casas de taipa, barro e pau a pique”, Banho e Horta Comunitária na Aldeia Arapowã Kakya, na Retomada Indígena Xukuru-Kariri, em Brumadinho, MG. Vídeo 3 – 24/7/22



“Nas Ocupações Urbanas também podem ter casas de taipa, barro e pau a pique”, Banho e Horta Comunitária na Aldeia Arapowã Kakya, na Retomada Indígena Xukuru-Kariri, em Brumadinho, MG. Vídeo 3 – 24/7/22 Filmagem, Edição e Divulgação: Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Populares, em Minas Gerais.


Acompanhe a luta pela terra e por Direitos também via www.gilvander.org.br – www.freigilvander.blogspot.com www.cebimg.org.br - www.cptmg.org.br - www.cptminas.blogspot.com.br Todos os vídeos, músicas e imagens utilizados no vídeo pertencem aos seus respectivos proprietários. O material é utilizado apenas para fins educacionais e se enquadra nas diretrizes de uso aceitável. Não se pretende infringir direitos autorais. Se você é o proprietário do conteúdo legal de qualquer vídeo, música e imagem aqui usados e gostaria que fossem removidos, por favor, entre em contato conosco (Frei Gilvander – gilvanderlm@gmail.com ), Qualquer infração não foi feita de propósito e será retificada para a satisfação de todas as partes. No Instagram: Frei Gilvander Moreira (gilvanderluismoreira) No Spotify: Frei Gilvander luta pela terra e por direitos No Tiktok: @FreiGilvander *Inscreva-se no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link:
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Construção de CASA ECOLÓGICA (Casa de Taipa), na Aldeia Arapowã Kakya, Xukuru-Kariri, Brumadinho/MG - Vídeo 1

Construção de CASA ECOLÓGICA (Casa de Taipa), na Aldeia Arapowã Kakya, Xukuru-Kariri, Brumadinho/MG - Vídeo 1 - 24/7/22






terça-feira, 19 de julho de 2022

Contexto para estudo do livro de Josué. Por Frei Gilvander

 Contexto para estudo do livro de Josué. Por Frei Gilvander Moreira[1]



Em setembro, Mês da Bíblia, em 2022, somos convidados/as a estudar, refletir e a inspirar-nos no livro de Josué, o 6º livro da Bíblia, com o lema: “Seja firme e corajoso porque Javé teu Deus estará contigo, onde quer que vás” (Js 1,9). O CEBI[2]-MG publicou um livrinho texto-base - LIVRO DE JOSUÉ: luta pela terra, dom e conquista: Uma leitura do livro de Josué feita pelo CEBI-MG. Quero partilhar aqui mais um pouco do nosso artigo que integra o livrinho referido acima: “TERRA DE DEUS, TERRA DO POVO: DOM E CONQUISTA”, com o subtítulo “A luta para conquistar e partilhar a terra no livro de Josué e nos dias de hoje”. Ainda sobre a luta pela terra no nosso querido Brasil.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) já realizou seis congressos. No seu III Congresso, realizado de 24 a 27 de julho de 1995, como lema de luta para os anos de 1995 a 1999, o MST cunhou: “Reforma Agrária, uma luta de todos!” Duas semanas após, dia 09 de agosto, ocorreu o massacre de Corumbiara, na Fazenda Santa Elina, em Rondônia, pela polícia militar que assassinou nove trabalhadores Sem Terra, inclusive com tiros pelas costas a curta distância. Vanessa dos Santos Silva, criança de sete anos, foi assassinada enquanto fugia de mãos dadas com sua mãe. Dois policiais também morreram no conflito em Corumbiara.

Compreender a luta pela reforma agrária tornou-se pertinente e necessário diante do crescimento do êxodo rural e, consequentemente, da população urbana. Era preciso infundir a ideia de que a luta pela terra e a reforma agrária como política pública interessam não apenas aos camponeses, mas diretamente também ao povo da cidade. Por isso, um dos gritos de luta foi: “Se o campo não planta, a cidade não janta!” Trabalhadores do campo e da cidade, juntos em unidade na luta!

