terça-feira, 12 de março de 2019

Na luta dos indígenas pela terra, em Caldas/MG, SOMOS TODOS KIRIRI/Vídeo...




Na luta do Povo Indígena pela terra, em Caldas, sul de MG, SOMOS TODOS KIRIRI. Vídeo 3. 27/1/2019.

Na Aldeia Indígena Kiriri, em Caldas, no sul de Minas Gerais, 16 famílias (43 pessoas) vindas do oeste da Bahia ocupam uma área de 30 hectares, em retomada, onde convivem em plena harmonia com a Mãe Terra, a Irmã Água e toda a Natureza. Essa harmonia se faz também presente na convivência uns com os outros e com a comunidade rural do Rio Verde, onde estão inseridos. Ali, além de dedicarem-se ao cultivo de lavouras, pomar e plantas medicinais de forma agroecológica, sem uso de veneno nas plantações, os indígenas cuidam também da preservação da mata do território e dedicam-se ao reflorestamento de áreas devastadas da mata. Para o Povo Indígena Kiriri, esta mata é templo sagrado, espaço de espiritualidade e fortalecimento de sua fé, de sua cultura e garantia de sobrevivência. Em outubro de 2018, o Povo Kiriri, em Caldas/sul de MG, foi notificado da Liminar de Reintegração de Posse, reivindicada pela UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais) e Governo de Minas Gerais. Entretanto, graças à luta desse povo e de toda a Rede de Apoio (Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Associação da APA da Pedra Branca, Igreja católica de Caldas, capoeiristas, professores/ras da UEMG, estudantes, advogados populares, Ministério Público Federal (MPF) etc), em reunião realizada em Pouso Alegre, no Ministério Público Federal, a UEMG posicionou-se com acordo de cessão das terras aos Kiriri. Há um clamor por justiça na esperança de que o Governo de Minas Gerais e o Poder Judiciário decidam pelo acolhimento do direito da Comunidade Indígena Kiriri de permanecer na terra outrora habitada por seus ancestrais e, portanto, legitimamente sua. O justo e ético é que o Governo de Minas e o Poder Judiciário respeitem os direitos do Povo Indígena Kiriri e tudo o que já foi e está sendo construído no território. Nesse vídeo, a terceira parte da videorreportagem feita por frei Gilvander, da CPT, no dia 27 de janeiro de 2019, na Aldeia Indígena do Povo Kiriri, em Caldas, no sul de Minas Gerais, quando a comunidade indígena e apoiadores reuniram-se para celebrar mais um passo nessa luta pela terra, com a fundação da Associação do Povo Indígena Kiriri de Caldas, sul de MG.

Padre Fabiano, pároco da Paróquia de Caldas, sul de Minas Gerais, manifestando o Apoio da igreja católica de Caldas e da Arquidiocese de Pouso Alegre à permanência da Comunidade Indígena Kiriri na área ocupada na Comunidade rual do Rio Verde, em Caldas. Como sinal desse apoio, a Arquidiocese de Pouso Alegre contribuirá na construção de um Posto de Saúde na Aldeia Indígena Kiriri, em Caldas. Foto: frei Gilvander

* Videorreportagem de frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Caldas, sul de MG, 27/1/2019. Vídeo 3.
* Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.


PM SE PREPARA PARA DESPEJAR A OCUPAÇÃO DOS CARROCEIROS, no Tirol, em Belo Horizonte, MG!


PM SE PREPARA PARA DESPEJAR A OCUPAÇÃO DOS CARROCEIROS, no Tirol, em Belo Horizonte, MG!

