sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Toda solidariedade à greve dos trabalhadores e trabalhadoras da Cemig. Nota Pública. BH, 07/01/2016.

Toda solidariedade à greve dos trabalhadores e trabalhadoras da Cemig. Nota Pública. BH, 07/01/2016.

Acompanhamos com grande descontentamento a implementação ao longo dos governos de Aécio Neves e Antonio Anastasia de uma política de precarização dos serviços da Cemig. Esses governos incentivaram medidas que trouxeram grandes prejuízos ao desenvolvimento do estado, à sociedade e aos trabalhadores. É uma vergonha para todo o Brasil a média de um trabalhador terceirizado morto em serviço para a Cemig a cada 45 dias.
Assistimos ainda a empresa repassar 100% dos lucros aos acionistas e atingir a incrível marca de 18 mil trabalhadores terceirizados contra 8 mil efetivos. Os governos neoliberais conseguiram a façanha de tornar a diferença entre o menor e o maior salário dentro da empresa, que era de 18 vezes, em 32 vezes, graças à distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de forma a priorizar os salários mais altos. 
Era grande a expectativa dos movimentos sociais, sindicais, populares, estudantis e dos trabalhadores em geral de mudança na gestão da Cemig. O então candidato Fernando Pimentel assumiu o compromisso de colocar fim à terceirização e a rever as políticas da empresa. Porém, o governador assumiu a postura de virar as costas às reivindicações dos trabalhadores e recuou das próprias promessas, transformando nossas expectativas em frustração e indignação.
Por tudo isso, entendemos que a greve dos trabalhadores e trabalhadoras da Cemig, que já ultrapassa 40 dias, é legítima, oportuna e representativa da demanda do conjunto dos movimentos sociais por uma gestão verdadeiramente preocupada com o interesse público.
Nos somamos à categoria dos eletricitários, ao Sindieletro e demais sindicatos na reivindicação por uma política de primarização, com contratação imediata dos aprovados em concurso, além do estabelecimento de um Acordo Específico de Primarização, contra a retirada de direitos, e pelo repasse de 100% do PLR de forma igualitária a todos trabalhadores e trabalhadoras.
Nos somaremos aos eletricitários e eletricitárias nas mobilizações e na difusão da verdade sobre a greve e a Cemig e pedimos o imediato atendimento das reivindicações. Defendemos que a Cemig precisa estar a serviço do povo mineiro.

Assinam essa Nota:
 ASSEPEMGS
Comissão Pastoral da Terra (CPT)
Associação Metropolitana de Estudantes Secundaristas - AMES BH
Cáritas Brasileira Regional Minas Gerais
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB
Central Única dos Trabalhadores  - CUT
Comitê Igrejas
Confederação Nacional dos Urbanitários – CNU
Coletiva Flor de Cacto - Uberlândia
Coletivo Carcará - São João Del Rei
Coletivo Henfil de Comunicação
Coletivo Maria Maria - Juiz de Fora
Coletivo Quilombo - Sul de Minas
Coletivo Retalho de Fulô - Diamantina
Coletivo Terra Roxa - Juiz de Fora
Consulta Popular
DCE UFMG
Federação dos Empregados Rurais Assalariados de Minas Gerais
Federação Estadual dos Metalúrgicos de MG - FEM - CUT 
Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil – FIT METAL
Federação Nacional dos Estudantes de Escolas Técnicas - FENET
Federação Nacional dos Trabalhadores Gráficos
Federação Nacional dos Urbanitários - FNU
Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Minas Gerais - FETRAF MG
Fórum Político Inter-religioso/BH
Grupo Coexista
Kizomba
Levante Popular da Juventude
Luta Popular e Sindical - LPS
Marcha Mundial das Mulheres
Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos - MTD
Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas - MLB
Movimento de Mulheres Olga Benário
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
Movimento Luta de Classes
Movimento Mundo do Trabalho Contra a Precarização
Movimento pela Soberania Popular Frente a Mineração - MAM
Partido Comunista Revolucionário
Pastorais Sociais
Quem Luta Educa
Rede Nacional de Advogados Populares - RENAP
Rede Nós Amamos Neves
Sindados MG
Sindágua MG
SindMetal Mário Campos
SindRede BH
Sindibel
Sindicato dos Aeroviários de Minas Gerais
Sindicato das Enfermeiras de MG
Sindicato dos Funcionários na Administração em Jornais e Revistas
Sindicatos dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais 
Sindicato dos Metalúrgicos BH Contagem
Sindicato dos Metalúrgicos de JF
Sindicato dos Psicólogos de Minas Gerais
Sindicato dos Radialistas de Minas Gerais
Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de JF
Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Extrema e Região - STIMEC
Sindicato dos Trabalhadores nos Correios - Sintect MG
Sindimetro MG
Sindicato dos Refratários MG
Sindicato dos Sociólogos
Sindifes
Sindipetro MG
SindUTE MG
Sinjus MG
Sinpro JF
Sinttel MG
União Colegial de Minas Gerais – UCMG
União da Juventude Rebelião – UJR
União da Juventude Socialista - UJS
União Estadual dos Estudantes - UEE MG
União Nacional dos Estudantes - UNE
Unidade Popular pelo SocialismoDigite uma mensagem








quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O CAFÉ NOS UNE: fotos e texto nas ocupações da Izidora, em BH.

O CAFÉ NOS UNE: fotos e texto nas ocupações da Izidora, em BH.
por Diego Murray e Natália Martino.
26 SET 2015 | Chego nesta terra desconhecida. Mente aberta para experimentar esses dias de imersão e pronto para documentar esse povo que luta pelo direito de morar.
30 SET 2015 | Sempre usei o meu CEP, mas nunca pensei na importância desse número. Ouvi muitos relatos de pessoas que não foram atendidas no Posto de Saúde da área por falta dele. Inscrição nos programas como Minha Casa Minha Vida e Bolsa Família, assim como a matrícula das crianças nas escolas, também se tornam um desafio. Aqui não há CEP.
1 OUT 2015 | O café nos une! Une vizinhos, parentes e eu.
Mesmo nos lares mais humildes, fui acolhido com um café recém-passado, quentinho. O calor do café aumenta ainda mais o calor humano que sinto nesses dias que tenho vivido aqui.
3 OUT 2015 | A água não alcança todas as residências. Quando alcança, não é constante. Mas, se falta para alguém, o vizinho que ainda tem água pingando na torneira ajuda. A privação aproxima.
5 OUT 2015
A Izidora me acolhe. Me sinto muito conectado a esse povo e isso tem sido muito positivo. Viver aqui me faz pensar e repensar minha vida, é maior do que a produção fotográfica.
9 OUT 2015
Cheguei aqui com a intenção de fazer algo pela luta na Izidora, mas sinto que no fim a Izidora fez mais por mim que eu por ele. Tantas lições que aprendi, tantas histórias compartilhadas, tantos cafés que volto para minha terra levando um pedaço de cada um que conheci comigo. Para eles, deixo minha gratidão e minhas fotos — que elas sejam mais um instrumento em sua luta.















domingo, 3 de janeiro de 2016

Emir Sader | A ideologia alemã | Aula 1 | III Curso Livre Marx-Engels

Documentário "Quem foi que disse: sobre a causa sagrada de Darwin", com participação do violeiro Pereira da Viola

Documentário "Quem foi que disse: sobre a causa sagrada de Darwin", com participação do violeiro Pereira da Viola 

Contribui com aqueles que querem entender mais a fundo as causas da discriminação e do preconceito racial da nossa sociedade brasileira. Darwin, ao visitar o Brasil ficou admirado com a beleza exuberante da Mata Atlântica, que já está quase toda devastada, e ficou escandalizado  ao visitar uma fazenda de café, em 1832, e ver os negros escravizados sendo chibatados. Darwin disse que não voltaria ao Brasil, porque a escravidão é inadmissível. Pior é que a escravidão não é barbárie do passado, continua existindo no Brasil contemporâneo de mil formas: no agronegócio da monocultura da cana, da soja etc. A CPT aponta a existência de mais de 30 mil trabalhadores submetidos à situação análoga à de escravidão. Nos telecentros também o regime é de “escravidão”. Nas empresas terceirizadas também. Em 4,8 milhões de família sem-casa há muito de escravidão também. Etc e etc. Vale a pena parar um pouquinho o seu tempo e assisti-lo no link, abaixo.