O massacre de Eldorado dos Carajás, acontecido no final de tarde do dia 17 de abril de 1996, foi um divisor de águas na luta pela terra no Brasil. Por isso, 17 de abril tornou-se o Dia Internacional de Luta Camponesa. Após o massacre de Eldorado dos Carajás, o MST deu um salto de qualidade e cresceu muito, pois o sangue dos 21 camponeses tombados na curva do S irrigou a semente da luta pela terra, em uma infinidade de outros territórios no campo brasileiro. Em 18 de dezembro de 1996, o Congresso Nacional aprovou nova lei, prescrevendo o aumento do valor do Imposto Territorial Rural (ITR) para as propriedades rurais improdutivas, bem como o rito sumário que encurta os prazos da lei de desapropriação de terras para fins de reforma agrária. Beneficiou, porém, os latifundiários, que ganharam o direito de receber o pagamento da terra no momento em que o INCRA iniciasse a ação de desapropriação na Justiça e ainda o direito de avaliação do ‘preço justo’ do imóvel. Foi aprovado, ainda, o projeto que autoriza a intermediação do Ministério Público nos conflitos agrários. A principal arma de atuação política do MST durante esse governo foi a pressão exercida por meio das ocupações de terra. No ano, 2000, Bernardo Mançano defendia a tese segundo a qual a luta pela terra só se torna exitosa pela ocupação de terras. Apertado, o governo federal é forçado a promover pelo menos política de assentamento em áreas de conflitos.

Ao longo da história, tem acontecido também o aprisionamento da terra, bem como lutas populares pela conquista da terra. Em pleno século XXI, o projeto neocolonial-imperial capitalista- extrativista concentra(dor), em nome do lucro desenfreado e da acumulação de capital continua expropriando e superexplorando os camponeses e as camponesas e todos os ecossistemas e biomas. Documentos da FAO-ONU para a América Latina mostram que mais da metade das terras agrícolas cultiváveis está sequestrada nas mãos de 1% de empresários do campo, que compreendem a terra como mercadoria e, por isso, implementam unidades produtivas de commodities para o mercado de exportação. É impressionante constatar que 80% das pequenas propriedades - de agricultores familiares - ocupam menos de 13% do território, sendo que produz cerca de 70% dos alimentos que chegam ao prato do povo brasileiro.

 Assim, posseiros, assentados a partir da mínima reforma agrária já realizada, agricultores familiares e os Povos e Comunidades Tradicionais compreendem a terra como espaço de sustento da vida humana e de todos os seres vivos. Os povos indígenas de Abya Yala têm uma relação horizontal com a terra por compreendê-la como Pacha Mama. Para a mística e espiritualidade libertadora, a terra é Gaia, um grande ser vivo, e não pode continuar sendo objeto de exploração, pois é fonte de vida.

Neste contexto, tornou-se imprescindível buscarmos luzes e forças divinas no livro de Josué, como inspiração bíblica para seguirmos na luta pela terra e pela boa e saudável administração dos territórios já conquistados. Como a luta pela terra aconteceu sob o protagonismo dos povos da Bíblia, segundo o livro de Josué? Eis o que exporemos no próximo artigo.

 

(Obs.: No próximo artigo, seguiremos a reflexão sobre o livro de Josué).

 

19/7/2022

Obs.: As videorreportagens nos links, abaixo, versam sobre o assunto tratado, acima.

1 – Chaves de leitura do livro de Josué: Partilha da terra - Mês da Bíblia 2022. Por Ildo Bohn e CEBI/MG



2 - Bíblia, Palavra que Ilumina e Liberta. Dia da Bíblia, 30/9/21. Por Frei Gilvander, Irmã Ivanês etc



3 - Deram-nos a Bíblia. “Fechem os olhos!” Roubaram nossa terra. Xukuru-Kariri, Brumadinho/MG. Vídeo 5



4 - Filme PEDRA EM FLOR, de Argemiro Almeida, 1992. CEBs e Leitura Popular da Bíblia. Frei Carlos Mesters



5 - Frei Carlos Mesters entrevistado por frei Gilvander: Inspirações da Bíblia para sermos humanos



6 - COMUNIDADE, FÉ E BÍBLIA, Carmo Vídeo, 1995. Roteiro: Frei Carlos Mesters, Frei Gilvander e Argemiro



 



[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; agente e assessor da CPT/MG, assessor do CEBI e Ocupações Urbanas; prof. de Teologia bíblica no SAB (Serviço de Animação Bíblica), em Belo Horizonte, MG; colunista dos sites www.domtotal.com , www.brasildefatomg.com.br , www.revistaconsciencia.com , www.racismoambiental.net.br e outros. E-mail: gilvanderlm@gmail.com  – www.gilvander.org.br  – www.freigilvander.blogspot.com.br       –       www.twitter.com/gilvanderluis         – Facebook: Gilvander Moreira III

[2] Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos – www.cebimg.org.br