Mães e crianças da Ocupação dos Carroceiros que, angustiados, temem ser jogadas na rua com suas crianças, no Tirol, região do Barreiro, em Belo Horizonte, MG. Foto: Frei Gilvander
Ontem, dia 11 de março de 2019, na parte da manhã, na sede do 41ª Batalhão da PM/MG, região do Barreiro, em Belo Horizonte, MG, foi realizada reunião com representantes da Prefeitura de Belo Horizonte, outros órgãos públicos e Polícia Militar para preparar o despejo da Ocupação dos Carroceiros, tendo as famílias sido barradas de participarem.
O Comandante do 41º Batalhão da PM, Tenente Coronel Cassio, impediu as famílias de participarem da reunião, mesmo sendo um direito de qualquer cidadão participar de atos públicos que envolvam seus direitos. Como no local encontrava-se presente o Desembargador Paulo Mendes Alvares, representando o Centro Judiciário de Solução de Conflitos (CEJUSC), presente à reunião de preparação do despejo representando o Poder Judiciário mineiro, que marcou uma reunião de tentativa de conciliação.
Mais um mar de injustiças inunda nosso povo sofrido sem teto do estado de Minas Gerais. Mesmo com inúmeras denúncias e alertas feitos pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e Comissão Pastoral da Terra (CPT) e sua rede de apoio que conta com profissionais da geologia e arquitetura, o Poder Judiciário até o momento não reviu a injusta e sem lógica que mandar despejar as famílias com base em um laudo com informações falsas emitidas pela Defesa Civil do Município de Belo Horizonte.
Estamos vendo mais uma vez o problema da falta de moradia digna ser tratada como caso de polícia. Onde está o governo de Romeu Zema, que se diz NOVO, mas que está repetindo as mesmas injustiças e erros de seus antecessores? Onde está o prefeito Alexandre Kalil que repete aos quatros ventos que governa para quem realmente precisa?
Clamamos ao Poder Judiciário para que suspenda a injusta decisão determinou o despejo das famílias carroceiras, já que por um lado, não existe qualquer risco à permanência delas no local da ocupação (ao contrário do que alega de forma mentirosa a Defesa Civil Municipal de Belo Horizonte). Laudo de geólogos, topógrafos e arquitetos imparciais, com mais de 50 páginas, demonstram que as famílias da Ocupação dos Carroceiros, no Tirol, no Barreiro, em BH, não estão em área de risco. além de que as famílias não tem para onde ir.
O Governador Romeu Zema, do partido NOVO, e o prefeito Alexandre Kalil têm o dever de solucionar esse grave conflito social por meio de política pública de moradia digna para estas famílias, que somente ocuparam o terreno onde vivem, por fazerem parte do gigante déficit habitacional que assola a cidade de Belo Horizonte e o Estado de Minas Gerais. Despejar sem alternativa justa, digna e prévia é inconstitucional, pois violenta a dignidade humana e pisoteia no direito constitucional à moradia.
Enquanto morar for um privilégio, ocupar é um direito!
Exigimos uma solução digna, prévia e pacífica para as nossas famílias.
NÃO AO DESPEJO DOS CARROCEIROS!

Resiste Carroceiros!

Assinam esta Nota:
Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e
Comissão Pastoral da Terra (CPT/MG)

Belo Horizonte/MG, 11 de março de 2019.

Obs.: Os vídeos, abaixo, demonstram também que as famílias não estão em área de risco. Logo, despejá-las será injustiça que clamará aos céus!

1 - Ocupação dos Carroceiros no Tirol/BH: Mães e técnicos clamam por justiça no TJMG. Vídeo 1 - 24/1/19



2 - Geólogo: "Forçar desocupação na Ocupação dos Carroceiros/BH é arbitrariedade"/23/1/2019/Vídeo 2



3 - Ocupação dos Carroceiros/BH/MG: NÃO HÁ RISCO DE DESABAMENTO! DESPEJO, NÃO! - Vídeo 1 - 13/1/2019



4 - A Ocupação dos Carroceiros em BH/MG é segura! Despejo, não! - Vídeo 2 - 13/1/2019



5 - Ocupação dos Carroceiros/Bairro Tirol/BH/MG: Negociação, sim. Despejo, não. 23/9/2018.



6 - Ocupação dos Carroceiros/BH/MG:Respeito e Negociação, SIM. Despejo, NÃO. 30/12/2018



7 - Pelo direito à moradia, despejo na Ocupação dos Carroceiros em BH, não! Vídeo 2 - 30/12/18






segunda-feira, 11 de março de 2019

Povo Kiriri/ Caldas/MG: O direito à terra que lhes pertence. Despejo, nã...



Povo Indígena Kiriri, em Caldas, MG: O sagrado direito de viver na terra que lhes pertence. DESPEJO, NÃO! - Vídeo 1 - 27/1/2019.

Em Caldas, sul de Minas Gerais, 16 famílias do Povo Indígena Kiriri, vindas do oeste da Bahia, ocupam uma área situada no bairro rural Rio Verde, a 7 km da sede do município de Caldas. Na área, os Kiriri construíram suas casas de pau a pique e barro, plantam lavouras, árvores frutíferas e plantas medicinais de forma agroecológica, sem veneno e, mesmo sem a estrutura adequada, passando por dificuldades pela falta de atenção do Poder Público, as famílias lutam pelo sagrado direito à terra que lhes pertence, por direito legítimo, para que possam nela viver e conviver em paz e harmonia com a Mãe terra e toda a natureza, e uns com os outros e com comunidade entorno, conforme sua cultura, suas tradições, suas origens, em sintonia com todos os encantados, seus ancestrais. Em outubro de 2018, o Povo Kiriri, em Caldas/sul de MG, foi notificado da Liminar de Reintegração de Posse, reivindicada pela UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais) e Governo de Minas Gerais. Entretanto, graças à luta desse povo e de toda a Rede de Apoio (Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Associação da APA da Pedra Branca, Igreja católica de Caldas, capoeiristas, professores/ras da UEMG, estudantes, advogados populares, Ministério Público Federal (MPF) etc), em reunião realizada em Pouso Alegre, no Ministério Público Federal, a UEMG posicionou-se com acordo de cessão das terras aos Kiriri. Há um clamor por justiça na esperança de que o Governo de Minas Gerais e o Poder Judiciário decidam pelo acolhimento do direito da Comunidade Indígena Kiriri de permanecer na terra outrora habitada por seus ancestrais e, portanto, legitimamente sua. O justo e ético é que o Governo de Minas e o Poder Judiciário respeitem os direitos do Povo Indígena Kiriri e tudo o que já foi e está sendo construído no território. Nesse vídeo a primeira parte da videorreportagem feita por frei Gilvander, da CPT, no dia 27 de janeiro de 2019, na Aldeia Indígena do Povo Kiriri em Caldas, MG, com a apresentação da Aldeia Indígena Kiriri pelo Cacique Adenilson e por Wellington, mostrando o trabalho ali desenvolvido na terra, suas construções e suas esperanças.

Reunião com a Reitoria da UEMG na Cidade Administrativa dia 06/02/2019. A Reitora Lavínia, o vice-reitor da UEMG e o procurador da UEMG tem posição a favor da manutenção da Comunidade Indígena Kiriri na terra ocupada em Caldas, no sul de Minas Gerais. Entretanto, parecer da Secretaria Estadual da Fazenda exige o despejo das 16 famílias Kiriri da área e dos não índios que também ocupam parte da área do Governo de MG em Caldas na Comunidade Rural do Rio Verde. Foto: Dilvulgação / site da UEMG. 


*Videorreportagem de frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Caldas, sul de MG, 27/1/2019. Vídeo 1.
 * Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.


Índios Kiriri, em Caldas, sul de MG: Celebração da luta pelo direito à t...



Povo Indígena Kiriri, em Caldas, sul de MG: Celebração da luta pelo direito à terra - Clamor por justiça! Vídeo 2 - 27/1/2019.

Na Aldeia Indígena Kiriri, em Caldas, no sul de Minas Gerais, 16 famílias (43 pessoas) vindas do oeste da Bahia ocupam uma área de 30 hectares, em retomada, onde convivem em plena harmonia com a Mãe Terra, a Irmã Água e toda a Natureza. Essa harmonia se faz também presente na convivência uns com os outros e com a comunidade rural do Rio Verde, onde estão inseridos. Ali, além de dedicarem-se ao cultivo de lavouras, pomar e plantas medicinais de forma agroecológica, sem uso de veneno nas plantações, os indígenas cuidam também da preservação da mata do território e dedicam-se ao reflorestamento de áreas devastadas da mata. Para o Povo Indígena Kiriri, esta mata é templo sagrado, espaço de espiritualidade e fortalecimento de sua fé, de sua cultura e garantia de sobrevivência. Em outubro de 2018, o Povo Kiriri, em Caldas/sul de MG, foi notificado da Liminar de Reintegração de Posse, reivindicada pela UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais) e Governo de Minas Gerais. Entretanto, graças à luta desse povo e de toda a Rede de Apoio (Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Associação da APA da Pedra Branca, Igreja católica de Caldas, capoeiristas, professores/ras da UEMG, estudantes, advogados populares, Ministério Público Federal (MPF) etc), em reunião realizada em Pouso Alegre, no Ministério Público Federal, a UEMG posicionou-se com acordo de cessão das terras aos Kiriri. Há um clamor por justiça na esperança de que o Governo de Minas Gerais e o Poder Judiciário decidam pelo acolhimento do direito da Comunidade Indígena Kiriri de permanecer na terra outrora habitada por seus ancestrais e, portanto, legitimamente sua. O justo e ético é que o Governo de Minas e o Poder Judiciário respeitem os direitos do Povo Indígena Kiriri e tudo o que já foi e está sendo construído no território. Nesse vídeo, a segunda parte da videorreportagem feita por frei Gilvander, da CPT, no dia 27 de janeiro de 2019, na Aldeia Indígena do Povo Kiriri, em Caldas, no sul de Minas Gerais, quando a comunidade indígena e apoiadores reuniram-se para celebrar mais um passo nessa luta pela terra, com a fundação da Associação do Povo Indígena Kiriri de Caldas, sul de MG.

Foto: G. L. Moreira

* Videorreportagem de frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Caldas, sul de MG, 27/1/2019. Vídeo 2.
* Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.


sábado, 9 de março de 2019

Mineradora MIB em Córrego do Feijão/Brumadinho/MG tem barragens de alto ...



Vídeos de Alcimar José de Oliveira comprovam: mineradora da MIB (empresa Mineração Ibirité Ltda), em Córrego do Feijão, município de Brumadinho, MG, tem barragens, sim. E de alto risco! Vídeo 2 da entrevista de frei Gilvander com Dona Vicentina e Alcimar. 20/2/2019.

No Distrito de Córrego do Feijão, município de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, MG, a preocupação, o medo, a angústia e a incerteza em relação ao presente e ao futuro, assumem dimensão imensurável. O pacato povoado que tem em sua memória histórica a tranquilidade, a qualidade de vida garantida pela agricultura familiar, a convivência harmoniosa com a natureza e uns com os outros, hoje convive com a ameaça constante do avanço da mineração e seus efeitos socioambientais desastrosos. A ganância, a ambição do capital e dos capitalistas querem seguir em ritmo acelerando, desrespeitando totalmente a vida e a história do povo do Distrito de Córrego do Feijão. Nem mesmo o crime tragédia da mineradora Vale e do Estado, que aconteceu a partir das 12h28 do dia 25/1/2019, em Brumadinho/MG, causando centenas de mortes, causando a morte do rio Paraopeba e de toda a biodiversidade atingida pela lama tóxica, foi capaz de barrar a ânsia do lucro das mineradoras, que já retomam suas atividades. VALE e MIB (Mineradora Ibirité Ltda.) se cercam de artifícios, com a proteção do Estado e insistem com as atividades minerárias, colocando em risco a vida das famílias e o que ainda resta da natureza. Nesse vídeo, a segunda parte da entrevista de frei Gilvander com Dona Vicentina, 83 anos, com o marido deficiente para cuidar, e Alcimar, moradores do Distrito de Córrego do Feijão. Com as fortes imagens gravadas em outubro de 2018, Alcimar comprova que, ao contrário do que é divulgado pela MIB e pelo prefeito de Brumadinho, Alvimar Barcelos, a mineradora da MIB tem, sim, barragens no Distrito de Córrego do Feijão, e bem próximas à comunidade. E são barragens de alto risco!

Alcimar e dona Vicentina, do Córrego do Feijão, em Brumadinho, MG, sofrem as consequências das violências causadas pelas mineradoras Vale e MIB na região. Foto montagem: Nádia Oliveira.

*Filmagem de frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Distrito de Córrego do Feijão, município de Brumadinho, MG. 20/2/22019.
* Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.


sexta-feira, 8 de março de 2019

VALE e MIB/Córrego do Feijão/Brumadinho/MG: Desrespeito com a vida/Vídeo...



Mineradoras VALE e MIB, em Córrego do Feijão, Brumadinho/MG: Desrespeito com a vida e com a história. Frei Gilvander entrevista Dona Vicentina, 83 anos, e Alcimar, moradores do Distrito de Córrego do Feijão, município de Brumadinho, MG. Vídeo 1. 20/2/2019.

 No Distrito de Córrego do Feijão, município de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, MG, a preocupação, o medo, a angústia e a incerteza em relação ao presente e ao futuro, assumem dimensão imensurável. O pacato povoado que tem em sua memória histórica a tranquilidade e a qualidade de vida garantida pela agricultura familiar, convivência harmoniosa com a natureza e uns com os outros, hoje convive com a ameaça constante do avanço da mineração e seus efeitos socioambientais desastrosos. A ganância, a ambição do capital e dos capitalistas querem seguir em ritmo acelerando, desrespeitando totalmente a vida e a história do povo do Distrito de Córrego do Feijão. Nem mesmo o crime tragédia da mineradora Vale e do Estado, que aconteceu a partir das 12h28 do dia 25/1/2019, em Brumadinho/MG, causando centenas de mortes, causando a morte do rio Paraopeba e de toda a biodiversidade atingida pela lama tóxica, foi capaz de barrar a ânsia do lucro das mineradoras, que já retomam suas atividades. VALE e MIB (Mineradora Ibirité Ltda.) se cercam de artifícios, com a proteção do Estado e insistem com as atividades minerárias, colocando em risco a vida das famílias e o que ainda resta da natureza. Nesse vídeo, a primeira parte da entrevista de frei Gilvander com Dona Vicentina, 83 anos, com o marido deficiente para cuidar, e Alcimar, moradores do Distrito de Córrego do Feijão, com relatos e depoimentos comoventes e preocupantes acerca das ações das Mineradoras VALE e MIB, que ferem totalmente a dignidade da pessoa humana e violenta o meio ambiente de forma devastadora.

Barragem no complexo de mineração em Córrego do Feijão, em Brumadinho, MG, tem sinais que aparentam deslizamento recente. Foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press.

*Filmagem de frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Distrito de Córrego do Feijão, município de Brumadinho, MG. 20/2/2019.

* Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos.


terça-feira, 5 de março de 2019

Ka Ribas na CMI/COPAM: Não aceitamos mineração na Serra da Piedade, em C...




Ka Ribas, do Movimento Águas e Serras de Casa Branca, de Brumadinho/MG, na reunião da Câmara de Atividades Minerárias (CMI) do COPAM: "Não aceitamos mineração na Serra da Piedade, em Caeté e Sabará, MG". 22/2/2019.

 Em sua intervenção na reunião da Câmara de Atividades Minerárias - CMI - do Conselho Estadual de Políticas Ambientais (COPAM), do Governo de Minas Gerais, no dia 22/2/2019, que teve na pauta a votação pela retomada da mineração na Serra da Piedade, situada nos municípios de Caeté e Sabará, dia 22/2/2019, Ka Ribas, do Movimento Águas e Serras de Casa Branco, município de Brumadinho, MG, exigiu a preservação da Serra da Piedade, em Caeté e Sabará, MG e afirmou: “Chega de Mineração. Já matou demais!”. Mesmo sendo um patrimônio histórico, paisagístico, natural e religioso do Estado de Minas Gerais, a Serra da Piedade já sofre com a devastação – enorme cratera - que a mineradora Brumafer deixou ao fazer “lavra predatória”. Por grande luta popular iniciada em 2001, foi fechada em 2005 e o passivo ambiental foi deixado lá na Serra da Piedade e precisa ser recuperado. Foi essa a “desculpa” que a AVG, que comprou a Brumafer na ocasião, usou e continua usando para conseguir licença para minerar. A Serra da Piedade na área pretendida pela AVG é essencial para o abastecimento de água de comunidades abaixo, como sitiantes, agricultores familiares e moradores do distrito de Ravena, em Sabará, que já vivem situações de escassez hídrica. E a AVG em seus estudos informou não haver nenhum usuário de água abaixo de onde pretende retomar as atividades de mineração, conseguindo assim a concessão por parte do Estado da totalidade de uso de água superficial e subterrânea. A Serra da Piedade é protegida por três tombamentos, como patrimônio natural, histórico e paisagístico, em nível municipal (Caeté), estadual e federal. Por isso, o IPHAN e o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) têm o dever de cuidar desse patrimônio e esperamos que não deem licença para reabrir mineração na Serra da Piedade. A Serra da Piedade é responsável por parte significativa do abastecimento d’água de Belo Horizonte e região metropolitana (RMBH), que já perdeu o Rio Paraopeba – morto pela Vale e pelo Estado -, que era responsável por 50% do abastecimento de BH e RMBH. A cratera que a Brumafer deixou lá na Serra é um passivo ambiental que precisa ser recuperado, mas jamais com mais mineração. Mesmo com a falta de anuência do IBAMA, do IPHAN e do IEPHA, o jovem que presidia a sessão repetia sempre que estava cumprindo uma decisão judicial e, assim, usava a decisão judicial como escudo para encobrir ilegalidades que eram levantadas. Aliás, não tem sido rara a utilização de liminares judiciais pelas mineradoras para pautar processos de licenciamento ou para garantir que as reuniões de deliberação das licenças transcorram ainda que o processo administrativo encontra-se pendente de pré-requisitos indispensáveis. Ou seja, o judiciário também tem sido cúmplice de devastação socioambiental protagonizada pelas mineradoras.

Ka Ribas na Reunião da CMI/COPAM, dia 22/02/2019, repudiando projeto de mineração na Serra da Piedade, em Caeté e Sabará, MG. Foto montagem: Nádia de Oliveira.

*Filmagem de Lúcio Guerra Júnior. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Belo Horizonte, MG, 26/1/2019.
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